sábado, 21 de julho de 2007

Na apresentação de iniciativas para dinamização do mercado...
Infarmed reconhece preços altos dos genéricos


O presidente do Infarmed reconheceu a existência de alguns medicamentos genéricos comercializados a um preço demasiado alto, atribuindo o problema à existência de um preço de referência, ao número excessivo de fármacos com o mesmo princípio activo e ao também elevado número de substâncias activas sem genérico. Vasco Maria falava no arranque de uma campanha de informação que levará à distribuição de milhares de folhetos e cartazes pelas farmácias portuguesas. Na mesma sessão foi ainda anunciada a nomeação de um provedor do medicamento genérico, que terá a missão de dinamizar aquele mercado.

Em conferência de imprensa, o presidente da autoridade nacional revelou que a quota de mercado dos medicamentos genéricos atingiu, no mês de Junho, os 17,6 por cento em valor e os 11,3 por cento em número de embalagens. No entanto, a meta imposta pelo Infarmed é os 20 por cento no final do próximo ano. Para isso pôs em marcha uma campanha de promoção dos genéricos, o Plano Integrado dos Medicamentos Genéricos 2007, tendo Vasco Maria explanado que acções contempladas naquela iniciativa visam aumentar a informação sobre aqueles fármacos junto dos diferentes intervenientes no processo de prescrição, dispensa e utilização de medicamentos (médicos, farmacêuticos e utentes).
Depois do arranque, na última quarta-feira, da distribuição de milhares de folhetos pelas farmácias, centros de saúde e hospitais, onde deverão ser também colocados cartazes alusivos à campanha, que numa segunda fase, prevista para Setembro, abrangerá os principais órgãos de Comunicação Social, o presidente do Infarmed divulgou também a existência de um programa informático de consulta que visa facilitar a acessibilidade dos interessados à informação relativa aos medicamentos genéricos através do telemóvel ou pocket PC, que segundo apurou o farmacia.com.pt está já disponível para download no site do Infarmed.
O Infarmed, que funciona sob alçada do Ministério da Saúde, é a autoridade reguladora do sector do medicamento em Portugal, tendo como competências principais avaliar, autorizar, regular e controlar os fármacos de uso humano e os produtos de saúde. A sua principal missão é, segundo explicou fonte daquele organismo, “garantir a qualidade, a segurança e a eficácia dos medicamentos e dos produtos de saúde disponíveis no País, prevenindo os riscos decorrentes da sua utilização e assegurando elevados padrões de saúde pública, bem como a defesa dos interesses do consumidor”.

Carla Teixeira
Fonte: Infarmed, Ordem dos Farmacêuticos

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