sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Estudo contesta eficácia de fármaco amplamente prescrito
Taxol não cura todos os cancros da mama


O Taxol (paclitaxel), medicamento produzido e comercializado pela Bristol-Myers Squibb e que é amplamente prescrito, em associação com a quimioterapia, no tratamento de mulheres que sofrem com o cancro da mama, não é afinal eficaz num grande número daquelas pacientes, à luz dos dados resultantes de um estudo divulgado pelo «New England Journal of Medicine».

De acordo com os especialistas, que se debruçaram na análise ao efeito do medicamento, o tratamento mais comum com recurso ao Taxol, que inclui aquele fármaco num cocktail de substâncias para limitar o reaparecimento do carcinoma mamário, só revela eficácia nas mulheres com um tumor específico (HER2 positivo), situação que corresponde apenas a cerca de 20 por cento dos casos. Nas doentes portadoras de outros tipos de cancro, o Taxol não tem um efeito significativo, a julgar pelos dados agora obtidos. No entanto, os especialistas avisam que os resultados deste estudo são ainda preliminares, considerando que seria prematuro para as pacientes optarem já por abandonar a terapia com o Taxol. No caso de estudos posteriores derem como comprovados os dados agora divulgados, os investigadores acreditam que será mais fácil a concentração do tratamento combinado de Taxol e quimioterapia nas pacientes que demonstrarem ser mais susceptíveis de obter dele um benefício real, como explicou, em declarações à Agence France-Presse, o director da clínica oncológica da Universidade do Norte do Michigan, Daniel Hayes.

Carla Teixeira
Fonte: AFP

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