segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Há falta de política de investimento em medicamentos inovadores

Aprovações estão dependentes de controlo na despesa dos hospitais

Não há uma política de investimento na área dos medicamentos inovadores o que faz com que as autorizações do Infarmed para este tipo de fármacos estejam dependentes de um maior controlo na despesa dos hospitais, afirmou o presidente da autoridade nacional do medicamento, Vasco Maria, em declarações à TSF.

Apesar destes medicamentos terem “vantagens terapêuticas para os doentes”, os seus “preços são muito elevados”, salientou o responsável, admitindo que a autorização de medicamentos inovadores para uso em hospitais está dependente de critérios que têm em conta um maior controlo na despesa dos estabelecimentos hospitalares.

De acordo com Vasco Maria, é preciso que o Estado faça “uma avaliação criteriosa desses medicamentos”, sendo evidente que, para investir neles “tem de haver uma garantia de que os resultados esperados realmente justificam os preços que se tem de pagar”.

No entanto, o responsável assume que a política de investimento na área escasseia, particularmente no que diz respeito à criação de “apoios, financiamento ou inclusive algumas condições favoráveis nomeadamente a nível de impostos”. Vasco Maria defende, por isso, um novo modelo de financiamento que funcione através de parcerias entre a indústria farmacêutica e os centros de investigação com incentivos do Governo.

Este ano deram entrada no Infarmed 16 pedidos de avaliação de medicamentos inovadores, sendo que, até ao momento, foram apenas autorizados dois, ambos na área do tratamento oncológico. Em fase final de avaliação está ainda um terceiro fármaco destinado ao tratamento do VIH/SIDA.

Marta Bilro

Fonte: TSF.

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