sábado, 23 de junho de 2007
Um nossa avanço no cancro da próstata
O modelo permite a interpretação dos dados gerais do desenvolvimento do tumor de uma forma muito mais próxima da realidade vivida pelo doente.
Para diagnosticar o cancro da próstata, o especialista recorre aos resultados de vários exames, tais como o toque rectal, e a biopsia. Seguidamente dá-se o cruzamento das informações, utilizando, quando necessário, modelos estatísticos para chegar à extensão da doença e, assim, decidir o tratamento mais adequado. É nesta fase que o modelo desenvolvido por Graciele é bastante útil.
Os modelos tradicionais, designados pelo nome nomogramas, só trabalham com probabilidades. A utilização das regras do Modelo Fuzzy, aumentam a possibilidade de oferecer aos doentes resultados mais concrectos, uma vez que oferece uma maior flexibilidade.
O novo modelo irá passar por uma etapa de testes até ser disponibilizado aos especialistas.
Liliana Duarte
Fontes: Saúde em Movimento
Nova lei europeia põe doentes em risco
A substituição das várias directivas europeias relativas à livre circulação, no espaço comunitário, de profissionais de saúde, incluindo farmacêuticos, por uma única lei está a gerar preocupação junto dos reguladores britânicos, que consideram que a medida põe em risco a salvaguarda dos interesses dos doentes.
Segundo os reguladores britânicos, os legisladores europeus colocaram a questão os direitos dos profissionais de saúde a exercerem a sua actividade em qualquer dos estados-membros da União Europeia acima da necessidade de salvaguardar os interesses dos doentes e de os proteger das más práticas profissionais. A breve trecho será possível aos farmacêuticos registados num qualquer estado-membro, mediante o registo na Royal Pharmaceutical Society, trabalhar no Reino Unido, na qualidade de visitantes, sem terem de se submeter ao processo de averiguação de competências e de boa conduta que se aplica aos farmacêuticos do país.
A Royal Pharmaceutical Society teme que essa opção, que deverá entrar em vigor no dia 20 de Outubro, venha a colocar em risco os doentes, e acrescenta ainda que o governo britânico decidiu que as exigências aplicáveis aos profissionais locais em termos de formação contínua não serão extensivas aos estrangeiros, favorecidos por uma norma interna que nem sequer surge contemplada na directiva europeia. As novas regras deverão começar a ser aplicadas em Outubro e encontram-se em fase de consulta pública até 17 de Agosto.
Carla Teixeira
Fonte: The Pharmaceutical Journal
Entecavir gera resistência a fármacos contra a sida
O entecavir, um recente antiviral análogo da guanosina utilizado para o tratamento da hepatite B crónica, gera resistência cruzada com outros medicamentos, usados no combate ao vírus da sida. Um artigo agora publicado no «New England Journal of Medicine» confirma o alerta dado em Fevereiro por especialistas reunidos numa conferência promovida pela Bristol-Myers Squibb, que comercializa o fármaco, sob a designação comercial de Baraclude.
No encontro realizado em Los Angeles, a especialista em Doenças Infecciosas da Universidade John Hopkins responsável pelo estudo que levou ao alerta divulgou os resultados do estudo que levou ao primeiro alerta. Chloé Thio enviou alguns dos dados apurados à Food and Drug Administration, num procedimento que acabaria por ditar uma modificação na bula que acompanha o entecavir. Explicou ainda que “as pessoas que sofrem de hepatite viral B e que também estiverem infectadas com o vírus da sida deverão consultar o seu médico imediatamente, para considerarem outras terapias alternativas”. Lançado em 2005, o entecavir foi agora alvo de novas investigações, que aferiram que nos doentes que sofriam de hepatite B e sida a administração daquele fármaco levou ao desenvolvimento de uma variante do vírus VIH que resiste aos antivirais lamivudine and emtricitabine.
Carla Teixeira
Fonte: Medical News Today, Médicos na Internet
Fobia social comum entre idosos
O estudo feito em 12.792 idosos detectou a doença em mais de 630 idosos, o equivalente a 5%. Não foi encontrada nenhuma associação entre o aparecimento da doença psiquiátrica e o nível económico das pessoas, a sua situação conjugal e o sexo.
Esta doença que até então se sabia ser comum nos jovens e adolescentes, atinge também os idosos.
Isolamento social, estados depressivos, ansiedade e medo excessivo de humilhação em certos contextos sociais, são alguns dos factores da fobia social.
O tratamento deve ser individualizado e dependendo das características apresentadas pelo doente, pode ser necessário o uso de anti-depressivos. Um acompanhamento psiquiátrico ajuda em muitos dos casos.
Liliana Duarte
Fonte: Saúde em Movimento
ABC da Saúde
Soliris aprovado pela Comissão Europeia
A empresa farmacêutica Alexion Pharmaceuticals Inc. anunciou a aprovação, pela Comissão Europeia, do Soliris (eculizumab), anticorpo monoclonal indicado para o tratamento de doentes com hemoglobinuria paroxística nocturna (PNH), alteração sanguínea grave que destrói os glóbulos vermelhos e conduz à morte prematura. O medicamento está já autorizado nos Estados Unidos.
Segundo informações avançadas pela firma de biotecnologia norte-americana, com sede em Coneticut, o lançamento do fármaco nos principais mercados nacionais da Europa deverá ser implementado ao longo deste ano e alargado a alguns países no ano seguinte, no seguimento das negociações com as entidades competentes, que a empresa quer alavancar de imediato. O anúncio surge escassos dias depois de a Alexion ter anunciado o resultado de um estudo de fase III realizado com o fármaco em que o Soliris mostrou capacidade para reduzir significativamente a hemodiálise nos doentes de PNH, baixando a ocorrência de anemias e tromboses e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
A hemoglobinuria paroxística nocturna consiste numa rara e penalizante desordem sanguínea de origem genética que destrói os glóbulos vermelhos e afecta parte do sistema imunitário. Manifesta-se através de sintomas como anemias graves, fadiga, dores permanentes e dificuldades em respirar, acompanhadas normalmente por episódios de hipertensão pulmonar, doenças de rins e produção de urina vermelha. Estima-se que a doença afecte actualmente oito a dez mil pessoas na Europa e na América do Norte.
Carla Teixeira
Fonte: RTT News, Morningstar, Reuters, Quote.com
Vacina contra a gripe das aves quase pronta
O governo indonésio, que em conjunto com a multinacional norte-americana Baxter International Inc. está a desenvolver uma vacina contra a gripe das aves, anunciou ontem que a imunização deverá estar pronta já no mês de Julho, e advertiu que, na eventualidade do surgimento de novos casos da doença, terá lugar uma vacinação em massa.

O governo indonésio associou-se a uma equipa de investigadores da multinacional Baxter International Inc. para produzir uma vacina contra a gripe das aves e revelou agora que o medicamento já foi sujeito a todos os ensaios clínicos, sendo de prever que a vacina possa, muito brevemente, vir a ser introduzida naquele mercado, presumivelmente já no próximo mês. A Indonésia é, até agora, o país atingido de forma mais severa pelo vírus da gripe das aves, que matou pelo menos 80 pessoas no país, de entre os cerca de 100 casos diagnosticados desde 2005.
Carla Teixeira
Fonte: Agência Xinhua
Liberalização da propriedade das farmácias é o dossier mais urgente
A nova bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, eleita na passada quinta-feira no âmbito de um processo renhido em que acabou por conquistar 54 por cento dos votos, definiu como prioridade máxima para o seu mandato a intervenção rápida da OF no processo de liberalização da propriedade das farmácias, que o Governo vai legislar nos próximos seis meses.
Na entrevista que, durante o período de candidatura, concedeu ao farmácia.com.pt, Irene Silveira tinha já referido que aquela seria uma das grandes prioridades do seu mandato, a par da reformulação do esquema de revalidação da carteira profissional dos farmacêuticos, considerando que, apesar de a liberalização da propriedade das farmácias ser já um dado adquirido, que dificilmente o Governo aceitará rever, deve a Ordem dos Farmacêuticos intervir rapidamente junto da tutela, assumindo uma posição de abertura ao diálogo e de capacidade de negociação.
Primeira mulher a conseguir escalar até ao topo da classe, numa profissão em que o sexo feminino predomina, Irene Silveira rende Aranda da Silva, com quem trocou alguns amargos de boca durante a campanha eleitoral, por ter criticado o silêncio e o alegado atavismo do seu antecessor na defesa dos interesses dos farmacêuticos, designadamente na questão da liberalização da propriedade dos estabelecimentos de dispensa de medicamentos, que dentro de cerca de meio ano deverão poder ser detidos por qualquer cidadão, independentemente da sua formação, e não apenas, como até aqui, por farmacêuticos.
Feita a contagem dos votos expressos na quinta-feira, e confirmando a conquista da liderança da OF, Irene Silveira mostrou-se optimista nos resultados do que disse ser a sua “grande urgência” neste momento, asseverando que pretende manter um “bom diálogo com as autoridades, com o Ministério da Saúde”, e prometendo “uma atitude diferente da que assumiu Aranda da Silva, que ontem lhe passou a gestão do organismo que representa a classe farmacêutica em Portugal. À semelhança do que defendeu durante a campanha, e conforme declarou ao farmácia.com.pt, Irene Silveira preconiza a importância da formação profissional contínua, mas também a valorização da experiência diária integrada no acto farmacêutico.
