O desconhecimento de que a asma é uma doença inflamatória crónica das vias aéreas que, em indivíduos susceptíveis, origina episódios recorrentes de pieira, dispneia, aperto torácico e tosse, acaba por limitar o dia-a-dia desses indivíduos “ao privarem-se de praticar desporto, sair à noite e visitar pessoas que têm animais ou que fumam”.
Estas pessoas “desconhecem ainda os tratamentos preventivos que os ajudariam a ter uma vida normal e sem tantas cedências, que muitas vezes os levam a faltar ao trabalho e à escola”, refere o especialista. Por outro lado, médicos e pacientes têm ainda pouco à vontade “no uso de inaladores, que são o melhor método para tratar esta doença”, acrescenta.
De acordo com dados da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, a asma afecta cerca de 150 milhões de pessoas de todas as idades no Mundo. Em Portugal calcula-se que estão afectadas cerca de 600 mil pessoas, sendo que 11 por cento são crianças e 5 por cento adultos.
Os tratamentos actualmente disponíveis têm vindo a reduzir consequentemente a taxa de mortalidade relativa a esta doença. Em dez anos, a mortalidade reduziu-se para um terço, o que demonstra que “as pessoas que têm formas de asmas mais graves têm a doença controlada”, salienta Mário Almeida. Enquanto há dez anos morriam cerca de 300 pessoas por ano, hoje este número já se fica pelos 100.
Anualmente, estima-se que o número total de pneumonias exceda os 100 mil casos e que 12 mil pessoas morram diariamente. A única forma eficaz de prevenção reside na “vacinação anti-gripal e anti-pneumocócica”, alerta o especialista.
Marta Bilro
Fonte: Destak, Portal da Saúde, Sociedade Portuguesa de Pneumologia.
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