sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Vacina contra a gripe pode ter menor eficácia nos idosos

Estudo americano analisou pessoas com mais de 65 anos; DGS reconhece “envelhecimento” do sistema imunitário deste grupo, mas insiste na prevenção

As conclusões de um estudo publicado na revista médica «The Lancet» vieram suscitar algumas dúvidas relativamente à vacina contra a gripe que estará disponível nas farmácias a partir do dia 1 de Outubro.

A nova investigação - elaborada na Universidade George Washington, nos Estados Unidos -, questiona a verdadeira eficácia desta vacina, concretamente, na população mais idosa (com mais de 65 anos) e um dos grupos de risco para a qual está indicada a prescrição prioritária.

Apontando a susceptibilidade deste grupo não resistir a complicações gripais, os investigadores revelaram à «The Lancet» que o estudo “demonstra uma eficácia menor nos idosos com mais de 65 anos.” Segundo reforçaram os cientistas americanos, “75% das mortes associadas à gripe são de pessoas com idades superiores a 65 anos.”

O certo é que, as pesquisas neste âmbito incidem muito sobre os mais jovens, sendo um facto que, existem poucos estudos que comprovem os efeitos da vacina nestas idades mais “avançadas”.

Entretanto, - em declarações ao «Diário de Notícias» - Graça Freitas, subdirectora-geral da Saúde, interpretou o estudo como um resultado baseado no facto de os idosos “serem pessoas mais débeis” reconhecendo que “têm um sistema imunitário envelhecido.” Contudo, a representante da Direcção-Geral de Saúde insiste na recomendação da toma da vacina, sublinhando que “o tratamento poderá ser a única forma de prevenir a gripe.”

Recorde-se que, para esta época gripal, as autoridades de saúde têm como meta aumentar a cobertura da população de risco, ou seja, as tais pessoas com mais de 65 anos e doentes crónicos. Segundo um documento do Observatório Nacional de Saúde do Instituto Ricardo Jorge, no ano anterior, notou-se “um aumento significativo da taxa de vacinação no grupo com mais 65 anos, atingindo mais de 50 por cento desta população.”

Raquel Pacheco
Fontes: DN/DGS

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