terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Selénio pode ajudar a proteger contra cancro da bexiga

Resultados de um estudo, publicados na revista “Cancer Prevention Research”, revelaram que o mineral selénio pode desempenhar um papel preventivo em determinados tipos genéticos de cancro da bexiga, ou em determinadas populações.

A Dra. Margaret R. Karagas, da Faculdade de Medicina de Dartmouth, em New Hampshire, e colegas analisaram as concentrações de selénio nas unhas dos pés de 767 pessoas recentemente diagnosticadas com cancro da bexiga e de 1.108 pessoas da população geral.

Os investigadores descobriram que a concentração média de selénio nas unhas era significativamente mais baixa entre os pacientes com cancro da bexiga do que nas pessoas da população geral. Mas, no geral, uma concentração mais elevada de selénio não foi significativamente associada a um menor risco de cancro da bexiga.

Contudo, houve uma significativa associação inversa entre o selénio e o cancro da bexiga em subgrupos específicos. Nomeadamente, as mulheres, os fumadores moderados e as pessoas com tumores que contêm uma proteína denominada p53 apresentaram reduções significativas, de 34 por cento, 39 por cento e 43 por cento, respectivamente, do risco de cancro da bexiga com elevadas taxas de selénio.

Os investigadores referiram que dados experimentais indicam potenciais efeitos anti-carcinogénicos do selénio, mas os mecanismos moleculares exactos continuam a ser desconhecidos.

Por último, se for verdade que o selénio pode ajudar a prevenir que um determinado subgrupo de indivíduos, como as mulheres, desenvolva cancro da bexiga, ou ajude a prevenir o desenvolvimento de determinados tipos de tumores, como aqueles que evoluem a partir do caminho p53, isto fornece pistas sobre como os tumores podem ser prevenidos no futuro. Além disso, potencialmente pode levar a tratamentos que podem prevenir o cancro da bexiga.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2008/12/08/eline/links/20081208elin027.html

Vitamina K ajuda a reduzir resistência à insulina em homens mais idosos

Um novo estudo descobriu que a vitamina K ajuda a retardar o desenvolvimento da resistência à insulina em homens mais idosos, mas o efeito parece não ser o mesmo para as mulheres.

O estudo de três anos, desenvolvido por investigadores do Centro de Pesquisa de Nutrição Humana e Envelhecimento Jean Mayer USDA, da Universidade de Tufts, em Boston, incluiu 355 homens e mulheres não diabéticos com idades entre os 60 e os 80 anos.

Um grupo tomou diariamente multivitaminas contendo 500 microgramas de vitamina K (5 vezes acima dos níveis recomendados), juntamente com um suplemento de cálcio e vitamina D. O grupo de controlo não tomou quaisquer suplementos de vitamina K, mas recebeu as multivitaminas e o suplemento de cálcio e vitamina D. Ambos os grupos foram aconselhados a continuar as suas dietas alimentares normais.

No final do estudo, publicado na “Diabetes Care”, os homens que receberam vitamina K melhoraram a resistência à insulina e tinham os níveis de insulina no sangue mais baixos, comparativamente aos homens do grupo de controlo.

De acordo com a investigadora principal, a Dra. Sarah Booth, os homens que receberam os suplementos de vitamina K apresentaram uma menor progressão da sua resistência à insulina, no final do ensaio clínico. Por outro lado, foi observada uma progressão da resistência à insulina nas mulheres que receberam os suplementos de vitamina K, assim como nos homens e mulheres que não receberam estes suplementos.

O peso pode explicar a razão pela qual a vitamina K não pareceu melhorar a resistência à insulina nas mulheres mais idosas. A Dra. Booth referiu que, no estudo, existia uma maior prevalência de mulheres obesas ou com excesso de peso no grupo dos suplementos de vitamina K, em comparação com os elementos masculino a tomar estes suplementos.

Segundo a investigadora, a vitamina K é armazenada no tecido gordo, pelo que, se existir excesso de gordura, a vitamina K pode não estar prontamente disponível para as células que precisam dela para processar a glicose.

A quantidade de vitamina K contida nos suplementos utilizados neste estudo é atingível através do consumo de uma dieta saudável. As couves-de-bruxelas, os brócolos e os vegetais de folhas verde-escuro, tais como os espinafres e couves, são boas fontes de vitamina K.

A resistência à insulina, um precursor da diabetes, ocorre quando o organismo não consegue utilizar convenientemente a insulina. Como resultado, a glicose acumula-se no sangue. As pessoas com excesso de peso ou obesas têm tendência para desenvolver resistência à insulina, porque o excesso de gordura pode interferir com o funcionamento da insulina.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_72475.html

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Fármaco para a epilepsia demonstra-se promissor contra Doença de Alzheimer

Investigadores canadianos descobriram que o fármaco para epilepsia à base de ácido valpróico minimizou os problemas de memória num modelo animal da Doença de Alzheimer.

O Dr. Weihong Song, da Universidade de British Columbia, em Vancouver, e colegas relataram que, em ratos e em culturas de células, o ácido valpróico diminuiu a produção da proteína beta-amilóide, uma proteína no organismo que forma placas amilóides no cérebro, uma característica chave da Doença da Alzheimer.

Os investigadores relataram, na "The Journal of Experimental Medicine”, que o tratamento com ácido valpróico reduziu significativamente a formação de placas e melhorou os problemas de memória em ratos com Alzheimer.

O Dr. Song referiu que descobriram que se utilizassem o ácido valpróico na fase inicial da Doença de Alzheimer, em ratos, este reduzia a formação de placas e adicionalmente prevenia a morte celular no cérebro e o dano axonal.

Segundo o investigador, o fármaco também melhorou a performance nos testes de memória, realizados pelos animais.

Os investigadores revelaram estar muito entusiasmados com estes resultados, porque agora sabem quando o ácido valpróico deve ser administrado para ser mais efectivo e também sabem como o ácido valpróico está a actuar para prevenir a Doença da Alzheimer.

De acordo com o Dr. Song, actualmente está a decorrer um pequeno ensaio clínico com humanos e espera-se que os resultados estejam disponíveis no próximo ano.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2008/12/05/eline/links/20081205elin029.html

Vitamina E pode ajudar a diminuir inflamação crónica

Investigadores norte-americanos sugerem que a inflamação muscular crónica pode ser diminuída através da toma de vitamina E.

A Dra. Kimberly Huey, da Universidade de Illinois, referiu que a vitamina E pode estar relacionada a uma redução das citoquinas, proteínas que estimulam a resposta imunitária.

No estudo, publicado na “Experimental Physiology”, a Dra. Huey, o Dr. Rodney Johnson e outros colegas observaram o efeito da vitamina E em ratos, que foram injectados com uma dose baixa de lipopolissacarídeo de Escherichia coli para induzir uma inflamação sistémica aguda.

De acordo com a Dra. Huey, os ratos receberam vitamina E durante três dias, antes de lhes ser administrado o equivalente a uma pequena infecção bacteriana sistémica.

Os ratos que receberam a vitamina E tinham menos proteínas oxidadas no tecido muscular do que os que receberam placebo.

A oxidação pode ser deteriorante e, nos músculos, tem sido associada à redução da força muscular. Potencialmente, a redução das proteínas oxidadas pode estar correlacionada a um aumento da força muscular.

A Dra. Huey referiu que alguns dos restantes efeitos foram mistos, devendo-se recordar que isto foi efectuado em modelos animais, mas que a vitamina E pode ser benéfica para pessoas com inflamação crónica, tais como idosos, pacientes com diabetes tipo 2 ou com insuficiência cardíaca crónica.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2008/12/04/Vitamin_E_may_lessen_chronic_inflammation/UPI-71681228441626/

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Ezetimiba e estatinas apresentam resultados positivos para aterosclerose

Uma análise de dados de um estudo para a diabetes tipo 2 demonstrou que o tratamento com estatinas isoladamente, ou combinadas com ezetimiba, para atingir níveis agressivamente baixos de “mau colesterol” (LDL), resultou numa regressão semelhante da espessura da íntima-média da artéria carótida, em ambos os grupos.

O estudo de 36 meses envolveu 427 pacientes com diabetes tipo 2 e sem antecedentes de eventos cardiovasculares. Os pacientes receberam tratamento com estatinas, ou estatinas mais ezetimiba, para baixar os níveis de colesterol das proteínas de baixa densidade (LDL), conhecido como o "mau colesterol", para um objectivo agressivo de 70 mg/dl ou objectivo standard de 100 mg/dl.

Os resultados, publicados na “Journal of the American College of Cardiology”, demonstraram que, no grupo dos pacientes que receberam tratamento agressivo, os que tomaram ezetimiba mais estatinas atingiram uma redução da espessura da artéria carótida de 0,025 milímetros, em comparação com uma redução média de 0,012 milímetros para aqueles que tomaram apenas estatinas. No grupo do tratamento standard, a espessura da artéria carótida média aumentou 0,039 milímetros.

Relativamente aos benefícios de adicionar ezetimiba, o investigador principal, o Dr. William Howard, referiu que ambos os grupos do tratamento agressivo atingiram um grau muito semelhante de regressão da espessura da íntima-média da artéria carótida. Contudo, se não tivesse sido adicionada a ezetimiba, os pacientes não teriam atingido o objectivo em termos de colesterol LDL e, assim, não teriam alcançado esse grau de regressão.

Isabel Marques

Fontes:

www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=4C2695E261964F7AA4BAC342331D8AFD

Dieta rica em hidratos de carbono benéfica para distúrbio muscular raro

Resultados de um pequeno estudo indicaram que uma dieta rica em hidratos de carbono, em vez de proteínas, melhora a capacidade de praticar exercício físico das pessoas com doença de McArdle.

Dois pequenos estudos anteriores tinham sugerido que uma dieta rica em proteínas poderia ser benéfica para os pacientes com doença de McArdle.

