quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Líder mundial na área dos medicamentos oncológicos
Vendas da Roche abaixo das previsões


A quebra na procura do Tamiflu, tratamento tido como preferencial na prevenção de uma eventual pandemia de gripe das aves, e a desaceleração no crescimento das vendas do Herceptin, indicado no tratamento do cancro da mama, impulsionaram a Roche Holding, o maior fabricante mundial de medicamentos oncológicos, para um volume de vendas inferior às estimativas avançadas pelos analistas para o terceiro trimestre deste ano.

Segundo dados avançados pela própria empresa, as receitas da companhia farmacêutica suíça sofreram uma subida de 5,7 pontos percentuais naquele período, atingindo os 11,1 milhões de francos suíços, cifrando-se um pouco acima dos 10,5 milhões registados no período homólogo de 2006, apesar de os especialistas consultados pela agência Bloomberg terem inicialmente previsto, para os meses de Julho, Agosto e Setembro, um volume de vendas na ordem dos 11,4 milhões de francos suíços.
Na bolsa, e cerca de um ano depois de o laboratório ter informado que as vendas do Tamiflu tinham atingido o seu maior pico e que as receitas provenientes da comercialização do Herceptin tinham tido um aumento de 18 por cento (o ritmo mais lento dos últimos cinco trimestres), as acções da Roche registaram a sua maior queda ao final da manhã de ontem: 6,1 francos suíços (2,8 por cento), para um valor unitário de apenas 210,6 francos, em Zurique. Embora o Herceptin e o Avastin, medicamento indicado para o tratamento do cancro do intestino grosso, tenham contribuído para o crescimento mais acelerado do laboratório suíço do que o dos concorrentes, as acções da Roche estão actualmente a ser transaccionadas a custo superior ao das farmacêuticas GlaxoSmithKline e Sanofi-Aventis. Os resultados, afirmou Denise Anderson, analista da Landsbanki Kepler, “não são tão empolgantes quanto esperávamos”.

Carla Teixeira
Fonte: Bloomberg

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