segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Medicamento da Astra Zeneca para a depressão bipolar
Seroquel® aprovado no mercado brasileiro


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entidade reguladora do sector farmacêutico no Brasil, aprovou na passada quinta-feira o medicamento Seroquel® (quetiapina) da Astra Zeneca para o tratamento da depressão bipolar. Trata-se de um antipsicótico que anteriormente tinha sido aprovado para tratar a fase de mania do transtorno bipolar, e que agora passa a ser o único fármaco daquela classe a ser indicado para a terapia das duas fases da doença.

Depois desta aprovação o Seroquel® passa a constituir uma opção única e eficaz nos episódios depressivos e de euforia da doença, sem necessidade de quaisquer associações medicamentosas, situação que os especialistas consideram poder ser incentivadora de uma maior adesão ao tratamento daquele transtorno mental, pelo facto de tornar mais fácil uma terapia que, até ao momento, assenta na combinação de vários fármacos. A Food and Drug Administration (FDA), entidade que regula as áreas do medicamento e da alimentação nos Estados Unidos, avisou que a doença bipolar ainda é muito confundida com a depressão, razão pela qual muitos daqueles pacientes são erradamente tratados com antidepressivos, que não são aprovados pela FDA para a depressão bipolar.

Carla Teixeira
Fonte: InvestNews, Anvisa

2 comentários:

Rui Borges disse...

Este é um claro exemplo de um artigo onde não pode constar o nome comercial.

Foi tomado em consideração e publicado. Ver a correcção no farmacia.com.pt.

Bom artigo.

Carla Teixeira disse...

Caro director,

Permita-me discordar da avaliação feita ao facto de o nome deste medicamento dever ou não ser ocultado. Julgo haver uma diferença substancial entre informar os leitores do portal sobre o surgimento de um novo medicamento e a promoção desse medicamento. A informação pressupõe muitas vezes usar o nome, sendo que a publicidade obriga a muito mais do que a essa estrita menção. Dizer o nome do medicamento, ou atestar que ele é o único de uma classe com determinadas características não é, na minha opinião, promovê-lo, mas apenas informar os interessados. Sem referir o nome, a informação fica "descalça", e o farmacêutico que lê a notícia sabe apenas que há um fármaco com estas características, mas terá de procurar saber mais noutra fonte, que não o farmacia.com.pt. É apenas uma opinião, mas gostaria de a partilhar.

Obrigada a todos pela atenção.

Carla Teixeira