domingo, 8 de julho de 2007
Gás analgésico substitui epidural
O bloco de partos do Hospital de La Plana, na localidade de Vila-Real, na província espanhola de Valência, implementou um método inovador e alternativo à anestesia epidural, que consiste na administração de um gás analgésico que diminui as dores do parto de uma forma suave e sem provocar efeitos secundários quer para a mãe, quer para o bebé.
A administração do analgésico é feita por intermédio de uma boquilha, através da qual, no momento da contracção, a parturiente aspira a quantidade necessária de gás para controlar a dor, que depende exactamente da intensidade da contracção. A partir desse momento, a mulher deve respirar de forma normal. A inalação deste gás, composto em partes iguais por oxigénio e óxido nitroso, depende da mulher, e representa, de acordo com os médicos do serviço onde a sua administração está a ser implementada, uma inovação sem contra-indicações.
Carla Teixeira
Fonte: La Voz de Galicia
China retira do mercado medicamento para leucemia
De acordo com a Xinhua, a agência oficial chinesa, o metotrexate com os números 070403A e 070403B terá provocado dores nas pernas e dificuldades de locomoção em algumas crianças que foram injectadas com a substância produzida pela Hualian Pharmaceuticals, uma empresa sedeada em Xangai.
Os responsáveis ordenaram que o medicamento seja reavaliado pela Administração Estatal de Alimentos e Fármacos. Esta medida segue-se à recente condenação a pena suspensa de morte do antigo dirigente do departamento de registo de fármacos da entidade reguladora, que foi acusado de aceitar subornos para proceder à aprovação de medicamentos, alguns dos quais não cumpriam os padrões recomendados.
Marta Bilro
Fonte: Yahoo News, Xinhua.
“Um medicamento seguro e versátil”
O consumo de cannabis parece relevar capacidades terapêuticas que a ilegalidade e o preconceito associados àquela droga não permitem explorar do ponto de vista médico e farmacológico. Um livro recentemente editado em Portugal vem recuperar conclusões de estudos antigos, que definiam a marijuana como um “medicamento proibido”…
Acabado de chegar às bancas com a chancela da Esfera dos Livros, «Marijuana, a medicina proibida», da autoria de Lester Grinspoon e de James B. Bakalar, é uma segunda edição, revista e aumentada, da obra que revolucionou o pensamento da comunidade científica relativamente àquela droga produzida a partir da planta da cannabis sativa, que tem presente na sua composição uma substância psicoactiva (o delta-9-tetrahidrocanabinol, THC). Geralmente a marijuana contém até oito por cento de THC, mas algumas variedades (cruzamentos entre a espécie Cannabis Sativa e Cannabis Indica) chegam aos 33 por cento.
Neste livro Grinspoon e Bakalar defendem o uso da cannabis com fins terapêuticos e apresentam alguns casos de sucesso, afirmando que “nos últimos anos tornou-se claro que a cannabis é um medicamento seguro e notavelmente versátil”, pelo que a edição agora publicada desenvolve mais detalhadamente a “análise científica e sócio-política das perspectivas de aceitação da marijuana pela Medicina”, incluindo os testemunhos de várias pessoas que se submeteram a tratamentos com a droga e obtiveram resultados que reputam como muito positivos, lamentando que o tema não seja mais vezes explorado pela imprensa.
Refutando alguns “disparates” que se dizem sobre a cannabis, os autores do livro agora lançado destacam o uso clínico da marijuana como um dos mais importantes e mais negligenciados efeitos que ela pode ter. “Se qualquer outra substância tivesse revelado potencialidades terapêuticas semelhantes, os profissionais e o público teriam mostrado muito mais interesse nela”, disse Grinspoon, médico e professor na Harvard Medical School. A primeira edição desta obra foi editada por ambos em 1971. Em 1993, um estudo da Universidade de Harvard examinou a eficácia da cannabis como medicação, mas até ao momento não há consenso nem estudos em grande escala sobre a sua alegada eficácia terapêutica.
Proibida nos Estados Unidos desde 1930 e no Brasil desde 1938, e tendo a ONU preconizado a interdição da sua comercialização em todo o mundo em 1960, várias têm sido as tentativas de a legalizar, suscitando protestos, nomeadamente a partir dos anos 80 do século passado. Em países como a Holanda, a marijuana é hoje de uso corrente e despenalizado, e há estados em que o seu uso terapêutico colhe o apoio da comunidade médica e da sociedade. Em Portugal a sua posse é tolerada em termos criminais, mas não é incentivada do ponto de vista médico.
Carla Teixeira
Fonte: contactos telefónicos
Rivaroxaban destrona Lovenox na prevenção de coágulos
De acordo com o laboratório, o Rivaroxaban revelou uma diminuição de 49 por cento no risco dos pacientes desenvolverem trombose venosa e embolismo pulmonar do que os que foram tratados com Enoxaparina. Estas conclusões vão ao encontro das mais recentes ambições da farmacêutica para lançar no mercado uma nova classe de anticoagulantes orais.
A mesma investigação demonstrou também que o risco de desenvolver tromboembolismo venoso profundo foi 62 por cento inferior nos doentes que tomaram Rivaroxaban, relativamente àqueles a quem foi administrada a Enxoparina. Michael Lassen, cirurgião ortopédico no Hospital Hoersholm, na Universidade de Copenhaga, e principal orientador deste estudo, salientou o facto de um comprimido de toma diária demonstrar melhores resultados do que a actual terapia administrada através de injecções. Para esta especialista “isto é muito importante”, uma vez que, quando um paciente recebe alta hospitalar a ingestão de um medicamento oral é muito mais prática e conveniente e não necessita de vigilância.
O Rivaroxaban está a ser desenvolvido pela Bayer em conjunto com a norte-americana Johnson & Johnson e as conclusões deste ensaio clínico de Fase II foram apresentadas no XXI Congresso da Sociedade Internacional de Trombose e Hematose, em Genebra, na Suíça. O laboratório alemão acredita que os dados adicionais acerca deste ensaio clínico poderão estar disponíveis no segundo semestre deste ano e planeia submeter o medicamento para aprovação da entidade reguladora europeia no final de 2007 e nos Estados Unidos da América em 2008.
Apesar de estar dependente do consentimento das autoridades de saúde, Xarelto deverá ser o nome comercial seleccionado para o Rivaroxaban. Tal como o Lovenox da Sanofi-Aventis, o Rivaroxaban actua através do bloqueio de uma proteína denominada Factor Xa, que desempenha um papel fundamental no processo químico que desencadeia os coágulos sanguíneos. Porém, a Bayer não é a única farmacêutica na corrida contra esta proteína, já que a Pfizer e a Eli Lilly estão a desenvolver substâncias semelhantes.
Marta Bilro
Fonte: CNN Money, Reuters, Scotsman.com
Prolongar utilização do Lovenox aumenta a prevenção de coágulos
Os doentes graves que sofriam de coágulos potencialmente fatais, viram diminuir em 44 por cento os riscos de desenvolver trombose venosa ou embolismos pulmonares quando foram injectados com o fármaco durante cinco semanas, comparativamente aos pacientes que receberam o tratamento habitual. Os resultados do estudo foram hoje (8 de Julho) apresentados durante o XXI Congresso da Sociedade Internacional de Trombose e Hematose, em Genebra, na Suíça.
Por norma, os doentes graves e os pacientes acamados, cuja falta de mobilidade aumenta o risco de desenvolverem coágulos, são tratados com Lovenox durante um período de 10 dias como medida preventiva. Até porque, quando recebem alta hospitalar “os pacientes não deixam à porta o risco de tromboembolismo venoso”, salientou Victor Tapson, professor de medicina no Centro Médico Universitário Duke em Durham, na Carolina do Norte.
Enquanto se esforça pela inserção de novos fármacos no mercado, a farmacêutica francesa lança agora uma tentativa de expandir a utilização do Lovenox, o seu medicamento mais bem sucedido no último ano, tendo gerado receitas no valor de 2,4 mil milhões de euros. Isto porque a empresa enfrenta alguns desafios no que diz respeito à patente deste medicamento e perdeu recentemente os direitos de patente sobre o ansiolítico Ambien (Zolpidem de Tartrato).
Marta Bilro
Fonte: Bloomberg, CNN Money, RTT News, Infarmed.
Arixtra recebe avaliação positiva do CHMP para tratar síndrome coronária aguda
“Estamos muito satisfeitos pelo facto do CHMP ter proferido uma opinião positiva para o fondaparinux destinado à síndrome coronária aguda”, afirmou Lawson Macartney, vice-presidente do Centro de Desenvolvimento Cardiovascular e de Medicina Metabólica da GlaxoSmithKline. “O fondaparinux tem potencial para ajudar os pacientes com SCA a gerirem a sua doenças e oferece a possibilidade de uma vida mais longa”, acrescentou.
O comité analisou dois ensaios clínicos de Fase III que incluíram a participação de mais de 32 mil doentes e que avaliaram a utilização do fondaparinux no tratamento de uma grande variedade de pacientes com SCA. As conclusões demonstraram que o fármaco apresenta uma eficácia superior ao tratamento habitual (heparina não fraccionada ou placebo) na redução do risco de morte e recorrência de ataque cardíaco.
A SCA afecta cerca de três milhões de pessoas em todo o mundo e é responsável pelo internamento hospitalar de 2,5 milhões de doentes. Para além disso, os portadores de síndrome coronária aguda correm um maior risco imediato e a longo prazo de ataque cardíaco recorrente e morte cardíaca.
