quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Ômega 3 previne Alzheimer

Estudo indica que alimentação rica em ácido gordo, vegetais, frutas e peixes diminuiu risco de doenças neurodegenerativas

Uma dieta rica em ômega 3 pode reduzir o risco de Alzheimer e outras doenças degenerativas. A conclusão saiu de um estudo publicado pela revista da Academia Americana de Neurologia - «Neurology».

Intitulado «Pascale Barberger-Gateau», o estudo centrou-se na análise dos hábitos alimentares de mais de 8 mil homens e mulheres com mais de 65 anos nas cidades francesas de Montpellier, Dijon e Bordeaux ao longo de 4 anos.

De acordo com os investigadores, no início do estudo, “nenhum dos entrevistados apresentava sinais de problemas neurológicos” mas no fim da pesquisa - revelaram - “183 participantes desenvolveram Alzheimer e 98 tinham outros tipos de demência.”

Perante estes resultados, os investigadores concluíram que: “as pessoas que consumiam regularmente óleos ricos em ômega 3 - como óleo de canola (sementes de flor amarela), óleo de linhaça (sementes de linho) e óleo de nozes - reduziam em 60% o risco de contrair a doença, comparativamente, com as que não ingeriam esses óleos.”

A equipa francesa constatou, ainda, que “os participantes que tinham uma dieta rica em frutas e vegetais reduziram também o risco de apresentar demência em 30% em relação àqueles com uma dieta menos saudável.”

Outro factor importante destacado pelos investigadores refere-se ao consumo de peixe: “O consumo, uma vez por semana, diminuiu o risco de demência em 40% e de Alzheimer em 35%”, frisaram, ressalvando que o facto foi observado apenas em participantes que não tinham uma predisposição genética às doenças.

Segundo destacou um dos autores do estudo, estes resultados assumem “uma importância considerável”, uma vez que, “a maioria das pessoas não têm o gene ApoE4 (que aumenta o risco de Alzheimer), argumentou, advogando a necessidade de aprofundar a investigação “para que se identifique a quantidade e a combinação ideais de nutrientes antes de implementar recomendações nutricionais."

Os dados ventilados pela Associação Portuguesa de Familiares e Amigos da Doença de Alzheimer (APFADA) indicam que, em Portugal, o cenário é preocupante: estima-se que, a doença afecte mais de 70 mil pessoas. Um número que, segundo a associação, agravar-se-á, sustentando que, "as pessoas vivem mais e, por isso, crescem as probabilidades de a patologia se desenvolver."

Esta doença degenerativa atinge, principalmente, idosos. Caracteriza-se pela morte das células cerebrais e consequente atrofia do cérebro, progressiva e irreversível.

Raquel Pacheco

Fontes: Medscape/ Fox News

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