segunda-feira, 23 de julho de 2007

Espanha autorizou uso combinado de erlotinib e gemcitabina
Melhorada sobrevida do cancro do pâncreas


As autoridades sanitárias de Espanha aprovaram a utilização do primeiro fármaco que na última década demonstrou capacidade para melhorar a sobrevivência dos doentes de cancro do pâncreas. A combinação da terapia biológica erlotinib com a quimioterapia gemcitabina consegue aumentar em 25 por cento a taxa média de sobrevida daqueles pacientes quando comparada com a quimioterapia isolada, sem um aumento significativo da toxicidade.

O governo espanhol aprovou o uso da combinação das duas substâncias para o tratamento do cancro do pâncreas metastásico, depois de conferir que nos últimos 10 anos, desde que a comercialização da gemcitabina teve início, não se produziu qualquer novidade farmacológica com efeito relevante no combate àquele tipo de tumor, normalmente assintomático até fase avançada do tumor, em que o doente já desenvolveu várias metástases. A nova terapia, que actua de uma forma específica e diferente dos tratamentos convencionais, será administrada por via oral e vendida no país vizinho pelos Laboratórios Roche, com a designação comercial de Tarceva e em doses de 100 mg.
A entrada do erlotinib no mercado farmacêutico espanhol acontece meses depois de aquele medicamento ter sido aprovado na União Europeia, em Dezembro. Nos Estados Unidos o erlotinib já tinha recebido a autorização da FDA em Novembro de 2004. Actualmente o uso da combinação de erlotinib e gemcitabina está autorizada em 15 países do continente americano e da Austrália. Nos Estados Unidos e na UE a terapia combinada é ainda usada no tratamento de estádios avançados do cancro do pulmão não microcítico com metástases. O cancro do pâncreas é o sexto mais frequente na Europa, causando uma média de 82 mil mortes anuais.

Carla Teixeira
Fonte: PM Farma

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