quinta-feira, 8 de novembro de 2007

China acusa farmacêuticas de publicidade exagerada

SFDA ameaça suspender 16 licenças de produção

A Administração Chinesa para os Alimentos e Fármacos (SFDA) ameaçou confiscar as licenças de 16 empresas farmacêuticas que alegadamente divulgaram anúncios que publicitam exageradamente os benefícios dos seus produtos.

De acordo com a entidade reguladora chinesa, os anúncios continham “uma grande quantidade de afirmações e promessas não científicas acerca dos benefícios e efeitos dos produtos”, relata a agência noticiosa oficial do país. Os responsáveis afirmam também que, para além de ter infringido as leis, esta publicidade fez com que os consumidores fossem induzidos em erro.

Entre os alegados exageros está uma afirmação da Tonghua Shenlong Pharmaceutical Co. de acordo com a qual um medicamento da sua responsabilidade poderia “produzir um efeito instantâneo num paciente que tenha sofrido de doença cardíaca durante sete ou oito anos”, refere a Xinhua.

A China tem vindo a lutar contra as infracções das empresas produtoras de medicamentos numa campanha intensiva para aumentar a qualidade dos produtos. A medida foi impulsionada pelos recentes relatos de contaminação, impurezas ou alterações na composição de alguns produtos, como pastas de dentes ou brinquedos e que denegriram seriamente a reputação das exportações chinesas.

O país está a tornar mais rigorosos os requisitos de qualidade para a atribuição de licenças para novos medicamentos e ordenou a reavaliação de 170 mil licenças de produção de fármacos atribuídas durante a direcção do ex-director da SFDA, Zheng Xiaoyu, executado em Julho depois de ter sido condenado à pena de morte sob acusações de corrupção relacionada com a aprovação de fármacos que não cumpriam os padrões de qualidade.

Marta Bilro

Fonte: International Herald Tribune, Pharmalot, Xinhua, Farmacia.com.pt.

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