No estudo actual, o Dr. S. T. Andersen e o Dr. John Vissing, da Universidade de Copenhaga, na Dinamarca, examinaram comparativamente os efeitos de uma dieta rica em hidratos de carbono e de uma dieta risca em proteínas na tolerância do exercício físico, em sete adultos com doença de McArdle. Os pacientes seguiram aleatoriamente uma das duas dietas durante três dias, tendo-se exercitado numa bicicleta estacionária após a dieta.

Os investigadores descobriram que a performance no exercício físico foi melhor com a dieta rica em hidratos de carbono do que com a dieta rica em proteínas. Por exemplo, o ritmo cardíaco e o esforço percebido foram consistentemente mais baixos, e o consumo máximo de oxigénio foi 25 por cento mais elevado nos pacientes da dieta com hidratos de carbono, em comparação com os da dieta com proteínas.

Este estudo, publicado na ediçao de Dezembro da “Journal of Neurology, Neurosurgery, and Psychiatry”, sugere que os pacientes com doença de McArdle devem ser mantidos numa dieta com um elevado conteúdo de hidratos de carbono para melhorarem a sua capacidade de tolerar o exercício físico.

A doença de McArdle é um distúrbio muscular metabólico. As pessoas que sofrem desta doença são incapazes de produzir uma enzima chamada fosforilase muscular, que é importante na produção da fonte de energia requerida pelos músculos para o exercício físico.

As pessoas com doença de McArdle desenvolvem dores musculares graves e fadiga nos primeiros minutos da prática de exercício físico, frequentemente seguidos por espasmos musculares graves se continuarem a exercitar.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4B265T20081203

Comprimidos de combinação para a hipertensão mais efectivos do que diuréticos

Um estudo revelou que um comprimido que contém dois fármacos para a pressão sanguínea foi mais efectivo, do que uma estratégia baseada em diuréticos, na redução do risco de problemas cardiovasculares graves e morte em pessoas com hipertensão.

No estudo, que envolveu mais de 11 mil pacientes dos Estados Unidos, Suécia, Noruega, Dinamarca e Finlândia, os pacientes receberam um comprimido contendo benazepril (um inibidor da enzima de conversão da angiotensina) e amlodipina (um bloqueador dos canais de cálcio) ou um comprimido contendo benazepril e hidroclorotiazida (um tipo de diurético).

Ambos os comprimidos de combinação ajudaram a reduzir a pressão sanguínea em mais de 75 por cento dos pacientes, mas os que tomaram o primeiro comprimido (benazepril+amlodipina) apresentaram menos 20 por cento de eventos cardiovasculares do que aqueles que tomaram o outro comprimido de combinação com o diurético.

O estudo, publicado na “The New England Journal of Medicine”, definiu os eventos cardiovasculares como mortes cardiovasculares, ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais (AVC), hospitalizações devido a angina instável e tratamentos para reabrir as artérias coronárias bloqueadas.

O investigador principal, o Dr. Kenneth Jamerson, professor de Medicina Interna na Faculdade de Medicina da Universidade do Michigan, referiu que este estudo demonstrou que mudar os pacientes para um único comprimido de combinação significou que o dobro conseguiu atingir o objectivo de pressão sanguínea, independentemente da terapia anterior.

A pressão sanguínea elevada aumenta o risco de AVC, ataque cardíaco, insuficiência cardíaca e outros problemas do coração. Os fármacos podem ajudar a controlar a pressão sanguínea, mas muitos pacientes têm dificuldade em tomar a medicação múltipla que necessitam, pelo que foram desenvolvidos os comprimidos de combinação.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_72379.html

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Azarga aprovado na Europa para o tratamento do glaucoma

A Agência Europeia do Medicamento (EMEA) autorizou a comercialização da suspensão oftálmica Azarga (brinzolamida 10mg/ml+timolol 5mg/ml), da Alcon Inc, para o tratamento do glaucoma.

A EMEA aprovou o Azarga, em forma de gotas oculares, para a diminuição da pressão intra-ocular em adultos com glaucoma de ângulo aberto ou hipertensão ocular. Esta aprovação já era esperada, após a recomendação para comercialização em Setembro.

Dois estudos clínicos demonstraram que o Azarga era mais confortável e mais bem tolerado pelos pacientes do que o Cosopt (cloridrato de dorzolamida e maleato de timolol, solução oftálmica), da Merck & Co., Inc.

Os ensaios também demonstraram que os ingredientes activos do Azarga são mais efectivos quando administrados em combinação do que qualquer um deles isoladamente. O Azarga revelou uma eficácia superior na redução da pressão intra-ocular, em qualquer ponto medido no estudo, em comparação com os componentes individuais isolados, tendo demonstrado um perfil de segurança semelhante. Adicionalmente, um estudo comparativo revelou que o Azarga fornece uma eficácia na redução da pressão intra-ocular semelhante ao Cosopt.

O glaucoma é uma perturbação que aumenta a pressão dentro do globo ocular, danificando o nervo óptico e causando perda de visão. O glaucoma provoca a perda da visão periférica ou pontos cegos no campo visual. Em geral, o glaucoma não tem uma causa conhecida. No entanto, por vezes afecta membros de uma mesma família.

A forma mais frequente de glaucoma, o glaucoma de ângulo aberto, é comum depois dos 35 anos, mas, por vezes, aparece em crianças. A doença tem tendência para aparecer em vários membros de uma mesma família e é mais comum entre as pessoas diabéticas ou míopes. O glaucoma de ângulo aberto desenvolve-se com maior frequência e pode ser mais grave nas pessoas de raça negra.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/rbssHealthcareNews/idUSL336248520081203
www.marketwatch.com/news/story/Alcon-Announces-AZARGAR-Ophthalmic-Suspension/story.aspx?guid=%7BEB4FEA12-3DDB-4030-8F81-4FCA84DB69B5%7D
www.manualmerck.net/?url=/artigos/%3Fid%3D252

Antibióticos são a maior causa de hepatotoxicidade induzida por fármacos

Investigadores revelaram que os antibióticos são a maior classe de medicamentos que causa hepatotoxicidade induzida por fármacos, ou seja, danos no fígado provocados por medicamentos.

A hepatotoxicidade induzida por fármacos é provocada por uma ampla série de medicamentos que necessitam de prescrição médica ou não, suplementos nutricionais e produtos naturais.

Num novo estudo, os investigadores, da Faculdade de Medicina da Universidade de Indiana, observaram pacientes com suspeitas de hepatotoxicidade induzida por fármacos e descobriram que 73 por cento dos casos foram causados por uma única medicação prescrita, 9 por cento por suplementos alimentares e 18 por cento por agentes múltiplos.

O investigador principal, o Dr. Naga P. Chalasani, e colegas descobriram que mais de 100 agentes diferentes estavam associados à hepatotoxicidade induzida por fármacos e que os antibióticos, com 45,5 por cento, e os agentes que actuam sobre o sistema nervoso, com 15 por cento, eram os mais comuns.

Entre os suplementos alimentares associados à hepatotoxicidade induzida por fármacos, aqueles que declaram promover a perda de peso e aumentar a massa muscular foram responsáveis por cerca de 60 por cento dos casos. Pelo menos, 20 por cento dos pacientes com hepatotoxicidade induzida por fármacos ingeriram mais do que um agente potencialmente danificador do fígado.

O estudo, publicado na “Gastroenterology”, revelou que não houve qualquer associação entre o género dos pacientes e a gravidade da hepatotoxicidade induzida por fármacos, mas os pacientes com diabetes apresentaram uma forma mais grave deste problema.

De acordo com o Dr. Chalasani, a hepatotoxicidade induzida por fármacos é um problema de saúde sério, que tem impacto nos pacientes, médicos, reguladores e indústria farmacêutica, sendo necessários mais esforços para a definição da sua patogénese e para o desenvolvimento de meios para a detecção precoce, correcto diagnóstico, prevenção e tratamento.

Este problema é responsável por cerca de 13 por cento dos casos de falha hepática aguda nos Estados Unidos e é a causa mais comum de morte devido a esta doença.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_72260.html

Estudo: Medicamentos de marca não demonstram ser melhores do que genéricos

Investigadores norte-americanos referiram que não existe qualquer evidência de que os medicamentos de marca, para o tratamento de doenças cardíacas e cardiovasculares, actuem melhor do que os seus equivalentes genéricos.

De acordo com o Dr. Aaron Kesselheim, do Hospital Brigham e de Mulheres e da Faculdade de Medicina de Harvard, em Boston, estas descobertas vão contra a percepção, de alguns médicos e pacientes, de que os medicamentos de marca mais caros são clinicamente superiores.

O Dr. Kesselheim e colegas combinaram os resultados de 30 estudos realizados desde 1984 para comparar nove sub-classes de fármacos cardiovasculares aos seus equivalentes genéricos.

Segundo as descobertas, publicadas na “The Journal of the American Medical Association”, os medicamentos de marca não ofereceram qualquer vantagem para os resultados clínicos dos pacientes nesses estudos.

De acordo com o investigador, se é prescrito a um paciente um medicamento genérico, porque isso é o que é mais apropriado para a sua doença, então este deve-se sentir confiante acerca de tomar o fármaco. Mesmos os médicos também se devem sentir confiantes a prescrever genéricos quando for apropriado.

O estudo abrangeu bloqueadores beta, diuréticos, bloqueadores do canal de cálcio, estatinas, agentes anti-plaquetários, inibidores da enzima conversor da angiotensina (ECA), bloqueadores alfa, agentes anti-arrítmicos e varfarina.

O Dr. Kesselheim referiu que os fármacos cardiovasculares para tratar doenças do coração e vasos sanguíneos são a categoria mais comummente prescrita.

Os investigadores referiram que os fabricantes de medicamentos de marca têm sugerido que os genéricos podem ser menos efectivos e menos seguros, tendo também descoberto que muitos editorais em revista médicas questionam se os medicamentos genéricos são tão bons.

