quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Estudo divulgado na revista científica «PLos Medicine»
Profilaxia da malária põe bebés em risco

Um estudo do Consórcio Internacional de Tratamento Intermitente da Malária divulgado nesta semana na revista científica «PLos Medicine» concluiu que a utilização de tratamentos para a prevenção da malária em crianças com menos de um ano acelera o seu sistema imunitário, mas tem o efeito contraproducente de potenciar o risco acrescido de uma recaída na forma mais grave da doença.

Na investigação, que entre 1995 e 1999 acompanhou 415 crianças em Ifakara, na Tanzânia (região onde existe um cenário endémico de malária), foi administrado de forma contínua, durante o primeiro ano de vida dos bebés, o fármaco profiláctico Deltaprim, visando reduzir a exposição das crianças aos antigenes do "plasmodium falciparum", o parasita responsável pela variante mais mortífera do paludismo. À luz dos resultados agora tornados públicos, a medicação preventiva teve como efeito uma aceleração do funcionamento do sistema imunitário dos doentes, comprovando-se também o risco de, mais tarde, essas crianças poderem desenvolver anemias e formas mais graves de malária. O Consórcio Internacional de Tratamento Intermitente da Malária congrega 17 unidades internacionais, sendo financiado pela Fundação Bill & Melinda Gates, com apoio da Organização Mundial de Saúde e da Unicef.

Carla Teixeira
Fonte: Agência Efe

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