O fondaparinux é um pentassacarídeo de síntese, inibidor selectivo do factor Xa, uma proteína essencial do processo de coagulação. É um anticoagulante para a profilaxia do tromboembolismo venoso após cirurgia ortopédica maior dos membros inferiores. Na União Europeia, o medicamento é actualmente actualizado no tratamento da doença tromboembólica venosa em pacientes sujeitos a grande cirurgia ortopédica dos membros inferiores, tais como fractura da anca, grande cirurgia do joelho ou cirurgia protésica da anca. Há casos em que a sua aplicação é também recomendada em doentes sujeitos a cirurgia abdominal que se julga poderem ter um elevado risco de complicações tromboembólicas, tais como doentes sujeitos a cirurgia oncológica abdominal.
Marta Bilro
Fonte: Medical News Today, GlaxoSmithKline, Médicos de Portugal, Infarmed.
Plataforma farmacêutica na Covilhã
A cooperativa Farbeira, resultante da fusão, em Dezembro de 2006, das empresas Farbeiras, Coferpel e Farcentro, pretende ter operacional no início do próximo ano, na Zona Industrial de Tortosendo, na Covilhã, uma grande plataforma logística de distribuição de produtos farmacêuticos. O projecto representa um investimento de cerca de 600 milhões de euros, que pretende agilizar o processo de distribuição de medicamentos pelas farmácias.
Luís Miguel Silvestre, presidente da direcção da cooperativa Farbeira recorda que a fusão das três empresas acabou por transformar a nova entidade na “quarta maior distribuidora farmacêutica de Portugal”, pelo que, fazendo jus a esse estatuto, será necessário “colocar os medicamentos nas farmácias o mais rapidamente possível”. A Farbeira conta actualmente 600 farmácias associadas, localizadas no perímetro geográfico compreendido entre as cidades de Vila Real, em Trás-os-Montes e Alto Douro, e Portalegre, no Alentejo. O Parque Industrial de Tortosendo, na Covilhã, assume-se assim como uma área de centralidade, justificando a sua escolha para a localização do empreendimento, que vai nascer de raiz junto ao Parque da Ciência e da Tecnologia (Parkurbis).
A aquisição dos terrenos destinados à construção da plataforma foi formalizada em Maio, estando o arranque das obras previsto para Setembro ou Outubro deste ano. O responsável máximo da Farbeira prevê “uma grande margem de crescimento das farmácias” na sua área de intervenção, e considera por isso que a nova plataforma se assume como um investimento de valor e oportunidade inquestionáveis. O novo espaço tem uma área de 6600 metros quadrados, com possibilidade de expansão, e um pavilhão com mais de mil metros quadrados, além da área que será destinada aos serviços administrativos da plataforma.
Carla Teixeira
Fonte: Farbeira, Urbi et Orbi, Notícias da Covilhã
Entidade reguladora repreende a Roche
O Código de Práticas da Autoridade de Prescrição de Medicamentos, a unidade auto-reguladora da associação de comércio das empresas de fármacos, admoestou a Roche por causar má reputação à indústria farmacêutica.
O caso foi despoletado quando surgiram reclamações de que uma parceira da Roche se teria oferecido para pagar a um doente com cancro para ajudar a promover o Herceptin (trastuzumab), um medicamento utilizado no tratamento do cancro da mama que, em 2006, registou vendas no valor de 888 milhões de euros.
Marta Bilro
Fonte: Financial Times
II Congresso Nacional da Associação Portuguesa de Podologia, na Póvoa de Varzim
No primeiro dia, as questões que serão abordadas de forma mais específica relacionam-se com “Conceitos Arquitectónicos do Pé”, “Patologias de Externalização da Marcha”, “Influência da Orientação do Eixo da SAG no Comportamento do Pé do Idoso em C.C.F.”, “Lesões Podológicas no Desporto”, “Biomecânica do Pé”, “Pé e a Propriocepção”, “Teoria do Equilíbrio Rotacional – Técnica de Kirby”, “Pé Valgo – Sinónimo de Pé Infantil”, “Alterações Funcionais da Tibiotársica”, “Uso de Factores de Crescimento na Patologia Ligamentar de Pé e Tornozelo”, “Prótese do Tornozelo vs Artrodesis”, “Recuperação Física do Pé” e “A Podologia – Formação/Actuação”.
No dia 21, os temas específicos em discussão serão acerca de “Manifestações Reumatológicas no Pé”, “Intervenção Podológica Multidisciplinar em Meio Hospitalar”, “Diagnóstico Diferencial das Lesões Dermatológicas no Pé”, “Manifestações Dermatológicas mais comuns no Idoso com Insuficiência Vascular: A propósito de um estudo”, “A abordagem do Doente Idoso”, “Prevenção e Tratamento da Dor Pós-Operatória da Cirurgia do Pé”, “Influência da Estimulação Musical na Dor no Pós-cirúrgico Imediato: Dados Comportamentais”, “Tratamento Farmacológico da Dor Podológica”, “Utilização de Escalas de Dor na Consulta de Podologia”, “Técnica de Austin”, “Tratamento Definitivo das Queratopatias Digitais”, “Tratamento de Onicocriptose”, “O Doente Diabético – Abordagem e Orientação”, “Patologia e Avaliação Vascular do Membro Inferior”, “As Implicações da Ausência de Dor na Biomecânica de Pé e na Qualidade de Vida do Doente Diabético”, “Uso da Câmara Hiperbárica no Tratamento das Úlceras”, “Uso de Factores de Crescimento no Tratamento das Úlceras”, “Evidências Neuropáticas na Podologia” e “Prevenção de Alterações Dermatológicas no Pé Diabético”.
No final, haverá um simpósio dirigido a profissionais e à população intitulado “Pé de Risco – Diabetes Mellitus e Paramiloidose – Cuidados Primários”, que englobará as questões sobre “A Educação do Diabético”, “Orientação Nutricional do Diabético” e “Podologia Preventiva do Pé de Risco – Diabetes Mellitus e Paramiloidose”.
Para mais informações ou inscrições contactar a Associação Portuguesa de Podologia, na Avenida Oliveira Zina, 18, em Valongo, ou através do telefone 224 225 337, pelo fax 224 225 337, pelo e-mail info@appodologia.com ou no site www.appodologia.com.
Isabel Marques
Fontes: Jasfarma, www.appodologia.com
sábado, 7 de julho de 2007
Adiamento na aprovação do Provenge causa controvérsia nos EUA
O tratamento inovador destina-se a prolongar a vida dos doentes com cancro da próstata em fase avançada através da estimulação do sistema imunitário. De acordo com o matutino The Washington Post, o facto da entidade reguladora do sector ter adiado a autorização de comercialização do Provenge para realizar mais estudos acerca da sua eficácia causou desconforto tanto nos pacientes como nos investidores.
O Provenge recebeu aprovação do conselho científico da autoridade reguladora dos medicamentos em Março, parecer que a FDA não era obrigada a aceitar. Foi o que aconteceu. No dia 15 de Maio, altura em que deveria pronunciar-se sobre essas recomendações, a FDA exigiu mais testes que comprovassem a eficiência da vacina, depois de alguns especialistas a terem questionado.
Howard I. Scher, do “Memorial Sloan-Kettering Cancer Center” e Maha Hussain, da Universidade do Michigan, foram dois dos oncologistas que defenderam a apresentação de mais provas a favor da eficácia da vacina. Os especialistas afirmaram que o estudo apresentado pela Dendreon, a empresa norte-americana de biotecnologia responsável pelo desenvolvimento do produto, era demasiado reduzido o que poderia significar que os resultados podem ter sido fruto de um acaso.
No dia 4 de Junho, vários grupos de pacientes e advogados reuniram-se numa manifestação junto ao Capitólio exigindo uma reunião com o comissário da FDA, Andrew C. von Eschenbach, acto que lhes valeu um encontro, com o próprio, logo nesse dia. Os manifestantes exerceram pressão para que fosse alterada uma legislação sobre a FDA que estava a ser analisada pelo Congresso, de forma a facilitar o acesso a medicamentos experimentais. No entanto, a FDA insistiu que são necessários mais dados científicos.
Marta Bilro
Fonte: The Earth Times, Xinhua.
Lei do Aborto: Apenas dois hospitais invocam objecção de consciência
O Hospital de Matosinhos e o de S. Francisco Xavier, em Lisboa, são os únicos hospitais do continente que se recusam a praticar a interrupção voluntária da gravidez, enquanto que no arquipélago dos Açores a situação agrava-se, já que apenas a Unidade do Faial está pronta a receber mulheres que queiram abortar até às dez semanas.
No entanto, a lei prevê que em caso de escassez de recursos humanos que ponham em causa a sua aplicação, os hospitais são obrigados a contratualizar o serviço com outra unidade, de forma a assegurar o seu cumprimento.
Apesar da polémica acerca da invocação da objecção de consciência, o facto é que, mesmo antes da entrada em vigor da lei, alguns hospitais começaram já a praticar abortos, como é o caso da Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, do hospital Garcia da Orta, em Almada e do de Portimão, no Algarve.
No que respeita à zona norte do pais, a Administração Regional de Saúde autorizou 12 hospitais a iniciarem a pratica do aborto em mulheres grávidas até às 10 semanas, a partir de segunda-feira, o que na opinião do presidente da Comissão de Saúde Materna e Neonatal, Jorge Branco, constitui uma situação perfeitamente normal, pois "a pressão da população é muito grande. Desde que cumpram a lei, não me parece que seja um problema".
De acordo com a lei, cada mulher que decida abortar terá direito a uma consulta marcada no prazo máximo de cinco dias, seguida de três dias de reflexão para regressar e realizar a interrupção, pelo método que escolher. A mulher poderá também contar com apoio psicológico ou assistência social e será depois encaminhada para planeamento familiar.
Inês de Matos
Fonte: Jornal de Noticias
Wyeth procura aprovação para o Tygacil para tratamento da Pneumonia Adquirida na Comunidade
A Wyeth Pharmaceuticals anunciou que planeia submeter um Pedido de Licença de Novo Medicamento (NDA) à FDA, este Verão, para o antibiótico de primeira classe, o Tygacil (tigeciclina), para o tratamento de pacientes com Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC). O NDA é baseado em dois estudos clínicos de fase 3, nos quais a taxa de cura para o Tygacil e levofloxacina foram comparadas para os dois tratamentos.