Segundo a presidente e CEO da “Generic Pharmaceutical Association”, Kathleen Jaeger, existem pacientes preocupados em conseguir receber e pagar cuidados de saúde de qualidade. Na medida em que todas as pessoas se estão a debater com a forma de aumentar o acesso e reduzir os custos, sabe-se que os genéricos fazem parte da solução.

As companhias farmacêuticas detêm os direitos exclusivos dos fármacos que desenvolvem durante um determinado número de anos, após os quais outras companhias podem comercializar versões genéricas que são quimicamente equivalentes.

Um genérico tem o mesmo ingrediente activo, forma farmacêutica e dosagem e a mesma indicação que o medicamento original, de marca, mas a cor e forma do fármaco podem diferir.

Isabel Marques
Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4B188Z20081202?sp=true

Estudo: Reacções alérgicas à vacina Gardasil são pouco comuns

Investigadores australianos revelaram que um estudo realizado à vacina Gardasil, da Merck & Co Inc, para a prevenção do cancro do colo do útero, descobriu que as reacções alérgicas são pouco comuns e que a maioria das mulheres jovens consegue tolerar as doses subsequentes.

A investigação, publicada na “British Medical Journal”, envolveu 25 mulheres australianas com suspeitas de hipersensibilidade à vacina, que foi administrada como parte do programa nacional de imunização, que iniciou em 2007, para mulheres entre os 12 e os 26 anos, na Austrália. De acordo com a Dra. Sharon Choo, do Hospital Pediátrico Royal, em Melbourne, foram administradas mais de 380 mil vacinas sob este programa.

A recomendação clínica dos investigadores é que as mulheres com suspeitas de hipersensibilidade à vacina quadrivalente devem ser avaliadas antes de receberam mais doses e qualquer alteração com a mesma vacina deve ser realizada num ambiente supervisionado.

Os investigadores referiram que alguns componentes da vacina, tais como sais de alumínio e leveduras, têm sido associados a reacções alérgicas. Todavia, os testes cutâneos realizados nas 25 mulheres com suspeitas de hipersensibilidade demonstraram que apenas três delas experienciaram prováveis reacções à injecção.

A equipa de investigação também referiu que supostas reacções, como urticária, são frequentemente idiossincráticas e não aumentam o risco de reacções adversas nas injecções subsequentes.

A Gardasil e a Cervarix, da GlaxoSmithKline Plc, estão delineadas para serem administradas em raparigas e mulheres jovens para a protecção contra as estirpes do Vírus do Papiloma Humano (VPH), que é transmitido sexualmente e que pode provocar o cancro do colo do útero.

Em Outubro, o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos relatou que as raparigas e mulheres jovens que recebem a vacina Gardasil não têm mais probabilidade do que o normal de desmaiar, ter uma reacção alérgica, coágulos sanguíneos ou outra reacção adversa.

O relatório baseou-se em 375 mil doses da vacina administradas entre Agosto de 2006 e Julho de 2008, após a agência ter recebido 10.326 relatos de eventos adversos depois da vacinação contra o VPH nos Estados Unidos.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4B202320081203

Ácido fólico na gravidez pode estar relacionado a problemas respiratórios nos bebés

Um estudo norueguês revelou que os bebés de grávidas que utilizaram suplementos de folato, ou ácido fólico, durante o primeiro trimestre, parecem ter uma incidência ligeiramente maior de pieira e infecções do tracto respiratório inferior até aos 18 meses.

O investigador principal, o Dr. Siri E. Haberg, revelou à Reuters Health que, visto estas descobertas serem preliminares, as mulheres não devem entrar em pânico e devem definitivamente continuar a tomar os suplementos de ácido fólico.

O Dr. Haberg e os colegas referiram, na “Archives of Disease in Childhood”, que as mulheres são aconselhadas a aumentar a ingestão de ácido fólico, durante a idade fértil, para reduzir o risco de malformações congénitas nos bebés. Contudo, estudos em ratos indicam que o ácido fólico aumenta a actividade genética durante a gravidez e provoca padrões genéticos de asma alérgica nos recém-nascidos.

Os investigadores, do Instituto Norueguês de Saúde Pública, em Oslo, analisaram dados de 32.077 crianças nascidas entre 2000 e 2005. De acordo com as respostas aos questionários, 22,3 por cento das mães utilizaram suplementos de folato apenas no primeiro trimestre e 42,6 por cento utilizaram suplementos durante toda a gravidez.

Os investigadores, após ajustarem a exposição ao folato mais tarde na gravidez e na infância, descobriram que o risco de pieira aumentou em apenas 6 por cento para as crianças até aos 18 meses que foram expostas no primeiro trimestre.

Os riscos relativos de infecções do tracto respiratório inferior e de hospitalizações devido a este tipo de infecções foi de 9 por cento e de 24 por cento, respectivamente.

Contudo, como o Dr. Haberg sublinhou, a documentação referente ao papel preventivo dos suplementos de ácido fólico nas malformações congénitas está bem estabelecida, enquanto estes novos dados são apenas os primeiros em humanos e ainda nem se sabe se a associação é causal.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4B16TL20081202

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Fármaco demonstra ser eficaz para próstata aumentada difícil de tratar

Investigadores revelaram que o tratamento com o fármaco naftopidil pode ajudar a aliviar os sintomas incomodativos comuns da próstata aumentada, como idas nocturnas mais frequentes à casa de banho para urinar, em homens que não respondem à tansulosina.

O Dr. Hitoshi Oh-oka, do Centro Médico de Kobe, no Japão, avaliou os sintomas relacionados com a próstata aumentada, também denominada de hiperplasia benigna da próstata, em 122 homens que foram tratados com naftopidil (75 miligramas) durante seis semanas, após não terem experienciado qualquer melhoria com a tansulosina. Os dois tratamentos foram separados por um período de washout (durante o qual não se toma o medicamento), durante uma semana.

Os investigadores relataram, na revista científica “Urology”, que o tratamento com naftopidil levou a uma melhoria significativa na frequência urinária diurna e nocturna, taxa de fluxo urinário e qualidade de vida.

O naftopidil foi particularmente eficaz na redução das idas à casa de banho para urinar. A terapia com naftopidil também eliminou a hiperactividade do músculo detrusor, que controla o funcionamento da bexiga, em 31 de 40 pacientes que tinham esta questão.

Com base em critérios predefinidos para sintomas, qualidade de vida e fluxo urinário máximo, aproximadamente 70 por cento dos pacientes foram tratados com sucesso com naftopidil.

A próstata aumentada, uma doença comum em homens mais idosos, provoca frequentemente uma persistente necessidade ou vontade de urinar. A frequência urinária nocturna é um sintoma comum, para o qual os médicos podem prescrever um bloqueador alfa 1A, como a tansulosina. Contudo, estes fármacos podem apenas ajudar alguns homens.

O naftopidil é um bloqueador alfa 1D e, recentemente, relatórios têm demonstrado que os receptores alfa 1D são o tipo principal encontrado no músculo da bexiga.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_72185.html

Contraceptivos orais eficazes para dores relacionadas com endometriose

Um relatório, publicado na revista científica “Fertility and Sterility”, revelou que tomar um contraceptivo oral de baixa dosagem pode ajudar a reduzir a menstruação dolorosa e a dor não menstrual associadas à endometriose.

A equipa de investigadores relatou que o estudo actual demonstrou claramente, pela primeira vez, que os contraceptivos orais podem ser utilizados para tratar efectiva e seguramente a dor associada à endometriose.

O Dr. Tasuka Harada, da Faculdade de Medicina da Universidade de Tottori no Japão, e colegas avaliaram os resultados de 100 mulheres com menstruação dolorosa devido à endometriose, que receberam aleatoriamente um contraceptivo oral de baixa dosagem ou placebo.

O contraceptivo oral foi tomado durante 21 dias mais 7 dias de placebo, enquanto o grupo de controlo tomou comprimidos de placebo idênticos durante 28 dias, tendo as mulheres sido tratadas durante quatro ciclos. Foi autorizada a toma de medicação habitual para as dores.

Ambos os grupos demonstraram melhorias significativas da dor relacionada à menstruação. Contudo, durante o período de tratamento, a dor menstrual, também denominada dismenorreia, foi significativamente mais leve nas mulheres a tomar contraceptivo oral. As mulheres deste grupo também relataram menos dores não menstruais.

O tratamento com contraceptivo oral também foi associado a uma redução significativa do volume do tecido endometrial que cresce fora do útero, um efeito não observado com a utilização de placebo.

O contraceptivo oral foi geralmente bem tolerado e não foi associado a quaisquer efeitos secundários.

A endometriose é uma doença dolorosa que afecta as mulheres durante os anos reprodutivos e que provoca o crescimento das placas de tecido endometrial que, normalmente, só se encontra no revestimento interno uterino (endométrio), fora do útero.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_72184.html
www.manualmerck.net/?url=/artigos/%3Fid%3D263

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Tratar a depressão revela-se importante para insuficientes cardíacos

Um estudo refere que a depressão aumenta o risco de morte em pacientes com insuficiência cardíaca, mas o risco aparentemente desaparece com a utilização de antidepressivos.

O Dr. Christopher M. O'Connor, do Centro Médico da Universidade de Duke, em Durham, na Carolina do Norte, revelou que estudos recentes sugerem que a utilização de antidepressivos pode estar associada a um aumento da mortalidade em pacientes com doença cardíaca.

Contudo, visto que também tem sido demonstrado que a depressão está associada a um aumento da mortalidade nestes pacientes, ainda continua a não ser claro se esta associação é atribuível à utilização de antidepressivos ou à depressão em si.

Desta forma, os investigadores estudaram cerca de mil pacientes hospitalizados, devido a insuficiência cardíaca, que foram seguidos anualmente. Os autores também recolheram dados potenciais relativamente ao estado da depressão e utilização de antidepressivos.

