quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Acambis e Sanofi-Aventis desenvolvem vacina contra o vírus do Nilo Ocidental

A francesa Sanofi Pasteur, a divisão de vacinas da Sanofi-Aventis, entrou num acordo global exclusivo com a britânica Acambis Plc, para desenvolver e comercializar a vacina contra o vírus do Nilo Ocidental, que matou mais de 90 pessoas nos Estados Unidos este ano.

Segundo os termos do acordo, a Acambis irá receber um pagamento adiantado de 10 milhões de dólares, e será elegível para pagamentos pré e pós-comercialização até 70 milhões de dólares quando forem atingidos objectivos, baseados na aprovação do produto e nas vendas no mercado norte-americano. A companhia britânica terá ainda direito a receber financiamento para o desenvolvimento, e regalias sobre as vendas da vacina. A Acambis irá continuar a executar as actividades de desenvolvimento, até ao pedido de registo de licença junto das autoridades norte-americanas (inclusive).

A vacina irá ajudar a luta contra esta doença grave, que altera a qualidade de vida e que é potencialmente fatal. Os cientistas acreditam que uma vacina segura e efectiva poderá ser a estratégia mais custo-eficiente para prevenir a infecção por vírus do Nilo Ocidental. Actualmente, não existe nenhuma vacina humana para a prevenção da doença, nem nenhum tratamento específico. A doença emergiu nos Estados Unidos nos anos 90 e é considerada endémica no país.

A vacina experimental, que começou a ser desenvolvida pela Acambis em 1999, está actualmente na Fase II do ensaio clínico em adultos entre os 41 e os 64 anos e maiores de 65 anos. Os dados preliminares de um ensaio anterior de Fase II, em adultos saudáveis, demonstraram que 98 por cento dos sujeitos desenvolveram anticorpos específicos no soro, 28 dias após uma única vacinação. O perfil de segurança tem-se demonstrado satisfatório.

O vírus do Nilo Ocidental é transmitido pela picada de um mosquito e pode causar uma inflamação fatal no cérebro. Os sintomas mais graves podem incluir febre alta, dor de cabeça, rigidez do pescoço, estado de inconsciência, tremores, convulsões, fraqueza muscular, perda de visão, dormência e paralisia. Estes sintomas podem durar várias semanas, e os efeitos neurológicos podem ser permanentes.

Isabel Marques

Fontes: Reuters, www.tradingmarkets.com, CNNMoney, www.bizjournals.com

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