terça-feira, 11 de setembro de 2007

Ministro da Saúde diz que não há 20 mil diabéticos em risco de cegar

Correia de Campos desmente dados divulgados pelo DN

O Ministro da Saúde rejeita os números recentemente divulgados pelo Diário de Notícias e que dão conta da existência em Portugal de 15 a 20 mil diabéticos em risco de cegueira devido a atrasos nos tratamentos. Correia de Campos disse esta terça-feira, em Gaia, que os dados “não são verdadeiros”.

As afirmações do matutino relativas ao tempo de espera indicado para as consultas de diabéticos - um ano para ir à consulta e, mais tarde, alguns meses para receber um tratamento laser – são também desmentidas pelo responsável.

«Isso depende muito das administrações regionais de saúde (ARS)», disse Correia de Campos, apontando o caso da ARS do Centro, onde «a espera é mínima».

O ministro falava à entrada para uma conferência sobre gestão sistemas de saúde, no âmbito de um curso sobre esta especialidade promovido conjuntamente pelo Hospital Geral de Santo António (Porto), a Harvard Medical Internacional (Estados Unidos) e a Universidade de Lausanne (Suíça).

Durante a conferência, que se realizou à porta fechada, o ministro disse apenas ter intenção de falar sobre a evolução do Serviço Nacional de Saúde “nos últimos dois anos e meio, que tem sido positiva, com melhorias tanto em termos de saúde financeira como de ganhos de saúde para os utentes”.

Marta Bilro

Fonte: Diário Digital, Lusa.

Roche processa Teva para impedir genérico do Boniva

A Roche Holding AG vai processar a Teva Pharmaceuticals na justiça norte-americana. O caso envolve a produção de uma versão genérica do Boniva (Ibandronato de sódio), um medicamento da farmacêutica suíça destinado ao tratamento da osteoporose.

De acordo com Martina Rupp, porta-voz da Roche, a queixa, apresentada no estado de Nova Jérsia, pretende impedir que o laboratório israelita comercialize um genérico do Boniva nos Estados Unidos da América.

A mesma fonte disse ainda que a Roche detém várias patentes do Boniva que deverão expirar entre 2012 e 2023.

As vendas do medicamento renderam mais de 226 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano.

Marta Bilro

Fonte: Yahoo Finance, Infarmed.

Vencedor do I Prémio Merck Serono de Gestão da Qualidade em Saúde é anunciado no próximo dia 18

O I Prémio Merck Serono de Gestão da Qualidade em Saúde, destinado a incentivar a implementação de medidas de gestão da qualidade que levem a uma melhoria nos cuidados de saúde nacionais, será entregue no próximo dia 18, terça-feira, numa cerimónia a decorrer nas instalações da Associação Nacional de Farmácias (ANF), em Lisboa.

Em concurso encontram-se oito hospitais nacionais que ao longo do ano passado desenvolveram e aplicaram, com sucesso, medidas de gestão da qualidade, como o caso do Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, onde o sistema implantado permitiu diminuir os níveis de infecções, causados pelo uso de cateteres, em recém-nascidos. No caso do Hospital de Sto António, no Porto, o número de quedas dos doentes idosos internados, foi também reduzido e em Almada, no Hospital Garcia da Horta, foi criado um circuito que permitiu a reembalagem de comprimidos, facilitando a distribuição de doses unitárias por todos serviços, evitando o desperdício.

O júri, composto por sete especialistas na área, deverá escolher os vencedores do prémio que competem em duas categorias: Cuidados Assistenciais e Farmácia Hospital. O vencedor de cada categoria receberá um prémio no valor de seis mil euros, destinados a formação na área da gestão de qualidade, existindo também a possibilidade de apresentação de um poster num congresso realizado dentro do âmbito.

Inês de Matos

Fonte: Jasfarma

Exame facial 3D ajuda diagnóstico de doenças raras

Um exame informático a três dimensões realizado através do rosto dos pacientes pode permitir detectar a predisposição para o desenvolvimento de doenças genéticas, revelam investigadores britânicos. De acordo com os cientistas, a inovação, apresentada no “BA Festival of Science”, em York, no Reino Unido, revelou uma taxa de sucesso de 90 por cento e é significativamente relevante nos casos de doenças raras e de difícil diagnóstico.

Actualmente conhecem-se mais de 700 síndromes genéticas que afectam os traços faciais, porém algumas tornam-se quase impossíveis de diagnosticar devido à escassez do número de casos. Esta nova tecnologia vem agora ajudar no diagnóstico ao permitir que o rosto de um indivíduo seja comparado com um banco de imagens 3D de pessoas com patologias reconhecidas.

“Há muitas doenças nas quais a face pode revelar características pouco comuns derivadas de alterações nos genes”, explicou Peter Hammond, cientista informático no Instituto UCL para a Saúde Infantil, em Londres, e responsável pelo desenvolvimento da investigação. Se os portadores de síndrome de Down são facilmente identificáveis, existem mais de 700 doenças genéticas que podem alterar a aparência da pessoa.

Os indivíduos que sofrem de síndrome de Williams, por exemplo, -que ocorre num em cada 10 mil a 20 mil nascimentos - apresentam um nariz pequeno e empinado, lábios cheios e dentes pequenos. Os portadores de Smith-Magenis, que ocorre num em cada 25 mil nascimentos, têm o nariz achatado e o lábio arrebitado. Já os doentes com síndrome do X-Frágil, que tem uma incidência de um em cada 4 mil pessoas, revelam uma estrutura corporal esguia, queixo proeminente/protuberante e orelhas grandes.

Estes são exemplos claros de doenças genéticas cujo diagnóstico inicial se revela, por norma, extremamente difícil e que poderão beneficiar da nova descoberta. Para além disso, o diagnóstico torna-se mais rápido, por se antecipar aos exames genéticos comuns que podem ser demorados.

De momento, a tecnologia é aplicada em mais de 30 doenças, revelando uma taxa de sucesso de 90 por cento. No entanto estão já a ser recolhidas mais imagens para que o exame possa abarcar mais doenças genéticas. Actualmente a tecnologia é utilizada por Hammond no referido hospital londrino, porém, o especialista pretende disseminá-la por todo o Reino Unido.

Marta Bilro

Fonte: BBC News, Raríssimas, Centro Hospitalar de Coimbra.

Tecnologia de jacto de tinta das impressoras na Medicina
Hewlett-Packard concebe injecções sem agulhas


A norte-americana Hewlett-Packard, fabricante de equipamento informático, poderá ter desenvolvido a solução para os doentes que necessitam de injecções mas têm fobia de agulhas. A tecnologia de jacto de tinta usada nas impressoras da marca poderá ser a solução para injectar medicamentos em pessoas...

De acordo com a última edição da revista «Exame Informática», a Hewlett-Packard, que se celebrizou em todo o mundo como HP, está prestes a obter licença para produzir um penso médico que, a breve trecho, poderá substituir as agulhas usadas em tratamentos clínicos. O princípio é em tudo similar ao utilizado nos pensos de nicotina, que permite a absorção daquela substância pela pele, e consiste no desenvolvimento de inovadoras funcionalidades da tecnologia de jacto de tinta, tendo ainda sido reformulado o conceito de unidade térnica, usada nas cabeças de impressão daquelas máquinas.
O penso, desenvolvido para uma empresa irlandesa, contém 900 mil microagulhas por cada polegada quadrada, vários microprocessadores e uma unidade térmica. Todos os medicamentos contidos no penso são aquecidos e injectados pelas microagulhas. Os processadores podem monitorizar a injecção, estabelecer a dosagem e a frequência de administração durante longos períodos ou em resposta aos sinais vitais do doente, como a pressão arterial. O vice-presidente do departamento de licenciamentos de propriedade intelectual da HP, Joe Beyers, explicou que “é possível administrar várias combinações de medicamentos em alturas distintas”.

Carla Teixeira
Fonte: «Exame Informática»

Aconselhamento farmacêutico melhora insónia em 83% dos casos

O aconselhamento farmacêutico é eficaz na melhoria dos sintomas de insónia em 83 por cento dos casos, em doentes com mais de 65 anos de idade. A conclusão resulta de uma tese de mestrado que contou com a participação de três farmácias de Almería e Jaén, na província espanhola de Andaluzia.

Os três farmacêuticos responsáveis pela investigação conseguiram que 83 por cento dos pacientes melhorassem os seus hábitos relacionados com o sono, para além disso, cerca de 60 por cento apresentaram melhorias significativas na qualidade do sono de acordo com os resultados do teste de Pittsburgh (método utilizado internacionalmente para avaliar este parâmetro). Conforme publica a última edição do “Correo Farmacéutico”, todos estes benefícios se ficam a dever aos conselhos dos farmacêuticos e às suas recomendações acerca de alterações na dose e duração do tratamento.

A investigação revelou também que 77 por cento dos participantes analisados pelo estudo não tomava os medicamentos para a insónia de acordo com as recomendações da Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos Sanitários. Segundo explica María José Requena, uma das autoras da investigação “todos os que utilizavam mal [os fármacos] excediam a duração recomendada e, em 20 por cento dos casos, os mediamentos eram ingeridos em doses elevadas”.

Os especialistas aconselham, por isso, que a dose de adulto seja reduzida para metade no caso da população idosa. Até porque, há suspeitas de que esta camada da população corra mais riscos de sofrer efeitos secundários. O estudo envolveu a participação de 35 pacientes com uma média de idades de 75 anos e seleccionados a partir de todos os doentes, com mais de 65 anos, que recorriam á farmácia para adquirir um medicamento sujeito a receita médica.

Apesar da amostra não ser muito expressiva, refere Requena, os resultados do trabalho são significativos e vêm apoiar conclusões de outras investigações realizadas em âmbitos distintos que dão conta do abuso na utilização destes fármacos, em particular das benzodiazepinas. Este tipo de substâncias, utilizadas no tratamento da ansiedade e da insónia, actuam no sistema nervoso central de forma selectiva causando depressão do mesmo sistema, por diferentes vias neurológicas.

Para além das benzodiazepinas, o estudo identificou também como substâncias utilizadas alguns fármacos derivados deste princípio activo, como o difenilmetano, antidepressivos e anti-histamínicos.

O farmacêutico Nicanor Floro de Andrés é autor de um estudo sobre a mesma temática que corrobora os resultados da investigação andaluza. Para este especialista, a população idosa chega a ingerir estes medicamentos de forma crónica e sem pensar nas consequências. “O abuso conduz a um aumento da intolerância e o efeito é cada vez menor, o que faz com que os doentes tenham a percepção de que os medicamentos são ineficazes e vão aumentando a dose ou pedem ao médico que lhes prescreva outra substância”, explica o especialista.

Na opinião dos autores a solução é da responsabilidade dos médicos e dos farmacêuticos. São estes profissionais que devem fornecer aos doentes mais informações acerca da utilização destes medicamentos, algo que pode ser resolvido se for dada mais atenção aos pacientes.

Marta Bilro

Fonte: Correo Farmacéutico.

Vitamina D pode prolongar esperança de vida

A ingestão de suplementos de vitamina D pode aumentar a esperança de vida. De acordo com um estudo publicado na revista “Archives of Internal Medicine”, a vitamina D aumenta as probabilidades de sobrevivência, porém ainda não se sabe ao certo como é que isso acontece. A investigação surge numa altura em que esta vitamina foi também associada à diminuição dos riscos de fracturas osteoporóticas e à redução dos riscos de alguns cancros.