A PAC é definida como uma pneumonia não adquirida num hospital ou numa unidade de cuidados prolongados. É uma infecção bacteriológica nos pulmões, sendo uma doença respiratória comum, mas grave, que afecta cerca de 5,6 milhões de americanos todos os anos.
Os custos do tratamento dos pacientes com PAC atingem cerca de 10 milhões de dólares por ano, em que as despesas com pacientes internos representam 92 por cento da soma total e pacientes hospitalizados acrescentam cerca de 7.500 dólares cada. A PAC é também responsável por 10 milhões de visitas ao médico, por ano, nos Estados Unidos.
Actualmente, existe a necessidade de novas opções, uma vez que muitas estirpes da bactéria mais comum que causa a PAC tornaram-se resistentes a determinados antibióticos e podem dificultar o tratamento. O Tygacil, uma glicilciclina de primeira classe, é um antibiótico de largo espectro IV (intravenoso) com actividade in-vitro contra gram positivos, gram negativos, anaeróbios, estafilococos áureos meticilino-resistentes e estafilococos áureos susceptíveis à meticilina e enterococcus vancomicina-resistente; o Tygacil não é afectado por beta-lactamases de largo espectro.
A Wyeth, adicionalmente, conduziu um estudo clínico de fase 3 para a Pneumonia Adquirida no Hospital (PAH) e Pneumonia Associada à Ventilação (PAV). Neste estudo, o regime de Tygacil foi comparado com um regime de imipenem/cilastatina. As taxas de cura no regime de Tygacil foram comparadas com o regime de imipenem/cilastatina em apenas um dos dois pontos primários. Num subgrupo de pacientes com PAV, o regime de Tygacil teve taxas de cura mais baixas do que o regime de comparação. Baseado nestes resultados, a Wyeth pretende delinear e iniciar uma nova fase 3 do estudo clínico para a PAH/PAV seguindo o parecer de corpos reguladores globais.
A pneumonia é a terceira maior causa de morte em Portugal, tendo vitimado cerca de 3800 pessoas em 2006. Ao contrário do que se poderia esperar, por se tratar de uma doença vulgar e com tratamento, os casos fatais continuam a aumentar, tornando a pneumonia a doença respiratória mais mortal em Portugal.
Isabel Marques
Fontes: Pharmalive, Diário de Notícias
Rastreios gratuitos ao VIH na região algarvia
Os testes são rápidos e fornecem um resultado em apenas 20 minutos. Durante esta acção, os profissionais do CAD fornecem também informações sobre o VIH/Sida, incidindo sobre os meios de prevenção.
A acção terá início no dia 13, e o primeiro dia de rastreios realiza-se na Praia da Rocha, em Portimão, entre as 23:00 e as 2:00 horas. Entre 19 e 22 de Julho a unidade móvel desloca-se também à Concentração de Motas de Faro, retornando à Praia da Rocha no dia 27.
No mês de Agosto os rastreios vão estar na Zona Ribeirinha de Portimão no dia 3, na Praia da Rocha a 10,17 e 24, na Lota de Alvor a 15 e na Câmara Municipal de Lagos a 16.
A iniciativa é da Administração Regional de Saúde do Algarve com a colaboração do Instituto da Droga e Toxicodependência e da Associação para o Planeamento da Família.
Marta Bilro
Fonte: Região Sul
Irene Silveira toma posse quarta-feira
A também professora catedrática da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, eleita no dia 21 de Junho com 54 por cento dos votos, assumiu como principal prioridade para o seu mandato a intervenção no processo de liberalização da propriedade das farmácias que será legislado pelo Governo nos próximos seis meses.
Depois de obter 1621 votos num total de 3056 votantes, Irene Silveira foi eleita para um mandato de três anos, tornando-se na primeira mulher a ocupar o lugar de bastonária da OF sucedendo a Aranda da Silva.
Marta Bilro
Fonte: As Beiras
Infarmed e ASAE alertam para Colgate falsificada à venda no mercado português
Por sua vez, Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (Infarmed) emitiu uma circular que ordena a retirada do mercado nacional de todos os lotes da pasta dentífrica falsificada que utiliza a marca “Colgate”, e que contém na sua rotulagem a menção “Made in South Africa”, embora não sejam fabricados pela Colgate-Palmolive.
De acordo com a agência Lusa, o Infarmed só teve conhecimento da possível contaminação das pastas dentífricas esta sexta-feira. Manuel Laje, porta-voz da ASAE, referiu que, até ao momento, não há indicações de que exista no mercado português pasta de dentes importada da China que sexta-feira motivou a Comissão Europeia a activar o sistema comunitário de alerta de risco.
Ainda assim, o responsável considera que não há motivo para alarme, uma vez que, o dietileno glicol, substância tóxica detectada das pastas dentífricas, só é perigosa se ingerida em grandes quantidades. «Aquele produto conterá uma substância não declarada, dietileno glicol, que pode apresentar toxicidade quando administrado em doses elevadas”, pode ler-se na circular divulgada pelo Infarmed que salienta que “nas condições de utilização de uma pasta dentífrica, este produto não constituirá risco para a saúde dos utilizadores». Por se tratar de um produto falsificado não há qualquer responsabilidade da Colgate-Palmolive, acrescenta o mesmo comunicado.
A Colgate já afirmou que não importa dentífricos para o mercado português provenientes da África do Sul, disponibilizando-se para colaborar com as autoridades para identificar os produtos falsificados contendo a substância tóxica. Para além disso, a empresa fez questão de salientar que nos seus produtos genuínos o texto na embalagem exterior e no tubo está pelo menos em português, com indicação do nome e morada da sua sede em Portugal.
Marta Bilro
Fonte: Portugal Diário, Jornal Digital, Diário Digital, Lusa, O Mirante, Infarmed.
Afinal os antidepressivos não aumentam risco de suicídio
.O estudo hoje publicado baseou-se nos antidepressivos de tipo SSRI, entre os quais o Lexapro, o Pacil, Zoloft e o Prozac, prescritos com o intuito de modificam o humor do paciente, reequilibrando o nível de serotonina no cérebro.
A investigação apoiou-se na observação de 226.866 pacientes, com problemas depressivos detectados entre 2003 e 2004, que foram divididos em quatro grupos de diferentes idades, antes e depois do tratamento com SSRI.
"O risco de tentativa de suicídio entre os doentes tratados com medicamentos de tipo SSRI corresponde mais ou menos a um terço do dos pacientes que não recebem tratamento", garante um dos autores do estudo, Robert Gibbons, da Universidade de Illinois, em Chicago.
Em 2004 a FDA tinha considerado que alguns medicamentos podiam aumentar o comportamento suicida nos jovens, estabelecendo uma ligação entre o suicídio nos adolescentes e o consumo de antidepressivos, após ensaios clínicos realizados por laboratórios farmacêuticos. No entanto, o estudo agora divulgado nega a existência de qualquer relação entre o consumo destes medicamentos e o suicídio.
Inês de Matos
Fonte: Lusa
Vacina oral polivalente para a toxina botulínica, BT-VACC™, recebeu Patente Europeia
A Patente Europeia segue a atribuição de uma patente nos Estados Unidos, U.S. 6,051,239, que foi concedida em Abril de 2000, e que contém reivindicações semelhantes para a vacinação oral.
Tanto a Patente Europeia, emitida recentemente, como a anterior emitida nos Estados Unidos têm origem no trabalho do Dr. Lance Simpson, da Universidade Thomas Jefferson, que demonstra que formas mutadas da toxina botulínica podem ser administradas oralmente para induzir imunidade protectora à exposição natural à toxina. As reivindicações na Patente Europeia fornecem protecção para o uso de certos mutantes não-tóxicos da toxina botulínica que são capazes de transitar dos intestinos para a circulação geral, por via de uma vacina oral.
O Presidente da DOR, Christopher J. Schaber, disse que na companhia se acredita que a vacinação oral irá fornecer vantagens em relação a vacinas injectáveis de botulínica, devido à facilidade de administração e rápida distribuição, que pode facilitar inoculações em massa, caso seja necessário. Acrescentou ainda que esperam fornecer a vacina tanto para uso civil como militar.
A DOR anunciou recentemente a publicação dos resultados chave da BT-VACC™ que demonstram que a imunização mucosa, com uma versão polivalente da vacina, induz uma resposta imune robusta que resulta na protecção contra os diversos serotipos naturais da toxina botulínica. A BT-VACC™ é constituída por um componente da cadeia pesada de cada um que dos serotipos A, B e E da toxina botulínica. O componente da cadeia pesada não tem a região da toxina que é responsável por bloquear as funções neurotransmissoras. As subunidades podem ligar-se avidamente aos receptores na superfície das células mucosas e atravessar o tecido pulmonar e gastrointestinal para estimular a imunidade. Como as subunidades de ligação não contêm a parte tóxica da molécula, a vacina é segura e estimula os anticorpos, não só do sangue, mas também aqueles que revestem as superfícies mucosas. São esses anticorpos, que estão presentes nas secreções pulmonares e gastrointestinais, que irão bloquear a toxina antes destas entrarem na corrente sanguínea e chegarem aos nervos periféricos.
A toxina botulínica
A toxina botulínica é uma neurotoxina extremamente potente, de origem bacteriológica, que inibe a função dos nervos periféricos, causando paralisia flácida muscular descendente grave e frequentemente fatal. O botulismo natural resultante da ingestão da toxina através de alimentos contaminados é muito raro, mas artificialmente o botulismo pode também resultar de bioterrorismo ou de armas biológicas. Visto que quantidades extremamente pequenas da toxina podem causar efeitos neurológicos, é categorizada como ameaça biológica de categoria A pelo Centro de Controlo de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. A toxina pode entrar no organismo muito eficazmente pelo tecido pulmonar e pelo tracto gastrointestinal, fazendo da ameaça de contaminação alimentar propositada, com a toxina botulínica, uma possibilidade real como arma biológica.
