quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Nova lei aumenta procura de consultas de cessação tabágica

Está a aumentar a procura de consultas de desabituação tabágica, uma tendência acentuada depois da aprovação da nova lei do tabaco, que deverá entrar em vigor no dia 1 de Janeiro de 2008. Conforme afirmou Luís Rebelo, presidente da Confederação Portuguesa de Prevenção do Tabagismo, em declarações ao Diário de Notícias, desde que as novas directrizes legais foram aprovadas, em Junho, “o número de pessoas a procurar as consultas duplicou”.

Para o responsável, os números indicam que “as pessoas se estão a habituar à lei”, tomando consciência de que “vão surgir limitações ao fumo no trabalho e nos restaurantes”. Por outro lado, há ainda os casos de pessoas para as quais o abandono do vício é uma necessidade evidente, referiu Luís Rebelo. “Temos uma professora que se sentia incapaz de dar aulas porque fumava três maços por dia”, exemplificou, salientando que “apenas 5% a 10% dos dois milhões de fumadores conseguem abandonar os cigarros sem ajuda de um médico, medicamentos ou a sua combinação”.

"Dos 90% de fumadores que restam, 20% (360 mil) estão preparados para deixar de fumar, desde que tenham condições, ou seja, medicamentos, consultas ou terapias”, acrescentou.

De acordo com a nova lei, cada centro de saúde e hospital deverá disponibilizar uma consulta anti-tabágica, no entanto, actualmente existem apenas 147 consultas no país. Os dados da Direcção-Geral da Saúde apontam para a existência de 187 consultas, sendo que a soma inclui as que ainda vão abrir no Norte.

Apesar do aumento da procura, a cobertura ainda está "longe de ser suficiente, frisou Luís Rebelo. A região de Lisboa conta com 28 consultas, o Algarve com duas e o Alentejo com quatro. Na zona Centro do país contabilizam-se um total de 43 consultas.

Marta Bilro

Fonte: Diário de Notícias, Fábrica de Conteúdos, Diário Digital.

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