sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Fármaco para a Síndrome de Hunter, Elaprase, aprovado no Japão

O fármaco biotecnológico Elaprase (idursulfase), da companhia britânica Shire, recebeu aprovação de comercialização, para o tratamento da Síndrome de Hunter, por parte da agência japonesa de medicamentos. A gestão das vendas e a distribuição do fármaco estarão a cargo da Genzyme.

O Elaprase, desenvolvido pela Shire Human Genetic Therapies Inc., é a primeira e única terapia enzimática de substituição aprovada para pessoas com Síndrome de Hunter. Este fármaco é administrado numa infusão semanal, e destina-se a tratar a causa fundamental da Síndrome de Hunter ao substituir a enzima iduronate-2-sulfatase, que está ausente ou que não é suficiente nas pessoas com esta doença.

O fármaco irá ser comercializado pela Genzyme no Japão e noutros países da Ásia/Pacífico, como parte de um acordo com a Shire. A Genzyme planeia lançar o Elaprase este trimestre, a seguir à aprovação de reembolso. Segundo o acordo entre as duas companhias, a Genzyme irá registar as vendas na região e conceder um terço das vendas líquidas à Shire. A Genzyme declarou que irá pagar 3 milhões de dólares à Shire pela aprovação de comercialização no Japão, e irá efectuar pagamentos na ordem dos 4 milhões de dólares quando forem atingidos objectivos.

A Síndrome de Hunter, também conhecida como Mucopolissacaridose II, (MPS II) é uma doença genética rara que afecta os homens, que resulta numa insuficiência enzimática, o que provoca a acumulação de desperdício das células nos tecidos e órgãos, que começam a falhar, levando a graves complicações clínicas, podendo resultar na morte prematura. A raridade da doença torna o Elaprase um fármaco órfão com uma base limitada de pacientes.

Apesar do só haver menos de 2 mil pacientes em todo o mundo, estima-se que as vendas do Elaprase cheguem aos 340 milhões de dólares até 2011.

Desde a sua aprovação nos Estados Unidos, em Julho de 2006, o Elaprase está actualmente aprovado para comercialização em 34 países em todo o mundo.

Isabel Marques

Fontes: www.networkmedica.com, www.hemscott.com, Reuters, CNNMoney.com

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