segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Dados preliminares de um estudo lançam suspeitas…
Vacina contra a sida pode facilitar contágio


Mais de três mil pessoas que participaram como voluntárias num ensaio clínico a uma vacina experimental da Merck contra a sida estão a ser aconselhadas pela companhia farmacêutica a realizar exames, depois de um estudo ter apontado a possibilidade de a própria imunização facilitar a propagação do vírus.

Segundo informações avançadas nesta sexta-feira pelas agências noticiosas Efe e Reuters, os investigadores enfatizaram o facto de ainda não disporem de dados suficientes para poderem afirmar com segurança se os voluntários submetidos à administração da vacina experimental se tornaram mais ou menos vulneráveis a um eventual ataque do vírus, admitindo que os dados preliminares dos ensaios clínicos, que foram interrompidos repentinamente no passado mês de Setembro, “são preocupantes”.
Mark Feinberg, vice-presidente para a área dos assuntos médicos e de saúde pública da Merck, esclareceu que “neste momento há um enorme manancial de dados a ser analisado”, depois de o Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, entidade que co-patrocinou o estudo, ter indicado o surgimento de 24 casos de infecção por HIV entre os 741 participantes no estudo, que receberam pelo menos uma dose da vacina, contra apenas 21 infectados entre os 762 voluntários a quem, no ensaio clínico, foi administrado um placebo.

Carla Teixeira
Fonte: Agência Reuters e Agência Efe

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