quinta-feira, 25 de outubro de 2007

J&J e Galapagos juntas para desenvolver fármacos para artrite reumatóide

A norte-americana Johnson & Johnson e a companhia biotecnológica belga Galapagos assinaram um acordo mundial para descobrir, desenvolver e comercializar terapêuticas orais de pequenas moléculas para a artrite reumatóide (AR). A Galapagos pode vir a ganhar até mil milhões de dólares com este negócio.

Segundo o acordo, a J&J poderá escolher até 12 programas dos alvos de AR internamente identificados da Galapagos. A companhia belga será responsável por descobrir produtos candidatos dos alvos seleccionados pela J&J, e irá desenvolvê-los através de testes de Fase IIa. A J&J irá depois ter uma opção de licenciar exclusivamente estes compostos, e irá assumir todos os desenvolvimentos posteriores e as responsabilidades de comercialização.

A J&J irá efectuar pagamentos iniciais de 17 milhões de euros (24,2 milhões de dólares) à Galapagos, que também poderá receber até 73 milhões de euros (104 milhões de dólares) em pagamentos quando forem atingidos objectivos de descoberta, desenvolvimento, reguladores e de vendas, por cada composto licenciado à J&J. A companhia belga será elegível para receber regalias sobre as vendas mundiais de qualquer dos produtos aprovados.

Em destaque incluem-se mais de 430 milhões de euros em pagamentos quando forem atingidos objectivos de desenvolvimento e reguladores caso seja lançado mais do que um produto, e até pagamentos de 346 milhões de euros quando forem atingidos objectivos de vendas, assim como quantias de dois dígitos em regalias.

Adicionalmente, a companhia norte-americana obteve uma opção para licenciar os produtos candidatos da Galapagos provenientes de outros programas de AR internos, incluindo o programa mais avançado da companhia baseado no alvo da quinase GT418.

Segundo o CEO da Galapagos, Onno van de Stolpe, esta é provavelmente a maior aliança de investigação do mundo centralizada na artrite reumatóide. A companhia espera ter três fármacos candidatos em ensaios clínicos para a artrite reumatóide em 2009. O CEO da companhia sublinhou ainda que a J&J está claramente à procura de uma nova geração de fármacos para substituir o Remicade, que é uma injecção e que os pacientes não gostam, sendo que somente 30 por cento respondem à terapia. O fármaco proveniente da aliança com a Galapagos poderá ser em forma de comprimido. Van de Stolpe acrescentou ainda que o objectivo da aliança é ter um tratamento no mercado entre 2012 e 2013.

Isabel Marques

Fontes: www.networkmedica.com, First Word, Reuters

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