Aproximadamente, 16 por cento dos participantes do estudo estavam a tomar alguma forma de antidepressivo durante a estadia inicial no hospital. No geral, 30 por cento das pessoas foram consideradas deprimidas e 24,5 por cento destas estavam a tomar antidepressivos. A equipa de investigadores também descobriu que 12,5 por cento dos pacientes não deprimidos estavam a tomar antidepressivos.

Durante uma média de cerca de 971 dias, morreram 429 pacientes, aproximadamente 43 por cento. Uma análise inicial, que não considerou relevantes variáveis potencialmente confundíveis, demonstrou que a utilização de antidepressivos estava associada a um aumento de 32 por cento do risco de morte.

Contudo, uma análise multivariável, que controlou a depressão e outros factores potencialmente confundíveis, demonstrou que a utilização de antidepressivos não estava associada a uma pior sobrevivência, mas que a depressão em si estava.

Esta descoberta, publicada na “Archives of Internal Medicine”, suporta a necessidade de ensaios clínicos aleatórios que sejam adequadamente monitorizados, para avaliar se a medicação antidepressiva pode reduzir a mortalidade, e outros desfechos relacionados com o coração, sem levantar questões de segurança entre os pacientes cardíacos deprimidos.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AR5R920081128

Selénio ajuda a retardar replicação do vírus da SIDA

Investigadores norte-americanos revelaram que aumentar a produção de proteínas que contêm selénio, que ocorrem naturalmente, nas células sanguíneas humanas torna o vírus da SIDA mais lento.

O Dr. K. Sandeep Prabhu, da Universidade Estatal da Pensilvânia, referiu que o selénio é um micronutriente que o organismo necessita para manter o metabolismo normal. Contrariamente a outros nutrientes, que se ligam a determinadas proteínas e moldam a actividade destas, o selénio incorpora-se nas proteínas na forma de um aminoácido denominado selenocisteína.

As selenoproteínas são especialmente importantes na redução do stress provocado por uma infecção, dessa forma retardando a sua disseminação.

O Dr. Prabhu afirmou que os investigadores descobriram que aumentar a expressão das proteínas que contêm selénio afecta negativamente a replicação do Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH). Os resultados, publicados na “Journal of Biological Chemistry”, sugerem uma redução da replicação viral de, pelo menos, dez vezes.

O VIH, após infectar uma pessoa, rapidamente degrada as selenoproteínas, de modo a conseguir replicar-se eficientemente. Ainda não se sabe ao certo como o vírus consegue silenciar estas proteínas, mas os investigadores referem que o stress infligido nas células pelo vírus que se divide rapidamente, produzindo uma proteína chave conhecida como TAT, é o possível culpado.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2008/11/28/Selenium_slows_AIDS_virus_spread/UPI-79091227909780/

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Lacticínios e proteínas ajudam as crianças a desenvolver ossos mais fortes

Um novo estudo, publicado na "Journal of Pediatrics”, demonstrou que consumir bastantes produtos lácteos, carne e outros alimentos ricos em proteínas, na infância, resulta em ossos mais fortes e saudáveis na adolescência.

Os investigadores descobriram que as crianças que comiam, pelo menos, duas porções de alimentos lácteos por dia, ao longo da infância, apresentavam ossos mais densos na adolescência do que aquelas que consumiam menos quantidades.

De acordo com a Dra. Lynn L. Moore, da Faculdade de Medicina da Universidade de Boston, consumir quatro ou mais porções de carne, ou outros alimentos ricos em proteínas, também impulsionou a densidade óssea.

Os resultados de estudos sobre os efeitos dos lacticínios ou dos suplementos de cálcio na saúde dos ossos têm sido diversificados. Visto que a maioria destes estudos foram relativamente pequenos, durando entre um a dois anos, as melhores evidências disponíveis dos benefícios, a longo prazo, dos produtos lácteos teria de ter origem num seguimento prolongado, durante muitos anos, das dietas das crianças.

Os investigadores analisaram dados de 106 crianças que foram seguidas desde 1987, quando tinham entre 3 a 5 anos, até 1999. Foram recolhidos diversos diários alimentares ao longo do estudo e os participantes realizaram scans ósseos aos 15 e 17 anos.

Os participantes que consumiram, em média, duas ou mais porções de alimentos lácteos por dia, durante a infância, tinham um conteúdo mineral ósseo mais elevado, maior área óssea e maior densidade mineral óssea, em comparação com aqueles que consumiram menos produtos lácteos. As crianças que consumiram quatro ou mais porções de carne, ou outras fontes de proteínas, também apresentaram ossos mais densos.

Os lacticínios e as proteínas pareceram ter efeitos aditivos, uma vez que as crianças que consumiram as maiores quantidades de ambos os tipos de alimentos tinham os ossos mais densos e maiores, tendo aquelas que consumiram as menores quantidades apresentado os ossos mais finos.

Os benefícios foram observados em diversas regiões do corpo, tendo sido observada uma maior densidade óssea, em particular, nos braços, pernas, tronco, costelas e pélvis.

De acordo com os investigadores, as descobertas deste estudo confirmam a importância de uma dieta alimentar rica em produtos lácteos e outras fontes de proteínas para a massa óssea dos adolescentes.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AP7RJ20081126

Como pode o excesso de bebidas alcoólicas aumentar o risco cardíaco?

Investigadores norte-americanos revelaram ter identificado os mecanismos exactos através dos quais o consumo de bebidas alcoólicas em excesso contribui para aumentar o risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC).

O investigador John Cullen, do Centro Médico da Universidade de Rochester, explicou que as bebidas alcoólicas contêm etanol, que é frequentemente convertido em acetaldeído no organismo humano com níveis excessivos de álcool, sendo que os níveis de acetaldeído permanecem elevados durante muitas horas, após o consumo de bebidas alcoólicas ter terminado.

O estudo actual, publicado na “Atherosclerosis”, clarificou pela primeira vez que os níveis excessivos de acetaldeído fazem com que um tipo importante de célula imunitária, o monócito, se torne mais capaz de se ligar às paredes dos vasos sanguíneos.

Anteriormente, os peritos acreditavam que a aterosclerose se desenvolvia quando demasiado colesterol entupia as artérias com depósitos de gordura, denominados placas, e os ataques cardíacos ocorriam quando os vasos sanguíneos ficavam completamente bloqueados.

O investigador referiu que actualmente a maioria crê que, mais do que a acumulação em si, a reacção do sistema imunitário cria um risco de ataque cardíaco. As paredes dos vasos sanguíneos confundem os depósitos de gordura com intrusos, semelhantes às bactérias, e pedem ajuda ao sistema imunitário. Os monócitos chegam com o objectivo de prevenir uma infecção, mas acabam por provocar inflamação que faz com que os vasos sanguíneos bloqueiem.

Os investigadores descobriram que o acetaldeído, nos níveis encontrado no sangue após o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, aumenta o número de monócitos em 700 por cento.

O consumo excessivo de bebidas alcoólicas tem sido relacionado com um aumento do risco de doença cardíaca e estes novos dados relativos à inflamação começam a explicar a razão.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2008/11/27/How_binge_drinking_increases_heart_risk/UPI-47331227824736/

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Medicamentos para a hiperactividade não induzem danos celulares

Novas investigações, suportadas pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, indicam que os fármacos estimulantes utilizados no tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) não provocam alterações cromossómicas nas crianças, contrariando os resultados de um estudo de 2005.

Os trabalhos anteriores identificaram um aumento da frequência de danos no ADN e de aberrações estruturais dos cromossomas, que está associado a um aumento do risco de cancro. As anomalias foram observadas nos glóbulos brancos (linfócitos) de 12 crianças, após 3 meses de terapia com metilfenidato, um fármaco geralmente utilizado para tratar o TDAH.

De acordo com Kristine L. Witt, do Instituto Nacional das Ciências da Saúde Ambiental, em Research Triangle Park, na Carolina do Norte, embora investigações posteriores tenham falhado em repetir as descobertas antecedentes, a enorme implicação na saúde pública deste assunto requer investigações adicionais.

Para este fim, os investigadores recrutaram 63 pacientes entre os 6 e os 12 anos diagnosticados com TDAH, que não tinham recebido tratamento anteriormente. As crianças receberam aleatoriamente tratamento com metilfenidato ou com mistura de sais neutros de anfetaminas. O ensaio de 3 meses foi completado por 25 e 22 pacientes, respectivamente.

Neste estudo, publicado na “Journal of the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry”, não foram detectados aumentos significativos de danos celulares nos linfócitos relacionados com o tratamento, nem no grupo total nem nos 47 participantes que completaram os 90 dias de tratamento.

De acordo com os investigadores, estes resultados acrescentam dados às crescentes evidências de que os níveis terapêuticos do metilfenidato ou da mistura de sais neutros de anfetaminas não induzem danos cromossómicos nos humanos.

Ainda assim, os investigadores recomendam que se continuem a realizar estudos para monitorizar estas questões em grupos maiores, após longos períodos de exposição.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2008/11/26/eline/links/20081126elin025.html

Hidroginástica durante a gravidez ajuda a reduzir dores de parto

Investigadores brasileiros revelaram que realizar exercícios de hidroginástica durante a gravidez ajuda a diminuir as dores de parto e, assim, também a quantidade necessária de analgésicos durante o parto.

O estudo, publicado na “Reproductive Health”, incluiu 71 grávidas, tendo metade assistido a três sessões de 50 minutos de hidroginástica por semana durante a gravidez, enquanto a outra metade serviu de grupo de controlo.

A autora do estudo, a professora Rosa Pereira, da Universidade de Campinas, em São Paulo, referiu que não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas na duração do parto ou do tipo de parto entre os dois grupos. Contudo, apenas 27 por cento das mulheres do grupo da hidroginástica pediu analgésicos, em comparação com 65 por cento do grupo de controlo. Isto representa uma redução de 58 por cento dos pedidos.