A nova bastonária é ainda crítica da venda de medicamentos não sujeitos a receita médica “sem garantia e controlo efectivo pelo farmacêutico”, considerando que a decisão do Governo de disponibilizar aqueles produtos em grandes superfícies e parafarmácias foi “mal acompanhada pela OF, que não conseguiu contrapartidas político-profissionais”. A submissão das estruturas à desregulamentação do sector da Saúde, e em particular do sector farmacêutico, é “um pesado fardo”, de acordo com a catedrática da Universidade de Coimbra, que prometeu “denunciar tudo o que ponha em causa a saúde pública” e “defender as reais capacidades do farmacêutico”.
O diálogo com os estudantes de Farmácia e os farmacêuticos mais jovens, bem como a mudança dos serviços administrativos para uma sede com mais condições são outros objectivos de Irene Silveira, que anteontem conquistou a liderança da Ordem com 1621 votos, num total de 3056 eleitores, batendo a única concorrente, Filomena Cabeça, membro da direcção nacional cessante.
Carla Teixeira
Fontes: Agência Lusa, Irene Silveira
Liraglutide apresenta resultados promissores para a diabetes
Os resultados do primeiro estudo dos cinco que compõem a fase III do Liraglutide, um análogo da hormona intestinal GLP1 de toma única diária, mostrou que este apresenta um controlo de glucose significantemente melhor que a insulina glargina.
O estudo de 26 semanas contou com 581 pacientes com diabetes tipo 2 controlados inadequadamente por dois dos medicamentos antidiabéticos orais mais utilizados: metformina (dimetilbiguanida) e glimepirida (sulfonilureia). Todos os pacientes no estudo continuaram com os dois fármacos e foram randomizados a adicionar uma injecção diária de Liraglutide, placebo ou insulina glargina.
A média do nível de HbA1c (hemoglobina glicosilada, ou seja, glucose ligada aos glóbulos vermelhos), no início do estudo, estava entre os 8% e os 8,5% e, no fim do estudo, mais de 50 por cento dos pacientes no grupo que recebeu Liraglutide tinha atingido o objectivo da Associação Americana de Diabetes de menos de 7%.
A redução de HbA1c no grupo do Liraglutide foi melhor em 0,2 pontos percentuais do que no grupo da insulina glargina, uma diferença que é estatisticamente relevante.
O Liraglutide actua ao estimular a libertação de insulina somente quando os níveis de glucose ficam demasiado elevados. Contrariamente à maioria dos tratamentos antidiabéticos, este fármaco também leva à perda de peso, em vez de provocar um aumento. O peso médio dos pacientes, no início do estudo, era de aproximadamente 85 kg. No final do estudo, a diferença de peso corporal entre os dois grupos era em média de 3,5 kg, estatisticamente favorável ao Liraglutide.
A Novo Nordisk desenvolveu o Liraglutide como alternativa à insulina. Os médicos que tratam os diabéticos afirmam que têm poucas opções antes de porem os pacientes num tratamento à base de insulina, do qual não poderão ser retirados e que pode requerer progressivamente mais injecções com o passar do tempo. O Liraglutide é uma versão manufacturada da hormona produzida naturalmente pelo corpo humano, GLP1, que estimula o pâncreas a produzir insulina.
A Novo Nordisk também está a testar o Liraglutide em pessoas obesas que não sofrem de diabetes, como um tratamento para a perda de peso. Segundo a farmacêutica, o efeito deverá ser maior do que nos diabéticos, uma vez que as pessoas com a doença tendem a ganhar algum peso à medida que a sua saúde melhora com a insulina. O fármaco experimental poderá ser utilizado em conjunto com insulina, porque reduz o peso e, consequentemente, os danos no coração provocados pela diabetes e obesidade.
A Novo Nordisk espera anunciar os resultados principais dos restantes quatro estudos durante a segunda metade de 2007 e primeiro trimestre de 2008.
Isabel Marques
Fontes: Novo Nordisk, Bloomberg, site da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal
sexta-feira, 22 de junho de 2007
Hospital de Faro renova site na Internet
Com um aspecto mais atraente e funcional, o site contém conteúdos informativos diversificados, como a historia da instituição e os seus objectivos estratégicos, estatísticas, possibilitando também o acesso a informação genérica sobre os vários serviços clínicos existentes no hospital.
Numa área exclusivamente dedicada à informação aos utentes, os cibernautas poderão também consultar o regulamento e os horários das visitas, a Carta dos Direitos e Deveres, o sistema de prioridades da triagem de Manchester, o guia on-line do utente, ou ainda a listagem de consultas de especialidade.
Existem ainda áreas dedicadas às questões mais frequentes, à comunicação social e à agenda de eventos e actividades, onde estão disponíveis para download alguns cartazes, programas e folhetos informativos sobre iniciativas que decorram no hospital.
Inês de Matos
Fonte: Região Sul (Jornal Semanário da Região do Algarve)
Plataforma online cruza medicamentos com doenças

Investigadores, médicos, farmacêuticos ou biólogos que procurem tratamentos novos podem aceder a uma ferramenta online desenvolvida por cientistas do Broad Institute do MIT e Harvard.
A plataforma chama-se Connectivity Map, um mapa detalhado com informação sustentada em dados do Genoma Humano, e que, permite associar as doenças aos medicamentos compatíveis, com base nos perfis de ambos.
Os especialistas norte-americanos acreditam que o resultado do cruzamento de dados poderá ajudar os investigadores a fazerem novas descobertas para os medicamentos já existentes.
Os testes experimentais arrancaram, no final de 2006 e, até ao momento, já estão catalogados no Connectivity Map cerca de 160 fármacos e compostos, sendo que, já foram sugeridas novas utilizações para os medicamentos “antigos”.
Os mentores da plataforma estão optimistas quando ao facto de, todos os medicamentos aprovados pela Food and Drug Administration, serem inseridos no mapa.
Raquel Pacheco
Fonte: Broad Institute MIT/Science/BMJ
FDA aperta cerco aos suplementos dietéticos
A entidade reguladora do sector do medicamento nos Estados Unidos da América (FDA) instituiu novas regras para a comercialização de vitaminas, produtos herbais e outros suplementos dietéticos, com o objectivo de garantir que aqueles fármacos são livres de substâncias contaminantes e estão bem rotulados. A medida entra em vigor a 24 de Agosto.
Em comunicado, o comissário da FDA Andrew von Eschenbach explicou que “esta medida ajuda a assegurar a qualidade dos suplementos dietéticos disponíveis no mercado, de modo a que os consumidores possam sentir-se confiantes em relação aos produtos que compram e ao facto de eles conterem, efectivamente, tudo o que é anunciado nos rótulos das respectivas embalagens”. Os fabricantes de produtos daquela área serão, na sequência da entrada em vigor das novas regras, obrigados a testar a identidade, a pureza, a força e a composição de todos os suplementos dietéticos que colocarem no mercado.
Carla Teixeira
Fonte: Agência Reuters
Tamiflu pode reduzir a metade o número de mortes
O uso do antiviral Tamiflu nas fases de prevenção e tratamento da gripe das aves e a criação de um stock do medicamento suficiente para a cobertura de 65 por cento da população de um país poderá reduzir a metade o número de mortes estimadas no cenário de uma eventual pandemia, segundo um estudo divulgado pela Roche e pela Universidade de Toronto, no Canadá.
De acordo com os especialistas, que deram a conhecer o estudo no âmbito de uma conferência sobre gripe realizada na capital canadiana, a administração do fármaco da Roche, tido como o mais eficaz no combate à doença, deverá ser feita nas fases de prevenção e após o surgimento da sintomatologia, asseverando assim que são tomadas todas as precauções para evitar a disseminação da pandemia. O Tamiflu é recomendado pela Organização Mundial de Saúde como uma defesa de primeira linha contra a gripe das aves, e desde o aparecimento da doença tem vindo a ser armazenado em largas quantidades pelos governos de todo o mundo.
Alguns países estão a planear a criação de stocks do medicamento que permitam a sua administração também na fase preventiva a todas as pessoas que por qualquer motivo tenham estado em contacto com indivíduos infectados. No entanto, a Roche alerta para o facto de a maioria dos governos concentrar esforços na armazenagem de quantidades limitadas de Tamiflu, para fazer face a eventuais necessidades de tratamento, considerando que seria preferível apontar como alvos ambas as etapas de combate à doença.
Em Portugal, onde não se registou ainda qualquer caso de gripe das aves e aquele medicamento só é vendido mediante a apresentação de receita médica, a primeira remessa de Tamiflu a chegar às farmácias, assim que «estourou» o primeiro alerta de uma eventual pandemia, esgotou de imediato. Entretanto, o Governo assegurou a criação de um stock de vários milhões de doses de Tamiflu, que foram sendo adquiridas ao longo de 2006, e que permanecem disponíveis para acção imediata no caso de um novo alerta.
Carla Teixeira
Fonte: Agência Reuters
Exforge da Novartis aprovado pela FDA
A FDA aprovou o medicamento para o tratamento de pacientes com hipertensão, que não conseguiram atingir a pressão sanguínea desejada após uma terapia com um bloqueador dos receptores da angiotensina ou com um bloqueador do canal de cálcio, ou para aqueles que sofreram efeitos secundários utilizando um dos dois tipos de fármacos. A aprovação por parte da FDA baseou-se num extenso programa clínico que envolveu mais de 5 000 pacientes.
A Novartis sublinhou que a aprovação foi baseada em dois estudos clínicos que mostraram que nove em 10 pacientes que tomaram Exforge atingiram o nível de pressão sanguínea desejado, assim como em dois ensaios que mostraram que a combinação dos tratamentos é mais eficaz a baixar a pressão sanguínea que o Diovan ou o Norvasc por si só. O analista da AG Edwards, Joseph Tooley, comentou que a aprovação cria possivelmente o agente mais eficaz de uma toma única diária para a hipertensão, disponível no mercado.
