sexta-feira, 29 de junho de 2007

Emea restringe o uso de medicamentos com piroxicam

O Infarmed informou hoje que a Agência Europeia de Medicamentos (Emea) decidiu recomendar a restrição do uso do piroxicam, a substância activa dos medicamentos Brexin, Feldene, Flexar, Flogocan, Remisil, Reumoxican e Roxazin, devido a reacções adversas gastrointestinais e cutâneas.

O piroxicam “não deverá continuar a ser usado no tratamento de curta duração de situações dolorosas e inflamatórias”, “devido ao risco de reacções adversas gastrointestinais e cutâneas graves", alertou o Infarmed em comunicado.

"A prescrição do piroxicam deverá sempre ser iniciada por um médico com experiência no tratamento de pessoas com doenças reumáticas inflamatórias ou degenerativas, devendo ser utilizada a menor dose (não mais do que 20 mg por dia) e durante o mais curto período de tempo possível", recomenda a Emea, salientando também a necessidade de rever o tratamento decorridos 14 dias após o seu início.

No entanto, apesar das contra-indicações, o fármaco pode continuar "a ser prescrito para o alívio sintomático da osteoartrose, artrite reumatóide e espondilite anquilosante", embora não deva "ser o anti-inflamatório não esteróide de primeira linha para estas situações".

Em Portugal, os medicamentos com piroxicam que maior procura registam apresentam-se sob a forma de comprimidos, cápsulas, soluções injectáveis, supositórios, cremes ou gel, não sendo possivel no entanto, “facultar números de imediato ou saber qual é mais utilizado", de acordo com Carlos Pires, assessor de imprensa do Infarmed.

Nas recomendações da Emea encontra-se também a inclusão de novas contra-indicações e o reforço das advertências relativas ao piroxicam, cujas vendas ocorrem já há vários anos.

A Emea irá agora enviar a sua lista de recomendações à Comissão Europeia, na expectativa que esta motive uma decisão legal vinculativa e aplicável a todos os Estados-membros.

Inês de Matos

Fonte: Lusa

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