Vacinas da toxina botulínica
A vacinação é considerada como sendo a melhor opção na prevenção de efeitos neurológicos da exposição à toxina. Devido à raridade da doença de forma natural, a vacina não seria utilizada em programas de imunização da população em massa, a não ser que houvesse uma ameaça significativa. Nesse caso, a vacina teria de ser tornada disponível para disseminação abrangente, para uma rápida e conveniente vacinação de uma população vasta. A única vacina disponível é uma vacina experimental, baseada na desactivação de uma mistura de serotipos da toxina natural, que é administrada através de uma injecção, contudo não está licenciada pela FDA e não pode ser utilizada para imunização difundida. Novas vacinas polivalentes baseadas em subunidades não-tóxicas estão a ser desenvolvidas, incluindo a BT-VACC™.
Isabel Marques
Fontes: Pharmalive
Hospital Universitário de Coimbra realiza centésimo transplante cardíaco
O centro, dirigido pelo cirurgião e professor catedrático, Manuel Antunes, efectua já cerca de dois terços das transplantações cardíacas nacionais, representando um importante recurso para suprir “as necessidades do país nesta área de actividade, anteriormente extremamente deficitária”.
O centésimo transplante cardíaco foi realizado na passada quarta-feira, num jornalista lisboeta que, garante Manuel Antunes, se encontra já “em franca recuperação, tendo já iniciado a sua convalescença física”.
Para o professor, o número de transplantes realizados constitui “um feito notável, que coloca o Centro também numa posição de destaque entre os centros de transplantação mais activos da Europa”.
Até à data, os resultados têm sido excelentes, “com uma taxa de sucesso imediato de 97% e uma sobrevivência superior a 89% aos três anos, comparam-se favoravelmente aos da maior parte dos centros de transplantação cardíaca mundiais”.
O centro de transplantação cardíaca de Coimbra recebeu, ao longo destes dois anos e meio, pacientes oriundos de todo o pais, “o que significa que o Centro se tornou num serviço de referência nacional também neste tipo de intervenções”, acrescenta o cirurgião.
Para a próxima segunda-feira está marcada um conferência de imprensa, onde serão divulgados mais dados sobre a actividade do Centro de Cirurgia Cardiotorácica de Coimbra.
Inês de Matos
Fonte: Sol
Tailândia pretende comprar dois milhões de doses do genérico do Plavix
O Presidente da Organização Farmacêutica Governamental Tailandesa, Vichai Chokevivat, revelou que cerca de quatro companhias indianas estão a fazer ofertas pelo contrato, e o governo tenciona pagar entre 5 bahts (16 cêntimos) e 5,50 bahts por comprimido. O abastecimento irá ajudar a responder às necessidades da Tailândia de cerca de quatro milhões a cinco milhões de comprimidos de Plavix por ano e cortar nas despesas dos tratamentos dos pacientes mais pobres com doenças cardíacas.
Segundo o que foi comunicado, a Sanofi-Aventis propôs, em Março, vender o Plavix a 27 bahts o comprimido, e fornecer 3,4 milhões de comprimidos ao preço de um milhão. Acerca do que foi divulgado nas notícias, o porta-voz da Sanofi-Aventis, Jean-Marc Podvin, referiu que a companhia não chegou a receber uma resposta formal à sua oferta de vender o fármaco com desconto. A farmacêutica propôs um programa que iria permitir ao Ministério da Saúde Pública tailandês fornecer o Plavix sem custos adicionais. Contudo, o Ministério concentrou-se somente no preço e insistiu em encontrar genéricos do Plavix de qualidade desconhecida.
O Plavix, o terceiro medicamento mais vendido, com 6,1 mil milhões de dólares de receitas, está protegido por uma patente. A Tailândia está a utilizar uma cláusula da Organização Mundial do Comércio que permite aos governos autorizar a produção de fármacos genéricos sem o consentimento dos donos das patentes, em alguns casos.
A Tailândia está actualmente a comprar a versão genérica do fármaco para o VIH, efavirenz, comercializado pela Merck & Co. como Stocrin e pela Bristol-Myers Squibb como Sustiva, a uma unidade indiana da Mylan Laboratories Inc. Para além disso, o governo está ainda em processo de encomendar outros genéricos de medicamentos para a SIDA: o Kaletra, da Matrix, e a sua versão actualizada, o Aluvia, da Abbott Laboratories.
O governo da Tailândia afirma que copiar os fármacos irá permitir que se forneça medicamentos gratuitamente a uma grande parte dos cidadãos mais pobres do país, incluindo os 220 000 infectados com VIH.
Isabel Marques
Fontes: Firstword, Bloomberg
sexta-feira, 6 de julho de 2007
Ixabepilona demonstra resultados positivos ensaio clínico de Fase II
A farmacêutica norte-americana Bristol-Myers Squibb revelou que a ixabepilona, um fármaco experimental contra o cancro da mama, demonstrou actividade em doentes portadores da doença que se mostraram resistentes a três tipos comuns de quimioterapia.
Os resultados do ensaio clínico de Fase II mostraram que a substância obteve resultados positivos em doentes que previamente tinham sido tratados com quimioterapia, incluindo antraciclina, taxane e capecitabina. As conclusões do estudo, que envolveu 126 pacientes, deverão ser publicados em Agosto no “Journal of Clinical Oncology”, avançou o laboratório.
A Bristol-Myers Squibb garantiu recentemente uma revisão prioritária por parte da Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (Food and Drugs Administration - FDA) para a ixabepilona. A entidade reguladora deverá emitir um parecer acerca do medicamento no final de Outubro.
O objectivo da farmacêutica é utilizar a substância no tratamento de doentes com cancro da mama em fase avançada que não reagiram ao tratamento prévio com quimioterapia.
Marta Bilro
Fonte: Reuters, CNN Money, Forbes.
Eli Lilly cede direitos do Distaclor à Pharmalink
O medicamento, utilizado no tratamento de otites, infecções na pele, bronquite e infecções do trato respiratório, é comercializado na Índia, pela Eli Lilly, desde 1993. O novo acordo é valido apenas para a Índia e o Nepal.
“Esta acção está completamente alinhada na nossa estratégia global de introduzir produtos novos e inovadores da forte linha da investigação da Lilly”, afirmou Sandeep Gupts, representante da empresa indiana.
Pertencente à família do Cefaclor, o Distaclor é uma cefalosporina, um fármaco que interfere na síntese da parede celular do peptidoglicano via inibição de enzimas envolvidas no processo de transpeptidação.
Marta Bilro
Fonte: The Financial Express, PharmaAsia.
Pfizer e Novartis chegam a acordo no caso do Zithromax
O laboratório norte-americano processou a Novartis e a Sandoz, a sua unidade norte-americana de genéricos, em Fevereiro de 2006, referindo que estaria a ser “irreparavelmente prejudicada” pela utilização de fórmulas da sua invenção de azitromicina por parte das empresas rivais. De acordo com o tribunal, as empresas “chegaram a acordo em todas as alegações” relacionadas com a patente do medicamento.
No espaço de um ano a Pfizer contabiliza já dois acordos relativos à patente do Zithromax. Em Novembro de 2006, o laboratório israelita Teva Pharmaceutical Industries disponibilizou-se a pagar à Pfizer cerca de 51 milhões de euros para adquirir os direitos de produzir medicamentos semelhantes ao Zithromax e ao Idamycin.
Depois do término da patente norte-americana da azitromicina, em 2005, a Pfizer deparou-se com uma quebra vertiginosa nas vendas do Zithromax, uma vez que várias farmacêuticas colocaram no mercado versões semelhantes do produto. Em 2005 a Pfizer arrecadou cerca de 1,5 mil milhões de euros com as vendas do Zithromax, as quais não ultrapassaram os 468 milhões de euros no ano passado.
Marta Bilro
Fonte: STLtoday, Medical Marketing & Media.
Medicamentos abortivos: mulheres ainda compram em Espanha
Citotec é vendido no país vizinho sem receita médica e ao preço de 12 euros
Há mulheres portuguesas que ainda recorrem a Espanha para comprar medicamentos abortivos. Esta situação acontece devido à recusa de alguns hospitais em praticar a interrupção voluntária da gravidez (IVG). Outro motivo apontado é o factor preço.
A nova regulamentação da lei da IVG entra em vigor dia 15 de julho, no entanto, o hospital de Matosinhos (Porto) e o São Francisco Xavier ( Lisboa), já informaram que não vão praticar a IVG pelo facto de todos os médicos terem invocado objecção de consciência. Hoje, o Hospital de São Bernardo ( Setúbal) também afimou “discordar da nova legislação.”
Segundo informou uma funcionária daquela unidade de saúde, o hospital discorda “da nova legislação”, regendo-se, por isso, ainda “pela lei antiga.”
A afirmação surgiu numa reacção espoletada com base nas de declarações de várias mulheres à Agência Lusa. As mulheres revelavam ter recorrido ao país vizinho para comprar o Citotec, (fármaco abortivo vendido em Espanha sem receita médica).
O Citotec tem um custo de 12 euros (em Espanha). Argumento, também, usado por uma das mulheres que, confidenciou à mesma fonte (Lusa), ter-se dirigido a uma clínica da região, mas que perante o valor de 475 euros, recuou de imediato: “Com esse dinheiro, dá para ir a Espanha comprar o medicamento e voltar e ainda sobra bastante”, sustentou.
Confrontado com as situações vividas pelas mulheres e denunciadas pelo Movimento Democrático de Mulheres, o Centro Hospitalar de Setúbal (CHS) clarificou somente que o serviço de ginecologia e obstetrícia da estrutura “tem respondido às necessidades da legislação anterior relativa à Interrupção Voluntária da Gravidez ainda em vigor.”