Nos estudos, mais de 80 por cento dos pacientes a tomar Exforge atingiram uma pressão sanguínea recomendada e também apresentaram uma taxa mais baixa de inchaço dos tornozelos em comparação com aqueles que só receberam amlodipina.
O Exforge combina as acções complementares do Diovan – que inibe a angiotensina II, uma hormona que causa o estreitamento dos vasos sanguíneos – e do Norvasc (amlodipina), que inibe a entrada de cálcio nas paredes dos vasos sanguíneos. Ambos os tratamentos permitem o relaxamento dos vasos sanguíneos, de modo a que o sangue possa fluir mais facilmente.
Nenhuma outra enfermidade mata tantas pessoas como a hipertensão, de acordo com a Associação Americana do Coração. A hipertensão causa danos nas artérias, sobrecarregando o coração, cérebro e outros órgãos vitais. A doença afecta quase 30 por cento dos adultos nos Estados Unidos e cerca de mil milhões de pessoas por todo o mundo. Apesar do uso intensivo das terapias actuais, cerca de 70 por cento de todos os hipertensos não conseguem atingir o nível de pressão sanguínea desejado, segundo a Novartis.
O Exforge conseguiu a aprovação europeia em Janeiro e é comercializado actualmente em nove países da Europa, incluindo Alemanha, Suíça e Reino Unido.
Em Portugal, existem cerca de dois milhões de hipertensos. Destes, apenas metade tem conhecimento de que tem pressão arterial elevada, somente um quarto está medicado e unicamente 16 por cento estão controlados.
Isabel Marques
FirstWord, Bloomberg, Novartis, Portal da Saúde
Merck e Ambrx firmam acordo para lançar nova geração de hormonas de crescimento
“Esta aliança é consistente com a nossa estratégia de trabalhar com os lideres da indústria, nos seus respectivos campos, e supõe uma validação da competência da Ambrx, no desenvolvimento de novos fármacos de grande valor”, explica James W. Young, delegado conselheiro da Ambrx.
De inicio, a colaboração deverá centrar-se essencialmente no produto mais avançado da Ambrx, o ARX201. O medicamento está ainda em fase de testes, no entanto, os investigadores acreditam que este fármaco permitirá uma administração menos frequente das hormonas de crescimento, contrariamente ao que acontece actualmente, já que a administração destas hormonas é feita diariamente.
François Feig, chefe do departamento de Endocrinologia e Cardiometabolismo da Merck Serono, explica que o “ARX201 tem potencial para estabelecer uma nova fase no tratamento de hormonas de crescimento. Uma administração menos frequente representaria um significativo avanço para os pacientes, no que respeita à melhoria da qualidade de vida, representando uma melhoria dos resultados do tratamento”.
Feig garante que o acordo agora alcançado, é uma forma de a Merck Serono cumprir “o compromisso permanente com as crianças e adultos que sofrem de desordens e precisam de tratamento com hormonas de crescimento”.
De acordo com os términos do acordo, a biofarmacêutica americana passará a deter os direitos de comercialização, a nível mundial, do ARX201. Apesar de não terem sido revelados os valores envolvidos, a Merck Serono deverá proceder a um pagamento inicial, ao qual se seguirão valores que deverão depender do sucesso da comercialização e desenvolvimento de novos produtos.
A Ambrx terá a opção de promover os produtos, em conjunto com a Merck Serono, no mercado norte americano, devendo existir uma comparticipação das duas empresas nos gastos inerentes à comercialização dos produtos, bem como no que respeita aos lucros obtidos. Por outro lado, se a Ambrx decidir não fazer uso desta opção, terá direito a benefícios não especificados, sobre as vendas mundiais dos produtos.
Inês de Matos
Fonte: PM Pharma
Recolha voluntária de Supositórios de Glicerina
Em causa está a detecção, no momento da desmoldagem dos supositórios, de uma situação em que alguns ficam aderentes ao invólucro, inviabilizando a sua correcta utilização. Em virtude daquele problema o Conselho Directivo do Infarmed ordenou, em comunicado emitido hoje, a suspensão imediata da comercialização de produtos dos referidos lotes.
Carla Teixeira
Fonte: Infarmed
Pacientes alemães testam telemedicina
Os pacientes, seleccionados de acordo com um conjunto de requisitos pré-definidos, são monitorizados através dos dispositivos que lhes foram entregues e que enviam alarmes via telefone sempre que surgem problemas. A pressão arterial irregular ou baixos níveis de açúcar no sangue são suficientes para enviar um alerta à central.
Os médicos avaliam os dados recebidos e entram em contacto com o paciente sempre que este se encontre em situações de perigo ou emergência. Para além disso, o médico de família do doente é avisado e é chamada uma ambulância.
A empresa responsável pelo sistema garante que as deslocações destes pacientes aos hospitais diminuíram para metade. Por outro lado, o novo método permite aos pacientes conhecerem melhor a sua doença.
Marta Bilro
Fonte: IGov
40% dos doentes em estado vegetativo são mal diagnosticados
Ambos os estudos, apresentados durante o encontro da Sociedade Neurológica Europeia, que decorreu na Grécia, foram conduzidos pelo Grupo de Ciência do Coma da Universidade de Liége, na Bélgica sob a responsabilidade do médico Steven Laurens. Numa das investigações, os especialistas estudaram mais de 100 pacientes, aos quais tinha sido diagnosticado o “estado vegetativo”, a “consciência mínima” ou que estavam “em condição incerta”.
Os pacientes foram examinados e avaliados de acordo com uma nova escala de recuperação de coma e os resultados demonstraram que 40 por cento dos doentes aos quais foi diagnosticado o estado vegetativo registavam níveis mínimos de consciência. Os investigadores constataram ainda que 10 por cento desses pacientes tinham capacidade para comunicar.
No outro estudo, que envolveu 356 paciente diagnosticados com o estado vegetativo, as conclusões demonstraram que cerca de metade conseguiram recuperar uma parte da consciência, e mais de um quarto dos doentes readquiriu uma boa parte das faculdades mentais, com capacidade para comunicar e obedecer às orientações dos médicos.
O estado vegetativo é uma situação clínica de completa ausência da consciência de si e do ambiente circundante, com ciclos de sono-vigília e preservação completa ou parcial das funções hipotalâmicas e do tronco cerebral”, refere um relatório do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida. O paciente em estado vegetativo, embora esteja de olhos aberto, não tem consciência do que se passa à sua volta.
Marta Bilro
Fonte: News Medical, G1 Globo.
Cientistas testam células estaminais na reparação de lesões cardíacas
Os investigadores acreditam que, desta forma, poderão evitar a ocorrência de um segundo ataque cardíaco ou de uma falha cardíaca fatal. O estudo, que envolve 60 pacientes, será conduzido por investigadores da Universidade de Bristol, no Reino Unido. Os cientistas vão analisar a capacidade das células estaminais para prevenir a formação de cicatrizes e quais as contracções que ocorrem no coração danificado em resultado dessa cicatrização.
Os participantes, que sofreram recentemente ataques cardíacos graves, vão ser injectados com células estaminais durante a cirurgia de bypass coronário, que se poderão transformar em tipos de células cardíacas capazes de regenerar os tecidos danificados.
Conforme explicou Raimondo Ascione, o principal responsável pela investigação, o facto de os doentes serem injectados com as suas próprias células estaminais diminui o risco de rejeição ou infecções. Para além disso, “contorna as questões éticas que resultariam da utilização de células estaminais provenientes de tecido embrionário ou fetal”, lembrou o especialista. O procedimento experimental, que vai decorrer em Bristol, deverá ter início em Agosto, durante um período de três anos.
“Se isto funcionar significa um tratamento novo que pode ser utilizado em muitos pacientes”, referiu Ascione. “Cerca de um em cada cinco pacientes com ataques cardíacos vai continuar a desenvolver falhas no coração. Alguns morrem dentro de dois ou três anos e os que ficam têm pouca qualidade de vida”, salientou o especialista.
Marta Bilro
Fonte: Forbes, Daily Mail, The Guardian.
FDA aprova “caixa de comprimidos electrónica”
O Assistente Electrónico de Administração de Medicamentos (EMMA, na sigla inglesa) pode ser programado para fornecer doses individuais de 10 fármacos diferentes, até o período de mês. O aparelho inclui também software que permite aos médicos gerir as prescrições através de um computador e pode ser ligado à internet para que as doses sejam controladas.
A caixa de comprimidos computorizada foi pensada para ser utilizada com a supervisão de um médico. As principais vantagens deste mecanismo residem no facto de ser possível reduzir os erros de dosagem e permitir aos médicos controlar a adesão do paciente ao tratamento.
“Vai ajudar a eliminar algumas confusões dos doentes quanto tomam medicamentos prescritos, e permite aos médicos a seguir mais de perto a medicação dos pacientes entre as visitas ao consultório”, afirmou Daniel Schultz, director do centro de dispositivos da FDA.
O aparelho armazena as prescrições médicas, emite um alerta sonoro na altura em que o paciente deve administrar as substâncias e liberta os comprimidos através de um tabuleiro, quando for activado pelo doente e no tempo apropriado. Esta nova tecnologia vai ser produzida pelo “INRange Systems”, deverá estar à venda no inicio do próximo ano mas ainda não tem preço definido.
Marta Bilro
Fonte: FDA, Forbes, Fox28.
Roche adquire NimbleGen
“As ferramentas de investigação genómica são a chave do futuro para qualquer grande grupo farmacêutico”, afirmou uma porta-voz do laboratório suíço. “Estas ferramentas ajudam-nos a perceber as causas genéticas das doenças e os factores de predisposição, ao mesmo tempo que auxiliam a identificação de potenciais medicamentos alvo”, acrescentou a mesmo responsável.
