domingo, 24 de junho de 2007

Phytopharm adquire patente de medicamento chinês anti-demência

A academia médica militar da China vai conceder autorização à farmacêutica britânica Phytopharm para utilizar a patente do seu novo fármaco anti-demência. Esta é a primeira vez que a China vende ao exterior uma patente de medicina tradicional chinesa.

Depois de 10 anos de investigações, uma equipa de especialistas da Academia de Ciências Médicas Militares do Exército de Libertação Popular deu por terminada a síntese do medicamento. Os responsáveis pela pesquisa garantem que os resultados pré-clínicos são muito promissores.

Os termos do acordo prevêem que depois de vendida a patente, o laboratório britânico proceda à realização dos ensaios clínicos necessários para promover o produto no mercado internacional, adiantou a agência Xinhua. "Esta é a primeira vez que a China vende uma patente de medicina tradicional a uma empresa estrangeira, mas isso representa um grande passo na conquista da credibilidade internacional", explicou o presidente da academia, Sun Jianzhong. Ainda assim, os valores envolvidos no acordo de venda do NJS, nome atribuído ao fármaco, não foram revelados.

As doenças que provocam demência caracterizam-se por uma deterioração progressiva das capacidades mentais. Um dos exemplos mais comuns de demência é o Alzheimer, que surge devido à morte das células cerebrais, começando por aniquilar a memória e, subsequentemente, as outras funções mentais, determinando completa ausência de autonomia.

Os países ocidentais têm uma percepção negativa da medicina tradicional chinesa, apontou o director da Phytopharm, Daryl Rees. Para o responsável, essa sensação de desconfiança resulta do facto de alguns medicamentos conterem ingredientes que não podem ser reconhecidos pelos padrões impostos aos especialistas ocidentais, fazendo com que a aprovação para a sua entrada no mercado, enquanto ervas medicinais, se torne difícil.

Marta Bilro

Fonte: Diário de Notícias, Xinhua.

1 comentário:

ptcp disse...

Correcção: "o Alzheimer" por "a doença de Alzheimer".