Existe alguma discussão relativamente ao facto das mulheres praticarem exercício físico durante a gravidez. A preocupação principal é que o exercício possa interferir com as exigências do feto e da placenta e comprometer o desenvolvimento ou crescimento do feto, ou aumentar o risco de anomalias.

Os investigadores concluíram que a hidroginástica não apresentava qualquer efeito prejudicial para a saúde cardiovascular das grávidas e também confirmaram o bem-estar dos bebés das mães que praticaram hidroginástica.

A investigadora referiu que foi demonstrado que a prática regular de exercícios moderados na água, durante a gravidez, não é prejudicial, nem para a saúde da mulher nem do bebé. De facto, a redução dos pedidos de analgésicos sugere que este tipo de exercício pode fazer com que as mulheres fiquem em melhores condições psicológicas e físicas.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_71955.html

Estudo: Depressão induzida por peginterferão é reversível

Investigadores norte-americanos revelaram que a depressão relacionada com a terapia de peginterferão para a hepatite C crónica aumenta com a duração da utilização, mas que é reversível após a cessação do tratamento.

Após 48 semanas de terapia, 42 por cento dos pacientes desenvolveram depressão. Segundo os investigadores, depressão pré-existente e potenciais biomarcadores de depressão, tais como os níveis de cortisol e do neurotransmissor serotonina no sangue, foram associados a efeitos secundários neurológicos e psiquiátricos.

De acordo com o Dr. Robert J. Fontana, da Universidade do Michigan, em Ann Arbor, a depressão é um efeito secundário comum e limitador da dosagem do tratamento antiviral em pacientes com hepatite C. O objectivo desta análise era esclarecer a incidência, os factores de risco e a base biológica para este problema.

O estudo, publicado na “American Journal of Gastroenterology”, incluiu 201 pacientes com hepatite C crónica e fibrose avançada que anteriormente não tinham respondido ao tratamento. Os pacientes foram tratados com peginterferão alfa-2a e ribavirina durante 24 semanas. Os 74 pacientes que na semana 20 tinham níveis indetectáveis de RNA do vírus da hepatite C continuaram o tratamento nas mesmas dosagens até completarem a semana 48.

A incidência cumulativa de depressão induzida por peginterferão foi de 23 por cento até à semana 24. Entre os 74 pacientes que responderam ao tratamento, a incidência de depressão relacionada com a terapia foi de 9 por cento até à semana 24, aumentando para 42 por cento na semana 48.

Contudo, na semana 72 a classificação da depressão voltou aos níveis existentes antes do tratamento, demonstrando assim a reversibilidade da depressão induzida por interferão.

Os autores relataram que a depressão pré-existente não foi associada a um aumento do risco de depressão induzida pela terapia.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AN65O20081124

Estudo: Avandia relacionado com maior risco de morte do que Actos

Dados de um estudo observacional indicaram que os pacientes idosos com diabetes que tomaram o fármaco Avandia (rosiglitazona), da GlaxoSmithKline, apresentaram um maior risco de desenvolver insuficiência cardíaca congestiva e tinham mais probabilidade de morrer do que os pacientes que receberam Actos (pioglitazona), da Takeda.

Os investigadores seguiram um total de 28.361 pacientes com 65 anos ou mais durante cinco anos, tendo 14.101 dos pacientes recebido Avandia e os restantes 14.260 sido tratados com Actos.

Os resultados, publicado na “Archives of Internal Medicine”, demonstraram que morreram mais 15 por cento de pacientes que tomaram Avandia, em comparação com aqueles que receberam Actos, e que a incidência de insuficiência cardíaca congestiva foi 13 por cento mais elevada no grupo do Avandia.

O investigador principal, o Dr. Wolfgang Winkelmayer, da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, referiu que a questão interessante foi não ter sido encontrada qualquer diferença, entre os dois medicamentos para a diabetes, relativamente ao risco de acidente vascular cerebral (AVC) ou ataque cardíaco.

Os investigadores sugeriram que esta questão pode dever-se ao facto das pessoas mais idosas, se sofrerem um AVC ou um enfarte do miocárdio, poderem morrer imediatamente e não chegarem ao hospital para um diagnóstico, podendo, por isso, os eventos cardíacos serem registados como falecimentos.

Em resposta, a GlaxoSmithKline sugeriu que estes resultados são inconsistentes com dados de ensaios aleatórios mais rigorosos, que não demonstram qualquer aumento significativo na mortalidade devido a doença cardiovascular, ou outras causas, nos pacientes a tomar Avandia.

A companhia farmacêutica acrescentou ainda que sustenta intensamente a segurança e eficácia do Avandia com base em ensaios clínicos extensivos e ampla utilização pós-comercialização.

Isabel Marques

Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=08CB71CA21C14232A7DC59AD70E5B156

Perda de potássio devido a diuréticos pode aumentar risco de diabetes

Investigadores norte-americanos revelaram que a queda dos níveis de potássio no sangue provocada por diuréticos, geralmente prescritos para a pressão sanguínea elevada, pode aumentar o risco de diabetes.

Os investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, referiram que os diuréticos aceleram a perda de fluidos e também drenam químicos importantes, incluindo o potássio, sendo que as pessoas que os tomam são geralmente aconselhadas a ingerir bananas e outros alimentos ricos em potássio para contrabalançar esse efeito.

O investigador principal, o Dr. Tariq Shafi, referiu que estudos anteriores têm revelado que, quando os pacientes tomam diuréticos tiazidas, os níveis de potássio baixam e o risco de diabetes aumenta para 50 por cento.

Os investigadores examinaram dados de 3.790 participantes não diabéticos num ensaio clínico aleatório, conduzido de 1985 a 1991, delineado para determinar os riscos versus os benefícios de administrar uma determinada medicação para a pressão sanguínea elevada a pessoas com 60 anos ou mais.

Uma metade dos participantes foi tratada com clortalidona e a outra com placebo. No estudo original, os níveis de potássio foram monitorizados como uma precaução de segurança para proteger contra o ritmo cardíaco irregular, um problema que pode resultar dos níveis baixos de potássio.

Os resultados, publicados online na “Hypertension”, demonstraram que, para cada diminuição de 0,5 miliequivalentes por litro de potássio, existia um aumento de 45 por cento do risco de diabetes. Nenhuma das pessoas do grupo que recebeu placebo desenvolveu níveis baixos de potássio.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2008/11/25/Potassium_loss_may_explain_diabetes_risk/UPI-34701227648942/

Anti-inflamatório experimental apresenta resultados positivos para artrite

Dados de um estudo de última fase revelaram que o fármaco experimental naproxcinod, da NicOx, para o tratamento da artrite, atingiu os objectivos primários sem aumentar a pressão sanguínea.

As descobertas, dos últimos três ensaios clínicos, confirmaram que o naproxcinod, o primeiro de uma nova classe de fármacos anti-inflamatórios, é seguro, efectivo e não provoca danos a nível da pressão sanguínea.

O último ensaio de 13 semanas envolveu 810 pacientes com osteoporose primária da anca que receberam aleatoriamente, duas vezes por dia, doses de naproxcinod, naproxeno ou placebo.

Os resultados demonstraram que o naproxcinod foi significativamente melhor do que o placebo nos objectivos relacionados com dor e pontuação de funcionalidade, assim como na pontuação geral do estado da doença.

A NicOx também relatou que os pacientes tratados com naproxcinod apresentaram um perfil de pressão sanguínea semelhante ao daqueles que receberam placebo.

A companhia planeia apresentar o naproxcinod à FDA para aprovação em meados de 2009 e antecipa o lançamento do fármaco para 2010.

Isabel Marques

Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=C413D30C5FEE40E3B1EE5F59E4F752EA
www.bloomberg.com/apps/news?pid=20601085&sid=alNGib5ajeU8&refer=europe

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Brócolos podem ajudar a prevenir cancro em fumadores

Investigadores relataram que os brócolos e outros vegetais semelhantes parecem fornecer aos fumadores uma protecção especial contra o cancro.

Os investigadores descobriram que antigos fumadores e, especialmente, as pessoas que ainda são “fumadores pesados” retiraram benefícios especiais do consumo de vegetais. As pessoas que fumavam mais de 20 cigarros por dia foram consideradas “fumadores pesados”.

A investigadora principal, a Dra. Li Tang, do Instituto do Cancro Roswell Park, em Buffalo, referiu que os efeitos mais significativos foram observados nos fumadores.

Os brócolos e outros vegetais denominados crucíferos, tais como o repolho, a couve-flor e a couve-de-bruxelas, têm sido reconhecidos por diminuir o risco de cancro no geral, talvez devido aos compostos chamados isotiocianatos.

A Dra. Tang e os colegas estudaram 948 pacientes com cancro e 1.743 pessoas sem cancro. Todos os participantes responderam a um questionário detalhado sobre os seus hábitos, incluindo a alimentação e historial de hábito de fumar.

As pessoas que comiam vegetais crucíferos, principalmente crus, tinham entre 20 a 55 por cento menos probabilidade de ter cancro do que aquelas que nunca, ou apenas raramente, consumiam estes alimentos.

Segundo os resultados apresentados no encontro da Associação Americana para a Pesquisa do Cancro, a redução do risco dependeu do tipo de vegetal consumido e da duração e intensidade do hábito de fumar.

Os investigadores revelaram que só foi observado um efeito significativo entre os antigos e os actuais fumadores, não tendo sido observada uma associação significativa entre as pessoas que nunca fumaram.

Contudo, a Dra. Tang acrescentou que estas descobertas ainda não são fortes o suficiente para fazer uma recomendação pública para já, alertando que se as pessoas fumarem durante muito tempo nada pode ajudar.

Fumar aumenta o risco de muitos tipos de cancro, incluindo cancro do pulmão, da cabeça e pescoço, e cancro da bexiga.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2008/11/18/eline/links/20081118elin020.html

Estudo: Avastin aumenta sobrevivência sem progressão do cancro da mama

O fármaco oncológico Avastin (bevacizumab), da Genentech e da Roche Holding AG, num estudo de Fase III, demonstrou aumentar o tempo que as pacientes com cancro da mama sobreviveram sem a doença piorar, atingindo assim o objectivo primário.

