sexta-feira, 13 de julho de 2007

85% dos doentes espanhóis utilizam internet para pesquisar sobre doenças

Um estudo realizado pela Ogilvy Healthworld e pelo Google demonstrou que os motores de buscar na internet são utilizados por 85 por cento dos doentes espanhóis que procuram informações on-line sobre a sua patologia ou a medicação.

A investigação, que pretendeu avaliar a influência da comunicação digital no sector da saúde, revelou também que as doenças pesquisadas com mais frequência são as relacionadas com dietas e controlo de peso, alergias, obesidade, cancro, dores de cabeça ou enxaquecas, ansiedade e depressão. Um em cada quatro espanhóis utiliza o Google para procurar informações sobre saúde.

De acordo com o estudo, os motores de busca são utilizados em todas as fases do processo da doença, desde o diagnóstico ao tratamento. As conclusões referem que 92 por cento dos cibernautas procuram conselhos sobre hábitos de vida saudáveis e 87 por cento estão mais preocupados em saber quais os sintomas específicos. Também em 87 por cento dos casos os utilizadores pretendem perceber melhor o seu próprio diagnóstico e tratamento, enquanto 89 por cento procura mais informações sobre os procedimentos que estão a ser levados a cabo por amigos ou familiares.

Os internautas espanhóis consideram que os motores de busca são uma fonte de informação indispensável, e 85 por cento usam-nos para se esclarecer, foi hoje divulgado na apresentação do estudo em Madrid. “A internet é não só uma fonte de informação prioritária para os consumidores, mas também uma ferramenta revolucionária para a indústria farmacêutica, já que permite que o paciente encontre o profissional sempre que procura por ele”, salienta José María García, director do departamento de Saúde do Google, em Espanha.

As declarações do responsável surgem durante o encontro sobre saúde digital, o primeiro do género organizado para analisar o futuro do sector da saúde no país vizinho. Face aos resultados, os especialistas estão convencidos de que a internet impôs mudanças radicais no comportamento dos doentes e dos médicos e que, necessariamente, acabará por alterar a comunicação da indústria farmacêutica com o seu público.

A internet é, assim, a segunda fonte de informação mais utilizada pelos pacientes, em Espanha, para obterem informações no âmbito da saúde, quase ao nível dos médicos, que representam 88 por cento, e muito acima de outros recursos com é o caso dos farmacêuticos, livros e meios de comunicação tradicionais. “A internet é o suporte mais interactivo, profundo e rico em informação e, sem dúvida, complementar a qualquer actividade de saúde”, destaca José María García.

Marta Bilro

Fonte: PM Farma

Sem comentários: