sexta-feira, 13 de julho de 2007

Investigação preliminar com resultados promissores
Fármaco para a doença bipolar em estudo


Uma equipa de cientistas da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, está a testar um potencial novo medicamento para a doença maníaco-depressiva, que também é designada como doença afectiva bipolar. Um mal que afecta cerca de um por cento da população mundial, e cujos tratamentos actuais se baseiam em estabilizadores de humor que fazem disparar o peso dos doentes.

Os investigadores estão a tentar encontrar respostas que permitam minimizar os transtornos e efeitos secundários provocados pelas terapias convencionais, mas de acordo com um artigo publicado na revista científica «Nature», ainda terão de ser feitos muitos estudos antes de o potencial novo fármaco poder ser testado em seres humanos. A mesma fonte refere que cerca de um por cento da população mundial deverá sofrer da doença maníaco-depressiva, cujo tratamento pressupõe normalmente a administração de estabilizadores de humor como o lítio e o ácido valpróico, que provocam aumento de peso e grande secura nas mucosas.
Os cientistas norte-americanos tentaram colmatar a lacuna no que diz respeito a alternativas àqueles tratamentos, descobertos há décadas, que actuam através do bloqueio da enzima glycogen synthase kinase-3 (GSK-3) no cérebro. Sabiam que uma nova classe de substâncias podia inibir uma enzima similar à GSK-3, e questionaram-se se não poderia também inibir a própria GSK-3. Uma pergunta a que os testes feitos deram resposta positiva. A revolução terapêutica dos doentes maníaco-depressivos poderá, assim, estar a um passo de se concretizar.

Carla Teixeira
Fonte: Nature