Um grupo de investigadores americanos acredita ter descoberto uma nova forma de detecção do cancro do pulmão, através de um pequeno aparelho que analisa os componentes do ar expirado.
O aparelho de análise consegue detectar os compostos orgânicos voláteis libertados durante a respiração dos pacientes, recorrendo para tal a 36 sensores que mudam de cor, quando entram em contacto com essas partículas.
O principal objectivo do estudo, publicado no jornal médico Thorax, era estabelecer um padrão de cores, que permitisse detectar com exactidão o cancro do pulmão.
De forma a alcançar o objectivo estabelecido, os investigadores procederam à observação de 143 pacientes, dos quais 49 sofriam de cancro do pulmão e 73 de outras doenças respiratórias, sendo os restantes 21 indivíduos perfeitamente saudáveis.
A alteração na cor dos sensores que se verificou em 70 por cento dos indivíduos, foi utilizada pelos investigadores para determinar um padrão de cores que identifica o cancro no pulmão. Os restantes 30 por cento dos indivíduos foram então analisados já de acordo com o padrão estabelecido.
O padrão estabelecido pelos investigadores mostrou-se eficaz na detecção de 73 por cento dos casos cancerígenos. Todavia, o padrão identificou incorrectamente 28 por cento das doenças respiratórias não malignas, como cancro do pulmão.
Para o investigador Peter J. Mazzone, da clínica de Cleveland, Ohio, é preciso “trabalhar mais para esclarecer a natureza dos vários componentes da respiração”.
Apesar do nível significativo de erro, os investigadores acreditam que este estudo constitui um importante contributo para a compreensão da disposição dos sensores e do sistema respiratório, maximizado a exactidão do diagnóstico.
Inês de Matos
Fonte: Reuters
sábado, 14 de julho de 2007
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