O estudo, que envolveu 1.237 pacientes que não tinham recebido quimioterapia anteriormente, também confirmou que o Avastin pode ser combinado efectivamente com quimioterapias utilizadas normalmente.

O Avastin foi testado em combinação com quimioterapias à base de taxanos ou de antraciclinas, ou com o Xeloda (capecitabina), como tratamento de primeira linha para o cancro da mama HER2 negativo metastásico, tendo atingido o principal objectivo de aumentar a sobrevivência livre de progressão, em comparação com as quimioterapias isoladamente.

A Genentech revelou que o objectivo primário foi atingido nos dois grupos, sendo que as pacientes do primeiro grupo receberam Avastin ou placebo em combinação com quimioterapias à base de taxanos ou de antraciclinas, enquanto as pacientes do segundo grupo receberam Avastin ou placebo em combinação com capecitabina.

Os dados demonstraram que não foram observados novos sinais de segurança e o perfil de segurança do Avastin foi consistente com experiências anteriores.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AN3V220081124
www.rttnews.com/ArticleView.aspx?Id=783403&SMap=1

EMEA recomenda aprovação de ustekinumab para tratamento da psoríase

O Comité de Medicamentos para Uso Humano (CHMP), da Agência Europeia do Medicamento (EMEA), recomendou a aprovação de comercialização do fármaco ustekinumab, da Janssen-Cilag, para o tratamento da psoríase em placas moderada a grave.

O CHMP recomendou a aprovação do ustekinumab, que poderá vir a ser comercializado como Stelara, para adultos que não responderam ou apresentam alguma contra-indicação, ou intolerância, a outras terapias sistémicas, incluindo ciclosporina, metotrexato e fotoquimioterapia (PUVA).

A opinião positiva baseou-se em resultados de dois estudos de Fase III, publicados na “The Lancet”, que incluíram cerca de 2 mil pacientes, para avaliar a eficácia e tolerabilidade do ustekinumab no tratamento da psoríase em placas moderada a grave.

Mais de dois terços dos pacientes alcançaram o objectivo primário, em ambos os estudos, isto é, apresentaram uma melhora de aproximadamente 75 por cento da gravidade da psoríase na semana 12, após somente duas doses nas semanas zero e quatro.

Relativamente ao critério de eficácia mais exigente, que se refere a uma melhora de, pelo menos, 90 por cento da gravidade da psoríase, os resultados na semana 12 indicaram que aproximadamente 4 em cada 10 pacientes atingiram esta resposta, após somente duas doses, em ambos os estudos.

As recomendações para aprovação de comercialização por parte do CHMP são normalmente seguidas pela Comissão Europeia (CE) passados poucos meses.

Isabel Marques

Fontes:
www.vademecum.es/noticias_detalle.cfm?id_act_not=2027

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

EMEA: Zevtera recomendado para infecções complicadas da pele e tecidos moles

O Comité de Medicamentos para Uso Humano (CHMP), da Agência Europeia do Medicamento (EMEA), recomendou a aprovação de comercialização do fármaco antibiótico Zevtera (ceftobiprol medocaril), da Basilea Pharmaceutica, para o tratamento de infecções complicadas da pele e tecidos moles.

De acordo com o CEO da Basilea Pharmaceutica, Anthony Man, o Zevtera é um inovador antibiótico de largo espectro que pode ser utilizado com tratamento de primeira linha para uma ampla variedade de infecções graves da pele, antes de se saber a bactéria exacta que provocou a infecção.

O Zevtera é uma cefalosporina indicada para as infecções por Estafilococos Aureus Resistentes à Meticilina (MRSA).

As recomendações para aprovação de comercialização por parte do CHMP são normalmente seguidas pela Comissão Europeia (CE) passados poucos meses.

As infecções complicadas da pele e tecidos moles estão entre as infecções mais comuns no meio hospitalar. O Estafilococos Aureus, uma bactéria Gram-positivo, é o patogénio predominante das infecções da pele.

Nos últimos anos, as estirpes de Estafilococos Aureus resistentes à meticilina têm-se tornado cada vez mais comuns e têm sido associadas ao aumento da morbilidade e mortalidade.

Isabel Marques

Fones:
www.reuters.com/article/rbssHealthcareNews/idUSLL18718520081121
www.foxbusiness.com/story/markets/industries/health-care/evteratm-ceftobiprole-medocaril-novel-anti-mrsa-broad-spectrum-antibiotic-2048728213/

Gorduras saturadas podem aumentar risco de cancro do intestino delgado

Um estudo, publicado na edição de 15 de Novembro da “Cancer Research”, demonstrou que as dietas elevadas em gorduras saturadas parecem aumentar o risco de cancro do intestino delgado.

De acordo com a principal investigadora, a Dra. Amanda J. Cross, do Instituto Nacional do Cancro norte-americano, no Maryland, é importante identificar factores de risco variáveis para o cancro do intestino delgado, não só porque a incidência deste tipo de cancro está a aumentar, mas também pode permitir compreender melhor outras doenças gastrointestinais.

Descobertas de diversos estudos têm relacionado o consumo de carnes vermelhas e processadas ao cancro do cólon, mas a associação ao cancro do intestino delgado tem recebido relativamente pouca atenção e não tem sido examinada num progressivo estudo prospectivo.

A equipa de investigação, utilizando dados de um estudo sobre dieta e saúde, examinou associações alimentares ao cancro do intestino delgado em meio milhão de homens e mulheres. Foram utilizados questionários de frequência de consumo de alimentos para estimar a ingestão de carne e gordura e os participantes foram seguidos durante 8 anos.

Durante o seguimento, 60 pessoas desenvolveram adenocarcinomas e 80 desenvolveram tumores carcinóides gástricos, um tipo raro de cancro do estômago.

Não foi observada uma associação estatisticamente significativa entre a ingestão de carne vermelha, ou processada, e as doenças do intestino delgado.

Por outro lado, a ingestão de gorduras saturadas foi associada efectivamente ao desenvolvimento de tumores carcinóides. As pessoas com a ingestão mais elevada de gorduras saturadas tinham um risco 3,18 vezes maior de desenvolver tumores carcinóides, em comparação com as pessoas cuja ingestão era a mais reduzida.

O intestino delgado compõe 75 por cento do tracto digestivo, contudo, raramente se desenvolvem cancros aí, aparecendo mais frequentemente no intestino grosso ou cólon.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AK89E20081121

domingo, 23 de novembro de 2008

Estabilidade dos níveis de açúcar no sangue ajuda a diminuir risco de complicações diabéticas

Novos dados sugerem que o controlo adequado do açúcar no sangue por um período prolongado, por parte das pessoas com diabetes tipo 1, ajuda a reduzir o risco das doenças renal e oftalmológica relacionadas com a diabetes.

As descobertas, publicadas na edição de Novembro da “Diabetes Care”, provêm de uma análise de dados de 1.441 pacientes com diabetes tipo 1, que foram seguidos durante aproximadamente 9 anos, como parte de um ensaio pivot relativamente ao controlo e complicações da diabetes.

Os investigadores, ao analisarem ao longo do tempo os níveis de hemoglobina A1c, um indicador standard de controlo a longo prazo do açúcar no sangue, observaram que uma crescente variabilidade da hemoglobina A1c aumenta o risco de surgir ou piorar a retinopatia diabética, (doença da retina que pode levar à cegueira) e a nefropatia diabética (doença dos rins que pode levar à insuficiência renal).

Especificamente, os investigadores descobriram que, para cada 1 por cento de aumento da hemoglobina A1c, o risco de retinopatia aumentou mais do dobro e o risco de nefropatia diabética aumentou quase o dobro.

O investigador do estudo, o Dr. Eric S. Kilpatrick, do Hull Royal Infirmary, em Inglaterra, referiu à Reuters Health que as descobertas sugerem que a estabilidade a longo prazo do açúcar no sangue, e não só o controlo médio do açúcar no sangue, antevê o risco destas complicações.

O Dr. Kilpatrick acrescentou que esta é provavelmente outra razão para se procurar atingir um bom e estável controlo gilcémico, em vez de apenas um bom controlo glicémico.

Contudo, a gestão do açúcar no sangue é só uma parte da questão. É igualmente importante assegurar que a pressão sanguínea e os níveis de colesterol estão estritamente controlados, de modo a reduzir as complicações da diabetes.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AK6IH20081121

Cancro: Perda óssea pode dever-se não só aos fármacos oncológicos

Investigadores norte-americanos revelaram que determinados fármacos oncológicos podem provocar perda óssea em pacientes com cancro da mama, mas que estes fármacos não são os únicos culpados.

O estudo, publicado na “Journal of Clinical Oncology”, descobriu que 78 por cento das sobreviventes de cancro da mama apresentavam, pelo menos, uma outra causa para a perda óssea, como deficiência de vitamina D.

A autora principal, a Dra. Pauline Camacho, da Faculdade de Medicina Stritch da Universidade de Loyola, em Chicago, referiu que os médicos ao avaliar as pacientes com cancro da mama, relativamente a uma possível perda óssea, devem procurar razões para além dos fármacos oncológicos.

Os autores do estudo sugerem que, embora os fármacos oncológicos realmente provoquem perda óssea, os sobreviventes de cancro, como a população normal, também sofrem de perda óssea devido a causas tratáveis e merecem uma meticulosa avaliação da saúde óssea.

Os investigadores reviram os dados de 238 pacientes na pós-menopausa, com densidade mineral óssea abaixo do normal, examinadas no Centro de Doenças Ósseas Metabólicas e Osteoporose de Loyola, entre 2000 e 2006. Entre as pacientes, 64 tinham cancro da mama.

38 por cento das pacientes com cancro da mama tinham deficiência de vitamina D, em comparação com 51 por cento das pacientes sem cancro da mama. Foi encontrada excreção excessiva de cálcio na urina em 16 por cento das pacientes com cancro e em 8 por cento das pacientes sem cancro.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2008/11/21/Bone_loss_due_to_more_than_cancer_drugs/UPI-70651227329899/

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Estudo: Vitamina E não ajuda a prevenir artrite reumatóide

Resultados de um estudo indicam que a toma de suplementos de vitamina E não ajudam a reduzir o risco de artrite reumatóide nas mulheres.

A Dr. Elizabeth W. Karlson, do Hospital Brigham e de Mulheres, em Boston, e colegas concluíram que, apesar da existência de mecanismos biológicos plausíveis, o actual ensaio aleatório não demonstrou que a utilização de suplementos de vitamina E, a longo prazo, diminui o risco de desenvolver artrite reumatóide.

Dados de estudos observacionais anteriores demonstraram que dietas alimentares elevadas em antioxidantes estão associadas a menores riscos de artrite reumatóide.

Como parte do Estudo de Saúde das Mulheres (Women's Health Study), 39.144 mulheres com, pelo menos, 45 anos receberam aleatoriamente vitamina E numa dosagem de 600 Unidades Internacionais (UI) dia sim, dia não ou placebo.

Durante o seguimento, que durou em média 10 anos, 50 mulheres no grupo da vitamina E e 56 no grupo do placebo desenvolveram artrite reumatóide. Estes resultados, publicados na edição de 15 de Novembro da “Arthritis Care and Research”, sugerem que os suplementos de vitamina E não afectam significativamente o risco de artrite reumatóide.

Aproximadamente, 20 milhões de pessoas a nível mundial sofrem de artrite reumatóide, uma doença auto-imune que ocorre quando o organismo confunde tecidos saudáveis com substâncias estranhas e se ataca a si próprio. A doença provoca dor, rigidez e inchaço em diversas articulações, sendo que a inflamação também se pode desenvolver em outros órgãos. Estudos têm sugerido que a artrite reumatóide aumenta os riscos cardíacos.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AJ6VR20081120

Composto do alho revela-se promissor no tratamento da diabetes

Investigadores japoneses revelaram que um fármaco baseado num químico encontrado no alho ajudou a tratar a diabetes tipo 1 e 2 em ratos, reduzindo os níveis de glicose no sangue.

O Dr. Hiromu Sakurai e colegas, da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Suzuka, administraram oralmente o fármaco baseado em vanádio e alicina, um componente encontrado no alho, a ratos com diabetes tipo 1.

Em trabalhos anteriores, os investigadores tinham descoberto que o composto de vanádio e alicina tratava ambos os tipos de diabetes quando injectado, mas este novo estudo, publicado online na revista científica “Metallomics”, da Sociedade Real de Química do Reino Unido, demonstra que o fármaco é promissor como tratamento oral para esta doença metabólica.

A diabetes tipo 1 actualmente é tratada com injecções diárias de insulina, enquanto a diabetes tipo 2 é tratada com fármacos, sendo que alguns apresentam efeitos secundários.

Isabel Marques

Fontes:

www.upi.com/Health_News/2008/11/20/Garlic_compound_a_potential_diabetes_drug/UPI-31781227199810/

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Vinho tinto pode ajudar a proteger contra a Doença de Alzheimer

Investigadores norte-americanos revelaram que o vinho tinto pode não só ser benéfico para a saúde cardiovascular, mas também ajudar a proteger contra a Doença de Alzheimer.

Investigadores da Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA), em colaboração com a Faculdade de Medicina de Mount Sinai, em Nova Iorque, referiram ter descoberto como o vinho tinto pode reduzir a incidência da Doença Alzheimer.

O estudo, publicado na “Journal of Biological Chemistry”, demonstrou como componentes que ocorrem naturalmente no vinho tinto, os polifenóis, bloqueiam a formação de proteínas que constroem as placas tóxicas que se pensa que destroem as células no cérebro.

Adicionalmente, o estudo descobriu que o vinho tinto diminuiu a toxicidade das placas existentes, reduzindo assim a deterioração cognitiva.

David Teplow, professor de neurologia da UCLA, referiu que o seu laboratório tem estado a estudar a forma como a proteína beta-amilóide está envolvida no desenvolvimento da Doença de Alzheimer. Os investigadores trataram as proteínas com um composto de polifenol extraído de sementes de uva e monitorizaram como cada uma das duas proteínas se alteravam e se fixavam uma à outra para produzir agregados que matavam as células nervosas.

Teplow referiu que a sua equipa descobriu que os polifenóis provocam um ataque duplo: bloqueiam a formação de agregados tóxicos das proteínas beta-amilóide e diminuem a toxicidade, quando combinados com a beta-amilóide antes desta ser adicionada às células cerebrais.

O investigador revelou que o que descobriram é bastante simples, pois se as proteínas beta-amilóide não conseguirem juntar-se, os agregados tóxicos não se podem formar e assim não existe toxicidade.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2008/11/19/Red_wine_may_help_ward_off_Alzheimers/UPI-42781227129110/

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Estudo revela que Avastin pode aumentar risco de tromboembolismo venoso

Resultados de uma meta-análise sugerem que o fármaco oncológico Avastin (bevacizumab), da Genentech e da Roche Holding AG, aumenta significativamente o risco de desenvolver tromboembolismo venoso (TEV).

Os investigadores analisaram dados de 15 ensaios aleatórios, envolvendo um total de 7.956 pacientes com diversos tumores sólidos avançados, e descobriram que o risco de desenvolver tromboembolismo venoso era 33 por cento mais elevado nos pacientes que receberam Avastin, em comparação com aqueles que não receberam o fármaco.

As descobertas, publicadas na revista científica “Journal of the American Medical Association” (JAMA), demonstraram que, entre os pacientes com cancro, aqueles em regime de quimioterapia tinham 10 por cento de probabilidade de desenvolver TEV, enquanto aqueles que receberam Avastin tinham uma probabilidade de 13 por cento.

Relativamente aos resultados, a porta-voz da Genentech, Charlotte Arnold, referiu que este não é um novo sinal de segurança para o Avastin, sendo que o risco é referenciado na secção de efeitos adversas do folheto. Actualmente, o folheto do Avastin contém um aviso relativamente à possibilidade de ocorrerem coágulos sanguíneos nas artérias e refere que algumas pessoas a tomar Avastin e quimioterapia desenvolveram tromboembolismo venoso.

Por outro lado, o autor do estudo, o Dr. Shenhong Wu, da Universidade Stony Brook, em Nova Iorque, sugeriu que os resultados podem justificar uma advertência destacada, visto tratar-se de eventos clinicamente significativos, e sendo que, de outra forma, mais ninguém ficará a saber que o fármaco está a provocar este problema.

Isabel Marques

Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=76051CBEE6024AE8B9FFA4BFDA5672E7

Óleo de canola pode ajudar a reduzir risco de cancro para grávidas e bebés

Investigadores norte-americanos revelaram que substituir o óleo de milho por óleo de canola pode ajudar a reduzir o risco de cancro, não só para as mulheres grávidas, como também para os seus bebés ainda por nascer.

Os investigadores descobriram que ratos fêmea alimentadas com óleo de canola, enquanto grávidas, tinham menos probabilidade de desenvolver cancro da mama, assim como as suas crias por nascer, do que os ratos alimentados com óleo de milho.

De acordo com o que os investigadores revelaram no encontro da Associação Americana para a Pesquisa do Cancro, as descobertas possivelmente devem-se aos ácidos gordos Ómega-6. Algumas investigações têm relacionado quantidades elevadas de ácidos gordos Ómega-6 a problemas de saúde, incluindo cancro.

No óleo de milho, 50 por cento dos ácidos gordos são Ómega-6, enquanto que no óleo de canola apenas 20 por cento o são. Além disso, o óleo de canola é muito mais rico em ácidos gordos Ómega-3, que estão relacionados com benefícios para o coração e cancro, em comparação com o óleo de milho.

A Dra. Elaine Hardman e colegas, da Faculdade de Medicina da Universidade Marshall, na Virgínia Ocidental, testaram ratos modificados geneticamente para desenvolverem cancro no início da vida.

Aqueles que receberam uma dieta rica em óleo de canola foram mais lentos a desenvolver cancro do que os que receberam óleo de milho, assim como as suas crias.

A Dra. Hardman referiu que ao observar-se um retardamento no desenvolvimento do cancro nos ratos, se espera que isso também se traduza num retardamento no desenvolvimento do cancro em humanos.

A investigadora acrescentou que a mensagem principal para as pessoas é que esta é uma alteração alimentar que pode ser muito fácil de fazer, sendo que não custa dinheiro e pode ajudar a prevenir o cancro no futuro, sublinhando que, na pior das hipóteses, não fará qualquer mal.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2008/11/18/eline/links/20081118elin021.html

Fármacos antidiabéticos podem ajudar a diminuir risco de cancro da próstata

Investigadores da Universidade de Tampere, na Finlândia, revelaram que os fármacos utilizados para controlar a diabetes podem ajudar a reduzir o risco de cancro da próstata.

O Dr. Teemu J. Murtola e colegas referiram, na “American Journal of Epidemiology”, que estudos recentes têm relatado uma diminuição do risco de cancro da próstata nos homens diabéticos, embora as evidências sejam controversas. Actualmente, não é claro se a utilização de medicação antidiabética afecta a associação entre a diabetes e o cancro da próstata.

Os investigadores estudaram um grupo de homens diagnosticados com cancro da próstata e um grupo de controlo com homens sem cancro da próstata, num total de 24.723 pares caso-controlo.

Os fármacos orais para a diabetes foram utilizados por 7,5 por cento dos homens com cancro da próstata e por 8,4 por centos dos de controlo. A prevalência de utilização de insulina foi de 2,5 por cento nos pacientes com cancro e de 3 por cento nos controlos.

