segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Cancro digestivo vitima três mil portugueses por ano

O cancro digestivo mata anualmente cerca de três mil portugueses e é já o segundo tipo de cancro mais frequente em Portugal. Mas a frieza dos números pode ser explicada pela dificuldade do diagnóstico, uma vez que os sintomas que provoca são comuns a várias doenças.

Sérgio Barroso, director do serviço de Oncologia do Hospital de Évora, adianta que “só em Portugal, e segundo dados oficiais, são diagnosticados cerca de 5000 novos casos anualmente, sendo que em cerca de 25 por cento dos casos o diagnóstico só é feito quando a doença já está metastizada” (em estado avançado).

De facto, em Portugal apenas três em cada cem pessoas com cancro digestivo em estado avançado sobrevivem mais de cinco anos. Como os sintomas são comuns a várias doenças, são normalmente subvalorizados, o que leva a que o diagnóstico seja feito demasiado tarde.

Os principais sintomas do cancro digestivo passam essencialmente pela falta de apetite, emagrecimento, dores abdominais e perda de sangue nas fezes. “Evitar fumar, beber bebidas alcoólicas e comer em excesso” são alguns dos conselhos deixados pelo responsável para evitar esta doença, que é responsável por 130 mil mortes por ano, só na Europa.

Para o Sérgio Barroso, a solução poderá passar pela promoção de campanhas preventivas, pois “a informação é a arma fundamental para lutar contra uma doença que já é um problema importante em termos de saúde pública em Portugal”.

Inês de Matos

Fonte: Diário de Noticias, Público, Lusa

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