terça-feira, 16 de outubro de 2007

Doenças oncológicas não são mistério em Coimbra

Cancro da mama é o que mais preocupa e mulheres são as mais "preventivas"; Helena Gervásio quer estudo na região Sul

Em Coimbra, as pessoas estão bem informadas sobre as doenças oncológicas. A conclusão saiu de um estudo divulgado, hoje, onde cerca de 65,5 por cento da população disse estar informada e, 27 por cento destes, considera-se bem ou muito bem informado. O cancro da mama é o que espoleta maior preocupação, avançou a Agência Lusa.

O inquérito – promovido Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO) e a Sociedade Portuguesa de Senologia e a Novartis Oncology - envolveu 142 cidadãos residentes em Coimbra. O cancro da mama é a doença que mais preocupa os inquiridos (77,5 por cento), seguindo-se o cancro da próstata (44 por cento), o cancro do pulmão (43 por cento) e o cancro do útero (41,5 por cento).

Durante a sessão de apresentação das conclusões do estudo, Maria Helena Gervásio, presidente da SPO, revelou que “em 90 por cento dos casos” os inquiridos estão conscientes de que a vigilância médica pode evitar o cancro, assim como, reconhecem na informação um meio para a detecção precoce. No entanto, segundo foi divulgado “um terço” assumiu não adoptar posturas de prevenção.

No que concerne aos meios de informação onde os inquiridos assimilam conhecimentos sobre a doença, a televisão lidera as respostas com (71 por cento), seguindo-se os folhetos informativos (60 por cento) e os jornais (47 por cento).

Relativamente ao perfil dos “mais preocupados”, o inquérito traça que “são cidadãos com idade mais avançada e com mais elevadas habilitações literárias, e com maior incidência - as mulheres.”

"Hoje a doença já não é igual a morte, como antigamente. Muitas vezes consegue-se a cura, daí a importância do estar informado", vincou Helena Gervásio, apelando para que seja feita, também, uma pesquisa que cubra o Sul do país no sentido de “se obter um visão mais genérica dos comportamentos dos cidadãos portugueses.”

De referir que, o Grande Porto já foi palco de um estudo similar.

Raquel Pacheco
Fonte: Agência Lusa

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