quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Ministério da Saúde esclarece atribuição de novas farmácias

“Não existe qualquer dispositivo de preferência a não farmacêuticos”

Num esclarecimento enviado à Ordem dos Farmacêuticos, o Ministério da Saúde refere que a informação veiculada na imprensa acerca do concurso para atribuição de novas farmácias “carece de fundamento”, garantindo que não se propõe que seja dada preferência a não farmacêuticos. Em causa está uma notícia avançada pelo DN esta quarta-feira que afirmava que o Ministério da Saúde pretendia dar preferência aos não farmacêuticos na abertura de novas farmácias.

O Ministério afirma que “nos projectos de diploma regulamentares da propriedade das farmácias de oficina, actualmente em preparação, não existe qualquer dispositivo de preferência a não farmacêuticos nos concursos para novas farmácias”.

O que consta da proposta é o estabelecimento de “uma graduação dos concorrentes em função do número de farmácias, detidas, exploradas ou geridas, sendo graduado em primeiro lugar, em caso de igualdade, o concorrente com menor número de farmácias”.

Neste sentido, um farmacêutico que não detenha a propriedade de qualquer farmácia não será preterido por qualquer outro membro da população que pretenda entrar no negócio. A regra aplica-se apenas aos farmacêuticos que já possuem um estabelecimento do género, com a intenção de evitar a concentração.

Marta Bilro

Fonte: Ordem dos Farmacêuticos, Diário Económico.

7 comentários:

Carla Teixeira disse...

Olá, Marta. Reparei que no espaço de apenas 45 minutos publicaste no Farmacia Press três textos que se contradizem entre si. Normalmente isso faria algum sentido, se este site fosse de permanente actualização, e cada texto tivesse sido publicado imediatamente após ter sido escrito. Como tal não acontece, e visto que a publicação dos três textos amanhã ou depois não faz, do ponto de vista jornalístico, qualquer sentido, penso que seria mais vantajoso, e mais perceptível para o leitor, que as informações constantes nos três textos, e que dão conta de várias posições sobre um mesmo assunto, deveriam ser fundidas num só artigo, que contasse toda a história. É apenas a minha opinião, e sei que (apesar de dizer no cabeçalho do blog) não é suposto emitirmos opiniões e comentários sobre o trabalho dos colegas, mas neste caso julgo que se trata de uma ajuda importante. Sei que tens alguma experiência jornalística, e por isso acredito que aceitarás com boa vontade a minha intromissão. De qualquer modo, peço que não a interpretes de modo errado, como um exercício de arrogância, mas a vejas antes como uma opinião com vista a tornar mais produtivo o trabalho que todos fazemos. Em vez de ceder ao impulso da quantidade, devemos sempre privilegiar a qualidade que os nossos leitores nos merecem. Obrigada pela atenção, e desculpa uma vez mais a intromissão.

Carla Teixeira

ptcp disse...

Não sendo de incentivar este tipo de comentários percebo o ponto de vista da Carla.
Neste caso, um artigo que englobasse estas três abordagens à nova legislação da propriedade das farmácias, teria um destaque editorial que não será possível se os publicarmos individualmente. O formato online não permite uma organização dos artigos que uma paginação em papel permite.

Gostava de saber a opinião da Marta antes publicar estes temas, qual a sua intenção com a separação dos artigos e se aceita a sugestão da Carla.

De qualquer forma são três artigos muito importantes que merecem um lugar de destaque.

Espero a resposta da Marta para poder avançar com a publicação.

ptcp disse...

A alternativa à fusão dos artigos será a sua publicação em dias consecutivos.

Carla Teixeira disse...

