terça-feira, 18 de setembro de 2007

Osteoporose: Reclast reduz riscos de fractura da anca e aumenta sobrevivência

O Reclast (ácido zoledrónico), um medicamento da Novartis destinado ao tratamento da osteoporose, é benéfico na diminuição da probabilidade de ocorrência de fracturas subsequentes em doentes com osteoporose que já tenham sofrido uma fractura na anca. Um estudo recente demonstrou que a toma do medicamento, que consiste na administração de uma injecção anual, diminui em 35 por cento as hipóteses de sofrer fracturas ulteriores e em 28 por cento o número de mortes.

A investigação realizada pela Novartis pretendia avaliar os efeitos do Reclast (comercializado em Portugal como Aclasta) em fracturas adicionais depois do doente já ter sofrido uma fractura na anca. O estudo revelou que o fármaco aumenta o fortalecimento dos ossos e reduz o número de fracturas em zonas do corpo afectadas pela osteoporose, como a coluna, os punhos e os braços. Este é o único medicamento aprovado pela Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos para tratar a osteoporose e o enfraquecimento ósseo em mulheres que já tenham entrado na menopausa.

A pesquisa, divulgada pelo “New England Journal of Medicine”, envolveu mais de 2.100 pessoas que em algum momento da vida fracturaram a anca. Os participantes foram aleatoriamente administrados com uma dose anual de ácido zoledrónico, enquanto outros receberam um placebo, tendo sido posteriormente observados por um período de dois anos.

Os cientistas verificaram que, enquanto 139 pacientes do grupo que tomou o placebo sofreram fracturas posteriores, no grupo do Reclast as fracturas sucederam em apenas 92 doentes. Para além disso, registou-se uma diminuição de 28 por cento no número de mortes [101 mortes] no grupo que recebeu a injecção, comparativamente ao grupo que ingeriu o placebo [141 mortes].

A fractura da anca é a terceira mais frequente associada à osteoporose e a mais incapacitante, sendo responsável por complicações importantes, quer a nível da autonomia quer no que respeita à mortalidade pós operatória.

De acordo com o portal Médico Assistente, o aumento da esperança média de vida faz com que as mulheres passem cerca de um terço das suas vidas no período pós menopausa, tornando o problema da fractura da anca numa questão de saúde pública, com custos importantes a nível pessoal, familiar e social e também do ponto de vista económico para os sistemas de saúde.

“Este estudo sublinha a importância de fazer uma avaliação e gestão mais agressiva dos doentes com fracturas osteoporóticas, incluindo a fractura da anca. Sabemos que tais pacientes correm um risco elevado de fracturas posteriores e é importante que diminuamos esse risco para reduzir o número de seres humanos que sofrem bem como os custos económicos para esta doença a nível mundial ”, defendeu Ethel Siris, professora de medicina clínica não Centro Médico da Universidade de Columbia.

Marta Bilro

Fonte: The Earth Times, Medicoassistente.com, Farmacia.com.pt.

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