terça-feira, 28 de agosto de 2007

Estatinas podem prevenir doença de Alzheimer, diz estudo

A ingestão de estatinas pode ajudar a prevenir a doença de Alzheimer, revela um estudo norte-americano. Os investigadores afirmam ter descoberto uma relação entre os medicamentos de redução do colesterol e um afastamento da doença.

O estudo, realizado na Universidade de Boston desde 2002, demonstrou que as estatinas podem reduzir o risco de desenvolver Alzheimer até 79 por cento, mesmo em pessoas geneticamente predispostas à doença. Algumas investigações anteriores indicavam que a doença de Alzheimer pode ser provocada por um fluxo sanguíneo reduzido e por alterações vasculares cerebrais, condições que podem ser prevenidas através da administração de estatinas.

A equipa de Gail Li, da Escola de Medicina da Universidade de Washington, examinou 110 cérebros de americanos que faleceram entre os 65 e 79 anos de idade e tinham doado os órgãos para pesquisa. Os cientistas procuraram a presença de sinais característicos da doença de Alzheimer, como a acumulação anormal placas senis que se formam no cérebro e bloqueiam o funcionamento dos neurónios.

A investigação demonstrou que as pessoas que ingeriam estatinas com regularidade tinham um nível reduzido de placas senis em comparação com aqueles que não tomavam esses medicamentos. “As estatinas estão provavelmente mais aptas paraa prevenir a doença em determinado tipo de pessoas do que noutras", afirmou Gail Li que acredita que, um dia, deverá ser possível perceber mais rigorosamente qual o tipo de estatinas adequado a cada indivíduo.

Estima-se que, em Portugal, mais de 70 mil pessoas sofram de doença de Alzheimer. O diagnóstico é difícil sendo feito por exclusão de outras doenças com características semelhantes. Não há ainda tratamento eficaz para a cura da doença nem possibilidade de prevenção.

Marta Bilro

Fonte: Times Online, The Earth Times, Associação Portuguesa de Familiares e Amigos da Doença de Alzheimer.

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