IVG em três hospitais
Até ao momento, os hospitais de Portimão, Garcia de Orta, em Almada, e a Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, são as únicas unidades de saúde portuguesas a praticar abortos a pedido da mulher.
De acordo com o presidente da Comissão de Saúde Materna, Jorge Branco, estas unidades deverão juntar-se a 12 hospitais da Administração Regional de Saúde do Norte que, a partir de segunda-feira (dia 9), começam a realizar abortos a pedido da mulher até às dez semanas.
Raquel Pacheco
Fonte: Lusa/Fábrica de Conteúdos/Sol
Tolevamer ineficaz no tratamento de diarreia causada por antibióticos
O objectivo dos ensaios clínicos era demonstrar que o Tolevamer era mais eficaz do que a vancomicina no tratamento de 1.100 pacientes que sofriam de diarreia associada à infecção por Clostridium difficile. Apesar de ser segura, bem tolerada e das infecções recorrentes serem raras, o medicamento não demonstrou eficácia suficiente, afirmou a Genzyme. A divulgação destas conclusões resultou numa quebra de 5 por cento nas acções da empresa.
O novo fármaco era já considerado um dos mais promissores na sua linha de acção. No entanto, as novas conclusões vieram contrastar com as descobertas da Fase II de ensaios clínicos que davam conta de uma fórmula oral sólida de Tolevamer que cumpria o seu objectivo primário de não ser inferior quando comparado com a vancomicina. “Estes são resultados decepcionantes que alteram as nossas expectativas acerca do potencial de comercialização do Tolevamer num futuro próximo”, afirmou Henri Termeer, director executivo da Genzyme.
O Tolevamer pretendia ser o primeiro medicamento não-antibiótico para o tratamento deste tipo de diarreia causada por uma bactéria que se pode desenvolver e provocar uma infecção intestinal, frequentemente originada pela toma de antibióticos. A Genzyme adiantou que o Tolevamer líquido está a ser alvo de um segundo ensaio em fase final, cujos resultados deverão ser revelados ainda este ano. Os analistas da Cowen & Co. previam que o pico de vendas do novo medicamento pudesse atingir os 147 milhões de euros caso fosse demonstrada a sua eficácia na prevenção do reaparecimento desta infecção.
De acordo com o portal Ciência Hoje, o Clostridium difficile é a principal razão dos casos de diarreia infecciosa contraídos nos hospitais, podendo provocar colite aguda, que pode ter como consequência a remoção de parte do intestino ou até a morte. Contrariamente a outras bactérias, que podem ganhar resistência aos medicamentos utilizados para as eliminar, a Clostridium difficile desenvolve uma reacção peculiar aos antibióticos utilizados para doenças como a pneumonia. Os sintomas começam habitualmente enquanto a pessoa está a tomar os antibióticos. No entanto, em 75 por cento dos pacientes os sintomas surgem entre 1 e 10 dias depois da suspensão do tratamento e em algumas pessoas até depois de 6 semanas.
Marta Bilro
Fonte: The Earth Times, CNN Money, Forbes, Reuters, Manual Merck, Ciência Hoje.
Porque não deve tomar o mesmo medicamento do seu vizinho ou amigo?
A acção esperada dos medicamentos pode variar de uma pessoa para a pessoa. Umas reagem melhor e outras nem tanto.
Isso acontece devido a vários factores. Os principais estão relacionados com o próprio doente, como o ambiente em que ele vive, a reacção aos medicamentos, condições genéticas, factores ambientais e alimentação.
Depois existem outros factores, ligados com a admistração do medicamento. Quando um remédio é para ser tomado de 6 em 6 horas, não deve ser tomado passado 8h. Quando um comprimido é para ser engolido não deve ser trincado. Quando um comprimido é para tomar antes das refeições não deve ser tomado após.
Todos estes procedimentos, incorrectos, podem levar a efeitos não desejáveis por parte do paciente.
Liliana Duarte
Fonte: Portal da Saúde Brasil
Saúde Oral- Gengivite
Quando ao lavar os dentes, ocorre sangramento gengival, pode ser um sinal de gengivite, uma inflamação da gengiva, causada pela presença de placa bacteriana e tártato nos dentes.
Os principais sintomas são: gengiva avermelhada e inchada e ocorre sangramento ao escovar normalmente os dentes. O sangramento é o melhor sinal da gengivite, mostrando ao indivíduo que aquele local necessita de maiores cuidados durante a lavagem.
O tratamento passa por uma ida ao dentista e na redução da frequencia de ingestão de açúcares, assim como, ter por hábito lavar os dentes sempre após as refeições.
Desta forma dá-se a redução da formação da placa bacteriana e consequentemente da gengivite.
Liliana Duarte
Fonte: Portal Saúde
Veropharm na rota de interesses da GlaxoSmithKline
Esta transacção permitiria ao laboratório britânico aumentar a sua quota de mercado mas também agradar aos produtores locais que têm preferências por vários programas sociais estatais sobre provisões de medicamentos.
No caso da Veropharm, a venda desta fatia da empresa representa uma ajuda para fazer frente à dívida actual, que ascende aos 195 milhões de euros. A Veropharm é uma produtora farmacêutica líder no mercado russo e a mais bem sucedida ao nível das vendas no ramo da oncologia e de emplastros.
De acordo com os analistas da Pharmexpert, a Veropharm foi considerada, em 2005, a empresa em maior expansão no âmbito oncológico, com uma quota de mercado de 60,9 por cento entre os produtores russos.
Marta Bilro
Fonte: PMR Business, Veropharm.ru
Cataratas
A catarata é uma dessas doenças. Quando a origem é o envelhecimento, designa-se de catarata senil e costuma desenvolver-se por volta, ou a partir dos 50 anos.
A catarata pode ter várias causas. Para que seja tratada adequadamente e não cause sustos desnecessários, é muito importante ter conhecimento sobre a doença e procurar ajuda médica, logo que os primeiros sintomas apareçam.
A catarata é caracterizada pela opacidade do cristalino, uma estrutura transparente, cuja função é servir de lente para o olho.
O primeiro sintoma da catarata é a diminuição da acuidade visual. O paciente também pode ver manchas escuras no campo de visão. A catarata não provoca dores ou avermelhamento dos olhos.
Geralmente, é possível ver uma opacidade branca no olho. Além disso, a visão também fica alterada conforme a quantidade de luz.
O diagnóstico da doença é feito pela observação da opacidade branca no olho e também por aparelhos oftalmológicos .
Há vários tipos de intervenções cirúrgicas que impedem a progressão da doença. Várias técnicas podem ser utilizadas, como é o caso do laser.
Para prevenir a doença deve-se consultar um oftalmologista uma vez por ano, independentemente do facto de apresentar sintomas ou não. Dessa forma, o médico pode acompanhar alterações com exames mais precisos e diagnosticar problemas com maior antecedência, preservando, assim, a vida do doente.
Liliana Duarte
Fonte: Portal Saúde Brasil Net
GlaxoSmithKline perto da vacina para a dengue
De acordo com Jean Stephenne, presidente da GlaxoSmithKline Biologicals, os ensaios clínicos de Fase II deverão começar na Tailândia, no início do próximo ano, e envolvem mais de 3.000 pessoas. “Temos estado a trabalhar na vacina da dengue em conjunto com o Exército dos Estados Unidos da América há cerca de 10 anos”, afirmou o responsável em declarações ao The Straits Times.
De acordo com Stephenne, durante a primeira parte do processo, a vacina foi testada em 200 pessoas nos EUA, tendo demonstrado segurança e eficácia. Logo que os ensaios de Fase II sejam concluídos, a substância deverá passar à última fase de ensaios clínicos, de modo a testar a sua eficácia em outras partes do mundo, incluindo Singapura que, desde o inicio do ano já registou 3.597 casos da doença, três dos quais acabaram por ser fatais.
“Temos que comprovar que a vacina será segura para todos, o que significa que o seja tanto em crianças como adultos”, referiu Spethenne, salientando que deverão ser gastos entre 368 e 736 milhões de euros nos procedimentos de pesquisa e desenvolvimento. A farmacêutica britânica acredita que a vacina poderá estar disponível no mercado dentro de cinco anos.
Transmitida por mosquitos, a dengue manifesta-se por febre, inflamação dos gânglios linfáticos e hemorragia. Causa dores articulares e musculares intensas, pelo que recebe o nome de febre «quebra-ossos», podendo ser mortal. Costuma afectar crianças com menos de 10 anos e, nos anos seguintes, são frequentes as infecções recorrentes por diferentes tipos de vírus. O mosquito Aedes aegypti é o principal vector da doença que não é transmissível de pessoa a pessoa.
Marta Bilro
Fonte: The Earth Times, Manual Merck
Buenos Aires recebe Jornadas e Congresso sobre Alergia, Asma e Imunologia
Face ao aumento da prevalência das alergias e do seu impacto na qualidade de vida da população, os especialistas consideram que é também importante incidir sobre a discussão da intervenção precoce. Para que essa intervenção seja possível é necessário um diagnóstico atempado, tema que também estará em foco durante o encontro.
Organizado pela Associação Argentina e Alergia e Imunologia Clínica e pela Sociedade Latino-Americana de Alergia, Asma e Imunologia, o programa deste acontecimento científico conta com a realização de várias conferências, simpósios plenários e cursos teórico-práticos, onde se incluem cursos de actualização para médicos de família, um programa especial para médicos em formação e sessões de comunicação livres.
No âmbito da temática “Alergia, Asma e Imunologia 2007” serão apresentados em Buenos Aires resumos clínicos sobre relatórios de casos, estudos de observação e experiencias clínicas. Por sua vez, os cursos teórico-práticos vão debruçar-se sobre a pesquisa bibliográfica e os registos electrónicos ou a anafilaxia e a reanimação cardiorespiratória.