A NimbleGen passará a fazer parte da Roche Applied Science que desta forma dá mais um passo no mercado global de microchips de DNA que actualmente movimenta cerca de 446 milhões de euros por ano, e registou um acrescimento de 10 por cento em 2006.
A farmacêutica Roche anunciou ainda um alargamento, por mais 10 anos, do acordo com a Sysmex para a distribuição exclusiva de instrumentos de hematologia na América Latina, Europa, Sul da África e Oceânia. A aquisição da NimbleGen completa uma série de negociações na área da investigação genómica, levadas a cabo este ano pela Roche, nas quais adquiriu a 454 Life Sciences, a Bio Veris e a GuraGen.
Marta Bilro
Fonte: First World, Bloomberg, Hemscott, Saúde Business.
A falta de sono
A insónia é uma perturbação do sono, que se traduz frequentemente por queixas de sono insuficiente, em termos quantitativos ou qualitativos, e que provoca alterações na qualidade do descanso do indivíduo.
"As causas da insónia podem dividir-se em primárias ou secundárias. Às primárias estão associadas doenças psiquiátricas ou de outra índole. Nas secundárias, as origens podem estar ligadas a factores ambientais ou à ingestão de substâncias químicas", avisa o Dr. Patrício Leite, médico especialista em Medicina Geral e Familiar. Ainda relativamente às insónias secundárias, as causas são muito variadas.
Existem vários factores, que provocam este tipo de problemas, entre eles, podemos enumerar: o ruído, o excesso de luz no sitio onde dormimos, os hábitos higiénicos, o sedentarismo os horários de trabalho e lazer, o abuso de café, álcool e tabaco.
"É frequente uma pessoa adulta vir à consulta de Clínica Geral e referir que todas as noites tem dificuldade em adormecer, por vezes permanecendo acordada na cama mais de duas horas. Diz ainda que no dia seguinte se sente muito cansada, com dificuldades em realizar o seu trabalho, habitualmente esquecendo-se das coisas, ou seja, com uma sonolência diurna acentuada", explica Patrício Leite, relembrando as principais queixas das pessoas, que sofrem deste distúrbio.
40% da População Afectada
Em Portugal, cerca de 40% da população sofre deste tipo de problema. Mas este número alarmante depende de dois factores: da sensibilidade do médico para diagnosticar a perturbação do sono e da gravidade da situação individual.
Patrício Leite esclarece que "a prevalência na população dos 15 aos 44 anos permanece razoavelmente estável. Com o avanço da idade, verifica-se que a quantidade de sono por noite diminui, mantendo-se assim até à terceira idade. No entanto, a diminuição da quantidade de sono, por noite, não significa automaticamente uma perturbação do sono".
A duração da perturbação do sono depende de tudo o que lhe está ligado. Quando se trata de uma insónia primária, associada a doença crónica, naturalmente persiste. Quando associada a factores ambientais, externos, a mudança do ambiente fará cessar a insónia
Mulheres isentas de pagamentos
"Não pagam taxas moderadoras neste momento e não haverá uma nova taxa para este serviço", disse António Correia de Campos aos meios de comunicação social, numa conferência de imprensa para apresentar a portaria que regulamenta a lei de IVG.
O diploma foi publicado ontem no Diário da República e entra em vigor a 15 de Julho, nesta data o Governo, já terá nas suas mãos, os hospitais preparados para o procedimento, tabela de preços e o número dos médicos objectores de consciência.
"Os números que têm surgidos sobre a objecção de consciência são colhidos aqui e ali e já ouvi os números mais díspares. Estou certo que vamos ter no dia 15 de Julho uma resposta mais aproximada sobre essa matéria", disse Correia de Campos.
Para além da portaria, foi também lançado um verbete que os médicos deverão usar para se inscreverem como objectores de consciência.
Juliana Pereira
Fonte: Diário Digital
Roche suspende venda do Viracept
Esta suspensão por parte da Agência Europeia do Medicamento vem em consequência de um alerta lançado pela própria Roche, que comercializa a siubstância desde 1998, quando a marca verificou a existência de uma impureza química na constituição dos medicamentos para a Europa.
William Burns, da Roche, afirma que essa alteração na constituição do Viracept não representa um risco para os pacientes, que se queixavam da alteração no cheiro dos comprimidos, devido à contaminação com metanosulfato de étilo numa proporção acima do normal.
A substância que provoca a contaminação, no entanto, já foi entretanto detectada, contudo as vendas do medicamento nos EUA, no Canadá e no Japão ainda não foram suspensas.
Juliana Pereira
Fonte: Diário Digital
Nanoparticulas prometem revolução no tratamento da tuberculose
A tuberculose é uma infecção contagiosa, potencialmente mortal, causada por uma bactéria que se encontra no ar, a Mycobacterium tuberculosis,M. bovis ou M. africanum e atinge sobretudo os pulmões. De acordo com o portal Saúde na Internet, morrem mais pessoas de tuberculose, em todo o mundo, do que de qualquer outra doença infecciosa durável. A tuberculose mata aproximadamente dois milhões de pessoas por ano, 98 por cento das quais em países em desenvolvimento, e contagia cerca de 8 milhões anualmente. Um terço da população mundial encontra-se infectado pelo bacilo da tuberculose (bacilo de Koch).
Por sua vez, em Portugal, assiste-se a uma redução acentuada do nível endémico da tuberculose, directamente associada à melhoria dos índices de desempenho do Plano Nacional de Luta Contra a Tuberculose (PNT), com uma evidente redução da prevalência da resistência aos antibióticos específicos. Ainda assim, em relação à União Europeia, Portugal é um dos países com maior incidência de casos notificados e com maior expressão dos aspectos que lhe conferem o carácter de infecção emergente.
Apesar da Parceria Global para Combater a Tuberculose (Global Partnership to Stop TB), lançada pela Organização Mundial da Saúde em 2000, continua a haver pouco investimento em novos métodos terapêuticos para melhorar o tratamento, que actualmente envolve a utilização de, pelo menos, três fármacos (rifampicina, isoniazida e pirazinamida), de acordo com a resposta clínica do paciente. O facto de o tratamento implicar a toma diária de um grande número de comprimidos e cápsulas aumenta a hipótese de esquecimento ou abandono do mesmo.
O estudo realizado pelos investigadores brasileiros envolve a avaliação física e química, avaliação da biocompatibilidade e a avaliação da fagocitose de macrófogos de forma a minimizar os problemas detectados durante o tratamento. As nanopartículas poliméricas são usadas para difusão pulmonar através de aerossóis e têm como objectivo facilitar o tratamento pela veiculação de três tuberculostáticos num único sistema, e aumentar a eficácia dos fármacos com redução de dosagem. O sistema utiliza nanopartículas de poliácido lático e copolímeros de ácido glicólico que contêm rifampicina, isoniazida e pirazinamida. O processo desenvolvido pelos cientistas permite transportar os medicamentos às células saudáveis e infectadas e libertar as substâncias no local, traduzindo-se num tratamento mais pontual, aplicado directamente nos pulmões, minimizando os efeitos secundários dos medicamentos.
Marta Bilro
Fonte: Pravda, Portal da Saúde, Manual Merk.
Farmacêuticas condenadas por práticas comerciais injustas
Num julgamento com proporções nacionais, o tribunal considerou as farmacêuticas responsáveis pelos medicamentos administrados pelos médicos. O mesmo tribunal descartou as acusações contra a Johnson & Johnson. O processo centra-se na estratégia inflacionárias das empresas sobre os preços recomendados para certos medicamentos, incluindo as quimioterapias.
Na acção judicual, os queixosos alegavam que os laboratórios farmacêuticos vendiam algumas substâncias aos médicos a preços mais reduzidos do que as estipuladas no preço médio de vendas e, “secretamente”, aliciavam os profissionais a pedir o reembolso total às seguradoras. A juíza encarregue do processo considerou que “as farmacêuticas se aproveitaram indevidamente do sistema ao estipularem preços muito elevados sem qualquer relação com o mercado”.
No caso da britânica AstraZeneca, o preço médio das vendas do Zoladex (Goserrelina) foi inflacionado até 169 por cento acima do preço actualmente pago pelos médicos. A Bristol-Myers Squibb foi acusada de inflacionar o preço médio de venda em cinco fármacos, entre os quais se incluem o Taxol (Paclitaxel) com uma subida do preço médio até 500 por cento, enquanto a Shering-Plough foi acusada de atribuir um preço demasiado elevado ao albuterol (comercializado em Portugal com o nome salbutamol), entre os 100 e os 800 por cento acima da média.
Numa reacção à sentença, Laura Hortas, a porta-voz da farmacêutica norte-americana Bristol-Myers Squibb, afirmou que a empresa acredita que “não é responsável pelo reembolso do valor que as seguradoras e a Medicare consideram como total das vendas de medicamentos, e que os seus próprios preços, vendas e práticas comerciais foram justas e razoáveis”. Por sua vez, a AstraZeneca e a Schering-Plough apenas comentaram que os preços praticados estavam de acordo com a lei. A Bristol-Myers Squibb já revelou que vai recorrer da sentença, enquanto as outras farmacêuticas estão a avaliar as suas opções.
Marta Bilro
Fonte: First World, Bloomberg, CNBC, Forbes, Schering-Plough Corporation.
Envelhecimento favorece doença de Parkinson
Um grupo de investigadores da Universidade de Harvard, que incluiu o português Tiago Fleming Outeiro, publica na edição de hoje da revista «Science» um estudo que poderá representar um passo em frente na investigação das causas da doença de Parkinson, contribuindo para a compreensão dos seus mecanismos moleculares e para o desenvolvimento de um futuro medicamento.

