segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Medicamento de toma anual contra a osteoporose
FDA aprovou Reclast da Novartis


A companhia farmacêutica suíça Novartis anunciou a aprovação, por parte da Food and Drug Administration (FDA), do seu pedido de introdução no mercado farmacêutico norte-americano do Reclast, medicamento contra a osteoporose e o enfraquecimento ósseo que só deverá ser administrado uma vez por ano em mulheres que já tenham entrado na menopausa. Uma vantagem face aos tratamentos convencionais, que exigem aplicação semanal ou mensal...

De acordo com as informações avançadas pela companhia farmacêutica na sua página online, a aprovação de entrada no mercado da injecção de Reclast (ácido zoledrónico) é uma boa notícia, que poderá ajudar cerca de oito milhões de mulheres à escala mundial. A autorização expressa pela entidade reguladora norte-americana surge no seguimento dos bons resultados de um ensaio clínico do medicamento em cerca de 7700 mulheres, tendo a Novartis realçado o facto de este ser um fármaco inovador, que vem libertar as doentes de uma submissão semanal ou mensal aos tratamentos. “O facto de o Reclast ser altamente eficaz e de poder ser administrado uma vez por ano representa um passo muito grande em termos de terapia para a osteoporose”, salientou Felicia Cosman, que é professora de Medicina Clínica da Universidade de Colúmbia, em Nova Iorque, para quem a principal vantagem da injecção é a de, “pela primeira vez, podermos garantir às mulheres um ano completo de tratamento necessário à protecção dos seus ossos”.

A Novartis anunciou igualmente que aguarda agora aprovação da Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) para introduzir a nova terapia na Europa, onde deverá adoptar a designação comercial de Aclasta. De acordo com a empresa farmacêutica, é de esperar que essa autorização possa ser concedida ainda no decurso deste ano. Na base desta decisão da FDA estão os resultados de um estudo financiado pelo laboratório, que dão conta de uma redução de 70 por cento na ocorrência de fracturas espinhais em 7.700 mulheres que tomaram o Reclast. A investigação demonstrou que cerca de 11 por cento de pacientes tratadas com um placebo sofreram fracturas no intervalo de três anos, mas entre as que receberam o Reclast só 3,3 por cento sofreram do problema.

Carla Teixeira
Fonte: Novartis, FDA, Firstword, Agência Efe

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