A vitamina D, produzida pelo organismo quando exposto ao sol, pode também ser encontrada em alguns produtos alimentares como é o caso do salmão e de alguns cereais. No entanto, alguns especialistas estão preocupados com um défice de vitamina D que se está a tornar demasiado comum e referem que actualmente a toma da vitamina é raramente recomendada.

Philippe Autier, da Agência internacional de Investigação sobre Cancro, em Lyon, e Sara Gandini, do Instituto Europeu de Oncologia, em Milão, analisaram os resultados de 18 estudos realizados antes de Novembro de 2006 que envolveram 57.311 pessoas com 50 ou mais anos de idade. Durante a investigação, a alguns participantes foram administrados suplementos de vitamina D e a outros um placebo.

Os participantes foram acompanhados durante uma média de 5,7 anos. No final, os investigadores observaram que os que tomaram vitamina D apresentavam um risco de mortalidade 7 por cento inferior aos que ingeriram um placebo. Ainda não é possível determinar com precisão o motivo que levou à diminuição da taxa de mortalidade entre os participantes, razão pela qual os investigadores não recomendam qualquer dose específica de vitamina D.

Um editorial que acompanha a publicação do estudo recomenda que sejam realizadas mais investigações acerca dos benefícios da vitamina D. No entanto, estes resultados vão ao encontro de outros estudos recentes que indicam que deficiências em vitamina D aumentam o risco de morte por cancro, doenças cardiovasculares e diabetes.

Marta Bilro

Fonte: AFP, CBS News, Baltimoresun.com, Farmacia.com.pt.

Grau de instrução relacionado a maior sobrevivência ao cancro

O nível de instrução dos indivíduos pode ter influência na capacidade de sobrevivência ao cancro. Um estudo do Instituto Karolinska descobriu uma relação entre o nível elevado de instrução e uma maior probabilidade de sobrevivência em diferentes tipos de cancro.

O estudo, que envolveu três milhões de homens e mulheres, demonstrou que em 20 diferentes formas de cancro, a sobrevivência foi 40 por cento superior nos pacientes com um nível universitário ou outro grau de educação elevado, relativamente aos que detinham menor grau de instrução. O melanoma, o cancro do pulmão, intestino e mama estiveram entre as modalidades da doença avaliadas pelos investigadores suecos.

A diferença nas probabilidades de sobrevivências é justificada pelos cientistas com o facto das pessoas mais instruídas se deslocarem ao médico com maior frequência, permitindo o diagnóstico nos estágios iniciais da doença. Este tipo de pacientes tem também mais apetência para seguir com maior rigor as indicações médicas, bem como as diferentes etapas do tratamento oncológico.

Os investigadores partiram do registo nacional dos casos de cancro no país para acompanhar a evolução da doença nos pacientes. Nos casos de Cancro da Mama, a pesquisa indicou que pacientes com melhor nível de educação registaram um índice de sobrevivência 32 por cento superior.

Jan Sundquist, responsável pela orientação do estudo, fez questão de realçar a genuinidade da pesquisa, afirmando que este foi o maior estudo já realizado até agora para determinar as associações entre o grau de instrução dos pacientes, a incidência de cancro e as taxas de sobrevivência à doença.

No âmbito do mesmo estudo, os investigadores realizaram uma segunda pesquisa para determinar a relação entre o nível de instrução de mulheres e os riscos de desenvolver cancro da mama. Ao avaliarem factores como a idade e o histórico familiar de doença oncológica em mais de 1,5 milhões de mulheres suecas, os cientistas observaram que as que possuíam grau universitário apresentavam uma probabilidade 44 por cento superior de detectar o cancro da mama numa fase inicial, comparativamente às que detinham nove ou menos anos de instrução escolar.

Marta Bilro

Fonte: Saúde na Internet.

Erbitux aumenta sobrevivência dos doentes com cancro do pulmão

Merck revela resultados de ensaio clínico de Fase III

O Erbitux (Cetuximab) aumenta a esperança de vida dos doentes com cancro do pulmão, revelou a Merck esta terça-feira. Os resultados de um ensaio clínico de fase III demonstraram que quando combinado com a quimioterapia, o medicamento é mais eficaz do que nos casos em que se procede à aplicação da quimioterapia por si só.

As conclusões deste estudo vêm assim contrariar os resultados de uma investigação anterior apresentados pela ImClone e que indicavam que o fármaco era ineficaz no tratamento da doença. A farmacêutica alemã, que em 1998 comprou à ImClone Systems os direitos do fármaco na Europa e noutros mercados chave, conseguiu comprovar um benefício que tinha sido derrotado pela sua parceira.

A Merck contou com a participação de mais pacientes e combinou a substância com um tipo de quimioterapia diferente para demonstrar que o Erbitux consegue prolongar a vida dos doentes nos quais o cancro alastrou.

“O cancro do pulmão de não pequenas células que alastrou para além do local onde surgiu inicialmente é extremamente difícil de tratar, por isso estamos satisfeitos com estes resultados”, afirmou Wolfgang Wein, director do departamento de oncologia da Merck, num comunicado enviado ao Farmacia.com.pt.

O Erbitux, aprovado na União Europeia para o tratamento do cancro do cólon e do cancro da cabeça e do pescoço, gerou vendas no valor de 116 milhões de euros no segundo trimestre do ano, um aumento de 44 por cento relativamente a igual período do ano anterior.

Marta Bilro

Fonte: Merck, Bloomberg, Reuters.

Fármaco revelou efeito similar ao Risperdal
Celexa eficaz contra os sintomas de demência


Os resultados de um estudo divulgado na mais recente edição do «American Journal of Geriatric Psychiatry» sugerem que o Celexa, antidepressivo desenvolvido pela empresa farmacêutica Forest que tem como princípio activo o citalopram, poderá produzir o efeito reconhecido ao antipsicótico Risperdal (risperidone) da Johnson & Johnson no que toca ao tratamento da agitação e dos principais sintomas da demência, revelando uma menor incidência de efeitos colaterais adversos.

Um ensaio clínico aleatório com a duração de 12 semanas acompanhou pacientes com demência não depressiva que tinham sido hospitalizados por apresentarem sintomas de tipo comportamental. A amostra total, composta por 103 indivíduos, foi dividida em dois grupos: ao primeiro, com 53 elementos, foi administrado o Celexa; no segundo, com 50 pessoas, foi utilizado o Risperdal. Os resultados demonstraram um decréscimo daquela sintomatologia nos dois grupos, sem significativas diferenças, o que, na opinião do líder do estudo, Bruce Pollock, constituiu uma surpresa, já que se “esperava que o citalopram fosse melhor para a agitação (impulsividade e agressão), mas os chamados sintomas de tipo psicótico foram tratados com eficácia semelhante usando o antidepressivo e usando o antipsicótico”. Os investigadores consideraram, no entanto, que será necessário fazer testes adicionais antes de recomendar o Celexa como uma opção para o tratamento dos sintomas da demência.

Carla Teixeira
Fonte: Firstword
Global Humanceuticals está a receber propostas de instituições
Doação de medicamento contra o VIH


Roger Kenneth Hershline na China

Roger Kenneth Hershline, médico fundador e executivo-chefe da CureHIV.us, entidade que se dedica à produção e distribuição, a preços mais baixos, de medicamentos contra o HIV e a sida e à investigação de uma cura para aquela e outras doenças, anunciou a intenção de doar amostras de um novo fármaco experimental da Global Humanceuticals Inc. “extremamente eficaz e estável”.

A oferta é especificamente direccionada a instituições, organizações e corporações com e sem fins lucrativos, governamentais, não governamentais, americanas e estrangeiras, e deverá materializar-se através da celebração de “acordos ou parcerias para estimular a pesquisa teórica, objectiva, mecanística, clínica e de desenvolvimento”. O composto experimental, baptizado como NIAID #11039, já recebeu uma patente em Novembro de 2004, chamada “composição antiviral, patente americana número 6821958”, tendo, dois anos depois, sido registada pela Organização Mundial de Patentes Internacionais, com o número de inscrição internacional PCT/US2005/039528.
Hershlife, que em Dezembro do ano passado esteve na China, onde marcou presença na conferência que assinalou o Dia Mundial da Sida – na qual apresentou os primeiros dados sobre o NIAID #11039 – concretizou que a oferta agora anunciada visa “estender uma tecnologia que mais ninguém possui neste planeta”, salientando que “os cientistas chineses estão já muito interessados”. Segundo informações divulgadas pelo clínico na sessão realizada na China, e agora recuperadas pela PR Newswire, o novo composto químico “possui uma cadeia principal de alfa-glicose atóxica, obtida de uma fonte natural abundante. A cadeia principal é bisubstituída quimicamente de forma aleatória, através de uma nova reação, e os grupos de substituição são grupos de desativadores virais diferentes, com base de enxofre, que interagem para proporcionar a inibição da entrada do vírus na célula em concentrações de um picomolar”.
“O NIAID #11039 da Global Humanceuticals Inc. é o primeira medicamento projectado para prevenir o desenvolvimento da resistência, o maior pesadelo no tratamento do HIV e da sida”, declarou Roger Kenneth Hershline, adiantando que é seu objectivo “curar a sida”, e que é por isso que detém a fundação CureHIV.us. Os potenciais interessados em aceder a este novo fármaco, aproveitando a oferta do clínico e da sua fundação, podem entrar em contacto com Roger Kenneth Hershline, através da CureVIH.us (P.O. Box 23467, Hilton Head Is., SC 29925), pelo fax 8433425924, pelo telefone 8433425900 ou pelo número directo do médico: 8436833683.

Carla Teixeira
Fonte: PR Newswire, CureHIV.us
Detectada presença de metanosulfonato etílico no fármaco
Pfizer divulga efeitos cancerígenos do Viracept


A multinacional norte-americana Pfizer anunciou nesta semana que encontrou partículas de um potencial carcinoma humano no medicamento Viracept, destinado ao tratamento da infecção por HIV, recomendando assim que o antiretroviral não seja administrado em crianças e em mulheres grávidas que estejam a iniciar a terapia contra o vírus da sida.

Numa carta dirigida aos profissionais de saúde a companhia farmacêutica explica que foi detectada a presença de metanosulfonato etílico (EMS) naquele fármaco, que terá sido submetido a testes depois de a Roche, que assegura a comercialização do Viracept nos Estados Unidos, ter procedido à recolha daquele medicamento na Europa em Junho, na sequência da detecção de níveis excessivos de EMS no seu princípio activo (nelfinavir), produzido pelo laboratório suíço. Entretanto, a Food and Drug Administration exortou a Pfizer a implementer “novas especificações para limitar a presença do metanosulfonato etílico nos produtos Viracept manufacturados pela empresa”, acrescentando que para já é recomendada às grávidas que actualmente estão a ser tratadas com o antiretroviral a transição para uma terapia alternativa, embora essa substituição não se justifique, atesta a FDA, nas gestantes que não tenham tratamento alternativo possível, bem como nos doentes pediátricos com regimes estáveis de administração daquele fármaco, uma vez que a relação risco/benefício continua, nestes casos, a ser favorável aos pacientes.

Carla Teixeira
Fonte: Firstword, farmacia.com.pt
Consumo de medicamentos analisado nos Estados Unidos
Efeitos adversos duplicaram entre 1998 e 2005


Um estudo agora publicado nos «Archives of Internal Medicine» aferiu que o número de relatos da ocorrência de efeitos secundários graves e irreversíveis como consequência do consumo de medicamentos nos Estados Unidos duplicou no período compreendido entre 1998 e 2005. “A mensagem a reter é a de que a avaliação da segurança não está a funcionar”, considerou Curt Furberg, da Universidade de Wake Forest, um dos autores da investigação.

