quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Estudo em andamento não revelou efeitos colaterais graves
Medicamento experimental renova esperança contra o cancro


A Mersana Therapeutics, companhia farmacêutica especializada em terapias contra o cancro, anunciou os resultados preliminares de um estudo de fase I de um fármaco experimental, o XMT-1001, que de acordo com a experiência em curso, que acompanha 12 pacientes com tumores sólidos avançados, parece demonstrar a ausência de efeitos colaterais graves.

Edward A. Sausville, médico, professor de Medicina e responsável pela área de Pesquisa Clínica do Centro Greenebaum de Cancro da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, apresentou estes dados no âmbito de uma conferência internacional subordinada ao problema dos alvos moleculares e terapêuticas, realizado na cidade de São Francisco, na Califórnia. O estudo de fase I pretendia aferir dos níveis de segurança, tolerância e farmacocinética do XMT-1001 intravenoso em doentes com tumores sólidos em estado avançado. O medicamento experimental da Mersana Therapeutics tem como substância activa a camptotecina, e é um inibidor da topoisomerase I com potente actividade antitumoral.
Comentando os resultados agora divulgados, o executivo-chefe da Mersana Therapeutics, Robert Fram, afirmou que os dados relativos ao ensaio clínico de fase I “demonstram que, em seres humanos, a camptotecina é libertada de forma gradual da plataforma Fleximer” (um novo material biodegradável e bio-inerte passível de ser ligado quimicamente a moléculas pequenas e a medicamentos biológicos), de modo a evitar os problemas comuns de segurança associados a medicamentos desta classe. Até agora – garantiu o médico – “não detectámos qualquer evidência de graves efeitos colaterais ligados ao medicamento, e o estudo está em andamento”.
Até ao momento, de acordo com o médico, “o XMT-1001 tem sido bem tolerado pelos pacientes”. Os resultados preliminares, frisou, “demonstram um perfil farmacocinético favorável, com baixos níveis de camptotecina, totais ou livres, recuperados na urina”. Segundo um comunicado emitido pela companhia farmacêutica, “o XMT-1001 é o mais avançado medicamento candidato baseado na plataforma Fleximer da Mersana”. Em estudos pré-clínicos foi bem tolerado e mais eficaz do que a camptotecina ou o irinotecan, segundo refere a empresa.

Carla Teixeira
Fonte: Mersana Therapeutics, PRNewswire

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