sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Rinite alérgica: níveis de pólen disponíveis online

Todas as semanas é elaborado um boletim policlínico de seis cidades do país e com recomendações aos doentes

A Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) disponibiliza, na internet, em tempo real, os níveis de concentração de pólenes existentes em seis cidades portuguesas – Lisboa, Porto, Coimbra, Évora, Portimão e Funchal. Este serviço assume um papel fundamental, quando os números “atiram” para a rinite alérgica um quarto dos portugueses.

A informação prestada pela SPAIC está disponível no endereço electrónico http://www.rpaerobiologia.com/. O projecto denomina-se por Rede Portuguesa de Aerobiologia (RPA) e, semanalmente, um boletim policlínico é elaborado com uma compilação dos dados recolhidos e recomendações aos doentes.

“Para cada uma das seis cidades abrangidas pelo projecto é apresentado o valor dos pólenes existentes por metro cúbico, as recomendações adequadas, a previsão policlínica e a informação meteorológica”, explica a organização.

O projecto RPA disponibiliza ainda um calendário policlínico nacional, informações úteis sobre os vários pólenes, além de um questionário onde os utilizadores podem testar os seus conhecimentos sobre esta matéria.

Rinite é sub-diagnosticada

De acordo com os dados da SPAIC, “25 por cento da população portuguesa sofre de rinite alérgica, 10 por cento de asma e outros 10 por cento de urticária.” As estatísticas disponibilizadas referem ainda que, “40 por cento dos doentes de rinite alérgica podem no futuro vir a desenvolver asma.”

Aliás, rinite e asma coexistem frequentemente. Um estudo actual considera mesmo que a rinite “é um fenómeno universal em doentes com asma alérgica ocorrendo em 99% de adultos e em 93% de adolescentes.” Outros estudos recentes revelaram que a asma aparece “três vezes mais nos indivíduos com rinite do que naqueles que nunca tiveram sintomas nasais.”

A rinite é uma doença que não tem cura, mas pode ser controlada. “É uma doença sub-diagnosticada e sub-tratada e uma grande maioria dos doentes habituam-se a viver “constipados”, sem procurar cuidados médicos”, lamentou a SPAIC.

Raquel Pacheco
Fontes: SPAIC/http://www.rpaerobiologia.com/

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