quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Dados do Observatório do Medicamento do Infarmed
Consumo de genéricos aumentou em Portugal


O mais recente relatório do Observatório da Autoridade Nacional do Medicamento e dos Produtos de Saúde revelou que a quota de mercado dos genéricos se encontra em linha ascendente no nosso país. Durante os primeiros sete meses deste ano os portugueses consumiram mais medicamentos sem marca comercial. Só o mês de Julho representou uma subida da quota de mercado para os 18,34 por cento, cenário que coloca o sector farmacêutico português no bom caminho para o cumprimento do objectivo traçado pelo Infarmed para 2008: uma franja de 20 por cento do mercado.

Entre Janeiro e Julho, de acordo com os números do relatório, avançados na edição de hoje do «Correio da Manhã», a quota de mercado dos medicamentos genéricos cifrou-se nos 17,75 por cento, que corresponde a mais de 340 milhões de euros. No período homólogo de 2006 a quota de mercado daqueles fármacos era de 14,91 por cento, com quase 274 milhões de euros resultantes da sua comercialização. Em 2006 o mercado total de medicamentos foi de três mil milhões de euros, tendo-se registado, entre Janeiro e Março, face ao período homólogo, um crescimento de 3,9 pontos percentuais. À luz do relatório agora divulgado, há pelo menos 10 substâncias activas em que os genéricos são responsáveis por mais de 60 por cento das vendas.
A lista divulgada pelo Infarmed refere que o citalopram (antidepressivo), o omeprazol (problemas digestivos) e a ciprofloxacina (antibiótico) conseguiram ultrapassar os medicamentos de marca. Por outro lado, a glimepirida (diabetes), a isotretinoína (acne), a sinvastatina (colesterol), a fluoxetina (antidepressivo), a flutamida (cancro da próstata), o ácido alendrónico (osteoporose) e a sertralina (antidepressivo) vendem mais de 60 por cento em relação aos fármacos de marca. Para o próximo ano, e de acordo com informações avançadas por Vasco Maria, líder da entidade reguladora nacional, o Infarmed traçou uma meta que prevê atingir uma quota de mercado de 20 por cento.

Carla Teixeira
Fonte: «Correio da Manhã», Infarmed, Agência Lusa, RTP

1 comentário:

ptcp disse...

Excelente timming. Com a votação "Em que Laboratório de Genéricos mais confia?" a decorrer este artigo é do mais oportuno.