quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Especulação sobre interesse da Pfizer faz subir acções da Sanofi-Aventis

Os rumores sobre o possível interesse da Pfizer em adquirir uma parte da Sanofi-Aventis estão a causar alvoroço junto dos accionistas. As acções da farmacêutica francesa subiram 3 por cento após a divulgação da notícia, para depois estabilizarem nos 30,93 euros, registando um aumento de 1,6 por cento.

Cerca de 23 por cento da Sanofi-Aventis são detidos pela Total e pela L'Oreal, e não é segredo que a Total pretende livrar-se das suas acções. Declarações proferidas em Agosto pelo director financeiro da Total, Robert Castaigne, deixaram claro que a empresa iria vender os seus títulos “progressivamente”. Para além disso, no mês de Maio, o director executivo da empresa, Christophe de Margerie, afirmou que a venda deveria realizar-se “provavelmente dentro de pouco tempo”.

Uma porta-voz da Total disse ao portal DrugResearcher.com que a empresa tem uma participação de 13,13 por cento na Sanofi-Aventis, porém recusou-se a comentar a especulação acerca do interesse da Pfizer, dizendo apenas que no final de 2012 a empresa já terá vendido todas as acções do laboratório que ainda possui.

Por sua vez, a L’Oreal, que detém perto de 10 por cento da Sanofi-Aventis, disse em Junho que a venda dos seus títulos não estava iminente, algo que foi confirmado por um porta-voz da empresa que garantiu também que esta posição não se alterou.

Há rumores indicam que a norte-americana Pfizer terá abordado a Total, há cerca de quatro anos, com a intenção de comprar a sua parte das acções, o que aconteceu antes da fusão entre a Sanofi e a Aventis, que deu origem a uma empresa com uma capitalização de mercado na ordem dos 86,4 mil milhões de euros, um montante elevado mesmo para as finanças da maior farmacêutica mundial.

As duas empresas apresentam, porém, determinadas linhas de investigação que se assemelham e ambas tiveram recentemente que enfrentar algumas contrariedades. A Sanofi viu o Acomplia (Rimonabant) ser rejeitado por um painel de conselheiros da Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos e consequentemente ser retirada a sua candidatura a novo fármaco. A Prizer sofreu uma quebra no preço das suas acções devido ao fracasso dos ensaios clínicos de fase III que envolviam o torcetrapib, sendo que, este ano, já eliminou postos de trabalho e encerrou unidades de produção.

À parte da especulação e dos rumores que correm na imprensa não houve ainda qualquer manifestação ou comentário ao assunto por parte de nenhuma das empresas envolvidas.

Marta Bilro

Fonte: BioPharma-Reporter.com, Farmacia.com.pt.

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