quinta-feira, 7 de junho de 2007

Imigrantes com dificuldade em ter aceso a tratamentos do HIV

Os imigrantes e as minorias étnicas continuam a enfrentar grandes dificuldades em aceder aos serviços de saúde europeus, em especial no tratamento e prevenção do HIV/Sida

A European Aids Treatment Group é uma das associações internacionais que organiza a conferência sobre Migrações e HIV/Sida que hoje começa em Lisboa.

Com cerca de 200 participantes, incluindo redes comunitárias, autoridades da saúde, decisores políticos da Comunidade Europeia e de instituições internacionais e nacionais, reúnem-se a partir de hoje em Lisboa, para debater a situação de particular vulnerabilidade dos migrantes e minorias étnicas na Europa face à infecção pelo HIV/SIDA.

O coordenador do dossier da presidência portuguesa da União Europeia para a área de Saúde, Pereira Miguel, afirmou, em finais de Abril, ser «fundamental que a questão da saúde seja abordada não só nos países de origem dos migrantes, mas também nos países de trânsito e de destino».

Como principais preocupações e objectivos a seguir pela UE para garantir uma melhor saúde às pessoas migrantes, o responsável apontou a necessidade «de aumentar a informação disponível sobre a saúde, conseguir obter um melhor conhecimento sobre os problemas que são trazidos pelos imigrantes para a Europa ou aqueles que são adquiridos nos países de acolhimento».

De acordo com o responsável, os migrantes «são mais vulneráveis» e encontram-se expostos «a maiores riscos do que as populações europeias», sendo «as mulheres, as crianças e os imigrantes irregulares os grupos mais vulneráveis».

«Para melhorar a saúde dos migrantes é preciso olhar para as condições laborais, de vida e económicas, assim como para as suas redes sociais e hábitos», frisou, lembrando que o acesso restrito aos serviços de saúde por parte dos migrantes na Europa é influenciado pelas barreiras linguísticas e a iliteracia, mas também em grande parte, à falta de estatuto legal, pelo que é essencial «garantir uma melhor integração para melhorar a sua saúde».

«Lançámos esta conferência em Lisboa para discutir os principais desafios que enfrenta a Europa neste matéria e para que possam ser apresentadas recomendações que influenciem os processos políticos durante a Presidência Portuguesa [da União Europeia, a partir de 1 de Julho de 2007]», explicou à Lusa um dos responsáveis da organização e membro do EATG, Peter Wiessner.

Nuno Oliveira Jorge

Fonte: Lusa/SOL

1 comentário:

ptcp disse...

O Nuno tem submetido bons artigos mas tente escolher temas mais directamente relacionados com o intuito do portal da "Farmácia e do Medicamento".