De acordo com informações avançadas na última edição daquela publicação científica, o estudo pretendeu analisar os efeitos adversos causados pelo consumo dos fármacos ou por erros associados à prescrição dos mesmos. Em 1998 foram registados nos Estados Unidos 34996 casos de consequências nefastas da ingestão de medicamentos, mas em 2005 esse número subiu para os 89842. O volume de ocorrências fatais também sofreu uma subida acentuada naquele período, de 5519 casos no primeiro ano do estudo para 15107 no final da análise. Os especialistas concluíram ainda que, entre os fármacos que mais vezes foram associados a episódios de efeitos secundários graves e fatais, nota-se um contributo desproporcional dos medicamentos para a dor e dos que interagem com o sistema imunitário. “Vinte por cento, ou 298 dos 1489 fármacos identificados, estiveram envolvidos em 87 por cento dos 467809 eventos relatados nos sete anos”. Os cientistas frisam que “este crescimento do número de ocorrências perniciosas mostra que “o actual sistema não está a proteger adequadamente os doentes, desprezando a importância de relatórios recentes que atestam a necessidade de encontrar rapidamente mecanismos que espoletem a mudança em termos legislativos, políticos e institucionais”.

Carla Teixeira
Fonte: Firstword
FDA autorizou pretensão da multinacional norte-americana
Pfizer Brasil exporta produtos de saúde animal


A Food and Drug Administration, entidade reguladora do sector do medicamento nos Estados Unidos, deu provimento a uma solicitação da multinacional farmacêutica Pfizer no sentido de comercializar em território norte-americano os injectáveis Dectomax (antiparasitário para uso em bovinos e outros animais) e Terramicina LA (antibiótico em dose única), dois produtos produzidos pela Pfizer Brasil.

Jorge Espanha, director da Divisão de Saúde Animal da Pfizer naquele país, esclareceu que a operação teve início no passado mês de Agosto, projectando-se a exportação de 370 mil unidades daqueles dois fármacos, no que o resposnsável classifica como “uma conquista” e “mais um atestado de que a nossa fábrica atende às rigorosas exigências internacionais” naquele domínio. Numa altura em que a unidade brasileira da empresa já exporta produtos veterinários para 55 países, Jorge Espanha lembrou a “preocupação” da multinacional com aspectos como a certificação de produtos e a segurança alimentar, conceitos que são “fundamentais e estratégicos para a internacionalização da produção agropecuária brasileira”.
De acordo com informações avançadas por fontes daquele prestigiado laboratório norte-americano, a exportação na área da Saúde Animal representa actualmente cerca de 30 por cento dos níveis de produção da Pfizer Brasil, mas somando os resultados da área da Saúde Humana e Animal, o mercado externo acolhe já cerca de 37 por cento do total da produção da companhia.

Carla Teixeira
Fonte: InvestNews
Fármaco contra a disfunção eréctil disponível nesta semana
Eli Lilly vai lançar o Cialis no mercado japonês


A companhia farmacêutica norte-americana Eli Lilly está a preparar a introdução do seu medicamento para a disfunção eréctil Cialis (tadalafil) no mercado japonês, intenção que deverá consumar-se nesta quarta-feira. O presidente da unidade japonesa do laboratório considerou que o lançamento do fármaco, concorrente do best-seller Viagra, da também norte-americana Pfizer, deverá “favorecer um contacto mais próximo da Eli Lilly com os profissionais de saúde japoneses”.

Na opinião de Newton Crenshaw, citado pela agência de notícias Bloomberg, “o Cialis desempenha um importante papel não só no contexto do volume global de vendas da empresa farmacêutica, mas também no que toca à afirmação da sua capacidade”, pelo que a Lilly está “a trabalhar arduamente no sentido de se tornar uma das 20 empresas de topo na área do fabrico de medicamentos no Japão até 2010”. Em 2006 o Cialis teve resultados muito satisfatórios nas vendas, totalizando 971 milhões de dólares, de acordo com aquele responsável.

Carla Teixeira
Fonte: Bloomberg

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Sem admitir culpa em processo de superfacturação
Sanofi-Aventis paga para encerrar investigação


A companhia farmacêutica francesa Sanofi-Aventis anuiu no pagamento de 190 milhões de dólares para pôr termo a um processo de investigação relativo à superfacturação em serviços de saúde prestados às autoridades sanitárias dos Estados Unidos. De acordo com informações avançadas num comunicado emitido nesta segunda-feira pelas partes envolvidas no litígio, a firma farmacêutica francesa concordou em fazer o pagamento ao governo federal e aos governos estatais, descartando-se assim das acusações de que teria prestado falsas declarações ao Medicare e a outros programas de saúde no que diz respeito a preços de medicamentos.

O caso remonta ao período compreendido entre 1997 e 2004, durante o qual a Sanofi-Aventis terá fixado preços excessivamente elevados para o medicamento Anzemet, destinado ao tratamento de doentes de cancro, contra náuseas e vómitos decorrentes do processo de quimioterapia. “O governo alega que a empresa farmacêutica criou um sistema para manter alto o preço do Anzemet, sabendo que os programas federais de saúde determinam as percentagens de reembolso com base nos preços praticados”, explicou fonte próxima do processo, citada pela agência de notícias AFP. A companhia, num testemunho prestado isoladamente, afirmou que decidiu “resolver o assunto através de um acordo, sem admitir uma conduta inadequada”.

Carla Teixeira
Fonte: AFP

Vinho tinto pode ser decisivo no tratamento do síndroma de MELAS

Que o vinho tinto é benéfico para a saúde, quando consumido com moderação, era já um dado adquirido, mas agora um grupo de investigadores ingleses descobriu que existe nesta bebida alcoólica uma substância associada à longevidade, o resveratrol, que pode representar uma nova esperança para os doentes portadores do síndroma de MELAS (sigla inglesa composta pelas iniciais de encefalopatia mitocondrial, acidose láctica e episódios de ataques).

Os investigadores da Universidade de Newcastle-upon-Tyne decidiram então realizar uma investigação que conta com a participação de 30 pacientes portadores deste transtorno genético progressivo e potencialmente fatal. Normalmente, as pessoas atingidas pela doença começam por desenvolver um tipo de diabetes, mas os efeitos da doença podem estender-se logo a todo o corpo. Como salienta Patrick Chinnery, professor de neurogenética na universidade de Newcastle-upon-Tyne, os pacientes portadores deste síndroma “não podem converter a comida em energia, o que afecta o cérebro, o coração e os músculos dos seus membros”.

Ao longo da investigação, os participantes serão divididos em dois grupos de 15 elementos, sendo que a um dos grupos será administrado um tipo de resveratrol, chamado SRT501, enquanto que o outro grupo tomará um placebo.

Experiências levadas a cabo com ratos de laboratório mostraram que o SRT501 reduz os níveis de glucose em animais expostos a uma dieta rica em calorias e que, quando utilizado em combinação com outros medicamentos contra a diabetes, apresenta maiores benefícios, incrementando ainda a capacidade de corrida e a resistência física (devido ao aumento de mitocôndrias, que ampliam a potência muscular).

A investigação que será agora levada a cabo pelos investigadores ingleses, pretende verificar se os resultados apresentados pelos ratos também se registam em seres humanos, comparação esta que será baseada em imagens obtidas através de ressonância magnética e biópsias musculares.

Estudos recentes vieram comprovar que uma dieta equilibrada, com uma ingestão de menos 40 por cento das calorias, corresponde a um aumento de 50 por cento na longevidade, o que anima os investigadores e traz uma nova esperança aos doentes com síndroma de MELAS.

Inês de Matos

Fonte: Lusa

90% dos hipers Jumbo com parafarmácia até final do ano

Até ao final do ano, 90 por cento dos hipermercados Jumbo, explorados pelo grupo Auchan, deverão estar equipados com uma parafarmácia. De acordo com o Diário Económico, o investimento insere-se nos planos de expansão da actividade da empresa no país.

O grupo francês, que explora também os supermercados Pão de Açúcar, tem planos para investir em Portugal 600 milhões de euros durante os próximos três anos. A expansão do negócio na área de Saúde e Bem Estar, na qual se inserem as parafarmácias, está contemplada no montante reservado para o investimento.

Actualmente, o Grupo assume, em Portugal, a gestão da cadeia de hipermercados Jumbo e supermercados Pão de Açúcar, constituídas por um parque de 17 lojas – 15 da insígnia Jumbo e 2 da insígnia Pão de Açúcar. De entre os 15 hipermercados Jumbo existentes em território nacional, sete contam já com uma loja de venda de medicamentos.

De acordo com dados da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) referentes ao mês de Julho de 2007, as 335 parafarmácias que comunicaram as vendas facturaram 743 mil euros, sendo que o grosso deste mercado (41%) é detido pela cadeira Modelo Continente, com 31 lojas. Em Portugal há 485 postos autorizados e 35 ainda por abrir.

Marta Bilro

Fonte: Diário Económico, Jumbo, Farmacia.com.pt.

20 mil diabéticos em risco de cegar

Atraso nas consultas agrava sintomas da doença

A ausência de rastreios e a insuficiência de tratamentos estão a colocar em risco a visão de 15 a 20 mil portugueses que sofrem de diabetes. A cegueira é uma consequência previsível da doença que tende a ser agravada pelos atrasos no acesso à terapia. O alerta é dado por vários clínicos em medicina geral e familiar, mas também por oftalmologistas de unidades hospitalares.

De acordo com a edição desta segunda-feira do Diário de Notícias, os doentes estão sujeitos a esperar um ano para ir à consulta e, mais tarde, meses por um tratamento laser. “Há casos graves à espera de rastreio em conjunto com rastreios de rotina e primeiros rastreios», salienta o coordenador do Programa Nacional para a Saúde da Visão, Castanheira Dinis em declarações àquela publicação.

Alguns casos graves estão a ser misturados com consultas de rotina, refere o mesmo responsável, acrescentando que está já a ser trabalhada uma maneira de os distinguir de forma a criar prioridades. No entanto, acredita que «já se salvam mais pessoas da cegueira» e que «há mais controlo da diabetes entre os portugueses».

No Instituto Gama Pinto, instituição que também dirige, “o atendimento é preferencial a diabéticos”. Ali o tempo de espera está entre os três e os seis meses, sendo que, o tratamento é realizado logo que são identificadas as lesões indicadoras de retinopatia diabética.

No Algarve, o número de oftalmologistas não ultrapassa a meia dúzia, referem fontes do hospital citadas pelo jornal. Estabelecer protocolos com centros de saúde para fazer os rastreios, foi a solução encontrada porém, tratar as eventuais lesões pode demorar um ano. O mesmo acontece no Alentejo onde, apesar de haver máquinas para rastreio, “não existe resposta a tratamentos”, afirma Rosa Galego, médica na mesma área. Na zona centro o cenário é mais positivo, com as espera para uma consulta de retinopatia diabética a rondar os três meses.

Marta Bilro

Fonte: Fábrica de Conteúdos, Diário Digital, Diário de Notícias.

