quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Encapsulamento da substância previne a sua adulteração
Insulina: comprimidos podem substituir injecções


Uma equipa de investigadores da Universidade Robert Gordon, no Reino Unido, afirma ter descoberto uma forma de proteger a insulina, de modo a que aquela substância não se degrade quando administrada aos pacientes por via oral. À luz dos resultados de um estudo divulgado por aqueles especialistas na Conferência Farmacêutica Britânica, que termina nesta quarta-feira em Manchester, o encapsulamento poderá ser a solução.

Os cientistas asseveraram que a insulina pode ser protegida de forma química, evitando a sua deterioração por acção das enzimas durante o processo digestivo, circunstância que até aqui impedia a administração daquela substância em comprimidos, obrigando os doentes diabéticos a submeter-se à toma regular (em muitos casos diária) de injecções. A explicação era simples: para não perder as suas propriedades antes mesmo de entrar na corrente sanguínea dos pacientes, onde actua no sentido da regulação dos níveis de glucose no organismo, a insulina tinha de ser injectada directamente no músculo. Agora a investigação divulgada no Reino Unido acalenta uma nova esperança para os doentes diabéticos, designadamente aqueles que não são exactamente entusiastas do contacto com agulhas.
Num comunicado divulgado no âmbito da Conferência Farmacêutica Britânica, e a que o farmacia.com.pt teve acesso, um dos investigadores envolvidos neste trabalho explicou que a equipa de peritos da Universidade Robert Gordon tem orientado os seus trabalhos no sentido do desenvolvimento da insulina oral, porque há estudos que demonstram que grande parte dos diabéticos tem medo de agulhas. Na nota Colin Thompson sublinhou o impacto e a mais-valia que a possibilidade de tomar a insulina por via oral teria na vida daqueles doentes, “não só porque eliminaria a necessidade de injecções, mas também porque oferecia uma forma de tratamento muito mais cómoda e conveniente”.

Carla Teixeira
Fonte: Saúde no Sapo, comunicado da Conferência Farmacêutica Britânica

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