Para o responsável, os números indicam que “as pessoas se estão a habituar à lei”, tomando consciência de que “vão surgir limitações ao fumo no trabalho e nos restaurantes”. Por outro lado, há ainda os casos de pessoas para as quais o abandono do vício é uma necessidade evidente, referiu Luís Rebelo. “Temos uma professora que se sentia incapaz de dar aulas porque fumava três maços por dia”, exemplificou, salientando que “apenas 5% a 10% dos dois milhões de fumadores conseguem abandonar os cigarros sem ajuda de um médico, medicamentos ou a sua combinação”.
"Dos 90% de fumadores que restam, 20% (360 mil) estão preparados para deixar de fumar, desde que tenham condições, ou seja, medicamentos, consultas ou terapias”, acrescentou.
De acordo com a nova lei, cada centro de saúde e hospital deverá disponibilizar uma consulta anti-tabágica, no entanto, actualmente existem apenas 147 consultas no país. Os dados da Direcção-Geral da Saúde apontam para a existência de 187 consultas, sendo que a soma inclui as que ainda vão abrir no Norte.
Apesar do aumento da procura, a cobertura ainda está "longe de ser suficiente, frisou Luís Rebelo. A região de Lisboa conta com 28 consultas, o Algarve com duas e o Alentejo com quatro. Na zona Centro do país contabilizam-se um total de 43 consultas.
Marta Bilro
Fonte: Diário de Notícias, Fábrica de Conteúdos, Diário Digital.
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