FDA quer alterar embalagens de alimentos para combater obesidade

A Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (FDA) vai analisar a possibilidade de criar um novo padrão para as embalagens de alimentos que forneçam aos consumidores dados nutricionais mais claros e concisos. O objectivo é facilitar a leitura das tabelas e, desta forma, combater a obesidade.

Apesar das informações nutricionais nas embalagens de alimentos serem obrigatórias, o Governo dos Estados Unidos da América (EUA) considera que estas indicações são muitas vezes confusas e ineficazes.

Com o fenómeno da obesidade a crescer no país, os responsáveis norte-americanos resolveram juntar empresas, investigadores, associações e Organizações Não Governamentais que, durante esta segunda e terça-feira (10 e 11 de Setembro) discutirão o assunto.

A obesidade é um problema cada vez mais comum nos países desenvolvidos e uma das principais causas do aumento do número de diabéticos. Calcula-se que 90 por cento dos doentes que desenvolvem a doença apresentam um peso 120 por cento superior ao considerado normal.

Este parece ser mais um sinal da preocupação que se tem gerado em torno do assunto e que tem vindo a chamar a atenção das empresas alimentares. Recorde-se que a cadeia norte-americana Dunkin' Donuts anunciou recentemente que todos os seus produtos comercializados nos EUA deixarão de conter gorduras hidrogenadas, associadas ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares e a problemas de obesidade.

Marta Bilro

Fonte: EmbalagemMarca.com.br, Farmácia.com.pt.

Resolução europeia regula venda de medicamentos on-line

A pensar nas boas práticas da distribuição de medicamentos on-line, o Conselho da Europa adoptou uma resolução que tem como objectivo enquadrar a venda de fármacos através da internet e via e-mail. Este é um grande avanço para a segurança dos pacientes e para a qualidade dos fármacos, referem os responsáveis europeus, salientando que a venda de medicamentos por e-mail não está actualmente regulada por qualquer standard.

A confiança e qualidade são ingredientes essenciais para que os doentes possam ter um acesso “conveniente” aos medicamentos que necessitam, refere a instituição, justificando a medida com o facto das novas directrizes trazerem alguma ordem sobre o crescente volume de transacções e a disparidade de práticas na venda de medicamentos on-line nos vários estados membros da União Europeia.

“Um crescente número de estados membros do Conselho da Europa estão a autorizar a venda de medicamentos através de encomendas e-mail, o que significa que esses medicamentos oferecidos para venda através da Internet podem ser comprados pelo consumidor em encomendas por e-mail. Os consumidores e doentes querem o acesso fácil e conveniente aos medicamentos que precisam e deveriam ter condições de confiar na qualidade dos medicamentos”, refere o comunicado publicado no portal do Conselho da Europa.

Na ausência de regulamentação relativa à venda por e-mail, e enquanto membros da cadeia de distribuição farmacêutica, as autoridades de saúde ficam responsáveis por garantir a segurança dos pacientes e a qualidade dos medicamentos.

Questões como o fornecimento, o aconselhamento dos pacientes, a notificação de efeitos adversos, o marketing e publicidade, a prescrição, ou as devoluções e defeitos devidos ao envio por e-mail estão também contempladas neste manual para a prática saudável da venda de medicamentos on-line.

Marta Bilro

Fonte: Sol, iGov.

Site «Eu quero parar» veicula conselhos e testes
Pfizer ajuda brasileiros a deixar de fumar


A multinacional norte-americana do sector farmacêutico Pfizer tem em marcha no Brasil uma campanha que tem como objectivo apoiar as pessoas que pretendem deixar o vício do tabaco. «Eu quero parar» é o nome da iniciativa, alicerçada numa página online que pode ser acedida de qualquer parte do mundo, e na qual, além de conselhos e testes, é prestada toda a informação necessária para aprender a dizer “não” ao cigarro.

“Sinta mais”, “divirta-se mais”, “participe mais”, “ame mais” e “viva mais” são alguns dos apelos da companhia farmacêutica aos utilizadores da página, disponível no endereço electrónico http://www.euqueroparar.com.br/, onde além dos fumadores também o público em geral e os profissionais de saúde podem encontrar apoio à sua estratégia de divulgação da mensagem de que o vício de fumar tem consequências perniciosas para a saúde do indivíduo que fuma e de todos os que o rodeiam nesse momento. Com testemunhos de especialistas e um fórum em que podem ser debatidos diversos temas em torno deste, o site dinamiza, com imagens apelativas e conteúdos simples e de grande valia técnica, a veiculação de uma mensagem de saúde pública, divulga notícias, dá dicas para travar a dependência, sugere exercícios físicos e permite avaliar, através de testes de saúde, o grau de adição dos fumadores, e ainda fornece wallpapers para o computador, para que o fumador nunca esqueça do seu objectivo de pôr termo ao vício.

Carla Teixeira
Fonte: «Eu quero parar», Pfizer
Sanofi Pasteur assinala aniversário com a criação de um site
Vacina contra a gripe comemora 60 anos



A Sanofi Pasteur, divisão de vacinas do laboratório farmacêutico francês Sanofi-Aventis (o terceiro maior grupo farmacêutico do mundo e o primeiro da Europa), acaba de lançar um site comemorativo dos 60 anos do desenvolvimento da Vaxigrip, a primeira vacina contra a gripe. Disponível em http://www.sanofipasteur.com.br/, o site «60 anos: 1947-2007» traça a perspectiva histórica da Sanofi Pasteur, fornece dados sobre a gripe e o impacto que ela tem na população mundial, aborda o tema das pandemias do século XX e focaliza aspectos como a eficácia da inoculação e os investimentos da empresa para ampliar a oferta de vacinas em todo o mundo.

Corria o ano de 1947 quando a Sanofi Pasteur assumiu, em nome da Sanofi-Aventis, o compromisso do combate ao vírus responsável pela gripe (influenza), com a produção da primeira vacina contra a doença, mas foram precisos cerca de 20 anos para que se desenvolvesse a Vaxigrip, que em 1968 foi licenciada em França, onde a companhia lançou entretanto a Fluzone. Desde então mais de 15 mil milhões de doses daquelas imunizações foram distribuídas à escala mundial. Só em 2006 foram 170 milhões, um número que representa 40 por cento da produção de vacinas contra o vírus Influenza em todo o planeta, estimada pela Organização Mundial de Saúde em 350 milhões de doses. Com eficácia comprovada por cerca de 30 estudos diferentes, realizados ao longo de 12 anos (redução de 67 por cento do risco de morte por qualquer causa em idosos e de 91 por cento no número de mortes associadas a pneumonias ou doenças associadas), a Vaxigrip está actualmente presente em 150 países, tantos quantos aquele em que está representada a própria companhia.
Tendo como titular da Autorização de Introdução no Mercado a Sanofi Pasteur MSD, a Vaxigrip é distribuída em Portugal pela UCB Pharma – Produtos Farmacêuticos Lda., e está disponível, no contexto europeu, em vários países e com várias designações: em Portugal, na Áustria, na Bélgica, na Dinamarca, na Finlândia, em França, na Grécia, em Itália, no Luxemburgo, na Suécia, na Holanda, na Islândia e na Noruega tem o nome de Vaxigrip, mas na Alemanha foi baptizada como “Flu Vaccinol”, e na Irlanda e no Reino Unido recebeu a designação de “Inactivated Influenza Vaccine (Split Virion) BP”. Já em Espanha tem como marca comercial Gripavac. Segundo consta do folheito informativo do medicamento, cuja última actualização foi aprovada pela Autoridade Nacional do Medicamento e dos Produtos de Saúde (Infarmed) no último mês de Agosto, trata-se de uma suspensão injectável em seringa pré-cheia com um virião fraccionado, inactivado, e está indicada para a profilaxia da gripe, particularmente em indivíduos com elevado risco de desenvolver complicações associadas.
O folheto refere que, como qualquer medicamento, a Vaxigrip pode ter efeitos adversos, tendo sido relatados nos ensaios clínicos da vacina, com uma incidência superior a um caso em 100, mas inferior a um em 10, dores de cabeça, sudação, dores musculares (mialgia), dores nas articulações (artralgia), febre, mal-estar, arrepios, fadiga, reacções locais como vermelhidão, inchaço, dor, hematoma (equimose), e endurecimento à volta da área de injecção. São reacções que, de acordo com o Infarmed, desaparecem ao fim de um ou dois dias.
Na fase de vigilância pós-comercialização foram também reportados casos de reacções cutâneas que podem espalhar-se a todo o corpo, incluindo comichão (prurido, urticária) e exantema, dor localizada ao longo do trajecto do nervo (nevralgia), alterações de percepção sensorial quando estão envolvidas reacções à palpação, dor, calor e frio, convulsões associadas a febre, perturbações neurológicas que podem ter como resultado rigidez do pescoço, confusão, entorpecimento, dor e fraqueza dos membros, perda de equilíbrio, perda de reflexos, paralisia de parte ou em todo o corpo (encefalomielite, nevrite, Síndrome de Guillain-Barré), redução temporária do número de plaquetas sanguíneas, que podem derivar em hematomas ou hemorragias excessivas (trombocitopénia transitória) e inchaço transitório das glândulas do pescoço, axilas ou virilhas (linfadenopatia transitória).
Nos casos mais graves de reacções alérgicas, a Vaxigrip pode conduzir a emergência médica com falência do sistema circulatório para manter um adequado fluxo sanguíneo para os diferentes órgãos (choque), em casos raros, inchaço mais aparente na cabeça e no pescoço (angiodema da face, lábios, língua, garganta ou qualquer outra parte do organismo) em casos muito raros, vasculite que pode resultar em exantemas cutâneos e, em casos muito raros, problemas renais.

Carla Teixeira
Fonte: SEGS.com.br, Infarmed

Lusíada recebe 13º Simpósio Anual de Doenças Renais

No próximo dia 19 de Outubro, a Universidade Lusiada, em Lisboa, vai receber o 13º Simpósio Anual de Doenças Renais, que este ano será dedicado ao tema Hipertensão arterial: o que há de novo?, tendo em conta uma relação com as doenças dos rins. A organização do encontro está a cabo da Sociedade Portuguesa de Nefrologia que conta já com confirmação da presença de um leque privilegiado de investigadores nacionais e estrangeiros.

Em debate estarão temas como o risco cardiovascular associado à doença renal, os diabetes e as drogas anti-hipertensivas, o panorama nacional e os riscos acrescidos para os idosos, propondo-se ainda uma reflexão sobre as recomendações europeias acerca do tratamento da hipertensão.

De acordo com a organização do evento, o público-alvo deste simpósio são os médicos nefrologistas, de medicina geral e familiar, cardiologistas e de medicina interna, e ainda os enfermeiros destas mesmas áreas. A avaliar pelas edições realizadas no passado, a organização espera uma forte adesão dos especialistas, admitindo mesmo que o encontro possa reunir até 400 participantes.

Para mais informações consultar: http://www.a-p-r.org


Inês de Matos

Fonte: Sociedade Portuguesa de Nefrologia

domingo, 9 de setembro de 2007

Portugueses usam e abusam dos anti-inflamatórios

Segundo dados revelados hoje pela Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia, mais de 800 mil portugueses consomem diariamente pelo menos um anti-inflamatório. A banalização destes fármacos pode ter consequências muito graves, causando frequentemente hemorragias no estômago, no fígado ou no duodeno, chegando mesmo a ser mortal em cinco a 10 por cento dos casos.