Peço desculpa por insistir, mas vou tentar explicar melhor o meu ponto de vista. Jornalisticamente falando, só faz sentido publicar o último texto, visto que ele desmente os outros dois. Contudo, fundindo o material daria para aproveitar os três textos, de modo a contar a história do que se passou entre o primeiro e o último. Arrastar a publicação por vários dias faria com que o portal estivesse a difundir notícias que já estariam longe de o ser, até porque este assunto tem merecido ampla cobertura da parte dos meios de informação e já toda a gente ouviu falar do assunto. Ninguém vai ler daqui a três dias uma notícia que há outros três se arrasta pelas televisões e pelos jornais. No jornalismo o essencial é a actualidade. Mais vale uma notícia incompleta dada na hora certa do que uma muito completa dada quando já toda a gente teve conhecimento do assunto, por outros meios. Espero ter-me feito entender. Em nenhum momento foi minha intenção criticar o trabalho da colega. Acho apenas que, tendo em conta que produziu os textos todos de seguida, podia tê-los encadeado num só. Peço novamente desculpa pelo atrevimento dos comentários, mas penso que foquei aspectos realmente importantes. Obrigada a todos pela compreensão.

ptcp disse...

Já percebemos o seu ponto de vista Carla. Peço que respeite o cabeçalo do Farmacia-press e o meu comentário.

Quero apenas acrescentar que embora a actualidade seja importante, um portal como este é muito utilizado como ferramenta de consulta onde uma notícia tem uma validade superior à publicada num diário ou semanal em papel.

Espero que próximo comentário seja o da Marta.

xtrelitah disse...

Boa noite. Estou de acordo com a opinião da Carla em alguns pontos, motivo pelo qual, logo que escrevi os dois primeiros artigos e me preparava para redigir o terceiro enviei um e-mail para o press@farmacia.com.pt a expor a situação, as dúvidas que esta me suscitava e a solicitar a opinião da direcção acerca do assunto.
Passo, por isso, a transcrever o mesmo:
"Caro director,

Publiquei no Farmacia-press um artigo sobre uma notícia avançada pelo DN em que se dizia que o Ministério da Saúde pretendia dar preferência a não farmacêuticos na abertura de novas farmácias. No entanto,considero que o artigo vem um pouco atrasado porque foi publicado ontem pela imprensa portuguesa.

Para além disso o ministério já veio esclarecer o assunto, garantindo que não existe qualquer dispositivo de preferência a não farmacêuticos e que se pretende apenas fazer uma gradação dos concorrentes dependendo do número de farmácias detidas por cada um. Pelo que,também já publiquei um artigo sobre o esclarecimento do ministério.

A minha dúvida é se o primeiro artigo deverá ser publicado, uma vez que está já desactualizado. Por outro lado, se não esclarecermos a
situação poderá parecer que não nos apercebemos do assunto e que
noticiamos apenas o desmentido do ministério.

Estou à disposição para qualquer sugestão ou alteração que considerem adequada.

Com os melhores cumprimentos,
Marta Bilro"

Ainda assim, não considero, como a Carla sugeriu, que haja uma contradição entre os artigos. O timing é que torna descabida a publicação do primeiro texto.
Só não encadeei os três textos de imediato porque a terceira notícia surgiu depois de ter publicado os dois primeiros artigos. Ainda assim penso que transformar os três textos num só é o mais lógico do ponto de vista jornalístico. Disponho-me a fazê-lo o mais depressa que me for possível se assim o desejarem.
Para terminar, considero que a interacção entre colegas e as sugestões são muito importantes e valorizam o trabalho de uma redacção que deve sempre funcionar em equipa. Obrigada.

ptcp disse...

Vamos então esperar pelo artigo da Marta que aborde os desenvolvimentos destes três artigos.

Por algum motivo não tivemos acesso ao seu e-mail, mas penso que agora está tudo esclarecido.

Também acho que o trabalho de equipa é muito importante e esta colaboração foi produtiva. Mas não podemos cair na tentação de conversar via farmacia-press. Os comentários devem ser técnicos e objectivos não entrando em considerações pessoais de qualquer natureza. Por não se tratar de um sistema tipo msn devemos também respeitar o tempo de resposta aos comentários.

Mesmo assim a intervenção da Carla foi bastante positiva e o portal ficou a ganhar com esta partilha.

Bom trabalho para as duas!