A equipa de investigadores descobriu que os homens que tinham historial de tomar qualquer medicação para a diabetes tinham um risco 16 por cento menor de cancro da próstata.

A diminuição do risco foi comparável para todos os fármacos anti-diabéticos, incluindo metformina, sulfonilureias e insulina.

Os investigadores descobriram ainda que o risco geral, assim como o risco de cancro da próstata avançado, diminuiu com a quantidade e duração da utilização da medicação.

De acordo com os investigadores, o mecanismo potencial por detrás da diminuição do risco de cancro da próstata nos homens diabéticos é, actualmente, incerto. Muito provavelmente, as alterações no metabolismo da hormona endógena que ocorrem na diabetes têm um papel importante.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2008/11/18/eline/links/20081118elin034.html

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Reguladores alertam para potenciais riscos de fármaco injectável para bronzear

A entidade reguladora da saúde do Reino Unido está a alertar as pessoas para não utilizarem um fármaco injectável para bronzear, porque os seus potenciais efeitos secundários são desconhecidos.

O fármaco denominado Melanotan, que está disponível apenas na Internet, produz um bronzeamento ao estimular a quantidade de melanina, a protecção natural do corpo contra o sol.

Contudo, o produto não está licenciado e não foram conduzidos testes de efectividade, qualidade ou segurança, para se saber quais os possíveis efeitos secundários ou quão graves estes podem ser, segundo revelou a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido (MHRA, sigla em inglês).

David Carter, da MHRA, referiu que se estão a alertar as pessoas para não utilizarem este produto, e que estas não devem ser enganadas pensando que o Melanotan oferece um atalho para um bronzeado mais seguro e uniforme.

Carter acrescentou que a segurança destes produtos é desconhecida e que estes não estão licenciados, sendo que os efeitos secundários podem ser extremamente graves.

As vendas ilícitas de medicamentos na Internet são um problema em crescimento, uma vez que muitos destes produtos são falsificações de qualidade duvidosa e são potencialmente perigosos.

Na semana passada, numa operação conjunta, autoridades de nove países, incluindo Grã-Bretanha, Alemanha, Irlanda, Suiça, Israel, Nova Zelândia, Singapura, Canadá e os Estados Unidos, fizeram buscas a negócios suspeitos de fornecerem ilegalmente medicamentos na Internet.

Cancro da mama: Terapia de grupo pode ajudar a melhorar sobrevivência

Investigadores norte-americanos revelaram que a terapia psicológica de grupo para mulheres com cancro da mama pode ajudar, não só a lidar melhor com a doença, mas também a viver mais tempo.

A ideia de que este tipo de terapia possa estender a sobrevivência de pacientes com cancro tem sido controversa, nas últimas duas décadas, tendo estudos anteriores revelado resultados contraditórios.

Os investigadores, liderados pela Dra. Barbara Andersen, da Universidade Estatal do Ohio, estudaram 227 mulheres com cancro da mama, tendo cerca de metade seguido durante um ano terapia em grupos de oito a 12 pacientes, enquanto as restantes não o fizeram.

Após 11 anos, as mulheres que participaram na terapia de grupo tinham menos 56 por cento probabilidade de morrer de cancro da mama e tinham menos 45 por cento probabilidade do cancro voltar.

A Dra. Andersen referiu que as sessões de grupo, entre outras coisas, direccionaram-se para a redução das preocupações das mulheres, ensiná-las a relaxar e a melhorar as capacidades de lidar com a situação, a melhorar a dieta alimentar e os hábitos de exercício físico, e para desencorajar o tabaco e as bebidas alcoólicas.

Os investigadores revelaram, na revista científica “Cancer", que a melhoria da sobrevivência pode dever-se a uma melhor função imunitária devido à redução do stress.

A psicóloga Lois Friedman, do Centro de Cancro de Ireland, em Cleveland, referiu que existem evidências claras de que tais intervenções psicológicas podem melhorar o humor e a qualidade de vida, ajudar na aderência aos regimes terapêuticos e a melhorar o bem-estar geral.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AG0SU20081117?sp=true

Fármacos para a leucemia podem ser benéficos para diabetes tipo 1

Investigadores revelaram que dois conhecidos fármacos para a leucemia, o Glivec (imatinib), da Novartis AG, e o Sutent (sunitinib), da Pfizer Inc, impediram que ratos de laboratório desenvolvessem diabetes tipo 1 e colocaram 80 por cento dos ratos diabéticos em remissão.

Ambos os fármacos actuaram ao deprimir os sistemas imunitários dos ratos, que mantiveram os níveis de açúcar no sangue normais, mesmo depois do tratamento ter terminado.

De acordo com o Dr. Jeffrey Bluestone, da Universidade da Califórnia, em São Francisco, existem muito poucos fármacos para tratar a diabetes tipo 1, especialmente após o início da doença, por isso, este benefício, com um fármaco que já demonstrou ser seguro e efectivo em pacientes com cancro, é muito promissor.

O Dr. Bluestone referiu que o facto dos ratos tratados terem mantido os níveis de glicose no sangue normais, durante algum tempo após o final do tratamento, sugere que o imatinib e o sunitinib podem estar a “reprogramar” os sistemas imunitários de forma permanente.

Os investigadores testaram os fármacos em ratos com predisposição para a diabetes e descobriram que os medicamentos impediram que estes desenvolvessem a doença.

No estudo, publicado na “Proceedings of the National Academy of Sciences”, os fármacos também foram testados em ratos com diabetes, tendo demonstrado que o imatinib e o sunitinib colocaram a doença em remissão em 80 por cento dos animais, após apenas oito a 10 semanas de tratamento.

Segundo outro investigador, o Dr. Arthur Weiss, este estudo revela uma nova área de investigação no campo da diabetes tipo 1 e, mais importante, revela oportunidades entusiasmantes para o desenvolvimento de novas terapias para tratar esta doença e outras doenças auto-imunes.

A diabetes tipo 1, também denominada diabetes juvenil, é uma doença auto-imune provocada pela destruição das células produtoras de insulina no pâncreas, sendo diferente da diabetes tipo 2, que está relacionada com a obesidade, alimentação desequilibrada e falta de exercício físico.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AG78H20081117

Planta Índigo pode ajudar no tratamento da psoríase

Um estudo descobriu que a planta Índigo naturalis, uma planta azul escura utilizada na medicina tradicional chinesa, parece ser efectiva no tratamento da psoríase.

As descobertas, publicadas na última edição da “Archives of Dermatology”, do ensaio clínico que envolveu 42 pacientes que sofriam da doença há, pelo menos, dois anos, revelaram que a Índigo naturalis, na forma de pomada, foi segura e efectiva no tratamento da psoríase.

Os pacientes aplicaram a pomada à base de Índigo naturalis num lado do corpo e uma pomada placebo, ou seja, sem efeito terapêutico, no outro lado. Os investigadores verificaram a condição dos pacientes no início do tratamento e após duas, quatro, seis, oito, 10 e 12 semanas.

De acordo com os investigadores, as lesões tratadas com a pomada de Índigo naturalis demonstraram uma melhoria de 81 por cento, tendo as lesões que receberam placebo demonstrado uma melhoria na ordem dos 26 por cento.

Para 25 dos pacientes, as placas que foram tratadas com Índigo foram reduzidas completamente ou quase completamente. Nenhum dos pacientes do ensaio apresentou efeitos adversos graves, embora alguns tenham experienciado uma ligeira alergia cutânea.

De acordo com o investigador principal, o Dr. Yin-Ku Lin, do Hospital Memorial Chang Gung, em Taiwan, a actual medicação à base de esteróides pode provocar efeitos secundários como atrofia da pele, mas a Índigo naturalis apresenta muito menos efeitos secundários.

A Índigo naturalis já é utilizada há muito tempo, externamente ou via ingestão, na China e em Taiwan, para tratar diversas infecções e doenças inflamatórias, tais como papeira, faringite e eczema.

A utilização sistémica a longo prazo tem sido relacionada com irritação do tracto gastrointestinal e problemas no fígado.

A psoríase é uma doença crónica da pele, não contagiosa, para a qual ainda não existe cura, embora algumas terapias produzam uma remissão. As lesões têm relevo, são vermelhas, cobertas por escama prateada, e surgem sobretudo nos cotovelos, joelhos, região lombar e couro cabeludo, embora possam afectar qualquer área do corpo, cobrindo, nos casos mais graves, extensas áreas do tronco e membros.

Isabel Marques

http://medicosdeportugal.saude.sapo.pt/action/2/cnt_id/994/

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

FDA alerta para efeitos adversos de Zyprexa e Lamisil em crianças

A agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA), numa revisão de segurança, indicou que o fármaco antipsicótico Zyprexa (olanzapina), da Eli Lilly, e o medicamento antifúngico Lamisil (terbinafina), da Novartis AG, devem ser monitorizados relativamente a potenciais riscos de efeitos adversos na população pediátrica.

No que diz respeito ao Zyprexa, os reguladores relataram que não surgiram novos sinais de segurança como parte desta revisão. Contudo, esta alertou que a população pediátrica não está livre dos eventos adversos provocados pela terapia com olanzapina.

Os reguladores recomendaram uma revisão da informação de prescrição do fármaco, de modo a incluir o potencial risco de efeitos metabólicos que têm sido observados, tanto em adultos como em crianças que tomaram o fármaco.

Actualmente, o Zyprexa está aprovado para pacientes com mais de 18 anos, não sendo recomendada a administração de olanzapina a crianças e adolescentes. A rotulagem do medicamento já inclui uma referência relativa ao risco de aumento de peso nesta população.

A FDA também recomendou que seja efectuada uma investigação adicional relativamente aos eventos psiquiátricos relatados entre os pacientes tratados com Lamisil, incluindo depressão, ideias suicidas e dor auto-infligida.

Isabel Marques

Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=3009C82B57874FE79377B9798AEED452