O vice-presidente da Sociedade, Hermano Gouveia, avisa que “em Portugal anda a banalizar-se demasiado o uso de anti-inflamatórios e as pessoas devem ser alertadas para os riscos. Cerca de 50 por cento dos doentes que tomam anti-inflamatórios têm queixas digestivas e 10 por cento úlceras”.

O risco de morte aumenta com a idade dos consumidores, nas pessoas jovens os riscos são diminutos e na maior parte das vezes os anti-inflamatórios são “inócuos”. Por outro lado, os idosos correm um risco elevado de complicações no uso destes fármacos, já que a idade superior a 60 anos é um dos factores de risco, bem como a existência de um historial de úlcera gástrica ou de problemas cardiovasculares.

Hermano Gouveia alerta para a necessidade de existir sempre uma orientação médica durante o tratamento com anti-inflamatórios, ainda que o “medicamento seja de venda livre”, “sobretudo quando percebemos que a auto-medicação é cada vez mais frequente e que as pessoas tomam muitas vezes um medicamento só porque o vizinho também toma”.

Para além da medicação sem orientação médica, o exagero na dose é outro problema apontado pelo especialista, pois muitas vezes existe a tendência de aumentar a dose do medicamento para rapidamente resolver a dor ou o problema de saúde. No entanto, em situações muito dolorosas, o anti-inflamatório não tem de ser necessariamente a última opção, existindo sempre a alternativa da fisioterapia e cirurgia, bem como o uso de analgésicos, acrescenta o médico.

Inês de Matos

Fonte: Sol

sábado, 8 de setembro de 2007

Vírus Tropical chega à Europa

Nos últimos dois meses a província italiana de Ravenna registou cerca de 200 casos de contagio com o vírus Chikungunya, uma doença infecciosa tropical, transportada para a Europa pelo mosquito Aedes albopicuts. Esta é a primeira vez que uma doença tropical chega à Europa e motivou já um alerta do Centro Europeu para o Controlo e Prevenção de Doenças (ECDC).

Um idoso de 83 anos terá morrido na sequência das picadas deste insecto e um outro homem está internado em coma, existindo fortes suspeitas de que tenha também sido picado pelo mosquito.

Conhecido como “a doença que paralisa”, o vírus provoca febres, dores crónicas, rigidez nas articulações e inchaços dos membros, podendo mesmo ser mortal. Após a picada ocorre uma infecção que dura entre três a cinco dias e a recuperação pode durar entre uma a 10 semanas.

Depois dos casos detectados em duas aldeias perto da cidade de Cervia, na região de Emilia Romagna, a 200 quilómetros de Roma, o ECDC decidiu emitir um alerta, de forma a exortar os turistas europeus, que viajem para a região, para o uso de repelentes e de redes mosquiteiras.

Apesar do alarmismo os habitantes da região não receiam o pior, pois como relembra o escritor Carlo Lucarelli, que vive na área afectada, "esta é uma zona que já teve de lidar com a malária. Atenção, sim, mas sem exagerar".

A Índia é o pais tropical com mais casos registados, só no ano passado foram detectados mais de 1 milhão de casos de infecção com o Chikungunya, para o qual não existe tratamento nem vacina.

Inês de Matos

Fonte: Diário de Noticias, Sol

Pfizer testa Sutent em combinação com Tarceva da Roche para cancro do pulmão

A Pfizer Inc. irá testar na Fase III do ensaio clínico o Sutent (sunitinib) em combinação com o Tarceva (erlotinib), da Roche Holding AG, como terapia para pacientes com cancro do pulmão de não pequenas células em estado avançado que já receberam tratamento anteriormente.

O estudo aleatório SUN 1087, que envolve 956 pacientes, irá comparar a sobrevivência geral daqueles a quem foi administrada a combinação de fármacos, em relação aos que tomaram Tarceva mais placebo. Este ensaio irá ainda avaliar a eficácia e a segurança do Sutent em combinação com o Tarceva no tratamento do cancro do pulmão avançado.

Os resultados preliminares de uma fase intermédia do ensaio, apresentados na conferência mundial da “Association for the Study of Lung Cancer”, em Seul, Coreia da Sul, forneceram informação acerca da segurança e tolerabilidade do Sutent em combinação com o Tarceva em pacientes com este tipo de cancro do pulmão. O fármaco também está a ser testado no cancro da mama avançado e no cancro colo-rectal avançado.

O Sutent, que atingiu vendas de 146 milhões de dólares no segundo trimestre de 2007, foi aprovado no ano passado nos Estados Unidos para tratar alguns pacientes com carcinoma de células renais e tumores do estroma gastrointestinal.

O cancro do pulmão é o principal tipo de cancro nos homens e mulheres em todo o mundo, segundo afirmou a Pfizer. Mais de metade dos que sofrem de cancro do pulmão de não pequenas células são diagnosticados depois da doença ter avançado e metastizado para outras partes do organismo.

Isabel Marques

Fontes: First Word, Bloomberg, www.pfizer.com
II Workshop Nacional sobre Malária em Angola
Peritos recomendam combinações de fármacos


O II Workshop Nacional sobre Malária de Angola, que teve lugar entre quarta e sexta-feira da semana passada, terminou com uma recomendação no sentido da interdição da importação de produtos farmacêuticos que incentivem a monoterapia para o tratamento daquela doença, insistindo também na necessidade de maior investimento nas fases de diagnóstico, tratamento e gestão da situação nos municípios.

A recomendação da proibição de entrada no país de medicamentos que exortem a uma terapia tendo por base um único fármaco terá constituído uma das principais conclusões dos peritos que estiveram reunidos durante dois dias no Centro Nacional de Oncologia, no âmbito de um encontro que contou com a presença da directora nacional de Saúde Pública, Adelaide de Carvalho, na sessão de encerramento. Os congressistas, oriundos de 18 províncias de Angola, defenderam uma maior divulgação da política nacional de tratamento da doença entre parceiros, financiadores e doadores, preconizando um maior envolvimento em acções de formação em diagnóstico, tratamento e gestão do problema, que afecta significativamente o país.
O consultor do Programa Nacional de Luta contra a Malária, Telles Francisco, garantiu que o Coartem, novo medicamento para o combate à malária à base de combinações terapêuticas derivadas de artemisinina, encontra-se actualmente disponível para todos os grupos populacionais de Angola, acrescentando que, desde que aquele fármaco foi introduzido no esquema de tratamento dos doentes de paludismo angolanos, há cerca de um ano, 13 das 18 proivíncias do país estão a fazer uso dele, enquanto as restantes cinco têm recorrido ao Arsucam, que associa amodiaquina e artusinato. O responsável assevera que a totalidade do território nacional está coberta com pelo menos um destes medicamentos, recomendados desde 2006 pelo Programa Nacional de Luta contra a Malária, registando resultados positivos.

Carla Teixeira
Fonte: «Jornal de Angola»

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Análise ao sangue pode detectar cancro

Uma equipa de cientistas britânicos diz ter desenvolvido uma análise ao sangue capaz de detectar a presença de um cancro no organismo muito antes dos primeiros sintomas aparecerem. Os investigadores da Universidade de Southampton conseguiram identificar a presença de biomarcadores em amostras de sangue que podem indicar a presença de cancro da mama.

O exame detectou com antecedência sinais de cancro da mama em algumas mulheres. Os investigadores esperam que as pistas fornecidas pelo teste os ajudem a revolucionar a prevenção do cancro através de exames mais acessíveis financeiramente e de uma técnica de diagnóstico menos invasiva.

Os cientistas analisaram 30 mil amostras de sangue recolhidas de 11 mil mulheres, durante os últimos 30 anos, algumas das quais vieram a desenvolver cancro. Durante a pesquisa, os cientistas procuraram a presença de biomarcadores produzidos pelas células cancerígenas. As amostras obtidas permitiram-lhes observar a presença significativa de biomarcadores de cancro da mama.

“A qualidade das amostras foi fundamental mas ainda é cedo”, refere Paul Townsend, o principal responsável pelo estudo. “Algumas das mulheres que forneceram amostras de sangue eram saudáveis na altura porém, mais tarde desenvolveram cancro. Vamos voltar atrás no tempo para analisar aspectos comuns no sangue que possamos identificar como impressões digitais do cancro”, explicou o especialista.

“Estamos a tentar descobrir se é possível recolher uma amostra de uma pessoa saudável e perceber se essa pessoa poderá desenvolver cancro no futuro”, acrescentou o cientista. O objectivo mais ambicioso dos investigadores passa por conseguir, através de uma análise ao sangue, uma caracterização do que pode acontecer à pessoa num estádio mais avançado na doença.

Marta Bilro

Fonte: The Earth Times, Cancer Research UK, The Press Association.

Depressão causa mais prejuízos à saúde do que doenças crónicas, diz estudo

A depressão é mais prejudicial para saúde dos doentes do que algumas doenças crónicas, como a angina de peito, a artrite, a asma e a diabetes. O alerta surge por parte da Organização Mundial de Saúde (OMS), num estudo publicado na revista médica “The Lancet”. Os homens casados, com baixo nível de escolaridade e com menores rendimentos são, de acordo com a pesquisa, o estereótipo da doença.

A investigação, levada a cabo pela OMS, envolveu 245.404 doentes de vários países e prolongou-se por 12 meses. Entre os casos analisados, 3,2 por cento corresponde a diagnósticos de depressão, um valor inferior ao da angina de peito (4,5) e ao da artrite (4,1). Porém, a depressão está frequentemente associada a uma, ou até duas destas quatro doenças crónicas em simultâneo.

Do total de pacientes analisados, entre 9 e 23 por cento sofriam de uma ou duas doenças crónicas e, também, de depressão. Estes dados permitiram aos investigadores concluir que a depressão fornece um contributo significativo para a diminuição da saúde da população a nível mundial. É por isso que os cientistas consideram que a depressão combinada com a artrite, asma, diabetes ou angina de peito causa muito mais prejuízos à saúde do que ser portador de duas ou mais destas doenças crónicas em conjunto.

De acordo com os investigadores, esta é uma chamada de atenção para a “necessidade urgente de colocar a depressão entre as doenças com prioridade de tratamento no sistemas de saúde, por forma a reduzir os seus efeitos e melhorar a saúde da população mundial”.

A necessidade de promover o apoio psicológico nos sistemas de saúde nacionais dos países menos desenvolvidos não é um tema inovador. Um estudo anterior realizado pelo Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos e igualmente divulgado pela “The Lancet” fazia também uma abordagem da situação.

Dados do Portal da Saúde, indicam que a depressão é a principal causa de incapacidade e a segunda causa de perda de anos de vida saudáveis entre as 107 doenças e problemas de saúde mais relevantes. Uma em cada quatro pessoas em todo o mundo sofre, sofreu ou vai sofrer de depressão. Um em cada cinco utentes dos cuidados de saúde primários portugueses encontra-se deprimido no momento da consulta.

Marta Bilro

Fonte: Diário Digital, Lusa, Portugal Diário, Portal da Saúde.

Portugueses abusam dos anti-inflamatórios

SPG alerta para os riscos da auto-medicação

Mais de 800 mil portugueses consomem diariamente anti-inflamatórios, entre os quais 228 mil não têm prescrição médica para tal. A Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia chama a atenção para a utilização excessiva destes medicamentos que pode provocar hemorragias, problemas gástricos, úlceras e, em alguns casos, a morte.

