quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Estudo italiano analisou qualidade de vida dos doentes
Diabéticos preferem bomba de insulina


Um estudo realizado em Itália analisou a qualidade de vida de 1341 diabéticos de tipo I e concluiu que os doentes submetidos à terapia com bomba de insulina vivem com menos restrições motivadas pela diabetes do que aqueles que têm de sujeitar-se às injecções diárias. Os resultados obtidos no estudo Equality I são muito semelhantes à realidade portuguesa.

A análise italiana aferiu que as restrições normalmente associadas à diabetes, designadamente em termos de regime alimentar e dos episódios de hipoglicemia (40 por cento inferior nos doentes que se submeteram à terapia com a bomba de insulina), concorrem para a insatisfação dos doentes diabéticos, e que no caso dos que utilizam o novo método o descontentamento em relação ao tratamento é 70 por cento menos incisivo. No âmbito do estudo foram constituídos dois grupos de doentes: 481 receberam tratamento com a bomba e 860 foram tratados com as múltiplas injecções diárias.
Antonio Nicolucci, médico director do Laboratório de Epidemiologia Clínica de Diabetes e Cancro do Instituto Mario Negri Sud de Chieti, em Itália, declarou, a propósito destes dados, que “a terapia com a bomba de insulina resultou numa redução do número de episódios hipoglicémicos, produzindo um efeito positivo sobre a qualidade de vida dos doentes, e mesmo aqueles que têm diabetes complicadas e difíceis de controlar ficaram satisfeitos quando utilizaram a bomba de insulina”. De acordo com os dados mais recentes da Federação Internacional da Diabetes, que o farmacia.com.pt já ventilou num artigo publicado há dias, actualmente haverá, à escala mundial, cerca de 246 milhões de pessoas, prevendo-se que o número de diabéticos possa atingir os 380 milhões em 2025. Todos os dias são diagnosticados 200 novos casos de crianças com diabetes de tipo I e estima-se que mais de 440 mil jovens com menos de 14 anos têm aquela doença. Em Portugal existem cerca de 650 mil portugueses diagnosticados com a doença, 10 por cento dos quais com a sua forma mais grave, para a qual não existe prevenção.

Carla Teixeira
Fonte: Comunicado de imprensa da Hill and Knowlton Portugal

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