Entre os temas principais deste encontro destacam-se a discussão sobre epidemiologia e alergia na América Latina e no mundo, sobre os mecanismos de sensibilização a alergenos ou acerca de como controlar a evolução da asma. Os detalhes do programa, assim como todas as informações sobre as inscrições e os principais intervenientes estão disponíveis no portal www.alergia.org.ar/jornadas/.
Marta Bilro
Fonte: Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica, www.alergia.org.ar/jornadas.
“É difícil avaliar a inovação nos fármacos”

No âmbito dos cursos de Verão da Universidade Complutense de Madrid, Cristina Avendaño preconizou a ideia de que “qualquer novo medicamento deve incorporar um valor terapêutico acrescido”, apontando a ocorrência de casos em que, mesmo revelando uma menor eficácia, novos fármacos conseguem ser mais bem tolerados por uma maior franja da população a que são administrados. A responsável crê que a aprovação de novos medicamentos deixou de ter em conta esse aspecto, que só é valorizado na altura de fixar o preço de venda e o tipo de comparticipação pelas autoridades sanitárias do país.
Carla Teixeira
Fonte: Europa Press, PortalPharma
Lesão em enzima pode estar na origem de Parkinson
Na maioria dos doentes, esta patologia ocorre devido a alguns factores externos que desencadeiam a morte dos neurónios produtores de dopamina, um neurotransmissor que ajuda a enviar mensagens entre as diversas áreas do cérebro que controlam o movimento corporal, permitindo ao organismo movimentar-se com uma coordenação estável. Quando a morte de neurónios produtores de dopamina atinge os 80 por cento, surgem os primeiros sintomas da doença.
O novo estudo permitiu que os cientistas percebessem o mecanismo que está por detrás da morte desses neurónios, factor que consideram muito relevante para desenvolver novos tratamentos. A equipa de cientistas do Instituto de Pesquisa de Saúde de Ottawa observou que a morte dos neurónios ocorre quando a enzima celular Prx2 é danificada. Esta enzima desempenha um papel fulcral na eliminação de produtos potencialmente perigosos para a mitocôndria, que é a fonte de energia das células. Na ausência desta enzima, as substâncias desenvolvem-se e ameaçam a célula.
Para realizar esta pesquisa os investigadores analisaram ratos nos quais uma toxina prejudicial para a mitocôndria foi utilizada para criar uma patologia semelhante à da doença de Parkinson. Os investigadores detectaram uma sequência de eventos nos quais a toxina acciona um interruptor celular que desactiva a Prx2. Ao reverter esta cadeia de acontecimentos, os cientistas conseguiram reactivar a enzima Prx2 nos ratos que tinham sido tratados e, desta forma, prevenir a perda dos neurónios produtores de dopamina.
Na mesma investigação, os especialistas observaram também uma diminuição no tecido cerebral humano sempre que a actividade da enzima Prx2 era inferior ao normal. De acordo com os especialistas, isto significa que o controlo da actividade da Prx2 poderá revelar-se um dos caminhos viáveis para o tratamento da doença de Parkinson.
Marta Bilro
Fonte: The Washington Post, Science Daily.
Montante será aplicado no estudo da leucemia

Depois de receber o prémio das mãos da actriz Eunice Muñoz, numa cerimónia em que também participou Artur Santos Silva, em representação da Sogrape (empresa que detém as Caves Ferreira), Purificação Tavares anunciou que, na sequência da atribuição deste galardão, o Centro de Genética Clínica passará a incluir, como um complemento aos painéis de diagnóstico em doentes com leucemias, um teste molecular novo (mutações no exão 12 do gene JAK2), importante para seguir estes pacientes, pelo qual não cobrará qualquer valor.

Carla Teixeira
Fonte: Ciência Hoje, Expresso
Mutação de um gene responsável pela surdez

A descoberta foi apresentada em Paris, numa conferência que tinha o objectivo de divulgar os principais resultados do projecto EuroHear, que envolve 26 parceiros, de 12 países do Velho Continente. O gene otoferlin é responsável pela neuropatia auditiva, doença que impede a conversão dos estímulos sonoros em eléctricos, e por essa via inviabiliza a sua leitura pelo cérebro. Antes da descoberta da mutação desse gene, os cientistas acreditavam que os implantes não eram eficazes no caso de existirem lesões no ouvido interno do paciente, mas o estudo agora apresentado aferiu que os implantes precoces impedem que as crianças que sofrem de mutação genética de transmissão recessiva fiquem surdas. A técnica poderá ser igualmente aplicada nos casos de mutação do gene conniexin26.
Na Europa há 40 milhões de pessoas que sofrem de problemas auditivos e cerca de dois milhões que são surdos profundos. Portugal é um dos países de incidência daquela que é actualmente a segunda doença profissional no país. A deficiência auditiva afecta um em mil recém-nascidos ou crianças pequenas e está na origem de despesas na ordem dos 90 mil milhões por ano em educação especial, terapia da fala e aparelhos auditivos. O projecto Eurohear, criado em Dezembro de 2004, tem um custo de 15,8 milhões de euros por cada cinco anos e conta com um investimento da Comissão Europeia de 12,5 milhões.
Carla Teixeira
Fonte: Ciência Hoje, EuroHear
Nova terapia poderá evitar cegueira
Uma nova terapia genética, cujos primeiros ensaios clínicos tiveram lugar no último mês de Fevereiro em Inglaterra, poderá ser a resposta para prevenir, em crianças e jovens, a cegueira provocada por mutações no gene RPE65. Uma descoberta feita ao abrigo do projecto europeu Evi-Genoret, iniciativa que integra o Six Framework Programme (FP6) da União Europeia, que terminou em termos de financiamentos, ainda que continue a decorrer a pesquisa e implementação dos projectos apoiados. Entre 2007 e 2013 vigora o programa europeu de investigação FP7.
Não obstante os grandes avanços clínicos e terapêuticos conseguidos ao longo dos últimos anos na área da Oftalmologia, o número de pessoas que sofrem de graves lesões e incapacidades visuais continua a aumentar, pelo que urge encontrar meios para reparar os danos passíveis de recuperação. É que 90 por cento da informação que o nosso cérebro processa chega até ele através da visão. Também por isso, os resultados que vão sendo obtidos na investigação da deficiência visual assumem a maior importância. É esse o caso de um estudo recente do Instituto de Oftalmologia de Londres que reclama ter definido uma terapia para evitar a cegueira em crianças e jovens afectados pela mutação do gene RPE65.
Num encontro promovido há dias pela Comissão Europeia em Paris, o investigador Robin Ali explicou que a experiência pioneira do instituto que representa consistiu na injecção daquele gene nos pacientes que não o tinham e que, por sofrerem de uma alteração genética de transmissão hereditária recessiva – os pais transmitem aos filhos uma doença de que não padecem –, tinham apenas visão central, sendo desprovidos de visão periférica e nocturna. Sem intervenção clínica, estes doentes perdem irremediavelmente a visão por volta dos 20 anos de idade. Os primeiros resultados dos ensaios clínicos agora realizados pelos especialistas do Instituto de Oftalmologia de Londres só deverão ser divulgados publicamente no prazo de 12 a 18 meses.
No entanto, Robin Ali informou que, até ao momento, não houve quaisquer efeitos secundários da terapia experimental, realizada ao cabo de 13 anos de investigação da mutação genética na origem da degradação progressiva da visão nos pacientes acompanhados pelo estudo. O especialista prevê, contudo, que os novos avanços na investigação daquela patologia aconteçam mais rapidamente, uma vez que já foram construídas as bases que, segundo estimou, deverão permitir a definição de um tratamento efectivo e rotineiro para a doença, que se estenderá a outras causas de cegueira, como a idade ou a diabetes. A cegueira provocada por problemas relacionados com o gene RPE65 afecta uma pessoa em cada 100 mil.
Carla Teixeira
Fonte: Ciência Hoje, Evi-Genoret, CORDIS – Sixth Framework Programme
Medicamento perigoso para os bebés

Na sequência de um número não especificado de casos de reacções adversas fatais para os pulmões e rins dos bebés, a Food and Drug Administration entendeu que a injecção de Rocephin não deverá ser combinada com a utilização de cálcio ou de quaisquer produtos farmacêuticos que na sua composição incluam aquele mineral. O aviso foi divulgado ontem no site da FDA, acompanhado de uma carta dirigida aos médicos em que se actualiza toda a informação relativa à prescrição do fármaco da empresa suíça, que não se mostrou disponível para comentar o caso. O Rocephin é indicado para o tratamento de infecções respiratórias, doenças do tracto urinário e gonorreia.
Carla Teixeira
Fonte: Agência Reuters
Uma nova esperança no combate à sida
A combinação de dois medicamentos experimentais para tratamento da síndrome da imunodeficiência adquirida (sida) pode ajudar a controlar a doença nas pessoas infectadas com as variantes mais resistentes do vírus, de acordo com uma equipa de investigadores de um instituto norte-americano. Os dois fármacos – etravirine ou TMC125 e darunavir ou TMC114 – estão em fase de desenvolvimento pela Tibotec Pharmaceuticals, uma divisão da Johnson & Johnson.
Um estudo que incidiu no acompanhamento de doentes em 18 países demonstrou a viabilidade da hipótese de a combinação daquelas duas substâncias poder vir a tornar-se uma nova arma no combate à sida nas pessoas infectadas com o vírus na sua forma mais resistente aos fármacos convencionais. Num artigo publicado na revista científica «The Lancet», os autores do estudo consideram que esta poderá ser “uma das investigações de maior relevância em todo o mundo na busca de novas soluções para o tratamento da sida, considerando que a combinação destes compostos “evidenciou boas probabilidades de conseguirmos um controlo efectivo da evolução da doença em pacientes infectados com o VIH em estado avançado e resistente aos fármacos actuais”.