Os peritos desenvolveram um composto químico que pela primeira vez revelou, em testes laboratoriais in vitro e em moscas do vinagre, capacidade para travar a morte das células afectadas por aquela enfermidade. O estudo aferiu que a patologia está directamente relacionada com o processo de envelhecimento, o que na opinião dos especialistas poderá acelerar o desenvolvimento de novas soluções terapêuticas. A doença de Parkinson, crónica e neurodegenerativa, afecta a região do cérebro em que se encontram os neurónios, gerando um desequilíbrio do sistema nervoso que afecta os movimentos corporais. Naqueles doentes, dá-se a morte das células que produzem a dopamina, impedindo que o cérebro produza aquela substância, o que acaba por levar ao surgimento dos primeiros sintomas.
Tiago Fleming Monteiro explicou à Agência Lusa que “ainda não existe cura” para o mal de Parkinson, mas os tratamentos e medicamentos adequados “permitem aos doentes viver com a doença e ter uma vida normal”, já que repõem a dopamina que não está a ser produzida normalmente”. No entanto, de acordo com o investigador “a medicação pode deixar de ter o efeito desejado em algumas pessoas ao fim de alguns anos”, sendo por isso essencial apurar “quais os mecanismos celulares e moleculares que levam à morte ou perda dos neurónios”. Ao «Diário de Notícias», o cientista afirmou que o estudo agora publicado “é um passo importante, porque nos permite trabalhar no desenvolvimento de uma droga capaz de atacar as próprias causas da doença”.
A equipa de Harvard descobriu que “existe uma relação estreita entre alguns genes que estão ligados ao envelhecimento e o aparecimento da doença”, e também que “as drogas têm um efeito protector em modelos da doença, ao interferirem nos mecanismos envolvidos no envelhecimento”.
Carla Teixeira
Fonte: Agência Lusa, PortugalDiário, Diário de Notícias, Tiago Fleming Outeiro
Terapia genética para a doença de Parkinson
Um tratamento genético experimental para a doença de Parkinson, mal que afecta cerca de um por cento das pessoas com mais de 65 anos de idade a nível mundial, atestou a segurança daquele procedimento, que consiste na injecção de milhões de cópias de um gene no cérebro, com o objectivo de acalmar o circuito neurológico hiperactivo.
Desde a morte, em 1999, de um doente submetido a terapia genética a fim de tratar uma infecção, a investigação sobre aquele tipo de tratamentos tem incidido mais na aferição da sua segurança do que da sua eficácia, abrandando consideravelmente o número de técnicas terapêuticas aprovadas. Os responsáveis pelo estudo agora tornado público, que acompanharam 12 doentes durante mais de um ano, avisam que ainda é cedo para tirar conclusões quanto à eficácia do tratamento, mas frisam que o resultado é promissor e a abordagem merece ser estudada de forma mais aprofundada. O médico Michael Kaplitt, do Cornell Medical College, considerou, em declarações à revista científica «The Lancet», que os resultados iniciais da terapia analisada “são extremamente encorajadores”.
Os tratamentos convencionais para a doença de Parkinson actuam sobre uma zona do cérebro que se encontra hiperactivada, dando origem a uma falta de controlo de movimentos voluntários, rigidez e tremores. A nova técnica segue o mesmo intuito de electroestimulação, mas com ferramentas diversas. Os investigadores, oriundos do Instituto de Investigação Médica Feinstein e das universidades de Cornell e Nova Iorque, nos Estados Unidos, e de Auckland, na Nova Zelândia, utilizaram um vírus para transportar para o interior do cérebro o gene GAD, responsável pela produção de uma proteína capaz de travar a actividade do núcleo subtalâmico hiperactivado. Após um ano de tratamento não se verificou, em nenhum dos 12 pacientes acompanhados, a ocorrência de qualquer efeito secundário.
Carla Teixeira
Fonte: El mundo, BBC, Associated Press
Estrogéneos protegem o coração
Um estudo divulgado ontem pelo «The New England Journal of Medicine» atesta os benefícios da administração de estrogéneos para prevenir a formação de depósitos de cálcio nas paredes arteriais em mulheres com menos de 60 anos, explicando os menores riscos de enfarte verificados naquele grupo populacional.
A acumulação de cálcio naqueles tecidos representa um risco acrescido de doença cardiovascular, de acordo com os investigadores responsáveis por este documento, que apontam como factores cruciais ao sucesso da terapia a idade e o número de anos decorridos sobre a entrada das mulheres na menopausa. Meses depois de ter sido suspenso o anterior estudo «Women's Health Initiative», e de vários trabalhos na mesma área terem vindo a ser publicados, os especialistas reviram os dados do WHI e compararam-nos com os mais recentes, alterando as primeiras conclusões, derrotistas, sobre a terapia com estrogéneos.
Envolto em alguma polémica por contemplar apenas os efeitos dos estrogéneos na prevenção dos ataques cardíacos, deixando de fora por exemplo uma averiguação do seu eventual impacto nos acidentes vasculares cerebrais ou outras implicações da toma daquelas substâncias, o estudo agora publicado teve como objectivo dar resposta ao fenómeno relatado há meses pela revista «Jama», que dava conta da diminuição dos riscos cardíacos daquela terapia em mulheres com menos de 60 anos de idade. Os investigadores repescaram algumas das participantes no estudo WHI com idades compreendidas entre os 50 e os 59 anos.
Carla Teixeira
Fonte: El mundo
Patente do Plavix continua válida
Um tribunal norte-americano sentenciou anteontem a validade da patente do Plavix, um dos medicamentos mais utilizados na prevenção de tromboses a nível mundial, no culminar de uma disputa legal plena de altos e baixos, mas que acabou por dar uma importante vitória legal aos laboratórios farmacêuticos Bristol-Myers Squibb e Sanofi-Aventis. De acordo com a sentença proferida por um juiz de Manhattan, a Apotex Inc., que moveu o processo contra os dois fabricantes e distribuidores do fármaco, e que no mês de Agosto do ano passado introduziu no mercado norte-americano cópias mais baratas daquele medicamento, “não conseguiu provar que a patente era inválida em qualquer dos cenários apresentados”.
Carla Teixeira
Fonte: Reuters, El Mundo
Irene Silveira à frente na corrida à Ordem
Adivinhava-se um duelo renhido e a expectativa está a confirmar-se: a contagem dos votos para a eleição da primeira bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, que teve lugar ontem, ainda não permite resultados conclusivos, mas quando estão apurados os boletins referentes à votação presencial, correspondentes a 15 por cento do universo de eleitores, a candidata da Lista B, Irene Silveira, segue na frente, mas com a Lista A, de Filomena Cabeça, no seu encalço. O volte-face ainda é possível.
Os resultados da contagem de votos presenciais para a Direcção Nacional, aferidos ao cair da noite de ontem (as urnas de voto fecharam às 20 horas) nas delegações de Lisboa, Porto e Coimbra, davam vantagem à professora universitária da cidade do Mondego. Irene Silveira reunia, nessa primeira contagem, 167 votos em Lisboa, 69 no Porto e 61 em Coimbra, enquanto Filomena Cabeça totalizava 91 votos na capital, 55 na Invicta e 34 na delegação da Zona Centro. Somando um total de 297 votos, contra apenas 180 da adversária, Irene Silveira surgia destacada na frente da corrida.
No entanto, e tendo em conta que apenas estão contados 15 por cento dos votos, a leitura final dos resultados poderá ser bem diversa desta, já que, se agora a Lista A reúne 5,7 dos votos e a Lista B 9,3 por cento, a verdade é que a candidatura de Filomena Cabeça ainda poderá reverter o actual cenário, bastando-lhe totalizar 52,2 por cento dos votos ainda não contados (somando pelo menos 1411 apoios ao volume de votos já contado), enquanto Irene Silveira precisa apenas de mais 1294 votos para poder cantar vitória. No dia seguinte àquele em que os farmacêuticos de todo o país foram chamados a pronunciar-se sobre o futuro da classe e da Ordem que os representa, a expectativa permanece…
Carla Teixeira
Fonte: Jovens com Cabeça
APEF promove estágios extracurriculares
A Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia abriu o período de inscrições para o seu programa de estágios extracurriculares deste ano lectivo, que incidirão nas áreas de Farmácia Hospitalar, Farmácia Comunitária, Industria Farmacêutica, Análises Clínicas e Distribuição Farmacêutica.
Pretendendo ajudar a colmatar uma lacuna há muito identificada até por entidades externas ao Ensino Superior nesta área, em termos de contacto dos estudantes de Ciências Farmacêuticas com a realidade profissional – o curso, com a duração de cinco anos, assenta numa sucessão de aulas teóricas e práticas e na realização de um estágio profissional, sendo esta a única altura em que o estudante tem contacto com a realidade profissional –, a APEF proporciona a oportunidade de os alunos de Ciências Farmacêuticas poderem, antes da etapa final do curso, ter esse contacto com o meio em que mais tarde desenvolverão a sua actividade profissional.
Normalmente, e tendo em conta que a formação universitária nesta área só prevê o estágio final de curso, são as iniciativas próprias dos alunos de Farmácia que dão aos interessados a possibilidade de irem adquirindo alguma experiência prática ao longo dos cinco anos de curso. Nessa medida, a associação aponta como objectivo principal “colocar os estudantes em contacto directo com a realidade profissional nas diferentes áreas”, dando-lhes a oportunidade de adquirir noções sobre a prática farmacêutica, e “minorando a lacuna dos actuais planos curriculares”, incentivando a sua participação em actividades que possam enriquecer a sua formação pessoal e a própria licenciatura, aprendendo mais e reforçando o seu currículo.
