quarta-feira, 24 de outubro de 2007

GSK entra em acordo com a Tolerx por anticorpo monoclonal para a diabetes

A britânica GlaxoSmithKline (GSK) e a companhia biotecnológica privada norte-americana Tolerx, Inc. entraram num acordo global para desenvolver e comercializar o anticorpo monoclonal anti-CD3, otelixizumab, para a diabetes tipo 1 e outras indicações auto-imunes, da companhia norte-americana. A Tolerx poderá arrecadar cerca de 760 milhões de dólares com este acordo.

Segundo os termos do acordo, a Tolerx irá receber financiamentos de Investigação e Desenvolvimento (I&D), equidade e um pagamento inicial no total de 70 milhões de dólares. A companhia norte-americana irá também ser elegível para receber 15 milhões de dólares em custos de desenvolvimentos do fármaco, e poderá auferir pagamentos, quando forem atingidos objectivos, até 525 milhões de dólares, caso o tratamento seja aprovado para a diabetes tipo 1 e indicações adicionais. A GSK poderá ainda fazer um investimento na ordem dos 10 milhões de dólares no stock Tolerx, como parte do acordo.

O otelixizumab foi testado em dois estudos de Fase II em pacientes com diabetes tipo 1, e o acordo estipula que a Tolerx seja responsável pelo desenvolvimento de última fase do anticorpo monoclonal anti-CD3 para estes pacientes, incluindo os requerimentos às entidades reguladores. A Tolerx tem a opção de co-comercializar o fármaco nos Estrados Unidos, enquanto que a GSK terá direitos exclusivos de desenvolvimento e comercialização no resto do mundo. A companhia britânica também obtém os direitos de desenvolvimento do fármaco para a diabetes tipo 1 pediátrica nos Estados Unidos, sob os termos do acordo.

Nos ensaios clínicos, o otelixizumab demonstrou preservar a função das células beta que produzem insulina no pâncreas de pacientes com diabetes tipo 1, reduzindo a quantidade de insulina administrada necessária para controlar os níveis de glucose no sangue.

O otelixizumab também foi avaliado em dois ensaios de fase I como tratamento para a psoríase.

O fármaco irá expandir a pipeline biofarmacêutica da GSK. Esta é uma área chave de crescimento futuro e de investimento para a GSK e, como novo tratamento para muitas doenças mediadas por células T, o potencial do otelixizumab é significativo.

Os anticorpos como o otelixizumab são a resposta do sistema imunitário às infecções e outras doenças, e as farmacêuticas estão a tentar aproveitar o seu poder para combater doenças.

Isabel Marques

Fontes: First Word, www.rttnews.com, Bloomberg

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