«Em Portugal andam a banalizar-se demasiado e as pessoas devem ser alertadas para os riscos. 50 por cento dos doentes que tomam anti-inflamatórios têm queixas digestivas e dez por cento úlceras» , afirmou Hermano Gouveia, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG). De acordo com o responsável, só em Coimbra, “80 dos cem casos de hemorragia em 2006 devem-se à toma de anti-inflamatórios” e “entre 5 e 10 por cento destes terminaram mesmo em morte”.

Este fenómeno, muitas vezes resultante da auto-medicação, está a preocupar a SPG. “A maioria das pessoas toma um anti-inflamatório para aliviar uma dor quando em muitos casos resolvia o problema com um paracetamol. Além disso, muitas pessoas aumentam a dose porque a dor não passa ou prolongam o tratamento e acabam por adquirir lesões do fígado. Para saber isso basta fazer uma análise clínica e ver as alterações registadas devido à toma deste tipo de medicamentos”, refere Hermano Gouveia.

Os anti-inflamatórios não esteróides, que podem ser adquiridos sem receita médica, são os protagonistas deste tipo de situações. Para o especialista, "os medicamentos estão cada vez mais disponíveis e, apesar de serem importantes, têm de ser orientados pelo médico. Muitas vezes nem chega perguntar ao farmacêutico, porque não sabe o resto dos medicamentos que a pessoa está a tomar".

O risco de efeitos secundários graves aumenta quando o doente toma estes medicamentos sem a supervisão de um médico, alerta Hermano Gouveia. Numa população envelhecida como é o caso da portuguesa, existem várias patologias que lhe estão associadas. “Se tem mais de 60 anos, toma uma aspirina para proteger o coração, cortisona e um anti-inflamatório, estão reunidos os factores de risco para ter graves problemas, por exemplo uma hemorragia digestiva ou falência do fígado, porque estes medicamentos potenciam os seus efeitos”, explicou o responsável.

O esclarecimento da terapêutica junto do médico é o melhor caminho para evitar este tipo de problemas. Porém, a solução passa também pela escolha do “paracetamol, que não é agressivo", de detrimento dos anti-inflamatórios (como a nimesulida, ibuprofeno, ácido acetilsalicílico).

Marta Bilro

Fonte: DN, Correio da Manhã, Infarmed.

Ensaios divulgados no «New England Journal of Medicine»
Dronedarona mais eficaz contra arritmia cardíaca


Os ensaios clínicos «Euridis» e «Adonis», cujos resultados foram divulgados na última edição do «New England Journal of Medicine», concluíram que o dronedarona, um novo tratamento para a arritmia cardíaca em fase de desenvolvimento pela firma farmacêutica francesa Sanofi-Aventis, é mais eficaz do que o placebo na manutenção da regularidade das contracções cardíacas, sem efeitos tóxicos significativos.

Os dois testes, de características idênticas, acompanharam 1200 pessoas durante um ano e abrangeram o continente europeu, no primeiro caso, e Estados Unidos, Canadá, Austrália e Argentina no segundo. Os investigadores informaram que os efeitos tóxicos nos pulmões, na tiróide e no fígado não aumentaram de forma significativa ao longo do estudo, acrescentando que a fibrilhação auricular é o transtorno do ritmo cardíaco mais frequente em todo o mundo, afectando aproximadamente um por cento da população do planeta, o equivalente a uns seis milhões de europeus e norte-americanos, número que tende a aumentar por efeito do processo de envelhecimento populacional.
Os estudos «Euridis» (European Trial in Atrial Fibrillation Patients receiving Dronedarone for the Maintenance of Sinus Rhythm) e «Adonis» (American-Australian Trial with Dronedarone in Atrial Fibrillation Patients for the Maintenance of Sinus Rhythm) visaram avaliar a capacidade do dronedarona para manter o ritmo sinusal nos pacientes que apresentaram fibrilhação auricular. Em ambos os ensaios, que assentaram na medição do tempo médio até à ocorrência da arritmia como variável principal de avaliação, o uso do dronedarona permitiu sempre tempos muito superiores aos do placebo: no «Euridis» o tempo médio foi de 96 dias com o dronedarona e de 41 dias com o placebo, no estudo «Adonis» a correspondência foi de 158 para 59 dias.
Em Setembro do ano passado a Sanofi-Aventis anunciou a decisão de retirar o dossier de autorização de comercialização do Multaq (dronedarona) na Europa, com o objectivo de avaliar a relação risco/benefício dos comprimidos de 400mg. A decisão foi tomada na sequência de um pedido de dados adicionais feito pelo Comité de Medicamentos de Uso Humano da Agência Europeia de Medicamentos. Nessa altura, a empresa farmacêutica informou que pretendia voltar a submeter à apreciação da EMEA uma solicitação para a introdução do medicamento no mercado no primeiro semestre de 2008.

Carla Teixeira
Fonte: «New England Journal of Medicine», Sanofi-Aventis, PM Farma, Doyma, Guia da Farmácia, CardioAtrio.com

Estudo indica que mudança do Lipitor para sinvastatina aumenta riscos cardiovasculares

Dados de um estudo observacional apontam para o facto de que os pacientes que trocaram de fármacos para a diminuição do colesterol, isto é, do Lipitor (atorvastatina), da Pfizer, para a sinvastatina, apresentaram um aumento de 30 por cento no risco relativo de eventos cardiovasculares graves, em comparação com aqueles que continuaram a tomar Lipitor.

Como parte da análise retrospectiva, os investigadores analisaram uma base de dados do Reino Unido que incluía registos de 11 520 pacientes que tomaram Lipitor durante seis meses ou mais, entre Outubro de 1997 e Junho de 2005, incluindo 2 511 pacientes que mudaram para sinvastatina, e 9 009 pacientes que continuaram com o fármaco da Pfizer. Os resultados demonstraram que existia um aumento de 43 por cento do risco de eventos cardiovasculares graves, incluindo ataques cardíacos, AVC, e determinados tipos de cirurgia cardíaca (como revascularização coronária), ou morte, para aqueles que trocaram para sinvastatina, em comparação com os que continuaram com o Lipitor. Contudo, não houve diferença em todas as causas de morte entre os dois grupos.

Uma análise secundária demonstrou que os pacientes que mudaram de fármaco tinham mais do dobro da possibilidade de descontinuar o tratamento, em comparação com os que se mantiveram com o Lipitor. As razões pelas quais o tratamento era descontinuado não estava disponível na base de dados, o mesmo acontecendo com as causas da mudança de fármaco, explicou a Pfizer. A companhia acrescentou ainda que os pacientes do estudo não foram randomizados para cada grupo, o que limita o significado dos resultados.

Segundo o autor principal do estudo, Peter Jan Lansberg, professor no Hospital Slotervaart, na Holanda, muitos médicos estão a trocar os pacientes para a sinvastatina devido ao facto das companhias de seguros norte-americanas e dos governos europeus estarem sob pressão para reduzir as despesas. Lansberg sublinhou ainda que não é benéfico fazer uma troca universal para as estatinas mais baratas. É necessário fazer uma distinção entre os pacientes que beneficiam com as estatinas genéricas e os pacientes de alto risco que têm a necessidade de uma terapia mais agressiva. Este estudo, que foi financiado pela Pfizer, foi apresentado no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia e também será publicado na “The British Journal of Cardiology”.

O Lipitor é o fármaco líder de vendas, tendo atingido valores de aproximadamente 13 mil milhões de dólares em 2006.

Isabel Marques

Fontes: First Word, Bloomberg, www.pfizer.com

Bayer Schering e Dyax colaboram para identificar anticorpos terapêuticos

A Bayer Schering e a Dyax iniciaram um acordo de colaboração para descobrir anticorpos terapêuticos. Segundo os termos do acordo, a Dyax irá identificar anticorpos terapêuticos dirigidos a dois alvos fornecidos pela Bayer.

Com este acordo, a Dyax irá receber pagamentos quando forem atingidos determinados objectivos, e regalias resultantes das vendas líquidas que possam derivar do desenvolvimento e comercialização, por parte da Bayer, dos anticorpos descobertos durante esta colaboração. O acordo também fornece à Bayer sublicenças para outras patentes relevantes de anticorpos, identificados através da expressão de fagos, que possam ser utilizados com a tecnologia da Dyax. Os termos financeiros envolvidos não foram revelados.

Isabel Marques

Fontes: First Word, www.dyax.com

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Dia Mundial da Pessoa com Doença de Alzheimer
Jantar solidário no Casino da Póvoa

A Associação Alzheimer Portugal assinala, a 21 deste mês, com um jantar e um baile de gala agendado para o Casino da Póvoa de Varzim, no Norte do País, o Dia Mundial da Pessoa com Doença de Alzheimer. Trata-se de uma iniciativa que visa a angariação de donativos para a associação, reportando-se à sua missão de prestar apoio a portadores de demência e dos seus cuidadores.

Numa nota de agenda enviada ao farmacia.com.pt, a Associação Alzheimer Portugal refere, citando a sua presidente, Maria do Rosário Zincke dos Reis, que “é importante demarcar este dia de uma forma positiva, com esperança no desenvolvimento da ciência e com orgulho no trabalho diariamente desenvolvido por técnicos, cuidadores e pessoas com demência que não desistem de fazer valer o seu esforço na luta contra a doença e contra o estigma ainda a ela associado”. As inscrições para o jantar e baile, que terá um custo associado de 50 euros (jantar e donativo), estão abertas a todos os interessados, que deverão fazer as suas reservas através do telefone 960003410, contactando Daniel Martins.

Carla Teixeira
Fonte: Associação Alzheimer Portugal
Infarmed veicula alerta de entidade reguladora francesa
Próteses de esforço Microval 2D contrafeitas


O Conselho Directivo da Autoridade Nacional do Medicamento e dos Produtos de Saúde (Infarmed), por indicação do seu departamento de Dispositivos Médicos, acaba de emitir uma circular informativa destinada a divulgação junto do público em geral de um alerta inicialmente veiculado pela entidade reguladora do sector em França, à luz da qual terá sido detectada, no mercado egípcio, a existência de próteses de esforço contrafeitas da marca Microval.

De acordo com o exposto na nota emitida pelo Infarmed, que vem assinada por Luísa Carvalho, vice-presidente do seu conselho directivo, o problema terá sido diagnosticado pela própria empresa fabricante dos equipamentos, que estará neste momento a fazer uma recolha de elementos com vista a poder divulgar a situação junto da sua rede de distribuição. Em Portugal, de acordo com a entidade reguladora nacional, está também em marcha o processo de averiguação da eventual presença de próteses contrafeitas da marca Microval, e embora pela informação existente não haja evidência da entrada daquele produto contrafeito no mercado europeu, o Infarmed ressalva que, em virtude da livre circulação de bens e mercadorias poder-se-á ter dado uma introdução irregular daquelas próteses em países da Europa, e concretamente em Portugal.
A Autoridade Nacional do Medicamento e dos Produtos de Saúde exorta assim quem eventualmente encontrar aquele tipo de produtos à venda em Portugal a contactar de imediato o seu departamento de dispositivos médicos. Para reconhecer as próteses da Microval efectivamente contrafeitas convém saber que a referência 411515 não faz parte da gama 2D da Microval, que o lote de esterilização 010405E corresponde a um número real, mas a data limite de utilização 2010/05 não é a correcta, que deveria ser 2006/03, que o número de série MC090325 é real, mas associado a outra prótese 2D de reforço, e que o autocolante indicador de esterilidade aplicado na rotulagem foi substituído por uma simples bola verde impressa.

