sexta-feira, 21 de setembro de 2007

CHMP recomenda aprovação do Torisel e rejeita Mylotarg

O Comité de Especialidades Farmacêuticas para Uso Humano da Agência Europeia do Medicamento (CHMP) emitiu um parecer no qual recomenda a aprovação do Torisel (temsirolimus), da Wyeth Research, enquanto tratamento de primeira linha para o cancro celular renal avançado. Por outro lado, a apreciação dos especialistas desaconselha a aprovação do Mylotarg (gemtuzumab ozogamicina), um medicamento da mesma farmacêutica destinado ao tratamento da leucemia.

De acordo com o laboratório norte-americano, a aprovação efectiva do medicamento é esperada já em Novembro. Robert Ruffalo, presidente da Wyeth Research, faz questão de salientar que o parecer do CHMP “sublinha a importância do Torisel, um inibidor do alvo mTOR (inibidor do alvo da rapamicina) que demonstrou prolongar a sobrevivência total mediana em pacientes com cancro renal avançado quando comparado com o interferão alfa”. O medicamento está disponível nos Estados Unidos da América desde Maio de 2007, altura em que recebeu aprovação da Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos.

No entanto, uma outra avaliação do CHMP vem trazer preocupações à Wyeth. O painel de especialistas emitiu um parecer negativo para o Mylotarg, destinado ao tratamento de alguns doentes com leucemia mielóide crónica. O comité resolveu não recomendar a aprovação do fármaco visto que, entre os doentes que participaram nos três ensaios clínicos principais que envolveram o medicamento, apenas um pequeno número entrou em remissão total. Para além disso, não existem dados que comparem a eficácia do composto com outros produtos.

Ainda assim a farmacêutica não vai baixar os braços e disse já ter planos para requerer uma reavaliação desta opinião negativa. “Acreditamos que o Mylotarg é um tratamento importante para a leucemia mielóide crónica e vamos continuar a trabalhar com o CHMP para esclareces as preocupações do comité e encontrar uma forma de seguir em frente”, afirmou Ruffalo.

Marta Bilro

Fonte: Pharma Times, CNN Money.

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