terça-feira, 16 de outubro de 2007

Desfibrilhadores da Medtronic: Doentes correm risco “mínimo” de disfunção

IPRC diz que pacientes portugueses não necessitam de observação urgente

O Instituto Português do Ritmo Cardíaco (IPRC) considera que os doentes que possam ter implantados aparelhos desfibrilhadores da firma Medtronic correm um risco mínimo de disfunção. Num comunicado enviado ao Farmacia.com.pt os responsáveis referem que os dados até agora disponíveis não justificam uma observação urgente dos pacientes.

O mesmo documento dá ainda a conhecer a posição sustentada pela Associação Europeia do Ritmo Cardíaco da Sociedade Europeia de Cardiologia que “não recomenda a substituição dos sistemas implantados, considerando que o risco da sua remoção ou da implantação de outro eléctrodo é superior ao da sua manutenção”.

Apesar de defender a necessidade de divulgar as recomendações europeias junto dos electrofisiologistas cardíacos, o IPCR refere que relativamente aos doentes portugueses “não se justifica a sua observação urgente”. Os pacientes devem manter a conduta que lhes é habitualmente recomendada, entrando em contacto com o médico caso notem algum sintoma ou descarga eléctrica efectuada pelo aparelho e comparecerem às suas consultas de seguimento nas datas programadas, salienta a nota assinada por Daniel Bonhorst e Pedro Adragão, presidente e vice-presidente do IPRC, respectivamente.

A reacção do IPRC surge depois da Medtronic ter retirado do mercado mundial aparelhos de desfibrilhação, utilizados na correcção de arritmias, por terem sido detectadas falhas no equipamento. De acordo com a empresa norte-americana, os problemas verificados dizem respeito aos eléctrodos de desfibrilhação Sprint Fidelis, uma espécie de cabos que ligam o coração ao desfibrilhador, pelo que, os desfibrilhadores “não têm qualquer problema e podem ser usados com outros eléctrodos”.

Marta Bilro

Fonte: Instituto Português do Ritmo Cardíaco.

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