quarta-feira, 27 de junho de 2007

Saxagliptina faz disparar acções da AstraZeneca

As acções da AstraZeneca atingiram o maior pico dos últimos 11 meses depois de um estudo ter demonstrado a eficácia da saxagliptina, o novo medicamento que a farmacêutica britânica está a desenvolver em conjunto com a Brystol-Myers Squibb, para o tratamento da diabetes, ainda em fase de experiência.

Os títulos da AstraZeneca registaram uma subida de cerca de 1,13 euros, ou 2,9 por cento, para os 3,95 euros, na bolsa de Londres, depois da farmacêutica ter anunciado os resultados positivos da saxagliptina no controlo dos níveis de açúcar no sangue. Em Janeiro, a AstraZeneca desembolsou cerca de 100 mil milhões de euros para pagar à Bristol-Myers Squibb o desenvolvimento e comercialização da saxagliptina e do dopagliflozin, um outro fármaco que permite controlar os níveis de açúcar no sangue em diabéticos do tipo 2.

A AstraZeneca tem vindo a apostar cada vez mais na procura de novos fármacos, uma vez que dois dos seus medicamentos mais rentáveis, o Nexium (Esomeprazol) para o tratamento de úlceras, e o Seroquel (Quetiapina) para doentes esquizofrénicos, enfrentam batalhas jurídicas relativamente à perda de protecção das patentes.

O laboratório investiu mais de mil milhões de euros em patentes entre 2006 e o primeiro trimestre de 2007, e adquiriu quatro empresas para ampliar os seus conhecimentos ao nível dos medicamentos experimentais depois de quatro testes de substâncias em fase final terem falhado.

Um estudo que envolveu a participação de 743 pacientes, durante seis meses, demonstrou que um única dose diária de saxaglipitina diminui os níveis de açúcar no sangue quando administrada sozinha ou em associação com metformina. Os ensaios clínicos relativos à saxaglipitina já se encontram na última fase de teste. A AstraZeneca e a Bristol-Myers Squibb avançaram que no próximo ano pretendem submeter o medicamento para aprovação da Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos.

Marta Bilro

Fonte: Bloomberg, Forbes.