terça-feira, 5 de junho de 2007

DGS alerta para perigos das ondas de calor

Nos últimos 70 anos, o Verão de 2006 foi o quinto verão mais quente. Segundo um relatório apresentado pela Agência Europeia do Ambiente, a temperatura média no continente europeu tem tendência a aumentar.

Em 2003 verificaram-se os picos mais altos de temperatura desde 1931 e a mortalidade observou um aumento em relação aos outros anos em cerca de um milhar de óbitos, sendo a maior percentagem referente a idosos e crianças.

Dada a sua localização geográfica, a Europa é um dos continentes mais afectados pelo aquecimento global, com especial destaque para os países do sul.
Nos próximos 50 anos prevê-se que em Portugal em 20% dos dias a temperatura atinja valores superiores a 35ºC (Climate Change in Portugal. Scenarios, Impacts and Adaptation Measures – SIAM).

Como tal, o Ministério da Saúde colocou em prática o Plano de Contingência para as Ondas de Calor” (PCOC), em vigor desde 2004, que visa preparar as estruturas de saúde para gerir o risco de saúde das populações face as ondas de calor.
O PCOC consiste numa estratégia de prevenção que implica uma articulação entre diversos parceiros, incluindo as populações, para protecção da saúde pública.

Sob a coordenação das ARS/CRSP (Administração Regional de Saúde/ Centro Regional de Saúde Pública), os Grupos de Trabalho Regionais (GTR) deverão efectuar todos os dias uma avaliação do risco e definir qual é o respectivo nível de alerta e as medidas preventivas a tomar. Existem três níveis de alerta, consoante a gravidade: verde, amarelo e vermelho.
Posteriormente fica à responsabilidade dos GTR informar os Centros de Saúde, Hospitais, Governos Civis, o Instituto de Segurança Social e as autarquias do distrito qual o alerta do dia.

O PCOC está em funcionamento entre 15 de Maio e 30 de Setembro, por ser a época durante a qual a temperatura atinge valores mais elevados.

Durante este período a DGS salienta quais os maiores cuidados a ter, como evitar longas exposições ao Sol por muitos dias consecutivos, de modo a evitar problemas como a desidratação, esgotamentos ou golpes de calor que podem provocar graves lesões na pele ou levar à morte.

As elevadas temperaturas que se têm verificado nos últimos anos e as chuvas fortes que tiveram lugar nos meses de Outubro e Novembro do ano passado demonstram que Portugal é um dos países europeus afectado pelos chamados “fenómenos climáticos extremos”, que podem dar origem a uma desertificação do terreno e aumentar o risco de incêndio.


Fonte: Ministério da Saúde, Agência Europeia do Ambiente, Instituto de Meteorologia

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