Carla Teixeira
Fonte: Infarmed

CEL promove conferências sobre cancro e doenças infecciosas

Instituto Gulbenkian de Ciência e Universidade de Lisboa recebem especialistas internacionais

Matti Hakama, professor de epidemiologia da Universidade de Tampere, na Finlândia, e um dos mais conceituados investigadores em epidemiologia do cancro vai estar em Portugal para falar da doença e das várias questões que a envolvem. A conferência, que se realiza segunda-feira (10 de Setembro), às 17 horas, no Instituto Gulbenkian de Ciência, em Oeiras, marca o primeiro dia da apresentação do Consórcio de Epidemiologia de Lisboa (CEL).

No mesmo âmbito, o Complexo Interdisciplinar da Universidade de Lisboa recebe, terça-feira, (11 de Setembro), às 17 horas, Graham Medley, da Universidade de Warwick, no Reino Unido. O especialista, cujos trabalhos publicados contribuíram para o planeamento de medidas de combate ao HIV e à BSE no Reino Unido, vai proferir uma conferência dedicada ao tema dos modelos matemáticos na compreensão das doenças infecciosas e o seu impacto na saúde pública.

Dedicado à investigação epidemiológica e à formação avançada, o CEL nasceu de uma joit venture entre a Universidade de Lisboa e o Instituto Gulbenkian da Ciência. É uma rede multidisciplinar que congrega especialistas internacionais em áreas como a epidemiologia matemática, a biologia evolutiva, a informática biomédica, a física estatística, a epidemiologia clínica ou os sistemas dinâmicos.

Entre as unidades de investigação que integram este consórcio estão o Centro de Matemática e Aplicações Fundamentais, o Instituto de Medicina Molecular, o Instituto de Ciências Sociais, o Centro de Física Teórica e Computacional, o Centro de Estatística Aplicada e o Instituto Gulbenkian de Ciência.

Marta Bilro

Fonte: Ciência na Internet, http://cel.igc.gulbenkian.pt/.

Corantes alimentares fomentam hiperactividade nas crianças

Os corantes e aditivos alimentares contribuem para aumentar o nível de hiperactividade nas crianças. A conclusão resulta de um estudo da Universidade de Southampton, no Reino Unido, publicado na edição online da revista médica “Lancet”.

Num ensaio clínico em que algumas crianças tomaram um cocktail com aditivos alimentares geralmente presentes na alimentação e outras apenas um simples sumo de fruta, os investigadores observaram que este tipo de produtos produz um efeito de hiperactividade nas crianças. “Demonstrámos um efeito desfavorável dos aditivos alimentares sobre o comportamento hiperactivo das crianças de 3 anos e de 8-9 anos», referem os cientistas.

O estudo, realizado a pedido da agência para a segurança alimentar britânica, a Food Standard Agency, confirma resultados obtidos em trabalhos anteriores que analisaram as crianças que sofrem de perturbações da hiperactividade.

Os investigadores acreditam que os efeitos desfavoráveis produzidos por este tipo de produtos, acrescentados aos alimentos para melhorar a sua conservação, gosto e aspecto, ou alterar a cor, “não são apenas constatados em crianças com hiperactividade, mas também podem ser constatados na população em geral”.

O estudo, que envolveu 153 crianças de três anos e 144 crianças entre os oito e os nove anos de idade, analisou a actuação de aditivos que continham o conservante benzoato de sódio (referenciado como E211 na União Europeia) e diferentes corantes alimentares: cor de laranja amarelado (E110), carmim (E122), cor de vinho (E102), cor de papoila 4R (E124), amarelo quinoleína (E104) e allura red AC (E129).

A hiperactividade é uma problemática a que se associam dificuldades na aprendizagem e na adaptação do indivíduo ao meio nos seus primeiros anos de vida e que, na maioria dos casos, se prolonga pela vida adulta. É uma perturbação do desenvolvimento que afecta o comportamento, a atenção e o autocontrolo. Estima-se que cerca de 4 a 8 por cento das crianças em idade escolar apresentam critérios de diagnóstico para hiperactividade com défice de atenção. Calcula-se também que em aproximadamente 50 por cento destas crianças tais sintomas persistem na vida adulta.

Marta Bilro

Fonte: Diário Digital, Lusa, Médicos de Portugal.

Próteses de reforço contrafeitas à venda no mercado egípcio

Infarmed diz que não há indicações da presença do produto em Portugal

Há próteses de reforço contrafeitas da marca MICROVAL 2D a circularem no mercado egípcio. O alerta é dado pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), que teve conhecimento da situação através de informação disponibilizada pela autoridade competente francesa. Até ao momento, não há indicações da presença deste produto em Portugal, no entanto, o Infarmed admite a hipótese do mesmo ter chegado ao mercado nacional por vias paralelas.

De acordo com uma circular informativa divulgada pelo Infarmed esta quinta-feira (6 de Setembro), a situação foi detectada pelo próprio fabricante francês, MICROVAL, que está a reunir todos os elementos para poder efectuar uma divulgação através da sua rede de distribuição.

O Infarmed entrou já em contacto com o distribuidor que deverá adoptar medidas para verificação da possível existência destes produtos contrafeitos junto dos seus clientes. Conforme refere a nota emitida, não há evidência da introdução deste produto contrafeito no mercado Europeu. Porém, a livre circulação de dispositivos médicos no Espaço Económico Europeu e a eventual importação por vias paralelas poderão ter colocado ilegalmente os produtos no mercado português.

Nessa eventualidade, o Infarmed divulgou uma lista de características que permitem identificar os produtos contrafeitos. Caso sejam detectados no mercado a situação deve ser de imediato comunicada ao Departamento de Dispositivos Médicos do Infarmed.

Os produtos contrafeitos são identificados com a referência número 411515, designação que não existe na gama 2D MICROVAL; o nº de lote da esterilização 010405E é um número real mas a data limite de utilização 2010-05 não é a correspondente (a correcta deveria ser 2006-03); o Número de Série MC090325 é um número real mas associado a outra prótese 2D de reforço; e o autocolante indicador de esterilidade aplicado na rotulagem está substituído por uma simples bola verde impressa.

Marta Bilro

Fonte: Infarmed.

Ventana adquire Spring BioScience

A Ventana Medical Systems adquiriu a Spring BioScience Corp. por 21,1 milhões de euros, um negócio que deverá impulsionar os lucros da empresa em 2008 e 2009.

A compra da Spring BioScience, que desenvolve e fornece anticorpos monoclonais derivados de coelhos, permitirá à Ventana expandir a sua influência no sector da medicina personalizada, um ramo em crescente ascensão que prevê a adaptação dos tratamentos a cada paciente baseando-se nas especificidades genéticas.

De acordo com o director de operações financeiras da empresa, Larry Mehren, o negócio começou a ser preparado há cerca de um ano, na sequência de uma tentativa falhada de adquirir uma outra empresa especializada no desenvolvimento de anticorpos.

A Ventana está a ser alvo de uma oferta pública de aquisição por parte da Roche, que oferece 2,2 mil milhões de euros pelas acções da empresa norte-americana especializada em histopatologia. Porém, a operação foi considerada hostil. Em declarações à Reuters, Mehren escusou-se a comentar a proposta da farmacêutica suíça, mas salientou que foram apenas postas à disposição 13.430 acções desde o dia 23 de Agosto, o prazo estabelecido pela Roche para a concretização da oferta que foi posteriormente prolongado até 20 de Setembro. Para garantir o sucesso da operação a Roche precisa de obter 18 milhões de acções.

Alex Morozov, analista da Monrningstar, não acredita que a aquisição da Spring BioScience possa beneficiar ou prejudicar as perspectivas da Roche. De acordo com Morozov, esta é uma forma da Ventana demonstrar que continua a operar de acordo com a normalidade, como que fazendo um apelo para que a proposta da Roche seja ignorada.

Marta Bilro

Fonte: Reuters.

Antidepressivo vilazodona apresenta resultados positivos em Fase III

A Clinical Data Inc. anunciou que o fármaco experimental vilazodona demonstrou reduzir os sintomas de depressão durante o ensaio clínico. Na Fase III do estudo, o fármaco atingiu os “endpoints” primário e secundário, além de que o perfil de segurança do fármaco, que é tanto um inibidor selectivo de recaptação da serotonina como um agonista parcial dos 5HT1A (receptores de serotonina), parece ser semelhante aos inibidores selectivos de recaptação da serotonina (ISRS) que são comercializados actualmente.

No estudo, 410 adultos com perturbação depressiva grave foram randomizados para receber vilazodona ou placebo. Os dados demonstraram que o fármaco reduziu os sintomas de depressão em duas escalas diferentes de classificação nos pacientes que tomaram vilazodona, em relação ao grupo do placebo. A companhia também adiantou que o estudo identificou biomarcadores que poderão ser utilizados para prever se os pacientes individuais irão responder ou não ao tratamento.

O vilazodona, o único que actua de duas formas, enquanto que outros fármacos só têm uma abordagem, caso seja aprovado, pode competir no mercado com o Paxil, Prozac e outros tratamentos semelhantes. Um dos mecanismos do vilazodona opera ao aumentar os níveis de serotonina, enquanto que o outro, o agonista parcial dos 5HT1A, actua na questão da ansiedade e em pacientes deprimidos que não obtêm resultados com as terapias tradicionais.

A Clinical Data adquiriu os direitos do vilazodona à Merck KGaA em Setembro de 2004 e irá considerar a possibilidade de encontrar um parceiro para comercializar o fármaco em conjunto. Este estudo foi a terceira de três fases normalmente necessárias para a FDA considerar a candidatura para aprovação. A companhia planeia submeter uma candidatura para o registo de um novo medicamento à FDA em 2009.

O “Surgeon General’s Office” estima que 5,3 por cento dos americanos adultos, aproximadamente 17 milhões de pessoas, sofrem de doença depressiva. De acordo com estimativas, os antidepressivos geraram vendas de mais de 12 mil milhões de dólares em 2006, nos Estados Unidos.

Isabel Marques

Fontes: First Word, Bloomberg, www.clda.com

União das Misericórdias desaprova novo regime da propriedade das farmácias

Responsáveis alegam que documento é inconstitucional

A União das Misericórdias tem dúvidas quanto ao novo decreto-lei da propriedade das farmácias e pretende pedir ao Presidente da República para avaliar a constitucionalidade do mesmo. As novas directrizes legais obrigam as farmácias das Misericórdias a transformarem-se em sociedades comerciais, de forma a garantir a igualdade fiscal com as demais farmácias.

«Consideramos que o diploma viola o artigo 65 da Constituição porque não respeita o sector social», afirmou Lusa Rui Rebelo, da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), em declarações à agência Lusa.

Com a aprovação do novo decreto-lei, que entra em vigor a partir de 30 de Outubro, a propriedade das farmácias deixa de estar limitada exclusivamente a farmacêuticos, passando a estar também reservada a pessoas singulares e a sociedades comerciais, numa concentração máxima de quatro estabelecimentos. As instituições particulares de solidariedade social que detêm farmácias ficam obrigadas a constituir-se em sociedades comerciais, dispondo de um prazo de cinco anos para a alteração do tipo de propriedade das unidades já existentes.

“É uma medida de grande insensibilidade social. Nós temos uma característica de gestão diferente da do sector privado. Não temos lucros ou dividendos para distribuir pelos sócios. Tudo o que conseguimos de resultados sociais positivos reinvestimos em acção social, nomeadamente em hospitais”, justificou Rui Rebelo.