As inscrições estão abertas até ao próximo dia 13 de Julho. Para mais informações os estudantes interessados deverão contactar a APEF (presidente@apef.pt) ou o seu núcleo na associação académica da instituição de Ensino Superior que frequentem.
Carla Teixeira
Fonte: APEF
Apenas um em cada seis centros de saúde portugueses têm desfibrilhadores
Os dados, disponíveis online, na Carta de Equipamentos da Saúde (CES), mostram que o Algarve é a região do pais com mais desfibrilhadores disponíveis, enquanto que a sub-região de saúde de Lisboa possui apenas um, na unidade da Azambuja.
Vítor Almeida, da Associação Portuguesa de Medicina de Emergência (APME), garante que muitos centros de saúde não dispõem do equipamento, ficando esse aspecto dependente “do investimento de cada sub-região", reconhecendo também que "o Algarve estará bem apetrechado".
A APME tem vindo a alertar para a necessidade de reforçar o socorro pré-hospitalar “em recursos humanos, meios técnicos e formação de pessoal", defendendo a necessidade de existir um desfibrilhador em cada centro de saúde.
Segundo Vítor Almeida, é "muito frequente", ser necessária a intervenção do INEM, em centros de saúde, na assistência a vitimas em paragem cardíaca, ainda que considere que este facto "não é anómalo, porque o pessoal do INEM tem um desempenho mais experiente".
Contudo, na opinião do médico, "todos os médicos deveriam dominar o suporte avançado à vida. E qualquer sítio, onde são administrados remédios ou terapêuticas, onde acorrem doentes em grande número, deveria ter equipamentos de suporte avançado de vida".
No inicio do ano, existiam em Portugal 271 unidades de Serviço de Atendimento Permanente (SAP), mas as recentes reformas na saúde, decretaram o encerramento de 56 destas unidades de saúde.
No entanto, o número de desfibrilhadores existentes na rede de cuidados primários, continua a ser claramente inferior ao número de unidades de saúde que continuarão em funcionamento.
Inês de Matos
Fonte: Diário de Noticias
Continua a especulação sobre uma possível aquisição da Bristol-Myers Squibb
George Grofik, analista da Citigroup, sugeriu que a Sanofi-Aventis, que referiu ter terminado as negociações para adquirir a Bristol em Fevereiro, poderia usar a aquisição para aumentar a presença no mercado norte-americano e expandir a linha de produtos partilhados pelas farmacêuticas, no que diz respeito à diabetes, cancro e saúde mental. O analista comentou ainda que a recente decisão da FDA ao declinar à Sanofi-Aventis a aprovação do medicamento para o tratamento da obesidade, o Zimulti, pode impulsionar a intenção de uma aquisição.
Grofik acrescentou ainda que a incerteza que rodeia o tratamento da GlaxoSmithKline para a diabetes com o Avandia pode proporcionar o interesse da farmacêutica britânica em procurar uma fusão com a Bristol-Myers Squibb. Outra analista, Catherine Arnold, da Credit Suisse Group, também sublinhou que um negócio deste género não só iria permitir que a Glaxo tivesse acesso ao Plavix, como iria preencher as lacunas no seu portfolio, no que se refere a três terapias principais, em oncologia, doenças cardiovasculares e auto-imunes. Grofik referiu ainda que a Pfizer poderia estar interessada na Bristol para diminuir o impacto da expiração da patente do Lipitor em 2011.
Segundo os analistas, os desenvolvimentos desta semana favoráveis à Bristol podem ajudar a impulsionar o interesse entre os compradores. A Bristol-Myers conseguiu tambám uma revisão prioritária da FDA para o fármaco experimental ixabepilona, para o tratamento do cancro da mama metastizado. Na semana passada, a Bristol terminou os dois anos de suspensão, devido a um escândalo de contabilidade, permitindo à farmacêutica operar sem supervisão federal pela primeira vez, desde o acordo com um advogado norte-americano, em Nova Jersey.
Isabel Marques
Fontes: FirstWord, Bloomberg, BusinessWeek
Mais 300 medicamentos à venda fora das farmácias
De acordo com o Infarmed, este aumento do número de medicamentos que podem ser adquiridos fora das farmácias, deve-se ao facto de alguns medicamentos serem abrangidos pela legislação publicada terça-feira no Diário da República, que decreta o fim da obrigatoriedade de compra com de receita médica.
Estes medicamentos continuarão à venda nas farmácias, com receita médica, existindo comparticipação estatal nestes casos.
As vendas de medicamentos fora das farmácias movimentam já um total de 250 milhões de euros por ano, o que representa dez por cento do mercado total de fármacos, que atinge os 2,5 mil milhões de euros anuais.
Em Portugal, existem 400 postos de venda, licenciados desde há ano e meio, quando foi alterada a lei e as farmácias perderam o exclusivo da venda de fármacos, que disponibilizam cerca de 1500 medicamentos, sem receita médica.
Inês de Matos
Fonte: Sol
Shire compra fármaco da Renovo por 300 milhões de dólares
A Shire Plc, a terceira maior farmacêutica do Reino Unido, acordou pagar cerca de 300 milhões de dólares pela licença para desenvolver e vender o Juvista, fármaco experimental da Renovo Group Inc., que reduz as cicatrizes cirúrgicas.
A Shire irá pagar inicialmente 75 milhões de dólares e irá gastar 50 milhões de dólares para comprar sete por cento da Renovo. A Renovo poderá ainda receber cerca de 525 milhões dólares em lucros das vendas.
O fármaco, Juvista, poderá ajudar a Shire, no caso desta vir a sofrer uma diminuição das receitas das vendas do Adderall XR, para o tratamento da hiperactividade, se perder a exclusividade da patente em 2009. A Renovo referiu que o Juvista pode gerar uma receita na ordem dos mil milhões de dólares por ano, estimando que o mercado norte-americano pode valer cerca de quatro mil milhões de dólares, devido a sondagens que mostram que 90 por cento dos cirurgiões usariam um tratamento da cicatriz, caso estivesse disponível.
A Renovo irá receber da Shire 25 milhões de dólares, se o Juvista for aprovado nos Estados Unidos e mais 150 milhões de dólares consoante as indicações que forem aprovadas. A Shire irá suportar os custos dos ensaios clínicos para conseguir a aprovação nos Estados Unidos, enquanto a Renovo irá financiar os destinados aos regulamentos da União Europeia.
O CEO da Renovo, Mark Ferguson, referiu que o Juvista, que é baseado numa proteína naturalmente produzida pelo corpo humano que promove a reparação dos tecidos, poderá ser ainda utilizado num campo de aplicações mais abrangentes, desde queimaduras até cirurgias plásticas. A descoberta foi feita através de estudos da observação das propriedades únicas de cicatrização dos embriões de jacarés, que não ficam com cicatrizes, e depois pela sua duplicação num fármaco injectável feito à base da proteína. O fármaco é injectado na cicatriz, fazendo com que a ferida sare e promovendo a regeneração das células.
O fármaco irá entrar na fase mais avançada do desenvolvimento clínico em meados do próximo ano, sendo o pedido de regulamentação esperado, tanto nos Estados Unidos como na Europa, em 2010, podendo vir a ser lançado no mercado em 2011.
Isabel Marques
Fontes: Bloomberg, Times Online
Merck Serono e Ambrx criam nova hormona de crescimento
O desenvolvimento do produto da Ambrx, o ARX201, que já está nas fases I e II de estudos clínicos. Este químico tem excelentes propriedades farmacológicas que permitirão aos doentes reduzir para uma só vez diária, a toma de hormonas de crescimento.
«Acreditamos que o ARX201 tem o potencial necessário para estabelecer um novo modelo de tratamento de hormonas de crescimento», afirma o chefe do departamento de Endocrinologia e Cardiometabolismo da Merck Serono, François Feig. A empresa «tem um compromisso perante as crianças e os adultos que sofrem desordens que requerem tratamentos com este tipo de hormonas», acrescentou.
O representante da Ambrx, James W. Young, comentou que «a aliança com a Merck Serono, líder no desenvolvimento e comercialização de soluções inovadoras na terapia com hormonas de crescimento, faz parte da nova estratégia de trabalhar com líderes da indústria nos seus respectivos campos e supõe uma validação das capacidades da Ambrox para criar novos fármacos de alto valor».
Sara Pelicano
Fontes: Pm Farma e Ambrx
Mutação em proteína pode estar na origem de autismo

As proteínas, cuja função é fazer a ligação física entre as células nervosas, foram descobertas há mais de uma década por cientistas do UT Southwertern, porém a sua função tem permanecido por esclarecer. O novo estudo proporciona um conhecimento mais aprofundado da ligação das células nervosas do cérebro e fornece indícios acerca daquilo que pode estar errado nalguns casos de autismo.
Caso se venha a confirmar que o problema reside numa ligação anormal nas células cerebrais dos doentes com autismo, é provável que, um dia, os cientistas consigam transformar os frutos da descoberta em medicamentos. “Se conseguimos compreender qual é a função [dos componentes das células nervosas], poderemos ser capazes de elaborar estratégias terapêuticas”, salientou Ege Kavalali, neurocientista no “UT Southwestern Medical Center” e um dos autores do estudo. “Ainda é cedo para pensar nisso, mas talvez possamos intervir”, acrescentou.
Os resultados da investigação, publicada no jornal “Neuron”, indicaram que enquanto uma proteína aumenta a excitabilidade das células nervosas, a outra inibe a actividade celular. Estes efeitos dependem da regularidade com que as células funcionam. Os níveis de actividade dos neurónios desempenham um papel vital durante o desenvolvimento normal do cérebro das crianças. As ligações activas tornam-se mais fortes e sobrevivem à idade adulta, enquanto que as inactivas desaparecem.
