domingo, 1 de julho de 2007

Reavaliada a relação risco/benefício da substância
EMEA desaconselha utilização de piroxicam


O Instituto da Farmácia e do Medicamento emitiu ontem uma nota em que noticiou a recomendação feita pela Agência Europeia de Medicamentos no sentido de que a utilização da substância piroxicam seja restringida, em virtude do seu alegado risco de reacções adversas gastrointestinais e cutâneas graves.

De acordo com a nota agora divulgada, e que se destina aos profissionais de saúde e ao público, o Comité de Medicamentos de Uso Humano da EMEA concluiu que o piroxicam não deverá continuar a ser usado no tratamento de curta duração de situações dolorosas e inflamatórias, embora possa continuar a ser prescrito tendo em vista o alívio sintomático de doenças como osteoartrose, artrite reumatóide ou espondilite anquilosante. Nesses casos, porém, o piroxicam não deverá ser o anti-inflamatório não esteróide de primeira linha, segundo os especialistas.
Ainda segundo o comunicado do Infarmed, a prescrição daquela substância deverá sempre ser indicada por um médico com experiência no tratamento de doentes com doenças reumáticas inflamatórias ou degenerativas, devendo ser utilizada a menor dose (nunca mais do que 20 mg por dia), no mais curto período de tempo possível, sendo obrigatoriamente revisto no prazo de 14 dias. Adicionalmente, o CHMP recomendou a inclusão de novas contra-indicações ao medicamento, bem como o reforço das advertências relativas ao piroxicam. Estas indicações não se aplicam aos fármacos contendo aquela substância que se destinem a aplicações tópicas.
Em resposta a uma solicitação da Comissão Europeia, o CHMP iniciou no passado mês de Setembro um processo de reavaliação aprofundada dos benefícios e riscos do piroxicam, depois de se ter verificado que aquele AINE poderia estar associado a uma maior prevalência de efeitos secundários gastrointestinais e de reacções adversas cutâneas graves do que os outros anti-inflamatórios não esteróides não selectivos. Para mais esclarecimentos deve contactar-se o Centro de Informação do Medicamento e Produtos de Saúde do Infarmed, através da Linha Verde do Medicamento (800222444) ou por correio electrónico, para o endereço de e-mail centro.informacao@infarmed.pt, ou o seu departamento de Farmacovigilância, através do telefone 217987140 ou pelo e-mail farmacovigilancia@infarmed.pt.

Carla Teixeira
Fonte: Infarmed

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