Carla Teixeira
Fonte: Agência Reuters
Novos tratamentos para a malária
O departamento de doenças dos países em desenvolvimento da GlaxoSmithKline, com sede na cidade espanhola de Madrid – o primeiro centro de investigação em Espanha e um dos poucos do mundo que se dedica ao estudo e desenvolvimento de novos tratamentos para a malária e a tuberculose –, tem actualmente em mãos quatro projectos para novos fármacos, devendo o mais avançado entrar na fase de ensaio clínico em Junho do próximo ano.
Federico Gómez de las Heras, director do centro, informou que a empresa espera, com este avanço na investigação, produzir e apresentar “um medicamento positivo” para a doença, explicando que o novo fármaco deverá ser eficaz no tratamento das variantes mais resistentes do vírus responsável pela malária, que normalmente são mais fortes que a medicação já existente no mercado. Disse ainda que o fármaco em desenvolvimento em Espanha deverá ser “acessível em termos de preço”, e a sua utilização, em combinação com outros medicamentos, segura para as crianças.
De acordo com a mesma fonte, o novo fármaco deverá ser também “muito estável” do ponto de vista industrial, resistindo às altas temperaturas e à humidade, que são características dos países em que aquela doença é mais prevalente. No que toca à investigação de novas soluções para o tratamento da tuberculose, o centro madrileno da GlaxoSmithKline tem como objectivo “desenvolver compostos eficazes contra a tuberculose microbacteriana, incluindo as variantes resistentes”, e sobretudo “encurtar para metade o tempo médio de tratamento, que actualmente é de cerca de seis meses”.
Carla Teixeira
Fonte: Correo Farmaceutico
Médicos britânicos recusam boicotar publicidade
Representantes da Associação Médica Britânica reunidos no seu encontro anual na Turquia rejeitaram uma solicitação apresentada dias antes por um membro daquele organismo profissional, que ia no sentido de o «British Medical Journal» boicotar a publicação de artigos publicitários a medicamentos que as empresas farmacêuticas reformularam e voltaram a promover para evitar perder a patente.
Stuart Blake, da divisão de Lothian (Escócia) da Associação Médica Britânica, autor da moção que pedia a exclusão dos anúncios, disse não ter objecções à estratégia de marketing de alguns laboratórios farmacêuticos de substituir os medicamentos que estão prestes a perder as patentes por novas formulações, mas definiu como “um acto repreensível” o facto comum de a antiga versão do fármaco ser retirada do mercado, considerando que a “repromoção” de medicamentos antigos não serve os interesses dos médicos nem dos doentes”, tendo como único propósito a garantia da manutenção dos lucros para as empresas farmacêuticas envolvidas.
Carla Teixeira
Fonte: British Medical Journal
Portugueses aderem cada vez mais à saúde na Internet
O estudo, denominado "WHO/European survey on health consumer trends", foi coordenado pelo Centro Norueguês de Telemedicina, sedeado em Tromso, na Noruega e surgiu da parceria de seis instituições europeias, entre as quais a Universidade de Aveiro. Para além de Portugal, o estudo analisou também a realidade ao nível da utilização da Internet com fins terapêuticos na Noruega, na Alemanha, na Dinamarca, na Grécia, na Letónia e na Polónia.
A coordenadora do projecto na Universidade de Aveiro, Silvina Santana, adianta que tipicamente eram os homens quem mais utilizava a Internet por questões de saúde ou doença, contudo esta é cada vez mais uma "tendência que se está a esbater", pois actualmente as mulheres têm-se afirmado como utilizadoras regulares da Internet.
Quanto ao perfil do cidadão europeu consumidor de serviços de saúde pela Internet, cada vez mais se assume como um indivíduo jovem, do sexo feminino e com formação superior. Para Silvina Santana existe “uma grande apetência das pessoas, mas são ainda poucos os conteúdos em português e não há farmácias on-line, nem outros serviços”, comparativamente com a Dinamarca, por exemplo, onde já é possível obter uma consulta médica por e-mail ou ser informado por SMS da alteração de uma consulta.
As principais vantagens apontadas para a utilização da Internet por razões de saúde residem no facto de este ser um serviço de fácil acesso, sem custos nem horários, onde existe a possibilidade de contactar o médico por e-mail, de pedir uma receita pela Internet ou de consultar a página pessoal do médico.
Inês de Matos
Fonte: Jornal de Noticias
Dafnegil retirada do mercado por falta de eficácia
Em comunicado, o infarmed esclarece que testes realizados ao último lote da pomada vaginal revelaram que a sua composição continha, em relação aos valores descritos na sua especificação, uma quantidade inferior da substância nistatina.
sara pelicano
fontes: infarmed, saude na internet
quinta-feira, 5 de julho de 2007
Diabetes: pâncreas artificial pode controlar a doença
«O pâncreas artificial pode evitar complicações associadas aos diabéticos, tais como, deficiências cardíacas e cegueira. Pode assim melhor significativamente a vida dos doentes», explica o chefe executivo da Juvenile Diabetes Research Campaign, Karen Addington.
A dificuldade dos investigadores reside em saber a quantidade exacta de insulina que o pâncreas liberta quando o nível de açúcar no sangue sobe. Para esclarecer a situação, a equipa está a fazer teste a um rapaz diabético internado no hospital Addenbrookes.
O pâncreas artificial vai trabalhar em conjunto com um sensor colocado debaixo da pele. Este mede a glicose do sangue e o novo órgão reconhece os valores e liberta a insulina que o doente necessita.
Com este processo, os diabéticos deixam de ter de usar os medidores de sangue e as agulhas com a dose necessária da hormona que controla o açúcar no sangue.
sara pelicano
fontes: BBB
Governo aprova decreto que prevê liberalização das farmácias
A aprovação do diploma foi anunciada no final do Concelho de Ministros e para além do novo regime que permite o acesso de não farmacêuticos à propriedade de farmácias, o decreto impõe ainda a exigência de a direcção técnica ser assegurada, “em permanência e exclusividade”, por uma farmacêutico sujeito a regras deontológicas, visado “garantir e promover a qualidade e melhoria dos serviços prestados aos utentes”.
Deste modo, passa a existir a possibilidade de as farmácias poderem prestar serviços farmacêuticos, que deverão ser definidos por portaria do Ministério da Saúde, tornando desta forma possível que as farmácias, “a par da dispensa de medicamentos, desempenhem outras funções de relevante interesse público na promoção da saúde e do bem-estar dos utentes”.
No diploma encontram-se ainda regulamentadas as incompatibilidades na propriedade da farmácia, já que o decreto estipula a “impossibilidade de cada proprietário deter mais de quatro farmácias”.
Com a aprovação do decreto de lei, abre-se assim a possibilidade de as farmácias serem livremente transferidas dentro de um mesmo município e de os medicamentos poderem ser vendidos através da Internet, caindo por terra a proibição das farmácias lançarem concursos para a aquisição de medicamentos.
Inês de Matos
Fonte: Sol
GlaxoSmithKline planeia entrar no mercado de vacinas japonês
A Glaxo está a conduzir ensaios clínicos do Cervarix no Japão, com o objectivo de comercializar o fármaco no país, caso seja aprovado. O presidente da unidade de vacinas da Glaxo, Jean Stephenne, revelou que a farmacêutica também poderá lançar ensaios de vacinas para a gripe, doença pneumocócica e rotavírus, no Japão.
Para além disso, a Glaxo está a negociar com o governo japonês a possibilidade de fornecer o país com vacinas sazonais da gripe e pré-pandémicas. Se o governo pretender armazenar a vacina, como protecção contra uma pandemia provocada pela gripe das aves, a Glaxo irá procurar parceiros locais.
Os regulamentos que requerem que as vacinas sejam testadas em pacientes japoneses, antes que possam ser comercializadas no país, atrasam frequentemente a sua introdução. Segundo Stephenne, a população do Japão não beneficia tão rapidamente com as vacinas como as pessoas que vivem na América do Norte ou na Europa.
O mercado de vacinas japonês, no ano passado, estava avaliado em cerca de 64,7 mil milhões de ienes (529 milhões de dólares), de acordo com a unidade japonesa da IMS Health Inc., uma companhia que segue as tendências da indústria farmacêutica global.
As vacinas pré-pandémicas, juntamente com as vacinas para o cancro cervical, rotavírus e doença pneumocócica, estão na terceira e última fase de estudos necessários para a aprovação nos Estados Unidos.
O Cervarix, que recebeu autorização para ser comercializado pelos reguladores australianos em Maio, no Japão está na segunda fase de um processo de três. Este fármaco tem o potencial de gerar cerca de 1,5 mil milhões de dólares por ano para a Glaxo até 2010 e 5 mil milhões por ano enquanto estiver no seu auge, de acordo com dados de uma pesquisa, datada de 15 de Maio do analista Navid Malik da Collins Stewart, em Londres.
A Glaxo não deu indicações acerca de quando irão começar os estudos no Japão para as outras três vacinas.
Informações mais detalhadas acerca do Cervarix podem ser consultadas no farmacia.com.pt, no artigo “Cervarix protege contra lesões pré-cancerígenas”, publicado no dia 29 de Junho.
Isabel Marques
Fontes: Firstword, Bloomberg
Juntas Médicas: Governo pede sugestões ao Bastonário da Ordem dos Médicos
O convite foi feito através de uma carta conjunta do ministro de Estado e das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, e do secretário de Estado da Saúde, Francisco Ramos, enviada ao bastonário, mas a divulgação da iniciativa apenas aconteceu algumas horas depois de Pedro Nunes ter sugerido que as juntas médicas deveriam ser integradas apenas por profissionais de saúde, que deverão receber formação específica em medicina da segurança social e seguros.