Segundo explicou Ege Kavali, os especialistas acreditam que o autismo resulta de um desequilíbrio entre as ligações do nervo responsável pela excitação e inibição. “As mutações nestas proteínas foram recentemente relacionadas com certas variantes de autismo”, afirmou o cientista. “Este trabalho fornece uma percepção clara da forma como as proteínas funcionam. Nunca poderíamos projectar uma estratégia terapêutica sem perceber o que é que estas mutações fazem”, esclareceu o responsável. Ainda assim os investigadores previnem que muitos dos doentes que sofrem de autismo podem não ter problemas com os elementos envolvidos nesta pesquisa.
A equipa de investigadores centrou-se em dois componentes das células nervosas – as proteínas neuroligina-1 e neuroligina-2 que ajudam a selar as ligações das células nervosas. As proteínas podem situar-se nas sinapses, o local onde duas células nervosas se encontram e comunicam. Existem dois tipos básicos de sinapses, um deles põe em funcionamento a ligação das células nervosas, o outro desliga-as.
Na investigação realizada com ratos, os cientistas concluíram que a neuroligina-1 está presente nas sinapses responsáveis por pôr em funcionamento as células nervosas. Por outro lado, a neuroligina-2 foi relacionada com as proteínas que desligam as células nervosas. Os cientistas acreditam que o equilíbrio entre os dois tipos de sinapses é fundamental para um funcionamento saudável do cérebro. Alguns especialistas avançaram que um desequilíbrio nesse mesmo balanço pode estar na origem do autismo.
As mutações num gene humano ligado a uma proteína, reconhecida com neuroligina-3, já foram apontadas como causa para uma quantidade razoável de casos de autismo. O mesmo se passou com mutações em genes que codificam proteínas que se ligam às neuroliginas.
Os cientistas analisaram também o que acontecia quando transferiam artificialmente a mutação humana de neuroligina-3 para o gene de neuroligina-1 no rato. O objectivo foi simular o efeito provocado pela mutação nos humanos com doença de autismo. A experiência permitiu-lhes concluir que a mutação diminuía o número de sinapses e as tornava mais fracas. Não ficou exactamente esclarecido qual é o significado desta descoberta para as pessoas que possuem esta mutação, afirmou Kavalali. Até porque, a neuroligina-3 humana pode não provocar o mesmo efeito que a neuroligina-1 do rato, embora as duas proteínas aparentem ser muito semelhantes, sublinhou o especialista.
Marta Bilro
Fonte: Dallas News, Dental Plans, Huliq.com.
quinta-feira, 21 de junho de 2007
OMS actualiza o guia sobre asma e rinite
«Uma só via, uma só doença» é assim que o livro descreve a interacção que existe entre as vias respiratórias altas e baixas, entre a rinite alérgica e a asma.
Os médicos têm verificado que muitos doentes com rinite acabam por desenvolver também asma, muito devido à inflamação que a primeira causa nos pulmões. Da mesma forma, asmáticos tendem a ter rinite alérgica.
A imunoterapia sublingual é considerada o tratamento mais eficaz na cura da asma leve a severa. Corticoides intranasais e leucotrienos são também tomados em consideração para tratamento destas duas doenças.
O guia ARIA, elaborado pela Rede Glogal de Alergia e Asma da União Europeia e a Allergen, foi apresentado durante o Congresso da Academia Europeia de Alergologia e Imunilogia Clínica, em Goteborg (Suécia).
Sara Pelicano
Fontes: europress
Sindrome de Morte Súbita do Lactente (SMSL)
Em Portugal existe ainda pouca informação sobre este assunto, ao contrário dos outros países que, adoptam uma série de medidas relativamente simples, aplicadas ao cuidado dos bebés. Essas medidas permitiram a redução da taxa de mortalidade por SMSL.
Ainda se desconhece a causa da sindrome de morte súbita do lactente. No entanto acredita-se que, a morte inesperada de um bebé aconteça pelo facto de dormir de barriga para baixo.
Desta forma, recomenda-se deitar a criança de barriga para cima ou de lado e dormir num colchão consistente. O facto de ficar virada de barriga para baixo numa superfície fofa ou com um cobertor pode aumentar os riscos de morte por SMSL.
O sindrome de morte súbita do lactente é uma morte repentina e inesperada de uma criança aparentemente saudável.
Fontes: http://www.spp.pt/
http://www.manualmerck.net
Evento com o tema “Infecções Hospitalares: Prevenção e Impacto Financeiro”
O evento acontecerá entre as 12h45 e as 15h00, no Hotel Villa Rica, em Lisboa.
O objectivo desta sessão é reflectir sobre o problema das infecções hospitalares e pensar nas melhores estratégias para as prevenir. Detectar e tratar infecções adquiridas em meio hospitalar, assim como, melhorar a forma de aplicar essas estratégias é também um ponto a ser reflectido neste encontro.
O almoço terá como convidados o Dr. Maarten Grootswagers, Director da Divisão de Saúde da Europa, Médio-Oriente e África da JohnsonDiverseyo.
As inscrições terminam no próximo dia 27 de Junho. Para mais informações contacte o número de telefone 217 120 547 ou manda um email para: saude@groupvision.com
Liliana Duarte
Fonte: Jasfarma
Fertilidade masculina em debate em Coimbra
O colóquio será dirigido por Vellez de la Lacce, biólogo da Reprodução e director de um centro de Reprodução Medicamente Assistida em França, e pretende esclarecer e informar acerca da influência das substâncias tóxicas na saúde reprodutiva da população e transmissão dos efeitos negativos às próximas gerações.
O debate funcionará também como uma chamada de atenção para a actuação prejudicial e irreversível causada na fertilidade humana por substâncias como o tabaco, os herbicidas, os fungicidas e outros poluentes. É actualmente reconhecido pelos especialistas que os danos provocados se traduzem na diminuição dos números e da qualidade dos espermatozóides, podendo levar à fragmentação do material genético. Para além disso, as alterações reprodutivas são passíveis de serem transmitidas às gerações seguintes, ainda que não se tenha tido contacto directo com tais substâncias.
«É importante tratar as actuais gerações e prevenir os efeitos nefastos nas gerações futuras. É por isso necessário uma análise epidemiológica e de saúde pública de populações em risco que inclua uma abordagem de Medicina da Reprodução», salientou Teresa Almeida Santos, directora científica do Espaço Fertilidade.
Centrando-se na infertilidade masculina, a palestra vai também abordar a temática da Criptorquidia, uma malformação congénita frequente, caracterizada pela ausência de testículos no escroto, secundária à sua paragem na cavidade abdominal.
O evento terá lugar no Espaço Fertilidade, na Rua do Brasil, em Coimbra e destina-se a especialistas em medicina de reprodução, ginecologistas, urologistas e biólogos.
Marta Bilro
Fonte: Campeão das Províncias, Médicos de Portugal, Fábrica de Conteúdos.
Genéricos conquistam 18% do mercado nacional
Entre Janeiro e Maio deste ano, o mercado dos genéricos registou um aumento de 23,3 por cento, enquanto que nos primeiros meses do ano a quota média dos genéricos rondou os 17 pontos percentuais, face aos 14,77 por cento registados no período homólogo do ano anterior.
Segundo o comunicado emitido pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), de acordo com as previsões, no final de 2008, os genéricos deverão ocupar 20 por cento da quota de fármacos no mercado nacional.
Os resultados da venda ao público, por valor bruto de mercado, renderam, nos primeiros cinco meses de 2006, 195 milhões de euros, valor que ascendeu aos 240 milhões no mesmo período de 2007.
No que toca às substâncias activas, 10 correspondem a 60 por cento do total de genéricos vendidos, com a citalopram a ocupar o topo da tabela, seguida da glimepirida, isotetrinoína, omeprazol e sinvastatina.
Marta Bilro
Fonte: Diário Económico, Diário Digital.
Empresa portuguesa vai distribuir Mifepristone
O medicamento não é actualmente comercializado em Portugal e para requisitá-lo os hospitais terão que submeter um pedido de autorização especial à Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed). Para facilitar o processo, o será brevemente concedida pelo Infarmed uma “autorização especial” a uma empresa portuguesa de forma a disponibilizar o fármaco no mercado nacional.
Vasco Maria preferiu não revelar o nome da empresa seleccionada e adiantou que existem já 12 pedidos de hospitais que pretendem encomendar o fármaco directamente a Portugal, logo que a licença seja concedida.
A substância em causa actua nos receptores da progesterona, impedindo a actuação desta hormona como estabilizadora do útero para garantir o avanço da gravidez, favorecendo a ocorrência de contracções.
O responsável máximo do Infarmed disse ainda que, até quarta feira (21 de Junho), já foram concedidas 19 autorizações especiais a hospitais que pretendem proceder à importação da pílula abortiva. De acordo com o Infarmed, o processo análise e concessão de autorizações tem sido célere, não ultrapassando os dois dias.
Marta Bilro
Fonte: Diário Digital
Esquizofrenia: Pior prognóstico para os homens

Mulheres casadas, com emprego e vida social activa são – entre doentes com esquizofrenia – o grupo mais estável. O pior prognóstico está associado aos homens. Esta é uma das conclusões que sai do maior estudo europeu feito em doentes com esquizofrenia e que, amanhã, será divulgado durante o IV Colóquio Internacional de Esquizofrenia que decorre, até sábado, no Porto, na Fundação de Serralves.
