quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Hospital açoriano implementa projecto de monitorização de fármacos

O Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, está a apostar na implementação da Monitorização Terapêutica de Fármacos. Tal como o nome indica, o projecto permite monitorizar e optimizar os tratamentos farmacológicos ali aplicados, rumo a uma maior eficácia terapêutica.

Este método inovador permite maximizar as respostas eficazes dos doentes em resultado da aplicação de doses terapêuticas adequadas e minimizar a possibilidade de surgirem efeitos secundários indesejáveis. Desta forma, garante-se ao paciente uma melhor resposta clínica, reduzindo os efeitos tóxicos que os medicamentos prescritos poderão provocar, sobretudo em casos nos quais as margens terapêuticas são limitadas.

Um dos principais benefícios da utilização deste sistema reside no facto de permitir ajustar as concentrações dos fármacos às doenças, diminuindo o tempo do tratamento e os custos hospitalares, mesmo no período de internamento. Para além disso, evita-se o consumo desequilibrado de medicamentos - situação que frequentemente dá origem ao insucesso dos tratamentos e aumento de custos.

A coordenação do projecto, ainda em fase de desenvolvimento e aquisição de equipamento, está a cargo de José Resendes, consultor externo actualmente a residir nos Estados Unidos da América. A execução da Monitorização Terapêutica de Fármacos no hospital açoriano conta ainda com a participação de Luísa Mota Vieira, responsável pela Unidade de Genética e Patologia Moleculares do HDES, e de Paula Pacheco, licenciada em Ciências Farmacêuticas.

Citadas pelo jornal Açoriano Oriental, Luísa Mota Vieira e Paula Pacheco consideram que o “diálogo estreito entre os vários profissionais de saúde envolvidos no processo” é a chave para o sucesso do projecto. As responsáveis contam, por isso, com a participação essencial de clínicos, farmacêuticos e técnicos de diagnóstico e terapêutica.

A Monitorização Terapêutica de Fármacos, estreitamente relacionada com a prática da medicina personalizada, deverá estar implementada no HDES até ao final do ano. O método de monitorização pode, à partida, ser usufruído por todas as especialidades clínicas, sempre com o objectivo de melhorar a qualidade de vida do doente.

Marta Bilro

Fonte: Açoriano Oriental.

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