O que não pode acontecer, considera a União das Misericórdias, é a equiparação, em termos de regime fiscal, destas entidades com o sector privado, obrigando-as ao pagamento de impostos. “Isto não é constitucional nem é justo. E obviamente nós não fazemos concorrência desleal, uma vez que praticamos os mesmos preços que as farmácias do sector privado”, acrescentou Rui Rebelo.

Os responsáveis não estão dispostos a transformarem em sociedades comerciais as 35 farmácias que actualmente detêm. Nesse sentido, vai ser solicitada uma audiência à comissão parlamentar de Saúde e Finanças e será escrita uma petição para sensibilizar o Presidente da República para esta questão, que esperam enviar na próxima semana.

Marta Bilro

Fonte: Diário Digital, Lusa, Farmacia.com.pt.

Desodorizantes antitranspirantes propiciam cancro da mama, diz estudo

Não são completamente novas as suspeitas de uma possível ligação entre alguns dos químicos presentes na composição dos antitranspirantes e o desenvolvimento de cancro da mama. Um estudo publicado no “Journal of Inorganic Biochemistry” vem agora afirmar que uso frequente de desodorizante com efeito antitranspirante pode propiciar o aparecimento da doença.

A investigação, realizada por cientistas da “Keele University”, no Reino Unido, baseou-se na análise de 17 mulheres que tinham sido submetidas a uma Mastectomia no Wythenshawe Hospital, na localidade inglesa de Manchester. A observação permitiu-lhes detectar, nos tecidos mamários dessas mulheres, elevados níveis de alumínio, substância que compõe 90 por cento dos agentes antitranspirantes da maioria dos desodorizantes.

De acordo com os investigadores, as maiores concentrações de alumínio, substância que já tinha sido relacionada ao cancro da mama em estudos anteriores, encontravam-se na zona do peito próxima às axilas, na qual, geralmente, se aplica este tipo de produtos e onde se detectam a maioria de tumores deste tipo.

Apesar de admitir as limitações do estudo devido ao reduzido número de participantes, Chris Exley, responsável pela investigação, considera que “os dados que mostram uma maior concentração de alumínio na região próxima às axilas são estatisticamente significantes”. Os resultados não podem ter sido fruto do acaso, garante o cientista, até porque “a maior concentração de alumínio na parte exterior da mama pode ser explicada pela proximidade desta região à axila, onde se costuma aplicar a maior parte das substâncias antitranspirantes”.

Para além disso, há estudos anteriores que indicam uma permeabilidade da pele face a este elemento, lembra Exley. Apesar de não terem ainda conseguido estabelecer totalmente a relação entre a utilização do antitranspirante e o aparecimento de cancro da mama, os cientistas estão a analisar a hipótese do tecido que já envolveu o tumor servir de porta de entrada para o alumínio, originando a alta concentração desta substância.

Marta Bilro

Fonte: Saúde na Internet.

Mistura de células humanas e animais com fins terapêuticos
Reino Unido autoriza embriões híbridos


A medida é polémica do ponto de vista científico, e no plano religioso já foi classificada pelo Vaticano como “monstruosa”. Dias depois de um grupo de especialistas britânicos em células-tronco ter avisado que o Reino Unido poderá perder o seu pioneirismo nesta área se o governo não autorizar a criação de embriões híbridos de animais e humanos, os reguladores anunciaram que provavelmente decidirão a favor daquele procedimento.

A Autoridade Britânica de Fertilidade Humana e Embriologia anunciou, na última quarta-feira, que “em princípio” dará a sua aprovação à polémica intenção do desenvolvimento de embriões híbridos, a partir da integração de ADN humano em óvulos de animais, com o objectivo de investigar aspectos ligados a patologias como Alzheimer ou Parkinson. A medida visa colmatar uma grave lacuna em termos de ovócitos humanos destinados à clonagem de embriões com fins terapêuticos, prática que já é permitida no Reino Unido, ao contrário do que ainda acontece na generalidade dos países europeus e do mundo. A ser autorizada a medida, os embriões híbridos terão 99,9 por cento de material genético humano e apenas 0,01 por cento de origem animal, e todas as experiências com aquele ADN terão de ser previamente autorizadas.
Os pedidos para a utilização daquelas células remontam a Novembro de 2006, e foram apresentados por grupos de cientistas do King’s College de Londres e da Universidade de NewCastle. Dizem respeito a óvulos de coelha ou vaca, “esvaziados” de quase toda a informação genética original, nos quais serão implantados núcleos com ADN de vários tipos de células humanas. Os investigadores pretendem extrair células embrionárias que lhes permitirão um combate mais eficaz contra algumas doenças neurodegenerativas e lesões graves da espinal-medula. A decisão oficial relativa a este polémico tema deverá ser tomada nos próximos dias, devendo depois passar pelo parlamento inglês onde, até final do ano, será legislada. Segundo a autoridade que regula as questões da bioética no Reino Unido a maioria dos especialistas consultados mostrou-se “favorável à criação de embriões híbridos citoplásmicos”.
A Santa Fé foi a primeira instância da esfera não política ou científica a reagir à notícia, considerando que, a confirmar-se a decisão de autorização do Reino Unido, estar-se-á a dar corpo a um “acto monstruoso”. Monsenhor Elio Sgreccia, presidente da Academia Pontifical para a Vida no Vaticano, frisou, em declarações à Rádio Vaticano, que “é um acto monstruoso que atenta contra a dignidade humana”, exortando nessa medida a comunidade científica a “mobilizar-se o mais rapidamente possível. Acreditamos que o governo britânico cedeu diante dos pedidos imorais de um grupo de cientistas”, vincou.

Carla Teixeira
Fonte: Ciência Hoje, RTP, AFP, Radio Vaticano, Globo Online
Para tratar infecções hospitalares potencialmente fatais
Cubicin aprovado na Europa


A companhia farmacêutica suíça Novartis obteve resposta positiva da Agência Europeia do Medicamento para expandir a utilização do Cubicin (daptomycin) no apoio a doentes que sofram de dois tipos de infecções bacterianas potencialmente fatais desenvolvidas normalmente em ambiente hospitalar, incluindo a infecção causada pelo staphylococcus aureus resistente à meticilina (SARM ou MRSA, sigla inglesa para “methicillin-resistant staphylococcus aureus”).

As duas novas indicações terapêuticas para administração do Cubicin são a endocardite infecciosa resultante da acção do staphylococcus aureus, que se localiza na válvula do coração, e a infecção bacteriana do sistema sanguíneo. De acordo com a Novartis, se a infecção não for tratada rápida e adequadamente, cerca de um terço dos doentes acaba por morrer, mas a gradual capacidade de resistência aos actuais métodos terapêuticos tem transformado este tipo de infecções num problema cada vez mais grave em termos de saúde pública.

Carla Teixeira
Fonte: Novartis Media Relations, Wikipedia
Medicamento para tratamento de problemas cardiovasculares
FDA aprova primeira versão genérica do Coreg

A Food and Drug Administration (FDA), entidade reguladora do sector do medicamento nos Estados Unidos, aprovou o desenvolvimento da primeira versão genérica do Coreg (carvedilol), um medicamento de ampla utilização no tratamento da pressão sanguínea elevada, do risco cardiovascular moderado a severo e da disfunção ventricular comum após uma síncope cardíaca.

Num comunicado publicado na sua página online, a FDA refere que “os medicamentos genéricos são seguros e eficazes”, porque “resultam de um rigoroso processo científico e regulamentar”. Citado no documento, o director do departamento de medicamentos genéricos da agência reguladora norte-americana, Gary J. Buehler, atesta que aqueles fármacos “usam as mesmas substâncias activas utilizadas no desenvolvimento dos medicamentos de marca e actuam da mesma maneira, oferecendo uma alternativa aos doentes no que toca à escolha dos produtos com que podem ser tratados”.
Ainda de acordo com a nota, as placas de comprimidos de carvediol – que hoje existem nas versões de 3,125mg, 6,25mg, 12,5mg e 25mg – são desenvolvidas por diversas companhias do sector farmacêutico norte-americano, tendo agora sido dada autorização a outras empresas, a saber: Actavis Elizabeth LLC, Apotex Inc., Aurobindo Pharma Limited, Caraco Pharmaceutical Laboratories Limited, Dr. Reddy’s Laboratories, Glenmark Pharmaceuticals Limited, Lupin Limited, Mylan Pharmaceuticals Inc., Ranbaxy Laboratories Ltd., Sandoz Inc., Taro Pharmaceutical Industries Ltd., Teva Pharmaceuticals USA, Watson Laboratories Inc. e Zydus Pharmaceuticals USA Inc.

Carla Teixeira
Fonte: FDA

Fumadores de tabaco de enrolar correm maior risco de sofrer de cancro do pulmão

Um novo estudo norueguês, apresentado na Conferência Mundial sobre Cancro do Pulmão em Seul, concluiu que os fumadores de tabaco de enrolar correm um maior risco de vir a desenvolver cancro do pulmão, do que os fumadores de cigarros industrializados. Este tipo de cigarros tende a ter menos tabaco, mas tem uma quantidade maior de nicotina e alcatrão porque são enrolados sem filtro, dai que a maior incidência de cancro do pulmão tenha sido registada em consumidores deste tabaco.

Na Noruega as vendas de tabaco de enrolar correspondem a um terço do tabaco comercializado no país, sendo ainda um dos poucos países ocidentais onde o seu consumo continua elevado.

O estudo, dirigido por Heidi Rolke, do Hospital Sorlandet na Noruega, baseou-se na observação de 333 indivíduos com cancro do pulmão e concluiu que os fumadores de cigarros enrolados à mão “consomem menos cigarros e estatisticamente fumam há menos anos”. Contudo o alto grau cancerígeno destes cigarros “resulta numa maior incidência do desenvolvimento de cancro do pulmão”, garante Rolke.

Mais de 80 por cento dos indivíduos participantes da análise eram fumadores de tabaco de enrolar. Para Jonathan Samet, da Escola de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins, estes resultados só podem ser equiparados às descobertas documentadas entre mulheres hispânicas, no sudoeste dos EUA, que tendem a enrolar à mão seus cigarros e por isso contam também com uma elevada taxa de incidência da doença.

O cancro do pulmão é um dos cancros mais comuns no mundo, matando 1,3 milhões de pessoas por ano. Na Ásia, morrem mais de 570 mil pessoas por ano, uma a cada minuto.


Inês de Matos

Fonte: Sol

Bayer retira acções da bolsa de Nova Iorque

A farmacêutica alemã Bayer vai deixar de negociar as suas acções na bolsa de Nova Iorque. A decisão, anunciada à imprensa esta quarta-feira (5 de Setembro), deverá concretizar-se já no final do mês de Setembro ou no início de Outubro e tem como principal objectivo a redução de custos.

Conforme foi divulgado, a empresa deverá solicitar a retirada da cotação das suas acções depositárias no Dow Jones, bem como a respectiva inscrição. A Bayer espera assim poder economizar 15 milhões de euros por ano.

O director financeiro da farmacêutica, Klaus Kühn, veio a público afirmar que “a Bayer preservará a transparência nas suas informações e cumprirá as exigências dos investidores internacionais”. De acordo com a empresa, os accionistas norte-americanos podem manter-se na posse dos seus títulos que futuramente poderão transaccionar fora da bolsa de valores.

Marta Bilro

Fonte: Último Segundo.