«Esquizofrenia: Custo-eficácia – do adoecer ao tratar» («Schizophrenic Outpatients Health Outcomes» em inglês) é o tema do estudo que vai estar em cima da mesa e que envolveu 10 países da Europa e cerca de 11 mil doentes durante 3 anos de acompanhamento. A investigação contou com a participação de 175 doentes, sendo que, estima-se que existam, no País, entre 60 a 100 mil doentes esquizofrénicos.
De acordo com um comunicado da organização do evento, serão apresentados, no Porto, os dados mais recentes relativos à patologia. Levantando a “ponta do véu”, a mesma fonte antecipou que “o estudo revela que as mulheres com companheiro ou marido, emprego e vida social activa atingem, mais facilmente, a regressão dos sintomas. O pior prognóstico aparece associado aos homens.”
“As últimas conclusões do estudo iniciado, em 2001, mostraram que a taxa de recaída ao fim de 3 anos é de aproximadamente 25% (em doentes com formas menos graves da doença) e que o facto de ser mulher, ser socialmente independente, estar numa situação laboral remunerada, ter um cônjuge ou companheiro, muito contribuiu para a remissão da doença”, revelou a organização.
"Por estas razões parece oportuno que se discutam estes temas com vista a optimizar a utilização de recursos no tratamento da esquizofrenia. Foi a pensar nisso que organizamos este IV Colóquio de Esquizofrenia do Porto. Este é um novo momento importante para debater as mudanças necessárias", frisou o coordenador do estudo em Portugal e presidente do colóquio.
João Marques Teixeira explicou que a lógica que presidiu à distribuição dos temas “sustentou-se na necessidade de se percorrer os caminhos dos custos da doença para se chegar às relações de custo-eficácia quer do tratamento farmacológico, quer da estratégias de reabilitação.”
A esquizofrenia constitui uma das doenças que mais contribui para a despesa com a saúde nos países desenvolvidos. “Calcula-se que nos países europeus contribua com 1,9% do total do orçamento para a saúde. Na maioria dos países os custos directos com a doença representam apenas 1/3 do total dos custos, reservando-se os restantes 2/3 para os custos com os cuidadores informais e custos indirectos”, informou ainda o professor da Universidade do Porto.
Refira-se que, no Congresso Internacional de Esquizofrenia que decorreu, no Porto, em 2005, uma das conclusões polémicas e imediatas que um inquérito (realizado no País a 50 instituições) permitiu tirar - foi a inexistência de uma rede nacional de reabilitação do doente com esquizofrenia.
"O que existe na realidade é um conjunto de serviços isolados sem qualquer ligação em rede", denunciava, na altura, Marques Teixeira.
Esquizofrenia: o que é?
A esquizofrenia é uma das doenças mentais mais graves e incapacitantes do mundo, não só para o doente, mas também, para toda a sua rede de relações sociais e familiares.
Na prática, resulta numa profunda mudança da personalidade, do pensamento, dos afectos e do sentido da própria individualidade. É uma perturbação grave que leva o doente a confundir a fantasia com a realidade e que geralmente conduz a modos de vida inadaptada e ao isolamento social.
Em Portugal, existem cerca de 100 mil doentes esquizofrénicos, ou seja, cerca de um por cento da população nacional, números que acompanham a prevalência a nível mundial.
Raquel Pacheco
Fonte: Organização do evento/ABC da Saúde
Urgência do Hospital CUF Descobertas premiada
O prémio, no valor de 12.500 euros, foi entregue pelo ministro da Saúde, António Correia de Campos, durante as Primeiras Jornadas Ibéricas José de Mello Saúde. A fundação atribuiu ainda menções honrosas aos trabalhos “Maus-tratos às Crianças: Um Retrato Social do Departamento de Pediatria”, realizado no departamento de Pediatria e Serviço Social do Hospital Fernando da Fonseca, e “Sistema de Gestão de Camas do Hospital Fernando da Fonseca (HFF)”, do Órgão de Gestão de Camas do HFF.
O galardão, atribuído anualmente, pretende distinguir os profissionais das Unidade do Grupo José Mello Saúde que realizam trabalho de relevo ao nível do contributo para o progresso e melhoria da qualidade dos cuidados de saúde prestados e da qualidade organizacional dos serviços. Este ano, a avaliação do júri, presidido por Maria Amélia de Mello Bleck, recaiu sobre 10 trabalhos apresentados do qual saíram os três vencedores.
Marta Bilro
Fonte: José de Mello Saúde
Wyeth condenada a pagar 56 mil euros no processo do Pondimin

O laboratório já afirmou que está a rever as opções que lhe restam após ter sido ditada a sentença. Enquanto isso, as acções da empresa registaram, ontem (20 de Junho), uma quebra de 1,1 por cento para 42.79 euros.
O tribunal considerou válidas as alegações de que a farmacêutica norte-americana não teria advertido os pacientes adequadamente acerca dos riscos inerentes à toma do medicamento, mas recusou as acusações que afirmavam que o produto seria defeituoso e não teria sido devidamente testado.
A Wyeth, que a dada altura enfrentou mais de 175 mil reclamações contra os seus medicamentos dietéticos, está a trabalhar para chegar a um acordo em “várias centenas” de processos pendentes, apontou o porta-voz da empresa Doug Petkus.
O Pondimin foi retirado do mercado em 1997 depois de os investigadores terem relacionado a substância com o surgimento de problemas cardíacos e doenças pulmonares, que muitas vezes se revelaram fatais. Desde então, foram registados mais de 122 mil processos judiciais, enquanto que mais de 650 mil entraram em acordo com a farmacêutica. Dezenas de milhares de queixas não chegaram a julgamento.
Em 2006, as receitas da Wyeth atingiram os 15 mil milhões de euros, com lucros que ultrapassaram os três mil milhões de euros.
Marta Bilro
Fonte: First World, Wyeth, Bloomberg, Business Week, Market Watch.
Avandia atira Glaxo para o banco dos réus
Depois da quebra de receitas do medicamento nos Estados Unidos da América, o fármaco continua a causar dores de cabeça ao laboratório que terá agora que enfrentar uma batalha judicial desencadeada pela queixa apresentada num tribunal do Texas.
Os advogados alegam que a GlaxoSmithKline não divulgou convenientemente os riscos inerentes à toma do medicamento destinado ao tratamento da diabetes. O homem faleceu no mesmo dia em que o “New England Journal of Medicine” publicou um estudo que indicava que a substância aumentava em 43 por cento o risco de ataque cardíaco.
Ainda assim, o laboratório continua a apostar na eficácia do Avandia. “Vamos defender o nosso medicamento afincadamente”, afirmou Alice Hunt, directora do departamento de imprensa da GSK. “Vamos apoiar com firmeza a segurança do nosso produto e estamos confiantes de que agimos com responsabilidade, transparência e de acordo com o melhor interesse dos doentes”, acrescentou.
“Qualquer avaliação justa aos registos da empresa vai mostrar que a GSK analisou pormenorizadamente a segurança e eficácia do Avandia e transmitiu, através de várias maneiras, a informação de forma geral às autoridades reguladores, aos seus parceiros científicos, médicos e outros”, concluiu a responsável.
Marta Bilro
Fonte: Forbes, First World, Scotsman, Morning Star.
Valorizar a Farmácia e o Farmacêutico

O Almofariz não é só um dos símbolos do farmacêutico. Este utensílio tradicional representa, também, um prémio que visa a celebração da Farmácia. São os «Prémios Almofariz» - atribuídos pela primeira vez em Abril de 1995 – uma iniciativa da revista Farmácia Distribuição (FD) que pretende destacar o trabalho desenvolvido no sector.
O Laboratório de Estudos Farmacêuticos (LEF) foi o galardoado, a 10 de Maio, com o prémio “Projecto do Ano”, atribuído no âmbito da edição de 2007 dos «Prémios Almofariz».
O galardão distingue a actividade do LEF, no ano em que, foram inauguradas as novas instalações deste laboratório, inteiramente subsidiado pelos farmacêuticos de oficina portugueses.
O LEF é um laboratório independente, criado em finais de 1992, que se dedica ao estudo de matérias-primas de origem natural e sintética, estudos de produto acabado de produção industrial e manipulados, e a testes in vivo de comportamento de fármacos e formulações farmacêuticas. O LEF tem, ainda, como finalidade a criação de novas áreas, tais como dispositivos médicos, manipulados, dermofarmácia-cosmética, suplementos alimentares e produtos homeopáticos.
Representado simbolicamente por um dos mais significativos elementos da Farmácia de Oficina, esta distinção pretende valorizar a Farmácia e o Farmacêutico como intervenientes fundamentais da Saúde Pública.
Os «Prémios Almofariz» compreendem, actualmente, sete categorias: Medicamento NSRM do Ano; Produto de Dermocosmética do Ano; Produto do Ano; Anúncio profissional; Laboratório do Ano; Projecto do Ano; Figura do Ano.
Prémio "Desafiar o Futuro"
Entretanto, «Desafiar o Futuro» é outro prémio, desta vez, dirigido aos estudantes de Farmácia do país. Existe desde 1997, e foi criado com um duplo objectivo: incentivar e promover uma utilização correcta das técnicas de gestão no universo da Farmácia e proporcionar uma oportunidade única de integração profissional.
Na corrida ao prémio, os futuros farmacêuticos apenas necessitam de enviar um texto sobre um tema escolhido, anualmente, pela FD.
Em 2006, Luísa Peixoto Álvares, aluna do 6.º ano da FFUL, foi a estudante agraciada. O artigo premiado incidiu no tema: «Farmácia Comunitária: A diferenciação pela excelência».
Para a avaliação dos textos importa a qualidade técnica do texto, a qualidade da escrita e inovação. O vencedor terá direito a um estágio profissional completo (com a duração de quatro semanas, uma das quais na Irlanda) na GlaxoSmithKline Consumer Healthcare.