Os dois ministérios recusam que na base da carta esteja “qualquer juízo negativo sobre o rigor de apreciação da situação clínica” realizada pela junta médica da Caixa Geral de Aposentações (CGA), que está na base da decisão tomada por este organismo relativamente aos pedidos de aposentação antecipada por motivo de incapacidade.
No comunicado de divulgação da carta consta ainda que “nesta matéria, nunca o Governo poderia ter outra postura, nem fornecer quaisquer orientações, seja de que natureza for, à junta médica da CGA, dado que tais pareceres, que são técnicos, têm que ser orientados apenas por critérios de ordem médica".
Na opinião dos governantes, é a Ordem do Médicos (OM) "quem está em melhores condições de apreciar os juízos técnicos emitidos por profissionais inscritos na OM, bem como analisar os elementos documentais do foro clínico, legalmente acessíveis apenas aos profissionais", uma vez que "é fundamental restaurar a confiança dos utentes da CGA na referida junta médica".
Em declarações à Lusa, o bastonário da OM considerou "inaceitável" a presença de não médicos nas juntas, uma situação comum nas juntas médicas da polícia e dos militares e, até há algum tempo, na Assistência na Doença aos Servidores do Estado (ADSE). Pedro Nunes defende a necessidade de ser criada “uma competência, uma área específica de saber com critérios uniformes para os médicos que integram as juntas médicas, porque até aqui qualquer médico pode ser contratado para uma junta médica", prometendo que a OM vai continuar a lutar pela alteração da legislação sobre esta matéria.
A Ordem dos Médicos anunciou a sua posição depois de terem vindo a publico casos de professores doentes com leucemia e cancro na laringe, que as juntas médicas consideraram aptos para trabalhar, o que os obrigou a voltar às escolas onde leccionavam, acabando por morrer no activo.
Inês de Matos
Fonte: Lusa
Pílula do dia seguinte sem receita médica
Os ginecologistas e obstetras espanhóis estão convencidos de que a dispensa da pílula do dia seguinte sem a exigência de apresentação de receita médica poderá travar o crescente número de intervenções de interrupção voluntária da gravidez no país. Frisando que se trata de um método contraceptivo, sem efeitos secundários assinaláveis, e não de um medicamento abortivo, os médicos entendem que o seu uso mais generalizado poderia ser positivo.
Apontando como exemplos os Estados Unidos, a França ou o Reino Unido, países onde a comercialização da pílula do dia seguinte não pressupõe a obrigatoriedade de apresentação de receituário, os profissionais de saúde do país vizinho pedem que a população seja mais bem informada sobre contracepção e o uso adequado da chamada pílula abortiva, e que a mesma seja dispensada sem necessidade de receita, preconizando também uma maior aposta na sua distribuição, de forma a torná-la acessível junto de comunidades onde até agora não tem sido, sobretudo ao fim-de-semana, a altura em que é mais requisitada.
A pílula do dia seguinte, cuja utilização Espanha aprovou em Março de 2001, tem obrigatoriamente de ser administrada no intervalo de 72 horas depois da relação sexual desprotegida. Só no primeiro ano de utilização autorizada foram distribuídas no país vizinho cerca de 160 mil unidades. Em 2005 já foram consumidas 560 mil. Uma subida muito significativa, mas que de acordo com os médicos espanhóis não tem sido suficiente para travar o recurso ao aborto (91 mil em 2005), uma vez que a população não está devidamente informada sobre o uso da pílula do dia seguinte e tem sérias dificuldades em encontrá-la no mercado.
Carla Teixeira
Fonte: El Pais, PortalFarma
Elevado consumo de Cocaína em Espanha preocupa ONU
O Comunicado Mundial sobre as Drogas 2007, da ONU, apresentado no âmbito das comemorações do Dia Mundial Contra as Drogas, celebrado no passado dia 26 de Junho, lança um alerta ao governo espanhol para que encare o elevado consumo de cocaína como uma epidemia, com sérios riscos para a saúde e que causa diversos conflitos sociais.
Como reacção ao alerta lançado na semana passada pela ONU, o governo espanhol lançou de imediato um programa de actuação contra a cocaína, com um financiamento de sete milhões de euros e duração até 2010, que pretende prevenir, reduzir o consumo e consciencializar a população de que o consumo de cocaína multiplica o risco de enfarte e de psicopatologias.
A ministra da saúde, Elena Salgado, aproveitou a apresentação do programa para dizer que a cocaína “não é uma substância nova, nem o seu consumo está relacionado com o prestigio social ou com o êxito profissional, não sendo também inócua”.
O programa do governo espanhol prevê a realização de novas campanhas de sensibilização e acções de formação e informação sobre o consumo deste estupefaciente, apoiando-se numa base multidisciplinar pedagógica e sanitária.
A campanha pretende chegar também até aos mais jovens através do envio de mensagens de e-mail ou SMS’s, para além da criação de fóruns e chats na Internet, onde o tema estará em debate.
Inês de Matos
Fonte: correofarmaceutico.com
FDA estende aprovação GRAS ao Listex para todos os produtos alimentares
A agência norte-americana que regula os medicamentos e os alimentos, FDA, e o Departamento Norte-Americano de Agricultura, USDA, anunciaram que concederam a aprovação ao Listex P100, o produto bacteriófago natural contra a Listeria, como Reconhecido Geralmente Como Seguro (GRAS), para todos os produtos alimentares.
Na luta contra a Listeria, um dos mais perigosos patogénios alimentares, as companhias de processamento de alimentos norte-americanas podem agora utilizar uma ferramenta nova, mas contudo natural: o bacteriófago Listex. A FDA e a USDA aprovaram este produto, desenvolvido na Holanda, como GRAS, baseado nos extensivos dados de segurança e eficácia e nos testes organolépticos que confirmam que o Listex é seguro e tem qualquer impacto no sabor, cheiro, cor e outras propriedades físicas dos produtos tratados.
Os bacteriófagos (fagos) são os microorganismos mais abundantes na terra. A água doce e a água do mar podem conter até mil milhões de fagos por mililitro, enquanto que na carne, fresca e processada, e nos produtos de carne, mais de 100 milhões de fagos viáveis estão frequentemente presentes por grama. Os fagos são inofensivos para os humanos, animais e plantas, e têm como alvo somente as células bacterianas. São extremamente específicos em relação às bactérias que reconhecem. Os bacteriófagos do Listex têm como alvo somente a bactéria Listeria (deixando as bactérias benéficas intactas), e são fáceis de aplicar nos processos de produção.
Em Outubro de 2006, a FDA já tinha anunciado o Listex como GRAS contra a Listeria em queijos. A extensão para todos os produtos susceptíveis à Listeria abre a possibilidade para a indústria de carne e peixe para a aplicação do Listex. No início deste mês, agência holandesa dedicada à inspecção, a SKAL, confirmou o estatuto “orgânico” do Listex, de acordo com a lei da União Europeia (UE) e, como resultado, pode ser utilizado na UE em produtos regulares e orgânicos.
O Presidente da EBI Food Safety, Mark Offerhaus, afirmou que a segurança dos alimentos é agora a questão principal da agenda das companhias de processamento de alimentos e dos consumidores nos Estados Unidos, que insistem em soluções “verdes”, em vez de produtos químicos. Os bacteriófagos naturais comprovam ser uma solução única, onde a segurança reforçada não afecta as características do produto. As companhias de processamento de alimentos dos Estados Unidos podem agora beneficiar com o Listex, como seus análogos europeus.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Listeriose, a doença causada pela Listeria monocitogenes, é uma das mais graves infecções causadas pela comida, com uma taxa de mortalidade de 30 por cento. Depois da exposição pode levar semanas até que a infecção se manifeste. O Serviço de Inspecção e Segurança Alimentar dos Estados Unidos mantém uma política de tolerância zero para a bactéria, que cresce em temperatura de refrigeração e é omnipresente. Os grupos de risco incluem os jovens, os idosos, os indivíduos com imunidade comprometida e as grávidas.
Mais informações acerca da Listeriose e suas implicações podem ser consultadas no farmácia.com.pt, no artigo “Listeriose motiva projecto de sensibilização” publicado no dia 3 de Julho.
Isabel Marques
Fontes: PRNewswire
Alteração genética na base do desenvolvimento de asma
“É comum pensarmos em asma como algo relacionado com as alergias”, afirmou William Cookson, investigador do Instituto Nacional de Coração e Pulmões do Colégio Imperial de Londres e coordenador do estudo multinacional. Porém, “este gene não está relacionado com as alergias, ele sugere que há outras coisas por detrás das alergias que conduzem o processo da doença”, frisou o responsável.
A investigação, que analisou as diferenças de ADN em cerca de 1.000 crianças com asma e 1.200 que não sofriam da doença, revelou que a grande diferença entre elas se encontrava no cromossoma 17. Segundo explicou Cookson, as variações genéticas nesse cromossoma são responsáveis pelo aumento da actividade de um gene denominado ORMDL3, nas células sanguíneas das crianças com asma, e que aumenta em 60 por cento o risco de desenvolver a doença. Esta observação “abre caminhos para possíveis tratamentos” afirmou Cookson, já que, “o gene pode ser um alvo para os medicamentos.”
O especialista lembrou que alguns estudos anteriores já tinham detectado uma relação entre as condições genéticas e a asma, porém esta investigação fornece evidências mais concretas acerca da forma como os factores genéticos provocam esta condição nas crianças. “É uma questão complexa”, salientou Cookson, acrescentando que este é um passo para a resolução do problema mas não a solução total.
O especialista acredita que este avanço poderá conduzir a novas terapias uma vez que aponta numa direcção molecular biológica específica. “Depois de compreendermos a causa biológica e conhecermos as variáveis envolvidas é possível combatê-las com medicamentos especificamente direccionados”, concluiu.
Marta Bilro
Fonte: Reuters, CTV.ca. Portal da Saúde.