quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Produtos sem registo eram comercializados na internet
Anvisa suspende venda de quatro medicamentos


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entidade reguladora do sector do medicamento no Brasil, emitiu na última sexta-feira uma ordem de suspensão de quatro produtos fabricados por uma empresa desconhecida, que eram comercializados através de páginas electrónicas. Considerando que “quem compra na internet corre riscos”, os reguladores brasileiros advertiram os consumidores para a necessidade de mais atenção e cuidado no que diz respeito à aquisição de medicamentos.

Num despacho datado do dia 16 deste mês, mas que apenas foi tornado público no dia seguinte, a Anvisa concretiza que os quatro medicamentos em questão são o Lipostabil (fosfatidilcolina), injectável utilizado ilegalmente em tratamentos estéticos, o Winstrol e o Nabolic Strong (ambos têm como princípio activo o stanozolol) e o Deca Vet (substância activa desconhecida). Nenhum tem registro naquela autoridade brasileira, pelo que a sua venda online estaria a ser feita de forma ilegal. Num comunicado da assessoria da Anvisa é dito aos utentes que devem observar sempre atentamente as embalagens dos fármacos que adquirem, no sentido de aferir se ela ostenta o número de registo. Caso se suspeite da proveniência do produto, o consumidor deve accionar o departamento de vigilância sanitária.
A Anvisa refere ainda que “o consumidor deve tomar cuidado com compras feitas pela internet”, garantindo que “o baixo custo e a facilidade de acesso têm como contrapartida a insegurança quanto à qualidade dos medicamentos adquiridos”. Nas compras online, continua a nota, é impossível saber a proveniência do medicamento, bem como se o seu armazenamento foi feito nas condições ideais, não sendo igualmente possível obter os esclarecimentos adicionais que um farmacêutico pode sempre fornecer, ou pedir a troca, no caso de o produto apresentar qualquer anomalia. “O utente perde todos os direitos legais”, destacam os reguladores brasileiros.

Carla Teixeira
Fonte: Anvisa

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