quinta-feira, 23 de agosto de 2007

FDA aprova utilização de Risperdal em crianças com esquizofrenia e mania bipolar

A Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (FDA) aprovou a utilização pediátrica do Risperdal (Risperidona) como tratamento de primeira linha em adolescentes com esquizofrenia e em crianças e adolescentes que sofrem de mania bipolar.

De acordo com as novas indicações da entidade reguladora norte-americana, o fármaco pode ser administrado a adolescentes com esquizofrenia com idades entre os 13 e os 17 anos, e em doentes com mania bipolar entre os 10 e os 17 anos de idade.

O Risperdal, produzido pela farmacêutica Johnson & Johnson, era já utilizado no tratamento de doentes adultos que sofrem de esquizofrenia. Até ao momento, os adolescentes portadores de mania bipolar tinham apenas disponível uma terapia que consistia na ingestão de lítio.

Os dados da IMS Health colocam o Risperdal no terceiro lugar da tabela dos anti-psicóticos mais comercializados a nível mundial, com vendas que se aproximaram dos 1,7 mil milhões de euros em 2005.

A esquizofrenia é uma perturbação mental grave caracterizada por uma perda de contacto com a realidade (psicose), alucinações, delírios, pensamento anormal e alteração do funcionamento social e laboral. O início da doença é geralmente precoce, afectando jovens entre os 16 e 25 anos de idade. Pode, contudo, aparecer mais tarde, mas é muito raro que ocorra antes dos 10 anos ou após os 50 anos de idade. A doença é muito comum em todo o mundo, afectando cerca de 1 por cento da população adulta.

A perturbação bipolar é, vulgarmente, designada como uma perturbação maníaco-depressiva. A doença que manifesta-se através de alterações opostas do estado de humor que alternam entre a euforia e a depressão, intervalando com períodos normais e de relativa estabilidade. Devido à sua imprevisível natureza, a perturbação bipolar tem um impacto significativo nos doentes e na vida dos seus familiares. Estima-se que entre 25 a 50 por cento dos doentes com perturbação bipolar tentam o suicídio, sendo que em 10 a 20 por cento as tentativas são bem sucedidas. A doença afecta entre 1,3 e 1,6 por cento da população mundial, sendo mulheres e homens igualmente afectados. Na maior parte dos casos, a doença é diagnosticada entre o grupo dos jovens adultos.

Marta Bilro

Fonte: TheStreet.com, Forbes, Manual Merck, Associação e Educação e Apoio na Esquizofrenia. Médicos de Portugal.

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