terça-feira, 17 de julho de 2007

Lucros da Roche deverão crescer 16% no primeiro semestre do ano

Os lucros da farmacêutica suíça Roche deverão registar, no primeiro semestre de 2007, um aumento de 16 por cento, atingindo os 3,1 mil milhões de euros, comparativamente ao período homólogo do ano anterior, estimam os analistas. Os bons resultados são, em grande parte, impulsionados pelo sucesso das vendas do Herceptin (trastuzumab) e do Avastin (bevacizumab), dois fármacos destinados ao tratamento do cancro.

De acordo com uma estimativa elaborada pela Bloomberg a partir da análise de sete especialistas, as receitas líquidas da empresa, nos primeiros seis meses do ano, terão atingido os 3,1 mil milhões de euros, relativamente aos 2,72 mil milhões de euros registados no mesmo período de 2006. A Roche deverá divulgar os resultados relativos ao primeiro semestre no dia 19 de Julho

No que toca às vendas, os analistas calculam um aumento de 15 por cento para os 13,7 mil milhões de euros, relativamente aos mesmos seis meses do ano anterior. As vendas do Herceptin foram estimadas em 724,8 milhões de euros na primeira metade de 2007, uma subida de 30 por cento sobre o valor registado em igual período de 2006. As previsões indicam ainda um aumento de 43 por cento nas vendas do Avastin, ascendendo aos 604 milhões de euros.

O MabThera, comercializado nos Estados Unidos da América pela Genentech e pela Biogen como Rituxan, deverá registar, nos primeiros seis meses do ano, um crescimento de 14 por cento, para os 845,5 milhões de euros. Em suma, os especialistas prevêem que as receitas da empresa cresçam 15 por cento, para os 13,7 mil milhões de euros.

Andrew Fellows, analista da Helvea, considera que as atenções deverão centrar-se, principalmente, no Avastin, incluindo a nova submissão de autorização para a utilização do medicamento no tratamento do cancro da mama depois da Administração Norte-Americana de Alimentos e Fármacos (Food and Drugs Administration - FDA) ter requerido mais dados sobre a segurança e eficácia do medicamento. “O Herceptin está bastante saturado no mercado norte-americano, por isso as atenções estão concentradas no exterior”, acrescentou.

Marta Bilro

Fonte: First Word, Bloomberg.

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