Bactéria descoberta em lama das Bahamas apresenta potencialidades como produtor de antibióticos naturais e produtos anti-cancerígenos
Cientistas do Instituto de Oceanografia Scripps (SIO), da Universidade da Califórnia em San Diego, e da Escola Skaggs de Farmácia e Ciências Farmacêuticas resolveram o enigma do genoma de um organismo descoberto no oceano, com potencial para produzir componentes promissores no tratamento de doenças como o cancro.
Os cientistas conseguiram sequenciar com sucesso o genoma da “Salinispora trópica”. A descodificação abre portas a um abrangente número de possibilidades para isolar e adaptar moléculas potentes que o organismo marinho emprega, no ambiente marítimo, para defesa química. Os resultados foram apresentados, esta semana, na edição online do “Proceedings of the National Academy of Sciences”.
A "Salinispora" foi descoberta, em 1991, nos sedimentos superficiais do oceano, na costa das Bahamas, por cientistas do Instituto de Oceanografia Scripps. A bactéria produz componentes que mostraram sinais promissores para tratar o cancro. A substância que produz, a “salinosporamide A”, é usada actualmente em ensaios clínicos humanos para tratar o mieloma múltiplo, um cancro de células plasmáticas na medula óssea, assim como no tratamento de tumores sólidos.
Grande parte da antecipação na produção de novos medicamentos, a partir da “Salinispora”, advém do seu potencial em aumentar o actual arsenal de antibióticos, muitos dos quais são ineficazes devido ao aumento de bactérias resistentes. Mais de metade dos antibióticos naturais utilizados clinicamente são derivados do tipo “Streptomyces”, os parentes terrestres da “Salinispora”, e que são considerados os reis dos organismos produtores de antibióticos.
A sequenciação do genoma revelou vários aspectos desconhecidos da “Salinispora trópica”, até ao momento. Por exemplo, enquanto observações em bactérias semelhantes revelaram que normalmente seis a oito por cento do genoma do organismo é dedicado à produção de moléculas para antibióticos e agentes anti-cancerígenos, o genoma da “Salinispora trópica” mostrou um impressionante dez por cento, para contentamento dos cientistas.
Isabel Marques
Fontes: Universidade da California - San Diego e Science Daily
Cientistas do Instituto de Oceanografia Scripps (SIO), da Universidade da Califórnia em San Diego, e da Escola Skaggs de Farmácia e Ciências Farmacêuticas resolveram o enigma do genoma de um organismo descoberto no oceano, com potencial para produzir componentes promissores no tratamento de doenças como o cancro.
Os cientistas conseguiram sequenciar com sucesso o genoma da “Salinispora trópica”. A descodificação abre portas a um abrangente número de possibilidades para isolar e adaptar moléculas potentes que o organismo marinho emprega, no ambiente marítimo, para defesa química. Os resultados foram apresentados, esta semana, na edição online do “Proceedings of the National Academy of Sciences”.
A "Salinispora" foi descoberta, em 1991, nos sedimentos superficiais do oceano, na costa das Bahamas, por cientistas do Instituto de Oceanografia Scripps. A bactéria produz componentes que mostraram sinais promissores para tratar o cancro. A substância que produz, a “salinosporamide A”, é usada actualmente em ensaios clínicos humanos para tratar o mieloma múltiplo, um cancro de células plasmáticas na medula óssea, assim como no tratamento de tumores sólidos.
Grande parte da antecipação na produção de novos medicamentos, a partir da “Salinispora”, advém do seu potencial em aumentar o actual arsenal de antibióticos, muitos dos quais são ineficazes devido ao aumento de bactérias resistentes. Mais de metade dos antibióticos naturais utilizados clinicamente são derivados do tipo “Streptomyces”, os parentes terrestres da “Salinispora”, e que são considerados os reis dos organismos produtores de antibióticos.
A sequenciação do genoma revelou vários aspectos desconhecidos da “Salinispora trópica”, até ao momento. Por exemplo, enquanto observações em bactérias semelhantes revelaram que normalmente seis a oito por cento do genoma do organismo é dedicado à produção de moléculas para antibióticos e agentes anti-cancerígenos, o genoma da “Salinispora trópica” mostrou um impressionante dez por cento, para contentamento dos cientistas.
Isabel Marques
Fontes: Universidade da California - San Diego e Science Daily
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