Segundo um estudo realizado pela Universidade Nova de Lisboa denominado de “Serviços de Medicina Interna: ineficiência ou comparação “injusta”", os hospitais com mais especialistas em medicina interna têm um menor custo global.
Este estudo analisou o papel da medicina interna dentro dos hospitais e concluiu que os médicos da medicina interna diferenciam-se dos especialistas por terem uma formação mais abrangente e pluridisciplinar, tratando não só dos casos mais complexos e variados, mas também dos mais terminais e severos. É por este motivo que são associados a um maior consumo de recursos por paciente tratado.
O estudo procurou analisar esse consumo de recursos, comparando o desempenho de várias especialidades para a mesma patologia e gravidade do estado de saúde, e chegou à conclusão que os médicos de medicina interna provocam menos custos para a mesma produção, sobretudo nos hospitais maiores, com grau de complexidade global controlada pelo índice case-mix, que engloba as diferenças da complexidade de casos tratados, juntando-os sem diferenciar especialidades.
A experiência de aumentar em 1% os especialistas de medicina interna, revelou uma poupança nos custos de 11%. Este resultado leva a concluir que nem sempre os serviços de medicina interna são maiores consumidores de recursos ou geram piores resultados de saúde.
A comparação com os serviços de pneumologia, revelou que a medicina interna tem menos dias de internamento e maior mortalidade. Os serviços de medicina interna são, em geral, similares aos serviços da especialidade. No entanto, os serviços de medicina interna apresentam maior taxa de mortalidade. A simulação de ganhos associados com a redução dos tempos de internamento tem uma vantagem de 10% no valor globalmente consistente com o resultante da análise agregada.
Paulo Frutuoso
Fonte: Hospital do futuro
segunda-feira, 11 de junho de 2007
Universidade Nova de Lisboa apresenta estudo sobre Serviços de Medicina Interna
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Investigação
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